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Brazilian Journal of Development 68673

ISSN: 2525-8761

Pneumonia viral: principais sintomas, fisiopatologias, diagnóstico,


tratamento e prevenção

Viral pneumonia: main symptoms, pathophysiology, diagnosis,


treatment and prevention
DOI:10.34117/bjdv7n7-172

Recebimento dos originais: 07/06/2021


Aceitação para publicação: 02/07/2021

Andréa Paula da Silva Melo


Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Goiatuba – UniCerrado
Rodovia GO 320, s/n - Bairro Jardim Santa Paula - Goiatuba-Goiás - CEP:75600-000
E-mail: andreapsmelo23@alunos.unicerrado.edu.br

Soraya Mendonça de Freitas Carnaúba


Especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família e Enfermagem do
Trabalho
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Goiatuba – UniCerrado
Rodovia GO 320, s/n - Bairro Jardim Santa Paula - Goiatuba-Goiás - CEP:75600-000
E-mail: sorayacarnauba@unicerrado.edu.br

RESUMO
Conceituar pneumonia e identificar seus sintomas, bem como as intervenções necessárias
para as medidas preventivas, diagnóstico, tratamento, incidência e mortalidade. Trata-se
de uma revisão da literatura narrativa, com uma análise bibliográfica referente aos
trabalhos já publicados sobre pneumonia viral afim de identificar seus sintomas, bem
como as intervenções necessárias para as medidas preventivas, diagnóstico, tratamento,
incidência e mortalidade, com a coleta de dados online realizada nos meses de janeiro e
parte de março de 2021. Por meio de levantamento bibliográfico e análise dos dados
sistematizados. Os critérios usados para a inclusão da coleta dos artigos foram: artigos
completos; publicados no período entre 2009 a 2020; a disposição nos idiomas português
e inglês.

Palavras Chaves: pneumonia, pneumonia viral, sintomas, medidas preventivas.

ABSTRACT
Conceptualize pneumonia and identify its symptoms, as well as the necessary
interventions for preventive measures, diagnosis, treatment, incidence and mortality. It is
a review of the narrative literature, with a bibliographic analysis referring to the works
already published on viral pneumonia in order to identify its symptoms, as well as the
necessary interventions for preventive measures, diagnosis, treatment, incidence and
mortality, with the collection of online data carried out in the months of January and part
of March 2021. Through bibliographic survey and analysis of systematized data. The
criteria used to include the collection of articles were: complete articles; published in the
period from 2009 to 2020; available in Portuguese and English.

Keywords: pneumonia, viral pneumonia, symptoms, preventive measures.

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1 INTRODUÇÃO
A pneumonia é uma infecção que afeta sobretudo os pulmões fazendo que a
imunidade do infectado diminuía de forma prejudicial. Diferentes tipos de vírus podem
acometer os pulmões e causar a pneumonia, infectando de forma significativa idosos,
crianças e adultos, imunodeprimidos ou não.
Sendo uma infecção que acomete as trocas gasosas a nível alveolar, causando
inflamação do parênquima pulmonar sendo infecção do trato respiratório. É comum a
pneumonia afetar o homem predominando a de causa viral, também acomete o trato
respiratório baixo causando bronquiolite, bronquite e pneumonia. Os tipos de pneumonias
virais observados foram a pneumonia comunitária, influenza A e B, pneumonia em
lactentes, paramyxoviridae e pneumonia por corona vírus (FIGUEIREDO, 2009).
As viroses respiratórias podem ser divididas em dois grandes grupos de acordo
com o tipo de ácido nucleico presente no vírus: grupo RNA (mixoviroses, picornaviroses,
reoviroses, arenaviroses, coronaviroses e togaviroses) e o grupo DNA (poxviroses,
papovaviroses, adenoviroses e herpesviroses). Existem também outros vírus que podem
causar pneumonias virais são: vírus do herpes simples (VHS), varicela-zoster, sarampo,
adenovírus, citomegalovírus (CMV), Epstein-Barr, hantavírus e coronavírus. (MAEDA;
NORONHA, 2010).
As pneumonias continuam sendo uma das principais causas de mortalidade em
países desenvolvidos, mesmo apesar dos avanços obtidos nas técnicas em diagnóstico e
tratamento. As maiores incidências de infecção por pneumonia estão concentradas nos
extremos da faixa etária, principalmente em menores de cinco anos e maiores de 70 anos
(LEAL; KISSMAN; FRANCO, 2012).
A cepa H1N1 do vírus influenza A, que deu origem à pandemia iniciada em 2009
(MAEDA; NORONHA, 2010), que é geneticamente conciliação do vírus da influenza
suína, aviária e humana. Com a atual pandemia do novo corona vírus (COVID-19),
denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções
assintomáticas a quadros graves, seu principal sintoma é a presença da pneumonia
comprometendo o trato respiratório. O novo vírus se propaga através do ar.
Diante das inúmeras formas de contrair a pneumonia, no ano de 2020 preocupa-
se com a infecção por meio do Covid-19, dados da Comissão Nacional de Saúde da China
demonstraram que em fevereiro de 2020, em Wuhan, cerca de 15% dos pacientes
diagnosticado com Covid-19 desenvolveram pneumonia grave e 6% necessitaram de

