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Monitoria

P5-F1
Maria Clara Lopes Costa
2024.1
01
Cefaleias
Classificação:
Cefaleias primárias:
- caracterizam pela ausência de anormalidades identificáveis
aos exames subsidiários habituais ou em outras estruturas do
organismo.
Cefaleias secundárias:
- são decorrentes de lesões identificadas no segmento cefálico
ou de afecções sistêmicas.
Antônio, 66 anos, chega à unidade de saúde, no período da manhã, trazido por sua esposa. Há 10 meses teve um
acidente vascular encefálico isquêmico, ficando com hemiparesia direita como sequela. Utiliza uma cadeira de
rodas para deambular. Tem hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) não controlados. Refere ser ex tabagista e
ex etilista, mas sua esposa suspeita que ele consuma bebida alcoólica com alguma frequência . Faz uso de enalapril
10 mg 2x/dia, insulina neutral prontamente hagedon (NPH) 10-10-10 unidades internacionais (UI), insulina regular
4-4-4 UI, sinvastatina 40 mg/dia, ácido acetil salicílico (AAS) 100 mg/dia, clopidogrel 75 mg/dia e metformina 850
mg 3x/dia. Nega alergias. A esposa o trouxe porque 30 minutos atrás ele caiu da cadeira ao tentar pegar um objeto
no chão. No momento queixa-se apenas de cefaléia de intensidade moderada. Está lúcido, um pouco irritado,
consciente (escala de Glasgow 15). PA 130/80 mmHg. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. Demais exames
neurológicos normais, exceto pela hemiparesia prévia. Assinale a alternativa que apresenta a conduta mais
adequada nesse caso:

a) Não prescrever analgesia para mascarar a dor e liberá-lo, orientando que a família observe a ocorrência de
sinais e sintomas de alerta nas próximas 48 horas.
b) Encaminhá-lo para um hospital para melhor avaliação de potencial lesão cerebral.
c) Mantê-lo em observação durante o dia na unidade e avaliar a melhora da cefaléia com paracetamol.
d) Prescrever paracetamol e liberá-lo, orientando que a família observe a ocorrência de sinais e sintoma de
alerta nas próximas 48 horas.
Antônio, 66 anos, chega à unidade de saúde, no período da manhã, trazido por sua esposa. Há 10 meses teve um
acidente vascular encefálico isquêmico, ficando com hemiparesia direita como sequela. Utiliza uma cadeira de
rodas para deambular. Tem hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) não controlados. Refere ser ex tabagista e
ex etilista, mas sua esposa suspeita que ele consuma bebida alcoólica com alguma frequência . Faz uso de enalapril
10 mg 2x/dia, insulina neutral prontamente hagedon (NPH) 10-10-10 unidades internacionais (UI), insulina regular
4-4-4 UI, sinvastatina 40 mg/dia, ácido acetil salicílico (AAS) 100 mg/dia, clopidogrel 75 mg/dia e metformina 850
mg 3x/dia. Nega alergias. A esposa o trouxe porque 30 minutos atrás ele caiu da cadeira ao tentar pegar um objeto
no chão. No momento queixa-se apenas de cefaléia de intensidade moderada. Está lúcido, um pouco irritado,
consciente (escala de Glasgow 15). PA 130/80 mmHg. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. Demais exames
neurológicos normais, exceto pela hemiparesia prévia. Assinale a alternativa que apresenta a conduta mais
adequada nesse caso:

a) Não prescrever analgesia para mascarar a dor e liberá-lo, orientando que a família observe a ocorrência de
sinais e sintomas de alerta nas próximas 48 horas.
b) Encaminhá-lo para um hospital para melhor avaliação de potencial lesão cerebral.
c) Mantê-lo em observação durante o dia na unidade e avaliar a melhora da cefaléia com paracetamol.
d) Prescrever paracetamol e liberá-lo, orientando que a família observe a ocorrência de sinais e sintoma de
alerta nas próximas 48 horas.
Avaliação dos pacientes com cefaleia

História Clínica + Avaliar presença de sinais de


alarme

COM sinais de SEM sinais de


alarme alarme
Suspeitar de causa Suspeitar de causa
secundária primária
Solicitar exames Tratar a hipótese
complementares diagnóstica
Nas cefaleias intensas e de início recente, a probabilidade de se encontrar uma causa
potencialmente grave é bem maior do que na cefaléia recorrente. As alternativas abaixo
compreendem alguns sintomas de cefaléia que sugerem um distúrbio subjacente grave. EXCETO:

a) Dor induzida por inclinação para frente, por levantar peso ou tosse
b) Dor que perturba o sono ou se apresenta logo após o despertar
c) Idade de início antes de 55 anos
d) Exame neurólogico anormal
Nas cefaleias intensas e de início recente, a probabilidade de se encontrar uma causa
potencialmente grave é bem maior do que na cefaléia recorrente. As alternativas abaixo
compreendem alguns sintomas de cefaléia que sugerem um distúrbio subjacente grave. EXCETO:

a) Dor induzida por inclinação para frente, por levantar peso ou tosse
b) Dor que perturba o sono ou se apresenta logo após o despertar
c) Idade de início antes de 55 anos
d) Exame neurólogico anormal
Sinais de alarme
Incluem-se:

