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MECANISMOS DE

AGRESSAO E DEFESA

EPIDEMIOLOGIA MICROBIANA
Prof. Rodrigo Niskier
EPIDEMIOLOGIA

Epidemiologia é o estudo da distribuição e dos


determinantes de eventos de saúde e doença
em populações, e a aplicação desse estudo para
o controle e prevenção de doenças.
•A epidemiologia na microbiologia médica é
importante para a identificação de fatores de
risco, determinação da incidência e
prevalência de doenças infecciosas, detecção
de surtos epidêmicos, planejamento de
intervenções e avaliação de medidas
EPIDEMIOLOGIA preventivas.
•Também permite o monitoramento de
doenças infecciosas em tempo real, a
identificação de novas ameaças à saúde e a
avaliação da eficácia de intervenções de
saúde pública.
Vigilância epidemiológica para monitorar
casos de dengue, zika e chikungunya,
doenças endêmicas na região NE.

EPIDEMIOLOGIA Investigação de surtos de infecções


respiratórias, incluindo a COVID-19, para
- EXEMPLOS determinar a fonte de infecção e
controlar a disseminação.

Avaliação da eficácia da vacinação contra


o sarampo, que apresentou surtos em
alguns municípios do estado da PB em
2021.
Monitoramento da resistência
antimicrobiana em hospitais e
serviços de saúde, para garantir o uso
adequado de antibióticos e prevenir a
EPIDEMIOLOGIA - seleção de bactérias resistentes.
EXEMPLOS
Avaliação da eficácia de medidas
preventivas para doenças transmitidas
por alimentos, como a salmonelose,
que tem alta incidência no estado da
PB.
Incidência
e Fatores de
prevalênci risco
CONCEITOS a

BÁSICOS
Epidemia, Surto e
endemia, pandemia.
CONCEITOS BÁSICOS
Incidência: 
•É o número de novos casos de uma determinada
doença que surgem em uma população durante um
período de tempo específico.
•É calculada dividindo o número de novos casos pelo
tamanho da população em risco durante o período
de tempo considerado. 
•Exemplo: em 2021, foi registrada uma
incidência de dengue de 138 casos por 100.000
habitantes na Paraíba, indicando um aumento
no número de novos casos da doença no
estado.
CONCEITOS BÁSICOS
Prevalência: 
•É a proporção de indivíduos que
apresentam uma determinada doença em
uma população em um determinado
momento.
•É calculada dividindo o número de casos
existentes pelo tamanho da população
em risco no momento considerado.
CONCEITOS BÁSICOS
Prevalência: 
•A prevalência de COVID-19 na Paraíba em 2023 ainda
não foi determinada, pois a pandemia ainda está em
curso.
•No entanto, de acordo com o relatório epidemiológico
emitido pelo Ministério da Saúde em 20 de janeiro de
2023, foram notificados ao todo 7.110 casos
confirmados da doença na Paraíba desde o início da
pandemia.
•Considerando que a população total da Paraíba é de
8.844.000 habitantes, a prevalência de COVID-19 na
Paraíba desde o início da pandemia é de 0.80 casos
confirmados por cada 100 mil habitantes.
CONCEITOS BÁSICOS
Fatores de risco: 
•São características ou comportamentos que
aumentam a probabilidade de uma pessoa
desenvolver uma determinada doença.
•Exemplo: a falta de saneamento básico e de
acesso à água tratada é um fator de risco
importante para a incidência de doenças
transmitidas por água, como a cólera e a
hepatite A, que ainda são registradas em
algumas áreas rurais da Paraíba.
CONCEITOS BÁSICOS
SURTO:
•É definido como o aumento repentino e
inesperado de casos de uma determinada
doença em uma população específica em um
determinado período de tempo.
•Os surtos são caracterizados por um número
maior de casos do que o esperado para uma
determinada área geográfica ou população
durante um período específico.
Surto de sarampo em 2019: Em 2019,
houve um surto de sarampo na
Paraíba que afetou principalmente
jovens adultos. Foram notificados
mais de 150 casos confirmados da
CONCEITO doença.
S BÁSICOS Surto de dengue em 2020: Em 2020, a
Paraíba enfrentou um surto de
dengue com mais de 30.000 casos
notificados, um aumento significativo
em relação ao ano anterior.
Surto de meningite em 2018: Em 2018,
houve um surto de meningite na
Paraíba que afetou principalmente
crianças e adolescentes. Foram
notificados mais de 100 casos
CONCEITO confirmados da doença.

