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• Caracterização da dor Pélvica • Condições Associadas

o Dor com duração >=6 meses com intensidade suficiente para


causar limitação funcional à paciente ou leva-la a procurar cuidado
médico, não cíclica (não referente à menstruação), não relacionada
à gravidez***

o Dor >=6 meses (crônica)


▪ Pelve
▪ Parede abdominal anterior abaixo da cicatriz umbilical
▪ Região lombossacral/ nádegas

o DPC difere da dor pélvica aguda, pois costuma surgir a partir de um


evento inflamatório, infeccioso ou anóxico ou de lesões traumáticas
que se resolvem em um período limitada de tempo, após o
tratamento ou com a reparação do dano tecidual

o Quando a dor persiste, um fenótipo de estresse crônico pode surgir,


caracterizada por um círculo vicioso de consequências físicas e
psicológicas

o Independentemente da fonte inicial da dor, há uma consciência


crescente que a persistência da dor, de qualquer etiologia
subjacente, é fator de risco para o desenvolvimento de uma
síndrome de dor crônica como alteração do SNC.

o Na DPC não relacionada com o sistema reprodutivo feminino, é


comum a presença de doenças como síndrome do intestino
irritável, cistite intersticial ou síndrome da bexiga dolorosa,
hipersensibilidade da musculatura do assoalho pélvico e depressão

• Epidemiologia
o Prevalência de 5,7-26,6% - dor não cíclica que dura <6 meses
o ½ têm mais de 1 etiologia associada
• Etiologia
o Quase ½ das mulheres procuram atendimento por DPC relatam
o Parece estar diretamente relacionada a sensibilização central
história de:
▪ Dor periférica causa uma resposta neuronal exagerada,
▪ Trauma sexual
com amplificação da percepção dolorosa
▪ Trauma físico
▪ A dor em resposta a estímulos inócuos (Adolodinia) e
▪ Trauma emocional (1/3 resulta positivos no rastreamento para
sentem uma resposta aumentada a estímulos dolorosos
TEPT)
(hiperalgesia)
o A maioria das pacientes com DPC reclamará de sensibilidade
• Apresentação Clínica
dolorosa da parede pélvica em nível pélvico, dispareunia,
o Dor não cíclica localizada na pelve com >=6 meses
disquezia, dismenorreia e urgência urinária. Algumas pacientes
o Pode haver sintomas urinários ou gastrointestinais e podem irradiar
também apresentarão sensibilidade de órgãos extrapélvicos
para além da pelve
o Estes sintomas interferem na qualidade de vida e geram alterações
• Avaliação Inicial
na saúde mental
o A DPC pode coexistir com uma síndrome de dor crônica
centralizada
• Abordagem
o Achados de Alarme
o Reunir e revisar os dados disponíveis – Notas de visita, estudos de
▪ Dor intensa pode representar piora da síndrome de dor
imagem, relatórios laboratoriais e testes diagnósticos
crônica ou resultar de um processo abdominopélvico
o Listar diagnósticos diferenciais
agudo
o Utilizar questionários padronizados para obter história, sintomas
▪ Mulheres com SV instáveis, sinais peritoneais ou suspeita
associados, os sucessos e fracassos de tratamentos anteriores e o
de patologia com risco de vida (gravidez ectópica,
exame físico
perfuração intestinal) devem ser encaminhadas para
▪ Formulário da International Pelvic Pain Society
avaliação e tratamento de emergência.
o Exame físico
o Avaliar problemas referentes a saúde mental
o História
▪ Fazer história completa + sintomas urinários,
gastrointestinais, ginecológicos, musculoesqueléticos,
sexuais e psicossociais

o Características da Dor
▪ Depois que a localização e o padrão da dor são discutidos, os
autores usam o mneumônico APQRST
▪ Associado, Provocarivo/ Paliativo, Qualidade, radiação,
Cenário, Aspectos Temporais

▪ Fatores provocativos e paliativos


• Compreender fatores que provocam ou aliviam a dor
• Dor piora com alimentação e/ou melhora com
evacuações é sugestiva de processos gastrointestinais
• Dor ao urinar ou defecar pode resultar de endometriose
infiltrava profunda, bem como distúrbios funcionais e
patológicos da bexiga ou do intestino (síndrome de dor
na bexiga, síndrome do intestino irritável ou doença
inflamatória intestinal)
• Dor alterada com atividades específicas ou mudanças de
posição – Etiologia musculoesqueléticas ou vascular

o Realizar diário da dor (3 meses) – Útil na caracterização da dor


o Dor neuromusculoesquelética
▪ Presença de sensibilidade e hipertonia da musculatura do
assoalho pélvico ou um resultado positivo no teste de flexão
forçada, abdução e rotação externa
▪ Teste de Carnett
• Sensibilidade que piora ou não melhora durante uma
contração da musculatura da parede abdominal
• Teste negativo – Indica dor visceral que melhora
durante a contração muscular, quando a parede protege
as vísceras do dedo do examinador

• Manejo
o Tratar a dor como um diagnóstico e tratar os distúrbios que causam
ou contribuem para a dor
o É um manejo interdisciplinar
o Analgésicos
o Fisioterapia do assoalho pélvico
o Agentes horminais
o Antimicrobianos
o ADP e anticonvulsivantes
o Manejo cirúrgico (aderências ou histerectomia)

• Diferenciais
o Síndrome do cólon irritável
o Miomatose
o Cistite intersticial
o Endometriose
o Adenomiose
o Fibromialgia
o Apendicite
o Neuralgia
o DIP
o Aderências
o Torção ovariana

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