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DOR E MECANISMOS
DA ACPUNTURA
Dr Helio Widson Alves Pinheiro
Médico acupunturista / Atuação em Dor
heliowap@gmail.com
“experiência sensorial e
emocional desagradável que
é associada a lesões reais ou
potenciais ou descrita em
termos de tais lesões. A dor é
sempre subjetiva e cada
indivíduo aprende a utilizar
este termo por meio de suas
experiências”.
Associação Internacional para
o Estudo da Dor (IASP)
Dor Total
TRANSDUÇÃO
TRANSMISSÃO
PERCEPÇÃO
MODULAÇÃO
TRANSDUÇÃO
Lesão tecidual
Liberação de mediadores periféricos
Ativação dos nociceptores
Sensibilização
TRANSDUÇÃO
Canais de Na+ são ativados por estímulos mecânicos
ou por prótons.
IASP. Guia de Tratamento da Dor em Contextos de Poucos Recursos (Tradução para o português), 2010.
SENSIBILIZAÇÃO DOS
NOCICEPTORES
Hiperalgesia
SENSIBILIZAÇÃO PERIFÉRICA
• Inflamação neurogênica (estimulação antidrômica)
NGF
NGF nociceptor
nociceptor
NGF
innocuous
innocuous
Estímulo
stimulus
stimulus Sensação
pain
pain
Não Nocivo Dolorosa
sensation
• Conseqüências
• Hiperalgesia primária (diminuição do limiar + aumento da
dor percebida no local da lesão)
• Hiperalgesia secundária (diminuição do limiar + aumento da
dor percebida na periferia da lesão)
TRANSMISSÃ
O
Corpo celular ganglio espinhal
Intensificação da
Atividade Sináptica
Estímulo Sensação
Não Nocivo Dolorosa
Loar, CM. Central Nervous System Pain. In: Raj PP. Pain Medicine. St Louis, Mosby Year Book
1996: 453-60
FENÔMENO DE WIND UP
Glutamato
Receptores
c) agora, o Glutamato poderá ser liberado por estimulação fraca e irá ativar o
receptor NMDA para permitir o influxo de Cálcio, que por meio de um segundo
mensageiro, aumenta a função e/ou o número de receptores AMPA/Cainato.
- O Glutamato também liga-se aos receptores de natureza metabotrópica da classe 1,
que utilizam a proteína G que irá gerar o Potencial de Longa Duração, responsável pelo
fenômeno de windup.
EXPANSÃO DO CAMPO
RECEPTIVO
1) Liberação excessiva de SP
2) Diminuição do limiar de excitação das
sinapses com recrutamento de sinapses
silenciosas e fibras A-beta
3) Sensibilização do 2o. neurônio sensitivo no
CPME
4) Ampliação da área dolorosa, dor mais
intensa e prolongada.
Sensitização
Central
Expansão do
Campo Receptivo
Fibras A-b
superficial
Fibras C
Gânglio
da raiz profundo
dorsal
Corno posterior
APÓS A SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL O
ESTÍMULO NÃO-NOCICEPTIVO SERÁ
PERCEBIDO COMO DOR = ALODÍNEA
E O NOCICEPTIVO COMO MAIS
DOLOROSO = HIPERALGESIA
NEURÔNIO DE 3A. ORDEM
NEOESPINO- PALEOESPINO-
TALÂMICA TALÂMICA
PERCEPÇÃO
PERCEPÇÃO
DIRETO, ESPINO-
TRAJETO ESPINO-RETICULAR
TALÂMICO LATERAL
NO MÍNIMO 4
No. DE NEURÔNIOS 3
NEURÔNIOS
NÚCLEOS
PROJEÇÃO NÚCLEO VENTRO-
INTRALAMINARES DO
TALÂMICA PÓSTERO-LATERAL
TÁLAMO
PROJEÇÃO SUPRA- AMPLAS ÁREAS
ÁREA SOMESTÉSICA
TALÂMICA CORTICAIS
DISTRIBUIÇÃO
SOMATOTÓPICA NÃO SOMATOTÓPICA
CORTICAL
DOR AGUDA, BEM DOR CRÔNICA E DIFUSA,
FUNÇÃO
LOCALIZADA EM QUEIMAÇÃO
MODULAÇÃO DA DOR:
Melzack e Wall,
1965
MEDULA ESPINHAL
Neurotransmissores
ENCEFALINA
SUBSTÂNCIA P SEROTONINA
GLUTAMATO NORADRENALINA
NEUROCININA A GABA
ASPARTATO GLICINA
CGRP ACETILCOLINA
NÚCLEO MAGNO DA RAFE
HIPOTÁLAMO
dinorfina
(+) (+)
serotonina
(+)
SUBSTÂNCIA GELATINOSA
noradrenalina
(interneurônio inibitótio)
encefalina
inibição pré-sináptica
(-) (-)
2º NEURÔNIO DA VIA DA DOR + NOCICEPTOR PRIMÁRIO
receptor alfa-2-A
■ Os mecanismos neurofisiológicos envolvidos
na resposta terapêutica à estimulação
produzida através de agulhas de acupuntura
pertencem a categorias neurológicas funcionais
que envolvem reflexos locais, segmentares e
supra-segmentares. A modulação necessária
para o tratamento de qualquer disfunção ou
doença sempre envolve o processamento
neural nesses três níveis, de forma
proporcional ao grau de disfunção, seja ela
O estímulo físico com agulhas de acupuntura produz ativação de receptores sensoriais
através de inputs ou entradas neurais. Dividimos os inputs possíveis em quatro categorias:
■ 1) Input segmentar periférico (ou local): consiste na estimulação de troncos nervosos
periféricos e as estruturas por eles inervadas (músculo, articulação, etc.); para o
propósito terapêutico de produzir resposta neuromodulatória predominantemente local e
regional.
■ 2) Input segmentar espinal (ou axial): consiste na estimulação indireta de nervos
espinais através da musculatura paraespinhosa e/ou articulações facetárias, em
dermátomos, miótomos e esclerótomos, para o fim terapêutico de produzir resposta
neuromodulatória predominantemente segmentar. Em geral utiliza-se eletroestimulação
multissegmentar de baixa freqüência (1 a 2 Hz) para maximizar o efeito modulatório
sobre o corno dorsal da medula, induzindo o processo de redução da memória sináptica
facilitada conhecido como long-term potentiation (LTP) para uma depressão sináptica
ou long-term depression (LTD) 6 nas vias de dor.
■ 3) Input extra-segmentar (ou regulatório sistêmico): consiste na estimulação de tecidos
e nervos periféricos ou espinais para o fim terapêutico de produzir resposta
predominantemente supra-espinal neuro-humoral, autonômica, endócrina ou imune.
■ 4) Input de regiões específicas (auricular e escalpeana): consiste na estimulação de
regiões da orelha ou do escalpo para o fim terapêutico de produzir modulação límbica e
autonômica central, principalmente através dos nervos vago, trigêmeo e raízes cervicais
altas.