● A primeira ou pior cefaleia vivenciada pelo doente


● Cefaleia de início recente,
● Cefaleia iniciada após os 50 anos,
● Cefaleia associada a traumatismos cranianos,
● Cefaleia com intensidade e frequência progressivas,
● Cefaleia em doentes com câncer, síndrome de imunodeficiência adquirida e coagulopatias,
● Cefaleia em doentes com alteração da consciência clou exame neurológico anormal,
● Cefaleias de esforço,
● Cefaleias associadas à febre e/ou doenças sistémicas,
● Cefaleias com evidência de rigidez de nuca e/ou outros sinais meníngeos,
● Cefaleias em doentes com convulsões, mesmo antigas, sem exame prévio de neuroimagem etc
Exames complementares
RX de crânio e
RM de crânio Punção lombar
coluna cervical
Mais sensível que a TC,
Diante da suspeita de fraturas, sobretudo para avaliar os útil no diagnóstico de
doenças ósseas, tecidos moles, porém a processos inflamatórios e
anormalidades da região disponibilidade e o custo infecciosos, assim como
selar e da coluna cervical devem ser considerados na nos casos de hipertensão
escolha do método
intracraniana benigna

TC de crânio EEG
Na presença de sinais de Útil nos estados alterados de
alarme consciência, auxiliando no
diagn. de encefalites e
epilepsias;
02
Cefaleias
Primárias
Paciente D.A.O, masculino, 28 anos de idade, solteiro, engenheiro civil, em tratamento para transtorno de
ansiedade com venlafaxina 150 mg 1 Costa. Nega alergia a medicamento, nega etilismo, nega tabagismo e nega
consumo de outras drogas, pratica natação 3 x por semana (50 minutos por sessão). S1. Paciente refere que há
05 anos tem apresentado crises de cefaléias, sempre foi frequente, estima que nos últimos 3 meses tem
passado mais de 15 dias por mês com cefaléia. A cefaléia é bilateral, em aperto, forte intensidade, atingindo o
pico em poucas horas e com piora na atividade física rotineira, como caminhar e subir escada. Paciente refere
que como sintoma associado sempre apresenta náuseas e fonofobia, porém nega fotofobia. Nega: calafrios,
febre, mialgia, perda de peso, claudicação mandibular, sintomas neurológicos focais ou sistêmicos (nega
inclusive sintomas como disfasia e positivos/negativos na visão/sensibilidade), agravação postural, precipitar
por exercício/postura/tosse/relação sexual. O1. Sem papiledema, sem déficits neurológicos e algum grau de
tensão muscular na cervical (sem configuração de ponto de gatilho). O complemento do registro “A” no modelo
SOAP, de acordo com a Terceira Edição da Classificação de Cefaléia do Comitê da Sociedade Internacional das
Cefaleias (ICHD-3), é:

a) A1: cefaléia tensional crônica diária sem sinal de alarme


b) A1: cefaléia tensional crônica diária com sinal de alarme
c) A1: enxaqueca crônica sem aura sem sinal de alarme.
d) A1: enxaqueca crônica sem aura com sinal de alarme.
Paciente D.A.O, masculino, 28 anos de idade, solteiro, engenheiro civil, em tratamento para transtorno de
ansiedade com venlafaxina 150 mg 1 Costa. Nega alergia a medicamento, nega etilismo, nega tabagismo e nega
consumo de outras drogas, pratica natação 3 x por semana (50 minutos por sessão). S1. Paciente refere que há
05 anos tem apresentado crises de cefaléias, sempre foi frequente, estima que nos últimos 3 meses tem
passado mais de 15 dias por mês com cefaléia. A cefaléia é bilateral, em aperto, forte intensidade, atingindo o
pico em poucas horas e com piora na atividade física rotineira, como caminhar e subir escada. Paciente refere
que como sintoma associado sempre apresenta náuseas e fonofobia, porém nega fotofobia. Nega: calafrios,
febre, mialgia, perda de peso, claudicação mandibular, sintomas neurológicos focais ou sistêmicos (nega
inclusive sintomas como disfasia e positivos/negativos na visão/sensibilidade), agravação postural, precipitar
por exercício/postura/tosse/relação sexual. O1. Sem papiledema, sem déficits neurológicos e algum grau de
tensão muscular na cervical (sem configuração de ponto de gatilho). O complemento do registro “A” no modelo
SOAP, de acordo com a Terceira Edição da Classificação de Cefaléia do Comitê da Sociedade Internacional das
Cefaleias (ICHD-3), é:

