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Prof.

Bruno Spalenza da Silva

Apostila de aulas praticas de


Parasitologia
Autora: Prof. Dra. Roberta Passamani

Colatina-ES
2017
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................1
NORMAS DE BIOSSEGURANÇA PARA LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA.......2
AULA I- PRINCIPAIS ECTOPARASITOS DE INTERESSE HUMANO...........................4
AULA II- DIFERENCIAÇÃO DE HEMÍPTEROS TRIATOMÍNEOS E MORFOLOGIA
DO TRYPANOSOMA CRUZI...................................................................................................5
AULA III- MORFOLOGIA DE LEISHMANIA E DO VETOR
FLEBOTOMÍNAE...................................................................................................................7
AULA IV- MORFOLOGIA E DIAGNÓSTICO DE GIARDÍASE, AMEBÍASE E
TRICHOMONÍASE.................................................................................................................8
AULA V- DIAGNÓSTICO IMUNOLOGICO E TOXOPLASMOSE..................................9
AULA IV- ESFREGAÇO SANGUINEO E DIAGNÓSTICO DE MALÁRIA....................10
AULA VI- EXAME PARASITOLOGICO DE FEZES (EPF)..............................................11
PREPARO DA AMOSTRA E SOLUÇÕES........................................................11
AULA VII- SEDIMENTAÇÃO EXPONTÂNEA (LUTZ, 1919; HOFFMANN, PONS E
JANER, 1934) .......................................................................................................................12
AULA VIII- SEDIMENTAÇÃO POR CENTRIFUGAÇÃO (METODO DO MIFC OU DE
BLAGG).................................................................................................................................13
AULA IX- FLUTUAÇÃO COM SOLUÇÃO DE SATURADA DE SULFATO DE ZINCO
(METODO de FAUST E COLS.)..........................................................................................14
AULA X- MORFOLOGIA DE TREMATODAS: SHISTOSOMA MANSONI E FACIOLA
HEPÁTICA ...........................................................................................................................15
AULA XI- MORFOLOGIA DE CESTODAS PARASITAS DO HOMEM.........................16
AULA XII- MORFOLOGIA DE NEMATÓIDES: ASCARIS LUMBRICÓIDES,
ENTEROBIUS VERMICULARES E TOXOCARA.................................................................17
TABELA DE IDENTIFIÇÃO DOS PRINCIPAIS CISTOS E OVOS DE PARASITAS
QUE ACOMETEM O HOMEM............................................................................................18
REFERENCIAS.....................................................................................................................19

II
INTRODUÇÃO

As parasitoses podem ser causadas por vários grupos de organismos tanto do reino Protista
quanto do reino Animalia. A parasitologia constitui uma importante área de estudo em saúde
pública visto que está aliada as condições de vida e saneamento básico, insatisfatórias ou
inexistentes. Além disto, o desconhecimento de princípios de higiene pessoal e de cuidados na
preparação dos alimentos facilita a infecção e predispõe a reinfecção em áreas endêmicas (Andrade
e cols., 2010).
Na América Latina e Caribe, cerca de 200 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da
pobreza; 2,4 bilhões não têm saneamento básico; um bilhão de adultos é analfabeto; 110 milhões de
crianças na idade escolar estão fora da escola; um bilhão de pessoas não tem acesso à água potável;
790 milhões não têm nutrição adequada. Todos estes fatores são considerados cruciais e
determinantes na incidência e prevalência de parasitos na população, tanto de zonas rurais como de
zonas urbanas (Andrade e cols., 2008; Ferreira, e cols., 2005).
Dentre os principais grupos de parasitas do homem encontrados no Brasil podemos destacar:
o Trypanosoma cruzi, Leishmania, Entamoeba histolytica, Giardia lamblia,
Toxoplasma gondii, Plasmodium e Trichomonas vaginalis representantes do Filo
Protozooa.
o Shistosoma mansoni, Fasciola hepatica, Hymenolepis nana, Taenia sp e
Echinococcus granulosus representantes do Filo Platyhelminthes.
o Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Ancylostoma sp,
Toxocara sp , Necator americanus, Strongyloides stercoralis, Wulchereria bancrofti
representantes do Filo Nematoda.
o Ectoparasitos como Pulgas, Piolhos, Carrapatos e Ácaros.
o Miíses causadas por larvas de Dipteros.
Os principais grupos de parasitos bem como os métodos de diagnóstico mais utilizados na disciplina
de Parasitologia serão discutidos e abordados durante as aulas. A elaboração desta apostila tem
como objetivo fornecer material de suporte aos alunos dos cursos de saúde para auxiliar na
identificação dos principais parasitos do homem em todas suas formas de vida e para realizar
procedimentos de diagnóstico parasitológico.

