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A Dor em Pacientes Oncológicos

Prof. Thiago Pereira

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 UNIDADE III - Dor em pacientes oncológicos:

 Definição de dor
 Fatores potencializadores da dor
 Dor total
 A dor em pacientes oncológicos
 Classificação
 Teorias da dor
 Avaliação e tratamento

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DOR

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DOR

“É uma experiência sensorial e emocional desagradável, que é


descrita em termos de lesões teciduais, reais ou potenciais. A dor
é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar este termo
a partir de suas experiências prévias“
(Sociedade Internacional para o Estudo da Dor)

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FATORES POTENCIALIZADORES DA DOR

 Fadiga

 Depressão

 Raiva

 Medo / ansiedade doença

 Sentimentos de falta de esperança e amparo

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DOR
Físico

Social
“Dor Mental
total”

Espiritual

6 Cecily Saunders, St. Christopher Hospice em 1967


TRACTO ASCENDENTE
Sistema Cordonal Posterior

Tracto Espinotalâmico

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FISIOPATOLOGIA DA DOR ONCOLÓGICA

BRADICININA
LESÃO
TECIDUAL

HISTAMINA

PROSTAGLANDINA

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A DOR EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

Prevalência da dor
Estágio inicial Estágio avançado

Estágio da doença

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A DOR EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
 18 milhões – dor oncológica:

 20% a 50% - No diagnóstico Geralmente, o medo do


 70% a 90% - Doença avançada câncer está mais
relacionado à
possibilidade da
 Dor + Incapacidades por câncer: ocorrência de dor do que
à perspectiva de
 Prejuízo funcional sobrevida.
 Confinamento no leito
 Anorexia
 Perda de convívio social
 Redução das atividades profissionais
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 Redução do lazer
ETIOLOGIA DA DOR ONCOLÓGICA
 Ligada ao tumor primário e/ou metástases:

 Invasão tecidual
 Metástase óssea
 Síndromes paraneoplásicas

 Secundárias ao tratamento oncológico:

 Iatrogenias pós-operatórias
 Quimioterapia e radioterapia

 Condições não relacionadas ao câncer:

 Síndrome da imobilidade
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CLASSIFICAÇÃO DA DOR ONCOLÓGICA
 Somática

 Visceral

 Neuropática

 Por desaferenciação

 Psicogênica
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DOR SOMÁTICA
 Exacerbada com o movimento e aliviada pelo repouso

 Dores ósseas, pós-operatórias e músculo-esqueléticas

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DOR VISCERAL
 Distensão das vísceras

 Mal localizada e profunda, em compressão

 Associada a sensações de náuseas, vômitos e sudorese

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DOR NEUROPÁTICA
 Lesão no sistema nervoso central ou periférico

 Ardente ou penetrante

 Neuralgias do nervo trigêmio e neuropatias periféricas

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SENSAÇÕES ANORMAIS NA DOR
NEUROPÁTICA
 Disestesia: sensação anormal espontânea
 Hiperestesia: sensibilidade exagerada à estimulação
 Hiperalgesia: resposta exagerada a um estímulo normalmente
doloroso
 Alodínea: dor causada por estímulo que normalmente não é
doloroso
 Hiperpatia: resposta explosiva e freqüentemente prolongada a um
estímulo
 Breakthroughpain: Dor episódica, incidental ou transitória após
controle basal da dor
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DOR POR DESAFERENCIAÇÃO

 Lesão ou dano do sistema somatossensorial em


qualquer ponto de seu percurso

 Dor do membro fantasma, talâmica, e outras


situações desencadeadas por lesões centrais

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DOR PSICOGÊNICA
 Mais rara

 Não existe lesão das vias nociceptivas

 Diagnóstico por exclusão

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TEORIA DAS COMPORTAS
Melzack e Wall (1965)

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TEORIA FARMACOLÓGICA
• Hughes, 1975 descreveu substancias opiáceas na S. G. de
Rolando (área central de modulação da dor).

• Sustâncias químicas liberadas por ocasião de estímulos


nociceptivos, desencadeiam o processo de dor.

• Neurônios de transmissão situados no corno dorsal da


medula liberam substâncias anestésicas ( endorfinas) que
tendem a bloquear a atividade das fibras Adelta e C.