a) A1: cefaléia tensional crônica diária sem sinal de alarme


b) A1: cefaléia tensional crônica diária com sinal de alarme
c) A1: enxaqueca crônica sem aura sem sinal de alarme.
d) A1: enxaqueca crônica sem aura com sinal de alarme.
Migrânea / Enxaqueca
Mais comum em mulheres.

Maior prevalência na quarta década de vida.

Etiologia multifatorial - envolve fatores ambientais, genéticos e


neurossensoriais.

Fisiopatologia:
● O cérebro enxaquecoso possui fatores que levar a hiperexcitabilidade
neuronal, principalmente no córtex occipital
● Alterações do sistema nervoso e ativação do sistema
trigeminovascular
● O neurotransmissor 5-hidroxitriptamina quando ligados pelos
triptanos ficam impedidos de sinalizar as vias nociceptivas do sistema
trigeminovascular, além de gerar uma vasoconstrição.
● Estimulação dopaminérgica (responsável pela maior parte dos
sintomas da enxaqueca)
Sobre a migrânea (enxaqueca), assinale a alternativa CORRETA:

a) Na migrânea com aura o tipo mais comum é. Que se manifesta com hemiparesia/hemiplegia que dura no
máximo 60 minutos antes do início da dor.
b) Segundo critérios diagnósticos mais recentes para migrânea sem aura, pela terceira classificação
Internacional das cefaleias, colocam que a dor pode durar até 7 dias.
c) Para classificar uma migrânea como crônica, é necessária a frequência de 8 dias/mês (média de 2 por
semana) por pelo menos 1 ano e o diagnóstico há pelo menos 5 anos.
d) A terceira classificação Internacional das cefaleias traz a denominação de migrânea com aura do tronco
cerebral em que aura pode se manifestar através de diplopia, zumbido e até rebaixamento do nível de
consciência, dentre outros sintomas possíveis, substituindo o antigo conceito de migrânea basilar.
e) A migrânea raramente leva ao uso excessivo de analgésicos, pois, no decorrer das crises, há aumento do
limiar de dor por produção endógena analgésica na substância cinzenta periaquedutal.
Sobre a migrânea (enxaqueca), assinale a alternativa CORRETA:

a) Na migrânea com aura o tipo mais comum é. Que se manifesta com hemiparesia/hemiplegia que dura no
máximo 60 minutos antes do início da dor.
b) Segundo critérios diagnósticos mais recentes para migrânea sem aura, pela terceira classificação
Internacional das cefaleias, colocam que a dor pode durar até 7 dias.
c) Para classificar uma migrânea como crônica, é necessária a frequência de 8 dias/mês (média de 2 por
semana) por pelo menos 1 ano e o diagnóstico há pelo menos 5 anos.
d) A terceira classificação Internacional das cefaleias traz a denominação de migrânea com aura do tronco
cerebral em que aura pode se manifestar através de diplopia, zumbido e até rebaixamento do nível de
consciência, dentre outros sintomas possíveis, substituindo o antigo conceito de migrânea basilar.
e) A migrânea raramente leva ao uso excessivo de analgésicos, pois, no decorrer das crises, há aumento do
limiar de dor por produção endógena analgésica na substância cinzenta periaquedutal.
Pacientes do sexo feminino de 16 anos, relata início de crises de cefaléia há cerca de 1 ano. As crises
ocorrem sem periodicidade específica. Em geral, minutos antes das crises, a paciente observa
escotomas as em seu campo de visão; na medida em que estes vão desaparecendo, surge uma dor
pulsátil, bilateral, nas regiões temporais, e náusea muito intensa. Tendo sido feita hipótese diagnóstica de
migrânea, qual dos aspectos descritos nas crises NÃO É TÍPICO desta condição?

a) Presença de aura
b) Dor pulsátil
c) Dor bilateral
d) Presença de náusea intensa
Pacientes do sexo feminino de 16 anos, relata início de crises de cefaléia há cerca de 1 ano. As crises
ocorrem sem periodicidade específica. Em geral, minutos antes das crises, a paciente observa
escotomas as em seu campo de visão; na medida em que estes vão desaparecendo, surge uma dor
pulsátil, bilateral, nas regiões temporais, e náusea muito intensa. Tendo sido feita hipótese diagnóstica de
migrânea, qual dos aspectos descritos nas crises NÃO É TÍPICO desta condição?

