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ABSTRACT
Objective: To describe the main care of the nursing team to the postpartum person affected
with Covid-19. Method: Descriptive study and systematic review in pubmed and VHL databases
using the descriptors: postpartum, Covid 19 and nursing. Inclusion criteria were: full texts, time
frame from 2019 to 2021. Exclusion criteria were: Incomplete texts, time frame that precedes
1
Acadêmica de Enfermagem da IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação); gabrieleg802@gmail.com
2
Acadêmica de Enfermagem da IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação); raphaela.lajg@hotmail.com
3
Docente de Enfermagem da IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação); gisele.carvalho@ibmr.br
1
2019 and texts that address the theme about pregnant women and non-puerperum. Results:
Six articles were found that were part of the universe of this study. There was a predominance
of publications in the United States (50%) and in 2020 (67%). Among the main nursing care for
postpartum women with Covid-19, literature cites the use of masks and hand hygiene, especially
before touching the newborn and at the time of breastfeeding, concern about the possibility of
breast engorgement and medications that contraindicate breastfeeding; not forget that in
addition to all care, whether intensive or not, related to Covid-19, there are specific issues of
the puerperium, among them the prevention of hemorrhage and puerperal infection, anemia
and complete puerperal evaluation. Conclusion: There are still few studies addressing specific
treatment and complications in puerpery women with Covid-19 hindering the proper planning
and treatment of the health team. It is important that in addition to the proper treatment of the
disease, attention should be paid to ensuring the specific care of the puerperium, facilitating
humanization and strengthening, as far as possible, the mother-baby. It is worth mentioning the
need for constant updating of the health team aiming at greater safety and quality of care.
RESUMEN
Objetivo: Describir los principales cuidados del equipo de enfermería a la persona posparto
afectada con Covid-19. Método: Estudio descriptivo y revisión sistemática en bases de datos
pubmed y BVS utilizando los descriptores: posparto, Covid-19 y enfermería. Los criterios de
inclusión fueron: textos completos, marco de tiempo de 2019 a 2021. Los criterios de exclusión
fueron: textos incompletos, marco temporal que precede a 2019 y textos que abordan el tema
sobre las mujeres embarazadas y los no puérperos. Resultados: Se encontraron seis artículos
que formaban parte del universo de este estudio. Hubo un predominio de publicaciones en
Estados Unidos (50%) y en 2020 (67%). Entre los principales cuidados de enfermería para
mujeres posparto con Covid-19, la literatura cita el uso de mascarillas y la higiene de manos,
especialmente antes de tocar al recién nacido y en el momento de la lactancia, preocupación
por la posibilidad de congestión mamaria y medicamentos que contraindiquen la lactancia
materna; no olvidemos que además de todos los cuidados, ya sean intensivos o no, relacionados
con el Covid-19, hay problemas específicos del puerperio, entre ellos la prevención de
hemorragias e infecciones puerperales, anemia y evaluación puerperal completa. Conclusión:
Todavía hay pocos estudios que aborden el tratamiento específico y las complicaciones en
mujeres puerpérmicas con Covid-19 dificultando la correcta planificación y tratamiento del
equipo sanitario. Es importante que además del tratamiento adecuado de la enfermedad, se
2
debe prestar atención a garantizar el cuidado específico del puerperio, facilitando la
humanización y fortaleciendo, en la medida de lo posible, el madre-bebé. Vale mencionar la
necesidad de actualización constante del equip de salud con el objetivo de mayor seguridad y
calidad de la atención.