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AVALIAÇÃO DA DOR ONCOLÓGICA

 Dor aguda- lesões recentes, existência de processo inflamatório


e tecido lesionado.

 Dor crônica- É aquela que ainda está presente após a cura do


tecido lesado, sendo decorrente de alterações pós- cicatriciais e de
doenças crônicas

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AVALIAÇÃO DA DOR ONCOLÓGICA
 Causa do aparecimento

 Contínua ou intermitente?

 Em horários específicos?

 Topografia

 Aguda ou crônica?

 Tipo da dor

 EVA
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AVALIAÇÃO DA DOR ONCOLÓGICA
 Escala visual analógica (EVA)

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AVALIAÇÃO DA DOR ONCOLÓGICA
EM CRIANÇAS

doença

DOR

Tratamento Procedimento
da neoplasia diagnóstico

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AVALIAÇÃO DA DOR ONCOLÓGICA
EM CRIANÇAS
 Critérios de avaliação:
 Acreditar na queixa da criança
 Conhecer a história e característica da dor
 Levantar os aspectos psicológicos e sociais
 Realizar o exame físico e exames de investigação para
estabelecer a causa da dor
 Tratar a causa primária

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RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS NO
COMBATE DA DOR

 TENS

 Crioterapia

 Termoterapia superficial

 Cinesioterapia

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TENS
 Estimulação elétrica nervosa transcutânea
 Analgesia por indução de corrente elétrica
 Técnica não invasiva
 Eletrodos superficiais e gel condutor
 Teoria das Comportas e teoria Farmacológica
 Uso seguro para pacientes oncológicos
 Boa resposta em 70% até um ano
 Manutenção da eficácia em 30% após 1 ano

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TENS

 Convencional Comportas

 Breve e intenso

 Acupuntura Farmacológica

 Brust

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TENS
 TENS X Uso de morfina:

 TENS de baixa freqüência é menos efetiva em animais


tolerantes à morfina

 Em situações de uso crônico da morfina, a TENS indicada deve


ser a de alta freqüência

29 (Slölund BH et al, 1990; Sluka KA et al, 2000; Chandran P, Sluka KA, 2003)
MORFINA NO CÂNCER

 morfina causa dependência?

 morfina causa depressão respiratória?

 morfina acelera a morte?

 morfina transformará o paciente em um zumbi?

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CUIDADOS
 Não aplicar próximo a área cardíaca (seio carotídeo)

 Pacientes cardiopatas, marcapasso, epiléticos

 Dor não diagnosticada e alterações cognitivas

 Gestantes até o 3° mês (abdome)

 Área com alterações de sensibilidade

 Pacientes com alergia ao gel ou a corrente elétrica


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CRIOTERAPIA

VASOCONSTRIÇÃO LOCAL

MEDIADORES
INFLAMATÓRIOS DOR

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CRIOTERAPIA

 Mecanismos:

 Teoria das Comportas

 Efeito neurogênico

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CRIOTERAPIA
 Contra-indicações:

 Áreas com alteração de sensibilidade


 Intolerância ao frio
 Comprometimento arterial periférico
 Local do tumor
 Área irradiada

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TERMOTERAPIA SUPERFICIAL

DOR

Relaxamento
muscular

DOR ESPASMO

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TERMOTERAPIA SUPERFICIAL

Colcocar figura de
fuso
neuromuscular

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TERMOTERAPIA SUPERFICIAL
 Contra-indicações:

 Áreas de tumor malígno


 Áreas desprovidas de sensação térmica
 Áreas de insuficiência vascular
 Áreas de infecção
 Área irradiada

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CINESIOTERAPIA

DOR Coordenação

ADM

Retrações tendíneas

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SÍNDROME DA IMOBILIDADE

 Estágio avançado:

 Restrição no leito
 Atrofia muscular generalizada
 Caquexia
 Trombose venosa profunda
 Problemas respiratórios
 Encurtamento muscular / deformidade articular
 Posição antálgica

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CINESIOTERAPIA

• Síndrome da
PREVENÇÃO imobilidade no
leito

• Dor
• Força
TRATAMENTO • Trofismo
• Condicionamento físico
• Marcha

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ESPECIFICIDADES
ONCOLÓGICAS

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