a) Presença de aura
b) Dor pulsátil
c) Dor bilateral
d) Presença de náusea intensa
Diagnóstico
Uma mulher de 29 anos apresenta-se com episódios recorrentes de cefaléia que duram de 4 a 72 horas
quando não tratados. As dores de cabeça são frequentemente unilaterais, pulsáteis, de intensidade
moderada a severa, e agravadas pela atividade física rotineira. Ela também relata náuseas e fotofobia
durante os episódios. Qual é o tratamento abortivo mais apropriado para os episódios de cefaléia desta
paciente?

a) Triptanos
b) Amitriptilina
c) Topiramato
d) Profilaxia com beta-bloqueadores.
Uma mulher de 29 anos apresenta-se com episódios recorrentes de cefaléia que duram de 4 a 72 horas
quando não tratados. As dores de cabeça são frequentemente unilaterais, pulsáteis, de intensidade
moderada a severa, e agravadas pela atividade física rotineira. Ela também relata náuseas e fotofobia
durante os episódios. Qual é o tratamento abortivo mais apropriado para os episódios de cefaléia desta
paciente?

a) Triptanos
b) Amitriptilina
c) Topiramato
d) Profilaxia com beta-bloqueadores.
Adolescente procura atendimento em Unidade de Pronto Atendimento com queixa de cefaléia hemicraniana
esquerda, de característica pulsátil, de forte intensidade, com duração média de 48 horas, precedida por
alteração da visão. Relata não ser o primeiro episódio. O exame físico não apresenta alterações e a pressão
arterial está normal. Apresenta antecedentes de migrânea na família. Qual das opções abaixo pode ser o
tratamento sintomático para essa condição clínica?

a) Dipirona, Flunarizina, Amitriptilina


b) Gabapentina, Paracetamol, Dipirona
c) Propranolol, Ibuprofeno, Gabapentina
d) Dipirona, Ibuprofeno, Naproxeno,
Adolescente procura atendimento em Unidade de Pronto Atendimento com queixa de cefaléia hemicraniana
esquerda, de característica pulsátil, de forte intensidade, com duração média de 48 horas, precedida por
alteração da visão. Relata não ser o primeiro episódio. O exame físico não apresenta alterações e a pressão
arterial está normal. Apresenta antecedentes de migrânea na família. Qual das opções abaixo pode ser o
tratamento sintomático para essa condição clínica?

a) Dipirona, Flunarizina, Amitriptilina


b) Gabapentina, Paracetamol, Dipirona
c) Propranolol, Ibuprofeno, Gabapentina
d) Dipirona, Ibuprofeno, Naproxeno,
Tratamento
Tratamento agudo:
● Analgésicos comuns: Dipirona 500mg, Paracetamol 500mg
● AINES: Diclofenaco 50mg, Naproxeno 500mg, Cetoprofeno 100mg, Tenoxicam 20 a 40mg.
○ VO: para crises fracas a moderadas
○ EV: para crises fortes
● Agonista serotoninérgicos: Ergotamina
● Agonistas do receptor de 5-HT1B/1D: Triptanos (Sumatriptana 6 a 12mg, Naratriptana 2,5 a 5mg)
○ CI: Doenças coronarianas, insuficiência vascular periférica e hipertensão arterial grave
● Antieméticos: Metoclopramida 10mg, Domperidona 10mg, Ondansetrona 4mg
○ Para sintomas associados de náusea e vômito
● Corticosteroides: Dexametasona 4 a 8mg
○ Pode ser benéfica em crises intensas e é geralmente obrigatória no estado de mal
enxaquecoso.
Mulher, 24 anos, vai ao consultório referindo que há 4 meses apresenta cefaléia unilateral, latejante, com
fotofobia e náuseas. Melhora com uso de dipirona e piora ao subir escadas. Tem tido 2 episódios/semana, que
chegam a durar cerca de 6 horas e já atrapalham suas atividades de trabalho. Tem histórico de alguns
episódios de broncoespasmo em vigência de quadros gripais e já fez cirurgia de apendicectomia. Menstruação
regular. Ao exame: IMC (índice de massa corpórea): 27 kg/m2; PA: 130x80, nuca livre, sem sinais neurológicos
focais. Analise as assertivas a seguir e marque a alternativa com a hipótese diagnóstica e tratamento mais
adequados ao caso:

