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DOR EM PEDIATRIA

DILEINY ANTUNES GERONUTTI AYUB


DOR

“Experiência sensorial e emocional desagradável, associada à


lesão tecidual presente ou potencial, ou descrita em termos
de tal lesão.”
Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP)
Dor

Estado catabólico

Anorexia

Prejudica a mobilidade

Distúrbios do sono

Irritabilidade e regressão no
desenvolvimento
Pior qualidade de
Interfere nas atividades vida
Identificar
Quantificar

Tratar a dor Reavaliar a


dor Registrar
IDENTIFICAR
Dimensões da Dor

Física

Psicológica
Social
Dor Total
Econômico Cultural

Espiritual
Twycross, 2003
 Em crianças, a dor é influenciada
 Nível de desenvolvimento;
 Comunicação da criança;
 Habilidade de enfrentamento.
 Nas crianças com câncer, a dor pode advir:

• Doença (Invasão direta pelo tumor dos nervos, ossos, partes moles,
ligamentos, fáscia e, ainda, causada por dor visceral a
partir dos mecanismos de distensão e obstrução).

• Procedimentos diagnósticos (Punção lombar e a aspiração


da medula óssea,
biópsias; coletas sanguíneas; exames de imagem);

• Efeitos colaterais do tratamento (Quimioterapia, Radioterapia,


Cirurgia)

• Estresse psicológico
Tipos de dor conforme duração:

Dor aguda: Estímulo desencadeante


Função de alerta ou proteção
Pode ser claramente localizada
Diminui gradativamente com a resolução do processo patológico ou do fator
causal

Dor crônica: Não está relacionada a um acontecimento desencadeante.


Perde função de alerta.
Nem sempre é localizada e pode ter irradiações
Duração prolongada, constante, que persiste por meses ou anos
Tipos de dor conforme fisiopatologia:

Dor Nociceptiva: Provocada por uma lesão ou dano tecidular.


Os sensores da dor (nociceptores) detectam o estímulo da
dor e transmitem ao SNC.
Dor cortante, bem localizada, constante, dolorosa e pulsátil.

Dor Neuropática: Lesão primária no sistema nervoso.


Periférica ou central.
Descrita como queimação, formigamento ou choque.

Dor Mista: nociceptiva + neuropática;


Tipos de dor conforme ocorrência:

Dor incidental: surge de forma esperada após algum

Dor de fim de dose: surge antes da realização do próximo horário da


medicação;

Dor irruptiva ou'breakthrough pain‘: de aparição espontânea, não ligada a


incidentes;
QUANTIFICAR
Avaliação da dor em pediatria

Idade
Auto relato Capacidade cognitiva
Capacidade de comunicação

Observacional

Contexto

Fisiológico
Escalas

Métodos de avaliação e localização da dor conforme


a faixa etária e desenvolvimento psicomotor e
cognitivo de cada criança é de suma importância,
buscando-se traduzir os dados subjetivos referidos na
forma mais objetiva possível.
Escalas utilizadas no Hospital Infantojuvenil

Escala de faces: 3 a 7 anos

Escala visual numérica: a partir de 7 anos


Escalas utilizadas no Hospital Infantojuvenil

Escala FLACC: até 3 anos e pacientes com cognição prejudicada

0 - sem dor; 1-2 dor leve; 3-4 dor moderada; 6-8 dor intensa; 9-10 dor máxima
Escalas utilizadas no Hospital Infantojuvenil
Escala de RASS – Agitação - Sedação

+1 a +4 Sedação inadequada; 0 a -3 Sed. Adequada; -4 a -5 Sed. Excessiva;


TRATAMENTO
Manejo da Dor

• Escada analgésica;

• Relógio - horários regulares (respeitar meia-vida da medicação);

• Via apropriada (preferência via oral)

• Tratamento individualizado (dose, droga e via);


Escada analgésica da dor - OMS
PELO RELÓGIO
Administrar regularmente cada fármaco de acordo com a meia-vida (dose em
horários fixos)
PELA BOCA

Usar VO sempre que possível


PARA O INDIVÍDUO

Dose
Droga
Via
USO DE ADJUVANTES

Potencializar a analgesia
Minimizar os efeitos adversos
ATENÇÃO AOS DETALHES

Instruções detalhadas verbais e escritas


Para pacientes e cuidadores
“Ouvir” a dor do paciente
Medos
Crenças
Observações Importantes

• Morfina e Tramal não devem estar na mesma prescrição;


• A Morfina deverá ser prescrita de 4/4h (só no caso de
retirada que a dose é espaçada);
• A Morfina LC deverá ser prescrita de 12/12h (há algumas
exceções para de 8/8h). A Morfina LC nunca poderá ser
macerada para passar em sondas;
• Os resgates devem ser realizados sempre que necessário;
• Dose do Resgate – 10-20% da Dose Total diária;
Analgésico Sedativo Analgésico + Sedativo

Diminuir a ansiedade e Efeito hipnótico, depressores


Tratar a dor agitação, facilitar o sono, da respiração e do reflexo de
produzir amnésia tosse (melhor adaptação à
temporária Ventilação Mecânica)
Medidas de conforto e terapias integrativas

• ambiente calmo;
• mudanças de posição;
• desvio da atenção da dor para outro foco, fornecendo outros impulsos
sensoriais;
• estabelecimento de uma boa comunicação-empatia;
• massagens, uso de compressas quentes ou frias;
• Acupuntura, musicoterapia, meditação, mindfulness, aromaterapia;
• Reabilitação: fisioterapia, terapia ocupacional
REAVALIAR
Tempo de ação da medicação
REGISTRAR
Anotar

Tipo de escala

Score

Horário

Localização

Tipo de dor

Melhora
Obrigada!!!!

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