INTRODUÇÃO
3
Os cuidados da Puérpera começam durante a gravidez, em tempos normais uma
gestação gera muitas mudanças e inseguranças nas mães e em seus familiares, mas desde o
surgimento do SARS-COV-2 no mundo, isso tem se tornando ainda mais amedrontador, devido
a tantas incertezas, dúvidas e questionamentos no caso das gestantes, puérperas e recém-
nascidos ainda se sabe muito pouco das possíveis consequências a curto e longo prazo para
aqueles que tiveram um resultado positivo do novo vírus. Ainda existem poucos artigos
relacionando esses temas gestação, puerpério e Covid-19, muitos cientistas ainda estão
realizando pesquisas em busca de dados mais concretos. 4
De acordo com os dados do SIVEP-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância
Epidemiológica), em atualização realizada no dia 1 junho de 2022, desde o início da pandemia
foram 22245 casos de internação por Covid-19 entre gestantes e puérperas. Existem também
outros 16754 casos de SRAG ligados a Covid-19.5
No Brasil, foram identificados grupos de risco para melhor controle e atenção durante a
vacinação, e em 10 de abril de 2021 puérperas foram inclusas pelo Ministério da Saúde (MS),
devido ao aumento suscetível à infecção pelo Covid-19 e por apresentar maior risco de
gravidade ao serem infectadas, acredita-se que essa vulnerabilidade ocorre devido as
modificações do organismo materno.6
A atuação do enfermeiro vai muito além do cuidado direto ao doente, inclui orientação,
acolhimento, auxílio e conforto a essas puérperas, através de um atendimento humanizado e
de qualidade, baseado em conhecimento técnico e científico. Nesse sentido, essa pesquisa tem
como objetivo descrever os principais cuidados de Enfermagem com as puérperas acometidas
com SARS-COV-2.
Com essa pesquisa visamos contribuir para o avanço da assistência da equipe de
Enfermagem com essas puérperas, direcionando os profissionais para um atendimento mais
humanizado, seguro e científico, apoiando na evolução das puérperas e garantindo para a
aplicação das boas práticas de Enfermagem. É importante ressaltar que com essa pesquisa
poderemos informar não apenas os profissionais de saúde mais também os estudantes da área
e a sociedade como um todo, com um olhar voltado a importância de acolher, orientar e assistir
mulheres nessas situações.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo e de revisão sistemática da literatura nas bases
PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores utilizados nas buscas foram:
Puérperio; Covid-19; SARS-COV-2; Enfermagem.
4
Para seleção da amostra considerou-se os seguintes critérios de inclusão: textos
completos e gratuitos publicados a partir do ano de 2019 (início da pandemia), artigos que se
relacionam com o tema do puerpério e Covid em português, inglês e espanhol. Definiu-se como
critérios de exclusão: artigos focados em gestante, artigos publicados antes do ano 2019, além
de dissertações e teses.
A pesquisa bibliográfica ocorreu no período de maio a novembro de 2021e seguiu os
seguintes passos: busca livre nas bases de dados; seleção inicial dos trabalhos através da leitura
dos títulos e resumo; busca dos trabalhos completos; organização e análise dos trabalhos e nova
seleção de artigos para estudo.
Durante a pesquisa foram encontrados 47 textos na biblioteca virtual em saúde e 20
textos na PubMed. Dos 67 artigos selecionados inicialmente, seis atenderam todos os critérios
de inclusão e fizeram parte do universo desse estudo. A partir da leitura deles foram elaborados
os resultados e discussão para responder os objetivos desse estudo.
5
RESULTADOS
6
taskforce. proteção individual
necessários e traz
evidencias de casos
para embasar o
artigo, com
orientações em
relação ao
tratamento das
puérperas.
3 Diretrizes clínicas Pollyanna 2020 Estados Discute as Reforça a falta de
para cuidar de Pavlidis, Unidos, manifestações materiais de estudo
mulheres com Katherine EUA. clínicas do Covid- para o
covid-19 durante Eddy, Laura embasamento das
19 e os efeitos da
a gravidez, parto Phung; E Et All. pesquisas quanto as
e pós-parto gravidez no curso manifestações
imediato da doença e o clínicas apresentadas
impacto nos pelas puérperas e
desfechos dessa aponta alguns sinais
mulher ao se e sintomas que se
tornar puérpera. manifestam, são os
mesmos à população
em geral.
4 Covid-19 na Marina N. 2020 Estados Discute as Reforça a falta de
gravidez e no Boushra, Alex Unidos, manifestações materiais de estudo
puerpério: uma Loyfman, Brit EUA. clínicas do Covid- para o
revisão para Long. embasamento das
19 e os efeitos da
médicos de pesquisas quanto as
emergência gravidez no curso manifestações
da doença e o clínicas apresentadas
impacto nos pelas puérperas e
desfechos dessa aponta alguns sinais
mulher ao se e sintomas que se
tornar puérpera. manifestam, são os
mesmos à população
em geral.