a) Migrânea, sendo indicado propranolol como profilaxia e triptano quando dor intensa.
b) Cefaléia tensional, sendo indicado amitriptilina como profilaxia e ciclobenzaprina nas crises álgicas.
c) Migrânea, com uso de Topiramato como profilaxia e naproxeno em crises esporádicas.
d) Cefaléia tensional, podendo ser utilizada fluoxetina para profilaxia e dipirona nas crises de dor.
Mulher, 24 anos, vai ao consultório referindo que há 4 meses apresenta cefaléia unilateral, latejante, com
fotofobia e náuseas. Melhora com uso de dipirona e piora ao subir escadas. Tem tido 2 episódios/semana, que
chegam a durar cerca de 6 horas e já atrapalham suas atividades de trabalho. Tem histórico de alguns
episódios de broncoespasmo em vigência de quadros gripais e já fez cirurgia de apendicectomia. Menstruação
regular. Ao exame: IMC (índice de massa corpórea): 27 kg/m2; PA: 130x80, nuca livre, sem sinais neurológicos
focais. Analise as assertivas a seguir e marque a alternativa com a hipótese diagnóstica e tratamento mais
adequados ao caso:

a) Migrânea, sendo indicado propranolol como profilaxia e triptano quando dor intensa.
b) Cefaléia tensional, sendo indicado amitriptilina como profilaxia e ciclobenzaprina nas crises álgicas.
c) Migrânea, com uso de Topiramato como profilaxia e naproxeno em crises esporádicas.
d) Cefaléia tensional, podendo ser utilizada fluoxetina para profilaxia e dipirona nas crises de dor.
Mulher de 24 anos é atendida em consulta de rotina. Ela se queixa de episódios de cefaléia, associada a
náuseas, sintomas visuais e sensibilidade à luz. A dor é latejante, pulsátil e unilateral. O sono melhora os
sintomas. Refere que o quadro tem atrapalhado sua vida diária. Uma vez decidido iniciar uma medida
profilática para o quadro descrito, a conduta inicial de escolha é:

a) escitalopram
b) Fluoxetina
c) Gabapentina
d) Propranolol
e) Rizatriptano
Mulher de 24 anos é atendida em consulta de rotina. Ela se queixa de episódios de cefaléia, associada a
náuseas, sintomas visuais e sensibilidade à luz. A dor é latejante, pulsátil e unilateral. O sono melhora os
sintomas. Refere que o quadro tem atrapalhado sua vida diária. Uma vez decidido iniciar uma medida
profilática para o quadro descrito, a conduta inicial de escolha é:

a) escitalopram
b) Fluoxetina
c) Gabapentina
d) Propranolol
e) Rizatriptano
Paciente, 23 anos, com diagnóstico prévio de anorexia, vem ao PS com queixa de cefaleia de forte
intensidade, pulsátil, associado a fonofobia e fotofobia. Relata mais de 06 crises/mês e sempre que come
chocolate. Isso tem feito ela faltar às aulas da faculdade. Apresenta como antecedentes patológicos asma.
Após prescrever analgésicos abortivos da crise, qual alternativa contém a melhor opção para tratamento
profilático dessa paciente?

a) Propranolol
b) Amitriptilina
c) Flunarizina
d) Naproxenol
e) Topiramato
Paciente, 23 anos, com diagnóstico prévio de anorexia, vem ao PS com queixa de cefaleia de forte
intensidade, pulsátil, associado a fonofobia e fotofobia. Relata mais de 06 crises/mês e sempre que come
chocolate. Isso tem feito ela faltar às aulas da faculdade. Apresenta como antecedentes patológicos asma.
Após prescrever analgésicos abortivos da crise, qual alternativa contém a melhor opção para tratamento
profilático dessa paciente?

a) Propranolol
b) Amitriptilina
c) Flunarizina
d) Naproxenol
e) Topiramato
Tratamento
Tratamento profilático
● Medidas gerais: evitar fatores desencadeantes, tratar doenças concomitantes, regular o sono, aconselhar
a prática de atividades físicas
● As drogas reconhecidamente mais eficazes na profilaxia da enxaqueca são:
○ Betabloqueadores: propranolol ( 40 a 120 mg/dia), metoprolol (SO a 200 mg/dia), atenolol (50 a 100
mg/dia), nadolol, timolol, pindolol.
■ CI: asma, arritmias
○ Bloqueadores de canais de cálcio: flunarizina (5 a 10 mgldia), verapamil (80 a 480 mgldia).
○ Antidepressivos triddicos: amitriptilina ( 12,5 a 100 mg/dia), nortriptilina, imipramina e outros
■ CI: arritmia
■ Bom para pacientes com anorexia
○ Antiepilépticos: topiramato (2S a 200 mg/dia), valproato de sódio/divalproato {SOO a 1.500
mg/dia), gabapentina (300 a 1.600 mg/dia).
■ topiramato : CI - pct anorexico e que faz uso de ACO (interferencia na ação do
medicamento)
○ Neurolépticos: dorpromazina S a SO mg/dia.
○ Antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina (fluoxetina, sertralina,
citalopram), os inibidores duais de receptação de serotonina e noradrena.
Cefaleia Tensional

Dor bilateral não pulsátil como uma faixa apertada.

