Missão Chrisfapi

“Gerar, sistematizar e socializar o conhecimento

e o saber, por meio da oferta de serviços
educacionais de qualidade, comprometendo-se
com a sociedade, meio-ambiente e a cidadania.”
Epidemiologia e Sistema de Informação
em Saúde
Professora Mestra
Mykaele Cordeiro
Epidemiologia

• Epi (sobre) ; Demós (povo);

Logos
(palavra, discurso, estudo)

• Etimologicamente
“epidemiologia” significa:
• “Ciência do que ocorre com o
povo”
Conceito
Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade,
analisando a distribuição populacional e os fatores
determinantes do risco de doenças, agravos à saúde e eventos
associados à saúde, propondo medidas específicas de
prevenção, controle ou erradicação de enfermidades, danos ou
problemas de saúde e de proteção, promoção e recuperação da
saúde individual e coletiva, produzindo informação e
conhecimento para apoiar a tomada de decisão no
planejamento, na administração e na avaliação de sistemas,
programas serviços e ações de saúde” (Almeida Filho &
Rouquayrol, 2002)
 Objetivos da Epidemiologia

• Magnitude, a tendência e a • Proporcionar dados essenciais

distribuição dos problemas para o planejamento, e
de saúde em populações avaliação das ações de
humanas prevenção, controle e
tratamento das doenças, bem
• Descrever características como estabelecer prioridades
dos casos, formas clínicas,
modo de transmissão, • Identificar fatores de risco e
grupos de maior risco,
determinantes das
curso da doença etc...,
enfermidades e
quando da ocorrência de
agravos à saúde outros
um agravo desconhecido
Aplicações da Epidemiologia
• Estudo da frequencia
(QUANTO)

• Estudo da distribuição dos óbitos

segundo a cronologia (tempo –
QUANDO?)

• Estudo dos locais de ocorrência

(espaço – ONDE?)

• Estudo sobre a população

atingida (pessoas – QUEM?)
 Formas de Intervenção da Epidemiologia

• Identificar o agente causal ou fatores

• Estabelecer os métodos
e estratégias de controle
relacionados à causa dos agravos à dos agravos à saúde;
saúde;

• Definir os • Estabelecer medidas

modos de transmissão;
preventivas;
• Definir e determinar os fatores
• Auxiliar o planejamento e
contribuintes aos agravos à saúde; desenvolvimento de serviços
de saúde;
• Identificar e explicar os
padrões de distribuição geográfica • Prover dados para a
das doenças; administração e avaliação de
serviços de saúde.
 Aplicações da Epidemiologia em Saúde
Pública

• Descrever o espectro
clínico das doenças e sua • Testar a
história natural; efetividad
eficácia, a das
estratégias
e de
• Identificar fatores intervenção, assim
risco
de de uma doença como a qualidade,
e acesso e
grupos de indivíduos disponibilidade dos
que por serviços de
apresentam maior risco para
de saúde
serem atingidos controlar, prevenir
determinado agravo; e tratar os
agravos de saúde na
•Avaliar o quanto os comunidade
serviços de saúde
respondem aos problemas e
necessidades das
A saúde pública tem na epidemiologia o mais útil
instrumento para o cumprimento de sua missão de
proteger a saúde das populações
Introdução
• Dado - é definido como “um valor
quantitativo referente a um fato ou
circunstância”, “o número bruto que
ainda não sofreu qualquer espécie de
tratamento estatístico”, ou “a matéria-
prima da produção de informação”.

• Informação - é entendida como “o

conhecimento obtido a partir dos
dados”, “o dado trabalhado” ou “o
resultado da análise e combinação de
vários dados”, o que implica em
interpretação, por parte do usuário. É
“uma descrição de uma situação real,
associada a um referencial explicativo
sistemático”.
Sistema de Informação em Saúde
• Mecanismo de coleta, processamento, análise e
transmissão da Informação necessária para se planejar,
organizar, operar e avaliar os serviços de saúde.