5 Recomendações Victor Hugo 2020 Brasil. Mapear a Relata que durante o
assistenciais à Alves produção de ciclo gravídico-
parturiente, Mascarenhas, conhecimento puerperal essas
puérpera e Adriana sobre as mulheres
recém-nascido Caroci-Becker, recomendações apresentam uma
durante a Nayara Girardi para assistência vulnerabilidade
pandemia de Baraldi; E Et ao parto, maior a manifestar
Covid-19: revisão All. puerpério e complicações em
de escopo. cuidados com o decorrência a
recém-nascido infecção pelo Covid-
em face da 19. Contém
pandemia do informações sobre o
novo Covid-19. uso de EPI e as
formas de
transmissão vírus.
7
6 Barreiras Monique 2021 Brasil. Analisar as Retrata a
impostas na Maria Silva Da condições clínicas importância do
relação entre Paz, Milene De para o aleitamento para a
puérperas e Oliveira aleitamento criação do vincula da
recém-nascidos Almeida, materno. puérpera com o
no cenário da Nadine observou ainda bebê e reforça os
pandemia do Oliveira os impactos da cuidados necessários
Covid-19 Cabral, E Et All. pandemia do para reduzir a
Sars-Cov-2 no disseminação do
vínculo afetivo do vírus da Sars-Cov-2.
binômio mãe-
feto.
DISCUSSÃO
Segundo o site do Ministério da Saúde em 12/06/2022 foi publicado a situação
epidemiologia da Covid-19 no Brasil com 31.456.865 (aumento de 11.728) casos confirmados de
Covid-19; 608.465 (1,95%) segue em acompanhamento; 30.180.290 (95,9%) casos recuperados
e 668.110 (aumento de 36) óbitos. 7
É possível que a variante P.1 do coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave, cada
vez mais prevalente no Brasil, possa estar associada a maior transmissibilidade, sistemas de
saúde sobrecarregados e aumento da mortalidade, o que pode aumentar ainda mais as taxas de
mortalidade materna. 8
As gestantes, puérperas e crianças menores de 05 anos, enquadram-se no grupo de
risco, pois são mais vulneráveis a infecções. Embora ainda não tenha estudo específico
conclusivo, esse vírus apresenta letalidade associado à história clínica de comorbidades nesses
grupos. Portanto, os cuidados com gestantes e puérperas devem ser rigorosos e contínuos,
independentemente do histórico clínico das pacientes, requerendo uma atenção mais específica
diante do cenário de pandemia.9
A seguir foi dividido em classe, os principais cuidados com a puérpera infectado com o
Sars-Cov-2.
Amamentação
Em relação a amamentação, sendo esse um momento crucial para a criação do vínculo
da mãe com o bebê, além de favorecer uma nutrição adequada e de fortalecer o sistema
imunológico do RN, os cuidados foram traçados devido a forma de transmissão desse vírus se
dando através de contato, gotículas e aerossóis. Os cuidados devem ser seguidos tanto pela
equipe que presta a assistência, quanto a puérpera e aos familiares. 10
Ressaltando as precauções a serem seguidas de higienização das mãos antes de tocar
na criança, além do uso de máscara ao amamentar. Quando é necessário o uso da bomba de
8
leite, é indicado lavar as mãos antes e depois do manuseio. Com relação ao leite materno, ainda
que não haja comprovação de que ele transmita o vírus, estas recomendações visam proteger a
criança exclusivamente de gotículas respiratórias durante a amamentação.11
Dentro da rotina de cuidados com o recém-nascido, está a alimentação, que, conforme
recomendado pela OMS desde o nascimento até os seis meses de idade, que deve ser feita
através do aleitamento materno exclusivo.12