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suporte ventilatório não invasivo ou invasivo, resultando em um possível aumento do


número de pacientes com pneumonia (NASCIMENTO; FARAH, 2020).
É necessária uma implementação de medidas preventivas que visem melhorar o
conhecimento da técnica e conscientização, visando a diminuição da infecção. A
incidência de pneumonia viral tem aumentado de forma significativa nos últimos anos e,
dependendo da virulência do agente em questão e das comorbidades do paciente, sua
apresentação pode variar desde uma forma leve e autolimitada até casos extremamente
graves, como insuficiência respiratória. Diante disso o objetivo do presente artigo é
elucidar todos os aspectos da pneumonia viral e apresentar qual será o melhor método de
prevenção e estratégias terapêuticas, colaborando no conhecimento do perfil
epidemiológico e suas gravidades.

2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com a coleta de dados online
realizada nos meses de janeiro e parte de março de 2021. Por meio de levantamento
bibliográfico e análise dos dados sistematizados. As buscas dos artigos foram realizadas
nas seguintes plataformas: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas bases de dados da
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), biblioteca
digital Scientific Electronic Library Online (SciELO), portais da Organização Mundial
da Saúde e Ministério da Saúde.
As palavras chaves empregadas foram: pneumonia, pneumonia viral, sintomas,
medidas preventivas. Os parâmetros utilizados para a escolha das palavras chaves
basearam- se em compatibilizar aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).
Os critérios usados para a inclusão dos artigos foram artigos completos;
publicados no período entre 2009 a 2020; a disposição nos idiomas português e inglês;
dispostos nas bases de dados mencionadas; que dissertaram sobre o acometimento da
pneumonia viral. Como critérios de exclusão, foram englobados artigos redigidos em
outros idiomas que não os mencionados acima e aqueles cuja informação dada pelo
‘resumo’ não davam resposta às necessidades da pesquisa, ou que após a sua leitura
integral, não mostravam conter informação pertinente para o trabalho.
A busca ativa inicial pelos resumos dos artigos que respondiam aos descritores
adotados e, selecionados aqueles que mencionavam fatores relacionados as pneumonias
virais e as intervenções necessárias para as medidas preventivas, diagnóstico, tratamento,
incidência e mortalidade.