• Considera-se que a transformação de um dado em

informação exige, além da análise, a divulgação, e inclusive
recomendações para a ação.
(OMS)
Sistema de Informação em Saúde
• Lei 8.080

• Conjunto de sistemas nacionais de informação de interesse para a

saúde, gerenciado por órgãos do Governo Federal.

• A operacionalização destes sistemas (coleta de dados,

alimentação dos sistemas) acontece nos municípios - transferir os
dados consolidados, numa periodicidade preestabelecida para
cada sistema
Sistema de Informação em Saúde

• SIS é composto por

diferentes Sub-
sistemas, que
produzem uma
enorme quantidade
de dados referentes
à atividades
setoriais em saúde,
gerando grandes
bancos de
nacionais dados
Sistema de Informação em Saúde:
DATASUS
Departamento de informática do Sistema Único de
Saúde

Administra Informações de Saúde:

Indicadores de saúde, assistência à

saúde, informações epidemiológicas
e de morbidade,

Informações sobre a rede de

assistência à saúde, estatísticas
vitais, informações demográficas e
socioeconômicas

Informações Financeiras: referentes

aos recursos do Fundo Nacional de
Saúde transferidos aos municípios
Sistema de Informação de Mortalidade-
SIM
DO: 3 Vias
• Instrumento -
Declaração de óbito( DO) A primeira deve ser
encaminhada ou
• Municípios em que não há recolhida pela SMS
médicos: DO preenchida em
cartório, duas testemunhas.

• SMS deve A segunda deve ser

mensalmente as entregue a família
encaminhar
informações de DO para
SES que repassará para o
Departamento de Análise A terceira fica
de Situação da Saúde , da arquivada no
Secretaria de Vigilância em prontuário do serviço
Saúde, 3 meses. onde ocorreu o
óbito
Relatórios do SIM
• Contém informações sobre as características
de pessoa, tempo e lugar, condições de óbito,
assistência prestada ao paciente, causas
básica e associada.

• Óbitos naturais em domicílio, o médico

assistente ou o Cartório de Registro Civil
devem providenciar o preenchimento da DO.

• Óbitos sem assistência médica, em via pública

ou por causas acidentais ou violentas devem
ser, encaminhados ao Serviço de Verificação
de Óbito ou o Instituto Médico Legal.
Sistema de Informação de Nascidos Vivos-
SINASC
Declaração de DN
• Informações são coletadas
pelo município;
A primeira deve ser
• Nascimentos ocorridos encaminhada ou
todo
em o País – tanto nos recolhida pela SMS ;
setores público e privado
da saúde como nos
domicílios.
A segunda, entregue
à família, que a levará
• lnstrumento é a declaração ao cartório para o
de nascido vivo (DN); pertinente registro de
nascimento;
• Após o nascimento,
no serviço onde
parto, um profissional
ocorreu o de
A terceira, deve ficar
saúde adequadamente arquivada no
treinado deve preencher prontuário do serviço
todos os campos da DN. de saúde responsável;
Formulários da DN
• DN é feito nos estabelecimentos de saúde que realizam partos e
nos Cartórios de Registro Civil para os partos domiciliares

• Os formulários da DN são distribuídos

nacionalmente pelo
Ministério da Saúde.

• Para cada nascido vivo deve ser preenchido uma DN. A 1ª via da
DN é entregue aos familiares para que levem ao Cartório de
Registro Civil.

• OBS: Não substitui certidão de

nascimento( registro de
nascimento)= cartório, pai ou responsável deve levar DN.
 Sistema de Informações de
Agravos Notificáveis-
SINAN
• Alimentado, principalmente,
• Diagnóstico dinâmico da
pela notificação e investigação ocorrência de um evento na
de casos de doenças e agravos população, podendo fornecer
que constam da lista nacional de subsídios para explicações
doenças de notificação causais dos agravos de
compulsória notificação compulsória, além
de vir a indicar riscos aos
• Obs: facultado quais as pessoas estão
a
sujeitas, contribuindo assim,
estados
municípios e
incluir outros para a identificação da
problemas de saúde realidade epidemiológica de
importantes em sua região, determinada área geográfica.
como varicela no estado de
Minas Gerais ou difilobotríase
no município de São Paulo.
Ficha de Notificação Individual
• Preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente
quando da suspeita da ocorrência de problema de saúde de
FIN notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou
municipal.