S BÁSICOS
Surto de Covid-19 em 2020-2021: A
pandemia do Covid-19 também afetou a
Paraíba, com um aumento significativo
no número de casos confirmados e
mortes relacionadas à doença durante o
período de um ano.
CONCEITOS BÁSICOS
Epidemia: 
É o aumento repentino e inesperado
do número de casos de uma
determinada doença em uma região
geográfica específica durante um
período de tempo limitado.
CONCEITOS BÁSICOS

A epidemia de dengue na Paraíba entre 2017 e 2022:


• De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, foram
registrados cerca de 28.100 casos confirmados da doença na
Paraíba nesse período, resultando em uma taxa de incidência de
3,14 casos por cada 100 mil habitantes. 
• Além disso, foram registrados 89 óbitos, resultando em uma taxa
de mortalidade de 0,10 óbitos por cada 100 mil habitantes.
CONCEITOS BÁSICOS
Endemia:
•É a presença constante e habitual de uma doença
em uma determinada área geográfica.
•Exemplo: A principal doença endêmica na
Paraíba é a esquistossomose, também
conhecida como “barriga d’água”. De acordo
com o relatório epidemiológico emitido pelo
Ministério da Saúde em 2021, foram notificados
ao todo 8.823 casos confirmados da doença na
Paraíba desde o início da epidemia, resultando
em uma taxa de incidência de 0.99 casos por
cada 100 mil habitantes. Óbitos: 28.
CONCEITOS BÁSICOS
Pandemia: 
•É a ocorrência de uma doença infecciosa em
níveis muito elevados em várias partes do
mundo simultaneamente. 
•Exemplo: a pandemia de COVID-19, que
começou em 2020, afetou
significativamente a Paraíba, com um
aumento no número de casos,
hospitalizações e óbitos relacionados à
doença em todo o estado.
CONCEITOS BÁSICOS
•Pandemia de H1N1 de 2009-2010, também conhecida como gripe
suína.
•Esta pandemia foi causada por um novo vírus da gripe, o vírus
H1N1, que se espalhou rapidamente em todo o mundo, resultando
em mais de 18 milhões de casos e mais de 200 mil mortes.
•A pandemia foi declarada oficialmente em 11 de junho de 2009 pela
Organização Mundial da Saúde, e acabou em 10 de agosto de 2010.
CONCEITOS BÁSICOS
•A pandemia de H1N1 na Paraíba foi caracterizada por um surto
inicial, seguido por um período de estabilização, e posteriormente
uma segunda onda em 2010.
•De acordo com o relatório epidemiológico emitido pelo Ministério
da Saúde, foram notificados ao todo 1.715 casos confirmados da
doença na Paraíba desde o início da epidemia, resultando em uma
taxa de incidência de 0.19 casos por cada 100 mil habitantes.
•Foram registrados 8 óbitos.
CONCEITOS BÁSICOS
•A pandemia de H1N1 na Paraíba foi caracterizada por um surto
inicial, seguido por um período de estabilização, e posteriormente
uma segunda onda em 2010.
•De acordo com o relatório epidemiológico emitido pelo Ministério
da Saúde, foram notificados ao todo 1.715 casos confirmados da
doença na Paraíba desde o início da epidemia, resultando em uma
taxa de incidência de 0.19 casos por cada 100 mil habitantes.
•Foram registrados 94 óbitos.
MÉTODOS DE ESTUDOS.

•Estudos de Casos e Controles:


•Comparação de indivíduos com a doença (casos) e sem a doença (controles),
buscando identificar fatores de risco que possam estar associados à infecção.
•Por exemplo, um estudo de casos e controles pode ser realizado para identificar
os fatores de risco para a ocorrência de leptospirose em uma região da Paraíba,
comparando indivíduos infectados com indivíduos não infectados.
MÉTODOS DE ESTUDOS.

•Estudos de Coorte:
•Acompanhamento de indivíduos expostos e não expostos a determinado fator de
risco para uma infecção, buscando identificar a ocorrência da doença e sua relação
com o fator de risco.
•Por exemplo, um estudo de coorte pode ser realizado para avaliar a eficácia da
vacinação contra a hepatite B em profissionais de saúde da Paraíba expostos a
riscos ocupacionais.
MÉTODOS DE ESTUDOS.

•Estudos Transversais:
•Coleta de dados de uma população em um momento específico, buscando
identificar a prevalência da infecção e seus fatores de risco associados.
•Por exemplo, um estudo transversal pode ser realizado para avaliar a
prevalência de infecção por HIV entre a população carcerária da Paraíba.
MÉTODOS DE ESTUDOS.

•Vigilância Epidemiológica:
•Monitoramento sistemático e contínuo da ocorrência de doenças infecciosas em
uma determinada região, buscando identificar surtos e epidemias e tomar medidas
para prevenção e controle da doença.
•Por exemplo, a vigilância epidemiológica pode ser utilizada para monitorar a
incidência de dengue na Paraíba e tomar medidas para prevenir a disseminação
da doença.
MÉTODOS DE ESTUDOS.