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3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 PNEUMONIA VIRAL
A pneumonia (PN) é uma infecção do parênquima pulmonar que resulta do
processo da proliferação dos patógenos nos espaços alveolares e da resposta do
hospedeiro a estes agentes patogênicos. Pode ser causada por bactérias, vírus e fungos
(KASPER; FAUCI, 2015).
A pneumonia pode ser classificada de acordo com o local de aquisição
(comunitária e hospitalar), tempo de evolução (aguda e crônica), tipo de
comprometimento (lombar, infiltrado intersticial, broncopneumonia e derrame pleural)
15 e provável agente causador (infeciosos: fungos, bactérias, vírus, protozoários e
helmintos; e não infecioso: produtos químicos, alergias, neoplasias) (BRASIL, 2007).
Desse modo, é de extrema importância destacar as características
epidemiológicas, individuais, físicas, socioeconômicas e sanitárias diante do indivíduo,
onde o seu surgimento poderá ter efeitos mais negativos em grupos populacionais
específicos (NASCIMENTO; FARAH, 2020).
A maioria dos casos ocorre no inverno, em populações enclausuradas e nos
portadores de comorbidades, especialmente, doença cardíaca ou pulmonar. (MAEDA;
NORONHA, 2010).
Quanto aos sintomas, Figueiredo (2009) relata que, a pneumonia apresenta sinais
diferentes de uma para outra, e por isso é equivocadamente comparada a outras doenças,
como gripes, resfriados, bronquite, bronquiolite e asma, a observação no tempo de cura é
essencial para a identificação da doença. A identificação precoce do agente etiológico é
importante para o tratamento, inclusive para a seleção dos antibióticos adequados.
São vários os vírus reconhecidos como causadores de pneumonias. Podem ser
subdivididos naqueles que causam doença em indivíduos imunocompetentes, objeto deste
artigo de revisão, e nos que atuam de forma oportunista, na vigência de imunodeficiência.
Também, as etiologias de pneumonias virais entre imunocompetentes dependem da época
do ano, já que várias dessas viroses são sazonais, com predomínio no inverno, ou mesmo
epidêmicas, e também dependem do uso de abordagens diagnósticas sensíveis e
confiáveis para a detecção viral, sendo que, aqui, entram os métodos moleculares de
detecção genômica. São tradicionalmente conhecidos como causadores de pneumonia os
vírus influenza A e B; parainfluenza 1, 2 e 3; RSV; e adenovírus (FIGUEIREDO, 2009).
As viroses respiratórias podem ser divididas em dois grandes grupos de acordo
com o tipo de ácido nucleico presente no vírus: grupo RNA (mixoviroses, picornaviroses,

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reoviroses, arenaviroses, coronaviroses e togaviroses) e o grupo DNA (poxviroses,


papovaviroses, adenoviroses e herpesviroses) (MAEDA; NORONHA, 2010).
A pneumonia viral pode ser aguda ou crônica. Os vírus da cinomose canina,
adenovírus canino, parainfluenza e calicivírus felino causam pneumonias virais agudas,
mas seus sintomas costumam ocorrer devido a uma infecção microbiana secundária, pois
os vírus por si só não ocasionam o quadro clínico (ALONSO, 2007).
Na pneumonia pelo coronavírus, pode ocorrer quadro de insuficiência respiratória
aguda e síndrome de angústia respiratória com alta taxa de mortalidade. Achados comuns
são linfopenia, trombocitopenia, elevação dos níveis de desidrogenase láctica e
creatinoquinase (MAEDA; NORONHA, 2010).
De acordo com a detecção rápida de antígenos, são testes rápidos realizados a
partir de espécimes de fácil obtenção, como swab ou lavado nasal. O exame de
ELISA (enzyme linked immunosorbent assay) está disponível para a maioria dos vírus
respiratórios patogênicos, sendo capaz de detectar antígenos virais, enquanto o método
de imunofluorescência necessita de células infectadas intactas (NETO; LEITE; BALDI,
2013).
Ambos os métodos têm sensibilidade e especificidade variada conforme o agente
em pesquisa. A especificidade para o vírus influenza sazonal, por exemplo, é próxima a
90%, e a sensibilidade é de 60%. Entretanto, quando o agente suspeito é o vírus influenza
H5N1, o rendimento é extremamente baixo, não sendo, portanto, recomendado para
confirmação da infecção por esse agente (NETO; LEITE; BALDI, 2013).
Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza A e B, parainfluenza,
adenovírus e o vírus do sarampo são os vírus responsáveis pelas pneumonias virais. Nos
menores de dois anos, o VSR, o parainfluenza 3 e o adenovírus são as causas mais comuns
de bronquiolite e pneumonia. O vírus parainfluenza 1 e 2 são os principais agentes
etiológicos em crianças maiores, nas quais podem causar laringotraqueobronquite (crupe)
(MAEDA; NORONHA, 2010).
Nos adultos, as três etiologias mais frequentes de pneumonias virais são o vírus
da influenza, VSR e o vírus parainfuenza (VPI), sendo o vírus influenza tipos A e B
responsáveis pela maioria das pneumonias virais adquiridas na comunidade (MAEDA;
NORONHA, 2010).
Os vírus influenza A e B são responsáveis por cerca de 50% das pneumonias virais
em adultos ocorridas na comunidade. Seu impacto é maior em idosos e em outras
populações de risco, como gestantes, imunossuprimidos e portadores de doenças