Atenciosamente

Prof. Bruno Spalenza da Silva


NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DO
LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA

1. GUARDAR OBJETOS PESSOAIS E MATERIAL ESCOLAR NO ARMÁRIO AO LADO


DA RECEPÇÃO NA ENTRADA;

2. ENTRAR NO LABORATÓRIO SOMENTE COM O MATERIAL DE AULA PEDIDO


PELO PROFESSOR (ROTEIRO DE AULA, CADERNO DE DESENHO E LÁPIS DE
COR)

3. NÃO FUMAR E NÃO FAZER USO DE ALIMENTOS OU BEBIDAS;

4. NÃO UTILIZAR O CELULAR DENTRO DO LABORATÓRIO;

5. USAR OBRIGATORIAMENTE E DIARIAMENTE SAPATOS FECHADOS;

6. USAR JALECO, COMPRIDO, FECHADO E DE MANGA LONGA;

7. NÃO DEITAR OU SE APOIAR NAS BANCADAS DO LABORATÓRIO;

8. LAVAR AS MÃOS SEMPRE AO ENTRAR E ANTES DE SAIR DO LABORATÓRIO.

9. UTILIZAR SEMPRE LUVAS. (cada aluno deve trazer suas luvas, o professor não irá
fornecer luvas aos alunos).

10. UTILIZAR DE ACORDO COM O PROCEDIMENTO OPERACIONAL DA TÉCNICA


EMPREGADA MÁSCARAS E ÓCULOS DE PROTEÇÃO, PRINCIPALMENTE AO
MANIPULAR SECREÇÕES E MATERIAL BIOLÓGICO CONTAMINADO; (cada aluno
deve trazer sua máscara de proteção).

11. TER O MÁXIMO DE ATENÇÃO E CUIDADO AO MANIPULAR MATERIAL


BIOLÓGICO E APARELHOS;

12. SER RESPONSÁVEL PELO MANUSEIO DOS APARELHOS UTILIZADOS NOS


EXPERIMENTOS; DESLIGAR OS APARELHOS E MANTÊ-IOS
PERMANENTEMENTE COBERTOS COM CAPAS APÓS A UTILIZAÇÃO.

2
13. NÃO REMOVER O MICROSCÓPIO DO LUGAR, E CASO ISSO SEJA
ESTRITAMENTE NECESSÁRIO, SEGURAR NO BRAÇO (COM UMA MÃO) E NO PÉ
DO APARELHO (COM A OUTRA MÃO).

14. AO UTILIZAR ÓLEO DE IMERSÃO LIMPAR AS LENTES COM PAPEL


APROPRIADO E SOLUÇÃO FORNECIDAS PELO PROFESSOR. SEMPRE!!!!

15. SEGUIR CRITERIOSAMENTE AS TÉCNICAS PRECONIZADAS DE CADA


EXPERIMENTO;

16. LAVAR COM ÁGUA CORRENTE A VIDRARIA UTILIZADA APÓS O


EXPERIMENTO E COLOCAR NO RECIPIENTE APROPRIADO PARA
DESCONTAMINAÇÃO;

17. DESPREZAR QUALQUER MATERIAL CONSIDERADO LIXO NAS LIXEIRAS


CLASSIFICADAS DE ACORDO COM OS POP’S DE DESCARTE;

18. COLOCAR LÂMINAS E LAMÍNULAS CONTAMINADAS NO DESCARTE PRÓPRIO


PARA ESTE FIM;

19. EM CASO DE ACIDENTE COM SUBSTÂNCIAS SEGUIR ORIENTAÇÃO DO POP.


(USO DE AREIA);

20. EM CASO DE ACIDENTE PERFURO-CORTANTE SEGUIR ORIENTAÇÃO DO POP


DE BIOSSEGURANÇA DE MATERIAL BIOLÓGICO;

21. EM CASO DE ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO, SEGUIR ORIENTAÇÃO


DO POP.