•Estudos de Surto:
•Investigação de um surto de doença infecciosa em uma determinada população,
buscando identificar a fonte de infecção e as medidas necessárias para prevenir sua
disseminação.
•Por exemplo, um estudo de surto pode ser realizado para investigar a disseminação
de uma infecção por norovírus em um hotel na Paraíba, identificando a fonte de
contaminação e as medidas necessárias para controlar a disseminação da doença.
FONTES DE DADOS

Dados de Notificação:

Dados coletados a partir da notificação de casos de doenças infecciosas por profissionais


de saúde ou laboratórios, buscando identificar a ocorrência de surtos e epidemias.
• Por exemplo, a Secretaria de Saúde da Paraíba pode coletar dados de notificação de casos de leptospirose
para identificar a ocorrência de surtos em determinadas regiões do estado.
FONTES DE DADOS

•Dados de Laboratório:
•Dados coletados a partir de exames laboratoriais para identificação de patógenos
em amostras clínicas, buscando identificar a ocorrência de infecções e sua
distribuição geográfica.
•Por exemplo, laboratórios de análises clínicas da Paraíba podem coletar dados
de testes de PCR para identificar a ocorrência de infecções por SARS-CoV-2 em
determinadas regiões do estado.
FONTES DE DADOS

•Dados de Registro Civil:


•Dados coletados a partir de registros de óbitos em cartórios, buscando identificar a
mortalidade por doenças infecciosas e sua distribuição geográfica.
•Por exemplo, a Secretaria de Saúde da Paraíba pode coletar dados de registro
civil para identificar a mortalidade por doenças infecciosas, como a dengue, em
determinadas regiões do estado.
FONTES DE DADOS

•Dados de Pesquisas de Saúde:


•Dados coletados a partir de pesquisas de saúde com a população, buscando
identificar a prevalência de doenças infecciosas e seus fatores de risco associados.
•Por exemplo, pesquisadores da Paraíba podem coletar dados de pesquisas de
saúde para avaliar a prevalência de infecção por Chagas em áreas rurais do
estado.
FONTES DE DADOS

•Dados de Sistemas de Informação em Saúde:


•Dados coletados a partir de sistemas de informação em saúde, como o Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), buscando identificar a ocorrência de
doenças infecciosas e sua distribuição geográfica.
•Por exemplo, a Secretaria de Saúde da Paraíba pode coletar dados do SINAN
para identificar a ocorrência de casos de infecção por influenza em
determinadas regiões do estado.
DESAFIOS DA EPIDEMIOLOGIA

•Identificação de novos patógenos:


•Um dos principais desafios é a identificação de novos patógenos que possam causar
doenças infecciosas.
•Por exemplo, em 2014, a Paraíba enfrentou um surto de infecção por
chikungunya, um vírus que não era comum na região até então.
DESAFIOS DA EPIDEMIOLOGIA

•Resistência antimicrobiana:
•A resistência antimicrobiana é um problema crescente em todo o mundo e é um
grande desafio para a epidemiologia na microbiologia médica.
•Por exemplo, a Paraíba tem apresentado altos índices de resistência
antimicrobiana em bactérias, como a Klebsiella pneumoniae.
•Falta de recursos:
•A falta de recursos, como equipamentos e
insumos, pode ser um desafio para a
DESAFIOS DA epidemiologia na microbiologia médica,
EPIDEMIOLOGI especialmente em regiões com recursos limitados.

A •Por exemplo, em algumas áreas da Paraíba,


a falta de recursos pode dificultar a coleta e
análise de amostras clínicas para
identificação de patógenos.
•Falta de educação e conscientização:
•A falta de educação e conscientização sobre
medidas de prevenção e controle de infecções
DESAFIOS DA pode levar a surtos e epidemias de doenças
EPIDEMIOLOGI infecciosas.

A •Por exemplo, em algumas regiões da


Paraíba, a falta de conscientização sobre
medidas preventivas pode contribuir para a
propagação de doenças, como a dengue.
•Dificuldade na coleta de dados:
•A coleta de dados confiáveis e abrangentes pode
ser um desafio para a epidemiologia na
DESAFIOS DA microbiologia médica, especialmente em regiões
com recursos limitados.
EPIDEMIOLOGI
•Por exemplo, em algumas áreas da Paraíba,
A a coleta de dados pode ser dificultada pela
falta de sistemas de informação em saúde
eficientes ou pela falta de recursos para
realizar pesquisas de saúde.

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