Cefaleia crônica e mais comum entre os jovens.

Mais comum em mulheres.

Fisiopatologia:
● Distúrbio na modulação da dor no sistema nervoso. Pode ocorrer
contribuição de fatores como estresse, ansiedade, depressão,
´
tensão mental.
Diagnóstico
Homem, 41 anos de idade, procura atendimento ambulatorial porque há 2 anos tem cefaléia
frontotemporal bilateral, em peso, de moderada intensidade, que dura cerca de 10 horas, sem
sintomas associados. Os episódios se tornaram cada vez mais frequente e estão ocorrendo cerca
de 20 dias por mês. Ao exame clínico, nota-se hipertonia muscular no trapézio e pontos de gatilho
de dor na cervical. Entre os tratamentos profiláticos propostos abaixo, o melhor para este paciente
é:

a) Carbamazepina
b) Atenolol
c) Sumatriptano
d) Amitriptilina
e) Indometacina
Homem, 41 anos de idade, procura atendimento ambulatorial porque há 2 anos tem cefaléia
frontotemporal bilateral, em peso, de moderada intensidade, que dura cerca de 10 horas, sem
sintomas associados. Os episódios se tornaram cada vez mais frequente e estão ocorrendo cerca
de 20 dias por mês. Ao exame clínico, nota-se hipertonia muscular no trapézio e pontos de gatilho
de dor na cervical. Entre os tratamentos profiláticos propostos abaixo, o melhor para este paciente
é:

a) Carbamazepina
b) Atenolol
c) Sumatriptano
d) Amitriptilina
e) Indometacina
Tratamento
Determinado paciente de 42 anos de idade procurou atendimento na unidade de pronto atendimento
com queixa de cefaléia excruciante, associada a vermelhidão ocular, lacrimejamento e rinorreia. Referiu ter
apresentado episódios semelhantes anteriormente, e o último ocorreu há cerca de cinco meses,
melhorando somente após oxigenoterapia a 100%. Diante da descriç, a hipótese diagnóstica compatível
com o quadro é a de:

a) migrânea com aura


b) Cefaléia tensional
c) Migrânea sem aura
d) Síndrome dolorosa miofascial
e) Cefaléia em salvas
Determinado paciente de 42 anos de idade procurou atendimento na unidade de pronto atendimento
com queixa de cefaléia excruciante, associada a vermelhidão ocular, lacrimejamento e rinorreia. Referiu ter
apresentado episódios semelhantes anteriormente, e o último ocorreu há cerca de cinco meses,
melhorando somente após oxigenoterapia a 100%. Diante da descriç, a hipótese diagnóstica compatível
com o quadro é a de:

a) migrânea com aura


b) Cefaléia tensional
c) Migrânea sem aura
d) Síndrome dolorosa miofascial
e) Cefaléia em salvas
Cefaleia em Salvas
Mais comum em homens.

Maior prevalência nas idades de 20-40 anos

Pode associar a tabagismo, traumatismo craniano ou história familiar de


cefaleia.

- A CS pode ser episódica ou crônica:

● Forma episódica é a mais comum (80% dos casos) e é definida por


períodos de crises que duram 7 dias a 1 ano, separados por
períodos assintomáticos de 1 mês ou mais.
● Forma crônica (1O a 20% dos casos). não há remissão por pelo
menos 1 ano ou a remissão é de menos que 30 dias no período de 1
ano.
Diagnóstico
Pelo menos uma das crises diárias de dor
recorre aproximadamente na mesma
hora todo dia, ao longo do episódio de
salvas. (Harrison)
Homem, 38 anos, sem comorbidades. Há 2 dias queixa-se de cefaléia intensa, temporal à direita, com duração de 15
a 30 minutos, principalmente a noite. Concomitantemente, há hiperemia conjuntival, edema palpebral e sudorese
facial. Hoje, acordou com pose palpebral direita. Procurou o pronto atendimento, durante a crise de cefaléia. Exame
neurológico: orientado em tempo e espaço, ptose palpebral à direita, pupilas isocóricas e fotorreagentes,
musculatura ocular extrínseca preservada e sem déficits focais. Qual a conduta mais adequada?