22. UTILIZAR O BICO DE BUNSEM (COMBUSTOR) DE ACORDO COM O POP;

Obs1: SUA CONTRIBUIÇÃO E CUIDADO É DE EXTREMA IMPORTANCIA PARA SUA


SEGURANÇA E DE SEUS COLEGAS!!!

Obs2: PARTICPEM DAS AULAS!!! CONTRIBUAM PARA QUE A AULA SEJA


PROVEITOSA E INTERESSANTE!!!

3
Aula I- Principais Ectoparasitos de interesse humano

Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Ectoparasitos do homem.

Objetivos:
 Identificar possíveis agentes externos causadores de parasitoses no homem;
 Distinguir os aspectos morfologicos dos ectoparasitos.

Material e Reagentes:
- Lâminas prontas da fase adulta de espécies de pulgas (Ctenocephallus canis e Xenopsylla
cheopis), espécies de piolhos (Pedicullus humanus captis), espécies de ácaros (Sarcopites
scabie).
- Carrapatos (família Ixodidae) conservados em álcool.
- Microscópio optico e Lupa.

Métodos:

Observação de lâminas prontas e e animais conservados em alcool:


1- Observe a morfologia das formas adultas dos parasitos

Ctenocephallus canis e Xenopsylla cheopis


Classificação: Reino Animalia, Filo Artropoda, Classe Insecta e Ordem
Siphonaptera.

Pedicullus humanus captis


Classificação: Reino Animalia, Filo Artropoda, Classe Insecta e Ordem Anoplura.

Sarcopites scabie e carrapatos (família Ixodidae)


Classificação: Reino Animalia, Filo Artropoda, Classe Arachnida e Ordem Acari.

Utilize a objetiva de 4X ou de 10X


Desenhe as principais estruturas de cada um.

4
Aula II- Diferenciação de Hemípteros Triatomíneos
e morfologia do Trypanosoma cruzi
Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Vetores da Doença de Chagas e morfologia do Trypanosoma cruzi.

Objetivos:
 Identificar possíveis vetores da doença de Chagas;
 Observar os aspectos morfologicos do Trypanosoma cruzi.

Material e Reagentes:
- Hemípteros adultos.
- Microscópio optico e Lupa.

Métodos:
Observação microscópia de Laminas prontas de tecido cardíaco infectado com a forma amastigota
do Trypanosma cruzi.
Observação de Hemipteros Triatomíneos
Classificação: Reino Animalia, Filo Artropoda, Classe Insecta e Ordem Hemíptera

Como identificar um Hemíptero?


1- Asa com metade rígida e metade membranosa;
2- Corpo achatado dorso-ventralmente;
3- Cabeça e abdômen alongados;

Fonte: NEVES, D. P. Parasitologia humana, 10/11. ed. São Paulo SP: Atheneu, 2004/2005.

5
Distinção entre os Hemípteros quanto ao aparelho bucal:

Principais espécies vetores da


Doença de Chagas e outras
tripanossomíases.

Fonte: NEVES, D. P. Parasitologia humana, 10/11. ed. São Paulo SP: Atheneu, 2004/2005.

Aula IV- Morfologia da Leismania e vetor


Família Febotomínae

6
Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Vetores da Leishmaniose e morfologia da Leishmania.;

Objetivos:
 Observar os vetores da Leishmaniose;
 Observar os aspectos morfologicos da Leishmania.

Material e Reagentes:
- Lâmina com células fagocitárias infectadas.
- Lâmina com insetos adultos.
- Microscópio optico e lâminas prontas.

Métodos:
Observação microscópia de Laminas prontas contendo células fagocitárias infectadas com
amastigoda de Leishmania.
Observação de Insetos Flebotomíneos

Aula V- Morfologia e diagnóstico de Giardíase,


Amebíase e Trichomoníase
7
Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Principais protozoários intestinais que acometem o homem e trichomoníase.