Mesmo dentro deste contexto atípico de pandemia do COVID-19 e isolamento social, a
interação, amamentação e criação de vínculo entre a mãe e a criança devem continuar a ser
construídos, mesmo que limitado pelas barreiras físicas representadas pelas medidas de
proteção, que são essencialmente necessárias neste período, como o uso de máscaras e
constante higienização e limpeza da pele de ambos, conforme recomendado pelas organizações
de saúde.12
Contexto Psicológico
O ambiente em que se encontram é de grande relevância para um melhor
desenvolvimento da criança e promove um elo entre mãe e filho, mas com todo o contexto
social em que estamos inseridos, o medo e a ansiedade por parte da mãe afetam essa
construção e causa uma repercussão na saúde de ambos. Logo, neste contexto de quarentena,
a mãe que tem suspeita ou que foi diagnosticada com o vírus sofre por precisar evitar o contato
direto com o filho, por consequência, elas estão sujeitas à quadros de ansiedade, estresse e
depressão pós-parto.12
Os pesquisadores descreveram uma condição chamada disforia puerperal (maternity
blues ou postpartum blues) eles observaram que, após alguns dias do parto, grande parte das
mulheres apresentava choro com facilidade e que esse choro não tinha relação com sentimento
de tristeza. Notaram que essas mulheres apresentavam empatia exacerbada e ficavam com
sensibilidade excessiva à rejeição. Eles observaram que, após alguns dias do parto, grande parte
das mulheres apresentava choro com facilidade e que esse choro não tinha relação com
sentimento de tristeza, pode ser identificada em 50% a 85% das puérperas, dependendo dos
critérios diagnósticos utilizados.13
Os sintomas geralmente se iniciam nos primeiros dias após o nascimento do bebê,
atingem um pico no quarto ou quinto dia do pós-parto e remitem de forma espontânea em no
máximo duas semanas. A psicose pós-parto é o transtorno mental mais grave que pode ocorrer
no puerpério, ela tem prevalência de 0,1% a 0,2% (sendo esse percentual maior em casos de
mulheres bipolares), foi observado que cerca de 30% delas apresentaram pelo menos um
transtorno de ansiedade. Os mais prevalentes foram o transtorno de ansiedade generalizada
9
(16,5%), a fobia social (11,2%) e o transtorno obsessivo-compulsivo (9,0%). A rede de apoio
tem um resultado significativo na recuperação dessas puérperas com o auxílio da equipe de
saúde. 13
Deve ser feito o rastreamento de doenças mentais comuns com a identificação
oportuna dos fatores de risco associados, com articulação entre obstetras e profissionais de
saúde mental. Os obstetras devem abordar e tranquilizar as mulheres sobre preocupações em
contrair a infecção e os possíveis efeitos da COVID-19 no feto e no recém-nascido. Caso as
preocupações sejam desproporcionais e exijam intervenção de profissionais de saúde mental,
serviços de referência devem ser acionados. Portanto, é um importante cuidado a identificação
e abordagem de preocupações e sintomas mentais da puérpera para garantir uma assistência
ao binômio adequada.14
Atendimento Humanizado
Nos casos das puérperas que necessitam de cuidados intensivos devido a infecção pelo
vírus SARS-COV-2 o apoio da equipe de saúde é crucial, proporcionando momentos com o auxílio
da tecnologia como, chamada de vídeo, uma conversa e com demonstração de fotos do recém-
nascido impressas ou não. Esses cuidados têm mostrado um bom resultado na recuperação
dessas puérperas.