a) Ressonância magnética de encéfalo


b) Oxigênio 10 L/min + sumatriptano 6 mg SC.
c) Tomografia de crânio sem contraste
d) Dipirona 1 g EV + cetoprofeno 100 mg EV.
Homem, 38 anos, sem comorbidades. Há 2 dias queixa-se de cefaléia intensa, temporal à direita, com duração de 15
a 30 minutos, principalmente a noite. Concomitantemente, há hiperemia conjuntival, edema palpebral e sudorese
facial. Hoje, acordou com pose palpebral direita. Procurou o pronto atendimento, durante a crise de cefaléia. Exame
neurológico: orientado em tempo e espaço, ptose palpebral à direita, pupilas isocóricas e fotorreagentes,
musculatura ocular extrínseca preservada e sem déficits focais. Qual a conduta mais adequada?

a) Ressonância magnética de encéfalo


b) Oxigênio 10 L/min + sumatriptano 6 mg SC.
c) Tomografia de crânio sem contraste
d) Dipirona 1 g EV + cetoprofeno 100 mg EV.
Tratamento
Tratamento agudo = OXIGENOTERAPIA com máscara 5 a 10 L/min

● No tratamento agudo, pode-se fazer o uso da ergotamina 1 a


2mg em caso de dor prolongada.
● Se persistencia dos sintomas, pode-se fazer uso da
sumatriptana 6 a 12mg.
No contexto de cefaleia em atendimentos de urgência e emergência, assinale a alternativa CORRETA:

a) Pacientes já com diagnóstico de migrânea devem tomar opióides endovenosos como primeira
escolha de analgesia, tendo em vista a intensidade da dor.
b) Para cefaléia súbita e nunca sentida antes (a pior da vida), é recomendado exame de imagem
somente se houver rebaixamento do nível de consciência.
c) A decisão de realizar exame de imagem em um paciente com cefaléia é baseada na
intensidade e tempo de início da dor, portanto mudança de padrão não é um sinal de alarme
para se decidir sobre exame complementar.
d) Cefaléia acompanhada de perda do campo visual persistente (hemianopsia demonstrada no
exame neurológico) é um achado comum na migrânea com aura, devendo realizar exame de
imagem somente no primeiro episódio.
e) Cefaléia em salvas é primária e pouco comum, sendo mais frequente em homens.
Caracteriza-se por uma dor por vezes lacinante, dura de 15 a 180 minutos e apresenta
disfunção autonômica.
No contexto de cefaleia em atendimentos de urgência e emergência, assinale a alternativa CORRETA:

a) Pacientes já com diagnóstico de migrânea devem tomar opióides endovenosos como primeira
escolha de analgesia, tendo em vista a intensidade da dor.
b) Para cefaléia súbita e nunca sentida antes (a pior da vida), é recomendado exame de imagem
somente se houver rebaixamento do nível de consciência.
c) A decisão de realizar exame de imagem em um paciente com cefaléia é baseada na
intensidade e tempo de início da dor, portanto mudança de padrão não é um sinal de alarme
para se decidir sobre exame complementar.
d) Cefaléia acompanhada de perda do campo visual persistente (hemianopsia demonstrada no
exame neurológico) é um achado comum na migrânea com aura, devendo realizar exame de
imagem somente no primeiro episódio.
e) Cefaléia em salvas é primária e pouco comum, sendo mais frequente em homens.
Caracteriza-se por uma dor por vezes lacinante, dura de 15 a 180 minutos e apresenta
disfunção autonômica.
03
Cefaleias
Secundárias
Cefaleia Cervicogênica
Mais comum em mulheres.

Maior prevalência na quarta década de vida.

Cefaleia ocasionada por afecções funcionais e/ou orgânicas na região cervical, podendo ocorrer por
movimentos passivos do pescoço ou compressão ipsolateral da região cervical.

Fisiopatologia:
● Anormalidades das estruturas neurais, musculares ou articulares.
● Acredita-se ser uma dor referida decorrente da irritação causada por estruturas cervicais
inervadas pelos nervos espinhais C1, C2, C3.
Manifestação Clínica
Unilateral, não pulsátil que inicia-se na região cervical e irradia-se ao segmento cefálico.

● Eventualmente é difusa nas regiões anteriores do crânio, sendo desencadeada por movimentos
passivos do pescoço ou compressão ipsilateral da região cervical.
● Pode se irradiar para a região cervical ipsilateral, ombro ou membro superior, sem distribuição
radicular

Pode ser acompanhada ou não de fenômenos neurovegetativos craniofaciais como lacrimejamento,


eritema ocular, edema palpebral, rinorreia, tontura, etc.

História prévia de trauma na coluna é comum.

A dor pode ser agravada durante movimentação cervical, tosse, espirro, atividade física, adoção de
posturas inadequadas, mastigação, etc.

