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A anamnese é a primeira etapa da avaliação neurológica, posteriormente o exame físico geral e exame físico
neurológico.
ANAMNESE
A anamnese sempre deve ser realizada. Mesmo nos casos em que há alterações do nível de
consciência ou da linguagem, um informante (familiar ou testemunha) deve ser entrevistado, com o
objetivo de fornecer informações detalhadas sobre a doença em questão.
O médico deve conduzir a história de maneira apropriada, fazendo intervenções pertinentes para
o esclarecimento de suas dúvidas e formulação da hipótese diagnóstica, e deve lembrar-se de que a
anamnese não é substituída por laudo de exames subsidiários.
EXAME FÍSICO
O exame físico geral deve ser feito conforme propedêutica habitual. Sinais de insuficiência de
órgãos ou sistemas são fundamentais para a correta interpretação dos sintomas neurológicos, que podem
muitas vezes ser secundários a quadros metabólicos, como nos casos de encefalopatias tóxico-
metabólicas.
EXAME NEUROLÓGICO
COGNIÇÃO
AVALIAÇÃO GLOBAL
Alguns testes padronizados podem ser empregados para avaliar o estado mental de forma geral.
O Miniexame do Estado Mental (MEEM) de Folstein et al. (1975) é um exame de rastreamento para
quadros demenciais e um dos testes mais utilizados na prática clínica por ser de fácil aplicabilidade e
interpretação. A aplicação do MEEM não substitui uma avaliação cognitiva completa, que poderá ser
necessária em situações particulares. Quando persistirem dúvidas, pode haver necessidade de testes
específicos, que são realizados por especialistas. Os domínios cognitivos avaliados no MEEM são: -
orientação temporal, orientação espacial, atenção, memória, cálculo, linguagem, habilidade de copiar um
desenho, como mostra a tabela 4.
AVALIAÇÃO DE LINGUAGEM
5. Leitura: solicita-se que o paciente obedeça a ordens escritas como: “abra a boca”, “feche os olhos’’.
A leitura de um texto em voz alta pode ser solicitada.
6. Escrita: o paciente deve escrever, em uma folha em branco, seu nome, endereço e algumas frases,
espontaneamente e sob ditado.
. Com base nessa avaliação da linguagem é possível identificar afasias e separá-las das
disfonias e das disartrias
AVALIAÇÃO DE MEMÓRIA
A avaliação da memória imediata é feita no exame da atenção, sendo que esse tipo de memória
refere-se à memória de ultracurta duração.
A memória recente é a habilidade de aprender e evocar novas informações, e pode ser
avaliada com testes de evocação (para memória verbal ou visual) e de orientação temporal e espacial.
Nos testes de evocação, é apresentada lista com palavras ou figuras que devem ser memorizadas. A
apresentação do estímulo é repetida e, após alguns minutos, solicita-se ao indivíduo que evoque os
estímulos apresentados previamente.
A memória remota pode ser avaliada durante a anamnese, com a recordação de eventos
autobiográficos e pela arguição de conhecimentos comuns (datas históricas, por exemplo).
EXAME DOS NERVOS CRANIANOS
NERVO OLFATÓRIO I
- Função: olfação
NERVO OPTCO II
- Função: visão central (acuidade visual), periférica (campo visual) e fundos oculares
- Exploração:
O nervo óculo-motor inerva os músculos oblíquo inferior, reto medial, reto superior, reto
inferior e elevador das pálpebras. Inerva também o esfíncter pupilar, sendo responsável pela
Contração pupilar.
NERVO TRIGÊMIO V
O nervo trigêmeo é dividido em dois componentes: sensitivo e motor. A porção sensitiva é
responsável pela sensibilidade da face; a porção motora inerva os músculos mastigatórios.
Função motora: Inspeção do maxilar inferior e região temporal; Palpação da fossa temporal,
solicitando ao paciente que feche a boca com força, e que abra a boca (observando desvios
para um ou outro lado por ação dos pterigóideos); Reflexo córneo-palpebral: com uma mecha
de algodão, estimula-se a córnea do paciente, pedindo que o paciente dirija sua mirada para
um lado e aproximando-se vagarosamente o algodão do lado oposto; Reflexo masseterino ou
massetérico, colocando-se o indicador paralelo ao lábio inferior do paciente, estando este com
a boca semi-aberta.
O nervo facial é responsável pela motricidade da mímica da face. Durante seu trajeto
fora do tronco cerebral, agregam-se a ele algumas fibras que se situam entre o nervo facial e o
vestíbulo-coclear, que constituem o nervo intermédio.
Solicitamos ao paciente que realize movimentos como franzir a testa, fechar os olhos
com força contra a resistência do examinador, mostrar os dentes (como num sorriso forçado), e
abrir a boca para que se avalie a simetria dos sulcos nasogenianos.
Quando o exame revela presença de paralisa facial periférica, isto é, que afeta toda a
hemiface (superior e inferior), há necessidade de pesquisar a sensibilidade gustativa dos dois
terços anteriores da língua para verificar se o nervo intermédio também foi atingido. O
comprometimento associado do intermédio é muito sugestivo de que a lesão situe-se fora do
tronco cerebral. Quando há paralisia central, apenas a porção inferior da face está
comprometida do lado contralateral à lesão.
- Patologia: paralisia facial periférica (lagoftalmo, sinal de Bell) e central, hipogeusia, ageusia,
parageusia
NERVO VERTIBULO COCLEAR VIII
1.Audição
a. em um ambiente silencioso, provoque um ruído esfregando as pontas dos dedos colocados
ao lado de um dos ouvidos do paciente
b. gradualmente distancie a mão do ouvido do paciente
c. peça para informá-lo quando deixar de ouvir o ruído
d. repita no lado oposto e compare os resultados
Prova de Rinne: o diapasão é colocado sobre o mastóideo até que o paciente refira que não
escuta mais som algum, neste momento deve colocar o diapasão a 2 cm do ouvido do
examinador e do paciente e questionar se escuta algo.
Prova Weber: o diapasão é colocado na região frontal do paciente e se observa de que lado o
som é percebido melhor. Na pessoa de audição normal, o som é percebido igualmente em
ambos os ouvidos e se diz que a prova de Weber é indiferente.