• Encaminhado aos serviços responsáveis pela informação

e/ou vigilância epidemiológica das SMS, que devem repassar
FIN semanalmente os arquivos em meio magnético para SES

• Caso não ocorra nenhuma suspeita de doença, as unidades de

saúde precisam preencher o formulário de notificação negativa,
que tem os mesmos prazos de entrega
Doenças de Notificação Compulsória
Lista de Notificação Compulsória – LNC
1. Acidentes por animais peçonhentos;
2. Atendimento antirrábico;
3. Botulismo;
4. Carbúnculo ou Antraz;
5. Cólera;
6. Coqueluche;
7. Dengue;
8. Difteria;
9. Doença de Creutzfeldt-Jakob;
10.Doença Meningocócica e outras Meningites;
11.Doenças de Chagas Aguda;
12.Esquistossomose;
13.Eventos Adversos Pós-Vacinação;
14.Febre Amarela;
Doenças de Notificação Compulsória
15. Febre do Nilo Ocidental;
16. Febre Maculosa;
17. Febre Tifóide;
18. Hanseníase;
19. Hantavirose;
20. Hepatites Virais;
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana -HIV em
gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical;
22. Influenza humana por novo subtipo;
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo
agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados);
24. Leishmaniose Tegumentar Americana;
25. Leishmaniose Visceral;
26. Leptospirose;
27. Malária;
28. Paralisia Flácida Aguda;
29. Peste;
30. Poliomielite;
31. Raiva Humana;
Doenças de Notificação Compulsória
32. Rubéola;
33. Sarampo;
34. Sífilis Adquirida;
35. Sífilis Congênita;
36. Sífilis em Gestante;
37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS;
38. Síndrome da Rubéola Congênita;
39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino;
40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus
(SARS-CoV);
41. Tétano;
42. Tuberculose;
43. Tularemia;
44. Varíola; e
45. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências.
Doenças de Notificação Compulsória
• Lista de Notificação Compulsória Imediata – LNCI
• I – Caso suspeito ou confirmado de:
1. Botulismo;
2. Carbúnculo ou Antraz;
3. Cólera;
4. Dengue nas seguintes situações:
- Dengue com complicações (DCC),
- Síndrome do Choque da Dengue (SCD),
- Febre Hemorrágica da Dengue (FHD),
- Óbito por Dengue
- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmissão endêmica
desse sorotipo;
5. Doença de Chagas Aguda;
• 6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no
território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como:
Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites
Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite
Japonesa, entre outras;
7. Febre Amarela;
8. Febre do Nilo Ocidental;
9. Hantavirose;
Sistema de Informações hospitalares- SIH
• Finalidade administrativa

• Sistematizar dados a partir da Autorização de Informação

Hospitalar (AIH)

• Pagamentos das internações aos hospitais

conveniados/contratados pelo SUS

• Traçar o perfil epidemiológico das internações.

Sistema de Informações Hospitalares-
SIH
Sistema de Informações Ambulatorial- SIA
• Transformar os dados ambulatoriais em informações relevantes
para subsidiar a tomada de decisões em saúde.
Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB
• PSF tem gerado uma quantidade significativa de dados.

• Desenvolvimento de um sistema especial para gerenciamento das

informações obtidas nas visitas às comunidades.

• SIAB: relatórios que auxiliarão as próprias equipes, as

unidades
Produz básicas de saúde ás quais estão ligadas e os gestores
municipais a acompanharem o trabalho e avaliarem a sua qualidade
Sistema de Informação em Saúde
• Apesar importância das
informações
da geradas por esses Sub-
sistemas, observa-se, de maneira
geral, que elas são muito pouco
utilizadas no processo de decisão-
controle.

•1. precário conhecimento sobre a

grande diversidade de bancos de
nacionais, estaduais e municipais;

•2. coleta de dados através de

sistemas compartimentalizados, com
pouca ou nenhuma articulação;

•3. complexidade dos dados

existentes
e da estrutura dos bancos;