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COLETA E ANÁLISE DE

DADOS EM SAÚDE
2022/1 – Prof.(a) Fernanda C. A. Quintela Castro
Referências
1. BONITA, R. Epidemiologia básica. 2ª ed. São Paulo: Santos. Cap.
2/Medindo saúde e doença
2010. 213 p.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/964545/mod_resource/
content/1/Bointa%20-%20epidemiologia%20basica.pdf
INDICADORES

É uma variável que pode ser medida DADO - É qualquer elemento


01 diretamente para refletir o estado de
saúde das pessoas dentro de uma
02 quantitativo ou qualitativo,
desvinculado de referencial explicativo,
comunidade. que por si só não conduz ao
entendimento da situação.

DADO – PRIMÁRIO E INFORMAÇÃO - É o produto da


03 SECUNDÁRIO 04 análise dos dados obtidos,
devidamente registrados, classificados,
organizados, relacionados e
interpretados dentro de um contexto
O grau de excelência de um indicador
deve ser definido por sua validade (capacidade de
medir o que se pretende) e confiabilidade
(reproduzir os mesmos resultados quando aplicado
em condições similares). Em geral, a validade de
um indicador é determinada por sua sensibilidade
(capacidade de detectar o fenômeno analisado)
e especificidade (capacidade de detectar somente o
fenômeno analisado).
EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO SITUACIONAL PLANO DE AÇÃO

Decidir

Processo de
Decisão
Decisão

Conhecimento

Informação curiosidade

Dados
PRINCIPAIS
INDICADORES
Coeficiente de incidência
Taxa de Ataque
Coeficiente de prevalência
Coeficiente de letalidade
Coeficiente de mortalidade geral
Coeficiente de mortalidade infantil
INCIDÊNCIA

Na expressão matemática do cálculo da taxa ou coeficiente de incidência, deve ser multiplicado por
múltiplos de 10. Dessa maneira, expressaremos a incidência por 1.000 , 10.000, 100.000 ou
1.000.000 de habitantes.
TAXA
DE
ATAQUE
PREVALÊNCIA
LETALIDADE %
COEFICIENTE
DE
MORTALIDADE
GERAL
MORTALIDADE
INFANTIL
CMIP/CMIT
RAZÃO DE
MORTALIDADE
PROPORCIONAL
TAXA DE
MORTALIDADE
POR CAUSA
A qualidade de um indicador depende das propriedades
dos componentes utilizados em sua formulação
(frequência de casos, tamanho da população em risco) e
da precisão dos sistemas de informação empregados
(registro, coleta, transmissão dos dados)
CURVA DE NELSON MORAIS – CURVA DE
MORTALIDADE PROPORCIONAL.

Representação gráfica da mortalidade proporcional por idade. O formato da curva


indica o nível sanitário da região:

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• I- Muito baixo (formaicons
including de N)
by Flaticon and infographics & images by Freepik
• II- Baixo (J invertido)
• III- Regular (forma de V)
• IV- Elevado (forma de J)
Segue a lógica de que as crianças raramente morrem,
a não ser que algo muito errado esteja ocorrendo.
CURVA DE NELSON MORAIS – CURVA DE MORTALIDADE
PROPORCIONAL
 Razão entre dois óbitos:
• Numerador é composto pelos óbitos ocorridos de
uma determinada faixa etária.
• Denominador é composto pelo total de óbitos
ocorridos em uma dada população, em um período
definido de tempo.
CURVA DE NELSON
 A distribuição dos óbitos é feito em cinco grupos
MORAIS – CURVA DE etários:
MORTALIDADE • Até 01 ano de vida
PROPORCIONAL • Entre 01 e 04 anos
• Entre 05 e 19 anos
• Entre 20 e 49 anos
• Adultos de meia idade e velhos (> 50 anos)
EXERCÍCIOS

VAMOS TREINAR!
● 1) Em 1/7/90, existiam 2.000 casos de tuberculose, em
tratamento, em um dado município. Sabendo-se que a sua
população, na época, era de quase 1,2 milhão de habitante, calcule
o número de casos de tuberculose em relação à população. Trata-
se de prevalência ou incidência?

● Trata-se de prevalência: 2.000/1.200.000 x 100.000 =


166,6/100.000 habitantes.
● 2) No ano de 1998, foram detectados 473 novos casos de
hanseníase nos serviços de saúde do Distrito Federal. No final
daquele ano, um total de 2.563 estava em tratamento contra o
bacilo de Hansen. Tomando-se estes números para os devidos
cálculos e admitindo-se uma população de 900 mil habitantes,
calcule a incidência e a prevalência.
● Inc. - 473/900.000 x 100.000= 52,5/100.000 habitantes.

● Preval. – 2.573/900.000x100.000=285,8/100.000 habitantes.


3) Entre 400 crianças acometidas de malária, nas quais não foi
instituído tratamento imediato, 48 faleceram na sequência do
episódio. Tal município, com 15.000 habitantes, passava por uma
epidemia de malária. A estimar a gravidade da doença, que tipo de
cálculo deve ser feito? Calcule.

Taxa de letalidade – 48/400 x 100%= 12%


● Em uma área de 320.000 habitantes, foram notificados cerca de
120 casos novos de tuberculose, em 2010. Outras 1200 pessoas
estavam em tratamento e, ao longo do mesmo ano, foram
observadas 50 curas e 30 óbitos relacionados ao problema.
Considerando esses dados calcule, por 10 mil, a incidência, a
prevalência e a letalidade no período.
● Inc. 120/320.000 x 10.000 =

● Preval. 1200 + 120 – 50 – 30= 1.240/ 320.000 x 10.000=


38,75/10.000 habitantes.
● Letalidade 30/ 1.200+120 x100 = 2,27%
EXERCÍCIOS

● Quais os fatores que influenciam na magnitude das taxas de


prevalência?
● Quais as principais diferenças entre incidência e prevalência?
● O que um erro do cálculo de incidências e prevalências pode
acarretar?
● Qual a importância de se conhecer as medidas de frequência para o
planejamento da saúde? Discrimine por medida de frequência.
https://blogs.iadb.org/brasil/pt-br/33-portais-para-voce-
ficar-por-dentro-da-saude-publica-e-gestao-em-saude-
no-brasil/

https://dados.gov.br/

1. Sobre a RIPSA –disponível em:


http://www.Ripsa.Org.Br/
• ripsa: indicadores básicos para a saúde no brasil: conceitos e
aplicações -
2008 - 2ª edição disponível em:
http://www.Ripsa.Org.Br/php/level.Php?Lang=pt&component=68&item=2
0
2.
•2. CDC - summary measures of population health – report of
findings on
methodologic and data issues. Hyattsville,ma,2003
Obrigada

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