Com base nos artigos, pode-se notar que o atendimento da equipe de saúde durante a
internação, para aquelas mulheres com o resultado positivo para a infecção da Covid-19 e para
as puérperas quando recebem alta, se torna primordial para uma boa recuperação e para criar
e fortalecer o vinculo entre a mãe e o bebê, através de uma abordagem humanizada e com o
apoio de uma equipe multiprofissional. 15
Cuidados Intensivos
Dada a importância do assunto, torna-se necessário o desenvolvimento dos cuidados da
equipe de Enfermagem à essas puérperas, prestando um atendimento humanizado e baseado
em evidências científicas. Ainda neste contexto, destaca-se a importância de puérperas com
comorbidades receberem uma atenção diferenciada, uma vez que distúrbios hipertensivos,
diabetes, obesidade, alterações da tireoide, doenças renais e transtornos de humor podem ter
seus sintomas exacerbados no puerpério e complicar o quadro sintomático da Covid-19.16
Uma puérpera com Covid-19 tem o risco de admissão hospitalar devido à
descompensação respiratória do COVID-19, tal como dispneia e hipoxemia, para a necessidade
de oxigenioterapia, e para intubação endotraqueal.17
10
Um dos cuidados de Enfermagem em puérperas na UTI é realizar a pronação,
favorecendo a descompressão torácica, exige um grande cuidado e número de pessoas da
equipe de saúde. O efeito fisiológico da posição prona é a melhora da oxigenação em 70% a 80%
em relação aos valores basais dos pacientes com SDRA. Os mecanismos relacionados à
respiração estão associados ao posicionamento do paciente no leito e de acordo com este, pode
reduzir o risco de atelectasias e otimizar a redistribuição da ventilação e perfusão alveolares. A
distribuição da pressão transpulmonar fica mais homogênea na posição prona.18
Outro cuidado importante é realizar a consulta de Enfermagem, conforme a
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), atentando-se para troca do curativo
cirúrgico, em mulheres que passaram por um parto cesariana, análise do períneo, em partos
vaginais; avaliação dos sinais vitais, incluindo saturação, lóquios sanguíneos, avaliação do fundo
uterino, formação do globo de segurança de Pinard e contratilidade uterina. Esses cuidados são
primordiais para detecção precoce de qualquer complicação obstétrica. 19
Um dos tratamentos escolhidos em casos mais graves da Covid-19 é a Oxigenação por
Membrana Extracorpórea, conhecido como ECMO, uma modalidade terapêutica que possibilita
suporte temporário a falência pulmonar e/ou cardíaca refratária ao tratamento clínico
convencional. Essas mulheres são submetidas a suplementação de oxigênio por via área
avançada, por exemplo a intubação orotraqueal, conectando-os à um sistema de ventilação
mecânica invasiva (VMI). Participam deste procedimento médicos, enfermeiros e
fisioterapeutas, devidamente paramentados conforme protocolos estabelecidos para casos de
COVID-19.18
Algumas medicações não são compatíveis com a amamentação e apesar da excelência
do leite materno, existem ocasiões em que o profissional de saúde deve considerar o
risco/benefício da terapia medicamentosa na mãe que amamenta. A maioria das drogas passa
para o leite materno, mas em pequenas quantidades, portanto deve-se avaliar as indicações
para seguir esse tratamento, levando em consideração o desconforto que causaria na puérpera,
que não se encontra nas condições favoráveis de realizar a amamentação. Só excepcionalmente,
quando a doença materna requer tratamento com medicações incompatíveis com a
amamentação, esta deve ser interrompida. Cabe ressaltar o cuidado com as mamas devido a
produção de leite ativa e o risco do ingurgitamento mamário, portanto, torna-se fundamental
estimular a ordenha para manter a produção, caso o aleitamento seja mantido. 20
Verifica- se a importância da testagem universal em gestantes e parturientes visto que
a real proporção de casos registrados é fundamental para o planejamento estratégico do
cuidado obstétrico e neonatal.
11
CONCLUSÃO
Ainda são poucos estudos que abordam o tratamento específico e as complicações nas
puérperas com Covid-19 dificultando o planejamento e tratamento adequado. É importante que
além do tratamento próprio da doença, tenha-se a atenção em garantir os cuidados específicos
do puerpério, focando na humanização e no fortalecimento do vínculo mãe-bebê. Cabe ressaltar
a necessidade de atualização constante da equipe de saúde visando a maior segurança e
qualidade do atendimento.
Com o início da pandemia a equipe de saúde dos hospitais perceberam que a tecnologia
poderia ser uma grande aliada em tempos tão difíceis, seja para atualização técnico científica
como na construção e fortalecimento do vínculo entre o binômio, para as puérperas internadas
em Unidades de Terapia Intensiva.
Este estudo tem a relevância de trazer informações sobre a assistência a puérperas com
Covid-19, com base nos estudos de artigos publicado, destacando os avanços da área da saúde
na assistência à essas puérperas e a importância da capacitação contínua dos profissionais de
saúde garantindo uma assistência de qualidade e segura para o binômio.
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14