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DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA

CURSO: FISIOTERAPIA
ACADÊMICA: VALQUIRIA TROMBINI MARTINS

EPIDEMIOLOGIA EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE

JI -PARANÁ
2020
INFORMAÇÃO– TED N2
Considerando Plano de Desenvolvimento da Disciplina e seus Descritores abaixo:
Unidade: Medidas em Saúde Coletiva e Método Epidemiológico

Habilidade: Conhecer a frequência, distribuição e determinantes dos eventos

Descritor: Conhecer o problema epidemiológico, fontes, pensamentos e verificação de


hipóteses

Detalhamento do conteúdo: Conhecer o problema epidemiológico, fontes, pensamentos e


verificação de hipóteses.

Estratégia: Investigação em fontes de informação de medidas, frequências e


determinantes de eventos através de indicadores.

Epidemiologia em Vigilância em Saúde

Neste exercício trataremos da construção de medidas de prevalência e de


incidência para duas doenças crônicas selecionadas.

OBJETIVO TED – N2:


Compreender o significado e a forma de cálculo de duas das principais
medidas utilizadas na vigilância;


Entender a importância dos princípios da epidemiologia descritiva (pessoa,
lugar e tempo) na investigação de uma determinada patologia.
Questão 1 – Indicadores

Os Indicadores e Dados Básicos para a Saúde (IDB) representam o produto de


uma ação integrada, diretamente trabalhado pelas instituições responsáveis pelos
principais sistemas de informação de base nacional utilizados - Ministério da
Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Ministério da Previdência Social.

Para esta questão acesse o link dos “Indicadores e Dados Básicos - Brasil –

2012”, no site do DATASUS http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm Siga os

passos:

A) Indicadores de Morbidade – Taxa de Incidência de Dengue

1. Clicar em “D. Indicadores de Morbidade”.

2. Localize na tela a Taxa de incidência de doenças não transmissíveis


“D2”

3. Clicar em “Taxa de incidência de Dengue – D.2.3”.

4. Selecione:

5. Linha: Unidade de Federação

6. Coluna: não ativa

7. Selecione todo o conteúdo: Taxa de incidência – casos novos –


população

8. Período disponível: 2012

9. Vá até o final da página e click “mostrar” Será gerado uma página

com dados “taxas de incidência”.

Agora você deverá observar e conhecer:

I. Taxa de incidência de Dengue: total, maior e menor (Preencher quadro 1)


II. Taxa de incidência de Dengue: Rondônia (Preencher quadro 1)

B) Ficha de Qualificação

Após isso você deve acessar a “Ficha de Qualificação” deste indicador e


transcreva no quadro 2 a conceituação, interpretação, usos, limitações, fonte e
método do cálculo.

Quadro 2 – Taxa de Incidência de dengue por unidade de Federação, 2012 casos por
100.000 habitantes
Taxa de Incidência Total Maior Menor
Taxa 301,47 1.100,65 1,44
Estado Rio de Santa-
Janeiro Catarina
Rondônia 205,03
Fonte: RIPSA-MS-IDB,2012.

Quadro 1 – Taxa de Incidência de dengue por unidade de Federação, 2012


Tabela 1
Taxa de Prevalência para
Dengue QUALIFICAÇÃO
UF, 2012
Conceituação

Número de casos novos confirmados de dengue


(clássico e febre hemorrágica da dengue – códigos
A90-A91 da CID-10), por 100 mil habitantes, na
população residente em determinado espaço
geográfico, no ano considerado.
A definição de caso confirmado de dengue baseia-se
em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para
orientar as ações de vigilância epidemiológica da
doença em todo o país.
Interpretação

Estima o risco de ocorrência de casos de dengue, em


períodos endêmicos e epidêmicos, numa determinada
população em intervalo de tempo determinado.
Está relacionada à picada do mosquito Aedes
aegypti infectado com o vírus da dengue (grupo dos
flavivírus), dos sorotipos 1, 2, 3 ou 4.
Estão associadas a condições socioambientais
propícias à proliferação do Aedes aegypti e a
insuficientes ações de controle vetorial.
As taxas de incidência não padronizadas por idade
estão sujeitas à influência de variações na
composição etária da população, o que exige cautela
nas comparações entre áreas e para períodos distintos.

Usos

Analisar variações populacionais, geográficas e


temporais na distribuição dos casos confirmados de
dengue, como parte do conjunto de ações de
vigilância epidemiológica e ambiental da doença.
Contribui para a avaliação e orientação das medidas
de controle vetorial do Aedes aegypti.
Subsidiar processos de planejamento, gestão e
avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas
ao controle de doenças de transmissão vetorial.

Limitações Depende das condições técnico-operacionais do


sistema de vigilância epidemiológica, em cada área
geográfica, para detectar, notificar, investigar e
realizar testes laboratoriais específicos para a
confirmação diagnóstica de casos de dengue.

Pode apresentar subnotificação devido a


dificuldades para identificar as formas clínicas leves e
moderadas, que constituem a maioria dos casos de
dengue. Em situações epidêmicas, esses casos tendem
a ser confirmados apenas em base clínico-
epidemiológica, o que impõe atenção na análise de
séries temporais.
Os dados utilizados neste indicador não estão
desagregados por formas clínicas (dengue clássico e
febre hemorrágica da dengue) nem por tipos de vírus
circulantes.