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crônicas, principalmente cardíacas e pulmonares. Esses vírus são responsáveis por


aproximadamente 4 a 8% das pneumonias em adultos saudáveis, com taxas maiores sendo
encontradas durante surtos e epidemias (NETO; LEITE; BALDI, 2013).
Outros vírus que podem causar pneumonias virais são: vírus do herpes simples
(VHS), varicela-zoster, sarampo, adenovírus, citomegalovírus (CMV), Epstein-Barr,
hantavírus e coronavírus (MAEDA; NORONHA, 2010).
O tratamento das pneumonias por vírus depende da gravidade do quadro e do
agente infectante. Medidas gerais de suporte, especialmente aquelas com ventilação, para
tratamento da hipóxia, podem ser críticas para a sobrevida do paciente. A alta frequência
com que infecções bacterianas se associam às virais faz com que antibióticos, após a
análise microbiológica, possam estar indicados nesses casos. A terapia antiviral está
indicada nos casos graves e em imunocomprometidos, baseada nos testes de diagnóstico
para vírus. Essa terapia costuma mostrar-se mais eficaz quando iniciada precocemente,
ao surgimento da sintomatologia (FIGUEIREDO, 2009).
O tratamento deve ser realizado com medidas de suporte, como suplementação de
oxigênio, analgésicos, antipiréticos e terapia antiviral em casos selecionados. As
substâncias aprovadas para o tratamento da infecção por influenza são amantadina,
rimantadina, oseltamivir e zanamivir (NETO; LEITE; BALDI, 2013).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo elaborado conclui que os vírus desencadeadores da pneumonia viral são
responsáveis por gripes e resfriados, como o Influenza A, B ou C, H5N1, H1N1 e até
mesmo o novo coronavírus do COVID-19. Ademais, a parainfluenza, adenovírus e vírus
sincicial respiratório também podem ser agentes desencadeantes da pneumonia.
Verificou-se que são vários os agentes causadores da referida doença. A maioria dos casos
ocorre no inverno, em populações enclausuradas e nos portadores de comorbidades,
sendo que seu impacto é maior em idosos e em outras populações de risco, como
gestantes, imunossuprimidos e portadores de doenças crônicas, principalmente cardíacas
e pulmonares.

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REFERÊNCIAS

ALONSO, J. A. M. Enfermidades Respiratórias em Pequenos Animais. 1ª ed. São


Paulo: Interbook, 2007.

BRASIL, Diretrizes brasileiras em pneumonia adquirida na comunidade em pediatria.


Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2007.

FIGUEIREDO, Luiz Tadeu Moraes. Pneumonias virais: aspectos epidemiológicos,


clínicos, fisiopatológicos e tratamento. Jornal Brasileiro de Pneumonologia. [S. l.], p.
1-906, 26 jan. 2009.

KASPER, D. L.; FAUCI, A.S. Doenças infecciosas de Harrison. 2.ed. Porto Alegre:
AMGH, 2015.

LEAL, R; KISSMAN, G; FRANCO, C. A. Pneumonias adquiridas na comunidade. Jornal


Brasileiro de medicina. n.100, p. 7-14, nov/dez. Rio de Janeiro, 2012.

MAEDA, Teresinha Y.; NORONHA, Arnaldo José. O pulmão e as infecções


virais. Revista Hospital Pedro Ernesto, Revista Hospital Pedro Ernesto, UERJ, v. 9, ed.
n. 2, 9 dez. 2010. Disponível em: https://www.e-
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NASCIMENTO, Rodrigo Tojal; FARAH, Lino Eduardo. Perfil Epidemiológico de


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NETO, Ozéas Galeno da Rocha; LEITE, Ricardo Ferreira; BALDI, Bruno Guedes.
Atualização em pneumonia comunitária viral. Revista da Associação Médica Brasileira,
[s. l.], v. Volume 59, p. 78-84, Fevereiro 2013. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0104423013705669?via%3Dihub.
Acesso em: 22 maio 2021.

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