Ao EF podemos perceber hipertonia da musculatura cervical, dor à pressão em determinadas regiões,


hipersensibilidade cutânea e hiperalgesia cutânea sobre a região de distribuição da raiz de C2, C3, C4 e
C5.
Tratamento

O tratamento consiste no bloqueio dos nervos occipitais maiores e dos


pontos-gatilho da musculatura cervical ou das estruturas articulares da região
cervical
● bloqueio anestésico dos nervos occipitais ou da raiz C2

Indicação de fisioterapia

Fazer uso de AINE ou ATD


Cefaleia por Disfunção de ATM
Articulação temporomandibular não é um elemento anatômico isolado, sendo parte
essencial de um mecanismo bastante complexo integrado pelos seguintes elementos:
● ATM, músculos mastigadores, músculos do assoalho bucal, ligamentos, língua,
lábios, glândulas salivares, dentes, nervos motores e sensitivos, ossos maxilares,
etc.

A disfunção de qualquer um dos elementos pode, num dado momento, desorganizar


todo este sistema e desencadear os mais diversos quadros patológicos que, direta ou
indiretamente, repercutem sobre a ATM e seus componentes musculares.
● Portanto, as desordens temporomandibulares e cefaleia podem estar
frequentemente associados

Mais comum em mulheres, < 40 anos

Forte relação com fatores emocionais


´
Manifestação Clínica
Tratamento

Tratamento conservador:
● Educação do paciente, mudanças posturais, correção de maus hábitos,
redução do estresse.
● Fisioterapia
● Uso de AINES e analgésicos
● Uso de antidepressivos

Tratamento cirúrgico: quando o tto conservador falaha


● Reposição discal, reconstrução discal, Retirado do disco articular
Neuralgia do Trigêmeo
Mais comum em idosos, mulheres e hipertensos.

Processo patológico de estimulação do nervo trigêmeo por


compressão, tração, exposição ao frio ou lesão nas vias centrais.
● É uma dor que pode ser persistente, denominada
neuropática, ou assumir um caráter paroxístico em choques,
pontadas ou agulhadas distribuídas no território de
inervação do nervo acometido, denominado neuralgia.

Fisiopatologia:
Pode ocorrer por disfunção central ou periféricas.. Alguns estudos
demonstram alterações na mielina das fibras dos ganglios e da raiz
trigeminal.
● 80 a 90% dos casos existe a compressão vascular da raiz
do nervo, próxima à zona de entrada no tronco cerebral,
admitindo-se que isso induziria à uma lesão desmiclinizante
focal que induziria a descargas erráticas e ectópicas
originando dor.
● Isso é corroborado pela eficácia da cirurgia de
descompressão neurovascular.
Manifestação clínica
Caracterizada por dor facial intensa, aguda, forte e súbita.
● Associam a uma pontada, um choque ou um ardor.
● 90% dos casos é unilateral e dura até dois minutos.

Forma clássica: dor extrema, esporádica, queimação repentina, dor facial semelhante a choque
que dura alguns segundos a até dois minutos por episódio.

Forma atípica: dor constante, queimação e pontadas de intensidade um pouco mais baixa do
que a forma clássica.
● Afeta mais frequentemente a região maxilar ou mandibular na face, mais frequentemente
do lado direito.
● A crise é desencadenada por um estímulo sensorial, como um toque ao escovar os dentes,
mastigar, beber água, falar e até o vento no rosto.
Manifestação clínica
Caracterizada por dor facial intensa, aguda, forte e súbita.
● Associam a uma pontada, um choque ou um ardor.
● 90% dos casos é unilateral e dura até dois minutos.

Forma clássica: dor extrema, esporádica, queimação repentina, dor facial semelhante a choque
que dura alguns segundos a até dois minutos por episódio.

Forma atípica: dor constante, queimação e pontadas de intensidade um pouco mais baixa do
que a forma clássica.
● Afeta mais frequentemente a região maxilar ou mandibular na face, mais frequentemente
do lado direito.
● A crise é desencadenada por um estímulo sensorial, como um toque ao escovar os dentes,
mastigar, beber água, falar e até o vento no rosto.
Diagnóstico
Sintomas e critérios clínicos:
● Dor restrita ao território de uma ou mais divisões do trigêmio
● Surtos súbitos de dor, muito intensos e de curta duração, descritos como um choque ou
uma sensação elétrica
● Dor desencadeada por estímulos ou toques na face ou na boca e dentes.

Tratamento
Farmacológico:
● Anticonvulsivantes: carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato.
● Antidepressivo tricíclico: amitriptilina, nortriptilina.
Cirúrgico:
● Descompressão Microvascular
● Métodos percutâneos
Obrigada!
Boa prova!

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