Fonte

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em


Saúde (SVS): base de dados do Sistema Nacional de
Vigilância Epidemiológica: boletins de notificação
semanal e Sistema de Informação de Agravos de
Notificação – Sinan (a partir de 1998) e base de
dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Método do Cálculo Número de casos novos confirmados de
dengue(todas as formas)em residentes/ populações
total residente no período determinado X 100.000

Fonte: RIPSA-MS-IDB,2012.

C) Observação, crítica e reflexão

Agora entendendo a situação da dengue no País e no estado de Rondônia, faça


uma reflexão comparando as taxas e se posicione quanto a taxa do estado de
Rondônia, mencione hipótese de causas e ações que possam ser apropriadas para
redução de casos na região e qual é o papel do fisioterapeuta nesse processo.

A dengue é a doença de maior frequência em varias regiões, acarretando


inúmeros óbitos e internações por ano. Pode-se prevenir a incidência desses focos
tendo medidas drásticas . O profissional da fisioterapia é de suma importância
na atenção do controle da dengue desenvolvendo atividades de promoção,
prevenção e atenção ao doente. As equipes de atenção básica á saúde assim como
o fisioterapeuta precisam elaborar atividades referentes a educação em saúde,
observações domiciliares ou em espaços comunitários junto com recomendações
sobre a propagação de criadouros dos mosquitos.

Questão 2 – Magnitude de doenças crônicas

A partir das informações fornecidas abaixo, analise a magnitude de duas


condições crônicas em uma cidade hipotética através do cálculo de medidas de
incidência e de prevalência.

Informações para análise:

Na cidade UNISL, o gestor de saúde definiu como importante implantar ações


estratégicas de prevenção e tratamento para doença hipertensiva e para nefropatia
diabética em pessoas acima de 50 anos. Tendo isso em foco, foi decidido começar
analisando a magnitude destas doenças através do cálculo das medidas de
incidência em cinco anos e prevalência no início e ao fim de cinco anos.

População alvo:

- 6.000 pessoas com mais de 50 anos

- 2.700 com história prévia de hipertensão arterial (HA)

- 240 com nefropatia diabética Acompanhamento:

• Ano 1 – 100 casos novos de HA

– 30 casos novos de nefropatia diabética


• Ano 2 – 120 casos novos de HA

– 20 casos novos de nefropatia diabética

• Ano 3 – 90 casos novos de HA

– 10 casos novos de nefropatia diabética

Ano 4 – 110 casos novos de HA

– 15 casos novos de nefropatia diabética

• Ano 5 – 150 casos novos de HA

– 10 casos novos de nefropatia diabética

Calcule:

a) Prevalência de hipertensão arterial anterior ao início de acompanhamento

2.700/6.000= 0,45= 0,45 %

b)Prevalência de nefropatia diabética anterior ao início de acompanhamento

240/6.000=0,04 x 100= 4%

c)Incidência acumulada de hipertensão arterial ao final do 5º ano de estudo


6.000 – 2 .700 = 3.300 indivíduos.
Total de casos novos de hipertensão arterial ao final do 5 º ano de
estudo=
100 + 120 + 90 + 110 + 150 = 570 indivíduos.
570 /3.300 x 100 = 17 ,3% dos indivíduos a cada 100 habitantes com
mais de 50 anos nos 5 anos de estudo.

d)Incidência acumulada de nefropatia diabética ao final do 5º ano de estudo


6.000 –240= 5.760
Total de casos novos de nefropatia diabética ao final do 5º ano de
estudo:
30 + 20 + 10 + 15 + 10 = 85.
85/5 .760 x 100 = 1,5% (1,476%) dos indivíduos ou 1,5 a cada 100
habitantes com mais de 50 anos nos 5 anos de estudo.

e)Prevalência de hipertensão arterial ao final dos 5 anos do estudo


3.270/6.000 x100= 54,5%
Total de casos no período: 2 .700 + 100 + 120 + 90 + 110 + 150 = 3 .270
População do estudo= 6.000

f)Prevalência de nefropatia diabética ao final dos 5 anos do estudo


325 /6.000x100 = 5,4% (5,416%)
Total de casos de no período: 240 + 30 + 20 + 10 + 15 + 10 = 325
População do estudo= 6.000

Simplifique e compreenda:

f.Gráfico, crie um gráfico de barras e insira os resultados

60
54.4
Chart Title
50
45

40

30

20 17.3

10
4 5.4
1.47
0
Prevalencia Prevalencia Incidencia Acumulada Incidencia Acumulada

H A Inical H A final Nefropatia Diabetica Inicial


Nefrepatia Diabetica Final Incidencia H A Nefropatia Diabetica

h-Interprete os dados deste exercício conforme seus resultados.


As prevalência de H A e Nefropatia Diabética aumentaram ao fim dos
5 anos
A incidência acumulada da HA ao final dos 5 anos ficou em 17.3%
A incidência acumulada da Nefropatia acumulada ao final dos 5 anos
ficou 1,47%
Sendo assim a incidência acumulada da Hipertensão Arterial foi maior
que a de Nefropatia Diabética .

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