Objetivos:
 Identificar as formas de Giardia lamblia;
 Identificar as formas de Entamoeba histolytica;
 Identificar as formas de Trichomonas;
 Observar cistos presentes em amostras de fezes contaminadas;

Material e Reagentes:
 Lâminas prontas de Entamoeba histolytica, Giardia lamblia e Trichomonas.
 Amsotra de fezes contaminada.
 Canudinho de plástico
 Lâmina de vidro
 Lamínula
 Papel toalha
 Óleo de Imersão

Métodos:

Observação de lâminas prontas-


1- Observe a morfologia dos parasitos:
Giardia lamblia
Entamoeba histolytica
Trichomonas
Utilize a objetiva de 40X ou de 100X (objetiva de imerssão).
Observação de amostras de fezes contaminadas-
2- Coloque o canudinho de plástico no fundo do frasco, aperte a extremidade superior do
canudinho, retire do frasco, coloque em cima da lâmina de vidro e solte a extremidade
para liberar a gota presa no canudo.
3- Coloque uma lamínula sobre a gota e retire o escesso com papel toalha apoinado a
lâmina verticalmente sobre o papel.
4- Observe as lâminas confeccionadas em objetiva de 40X ou de 100X (objetiva de
imerssão).
5- Identifique os cistos presentes nas fezes, de acordo com figura no anexo da apostila.

8
Aula VI- Diagnóstico Imunologico e
Toxoplasmose

Laboratório:
Análises Clínicas

Tema da aula:
Tecnicas imunologicas de diagnóstico (aglutinação, imunocromatografia e ELISA).

Objetivos:
 Diferenciar o diagnóstico imunológico e o parasitológico.
 Conhecer as técnicas de aglutinação, imunocromatografia e ELISA.
 Realizar diagnóstico de Toxoplasmose;

Material e Reagentes:
 Tipagem sanguínea
 Lanceta, álcool e algodão
 Palito de dente
 Lâmina de vidro
 Kit ELISA de toxoplasmose
 Material para coleta de sangue
 Teste β-HCG
 Amostras de soros positivas para gravidez e toxoplasmose

Métodos:

Tipagem sanguínea
1- Limpar o dedo com algodão embebido em alcool;
2- Perfurar o dedo com lanceta descartável;
3- Coletar 3 amostras de sangue na lâmina;
4- Adicinar uma gota do reagente Anti-A na primeira amostra de sangue, Anti-B na
segunda amostra e Anti-D na terceira;
5- Homogenizar e observar a reação;

Imunocromatografia
6- Coletar o sangue de um aluno;
7- Centrifugar 3 min a 2500rpm;
8- Retirar o soro;
9- Colocar a fita de imunocromatografia até a marca e esperar a reação;
ELISA
10- Observar a reação e explicação do professor.

9
Aula VII- Esfregaço sanguineo e
Diagnóstico de Malária

Laboratório:
Análises Clínicas

Tema da aula:
Diagnóstico Parasitologico de Malária por esfregaço sanguineo.

Objetivos:
 Realizar um esfregaço sanguíneo;
 Identificar o Plasmodium falciparum na circulação;

Material e Reagentes:
 Lâmina
 Algodão
 Álcool
 Lanceta e agulha
 Suporte para coloração
 Cronômetro
 Água destilada
 Metanol
 Corantes Geimsa
 Lâmina pronta de Plasmodium falciparum.

Método:
1. Escolha uma pessoa do grupo, limpe com algodão umidecido em álcool uma das
extremidades do dedo.
2. Aperte a ponta do dedo e com a lanceta e agulha perfure.
3. Aperte até gotejar o sangue periférico e colete 1 gota do sangue .
4. Pegue outra lâmina e esfregue o sangue. (aguarde as instruções do professor par realizar o
procedimento).
5. Passe a lâmina com o esfregaço sobre o fogo sem colocar a porção contendo o material
direntamente em contato com a chama.
6. Faça a coloração de acordo com as instruções dos reagentes separados.
7. Observe ao microscópio no aumento de 10x e 40x a lâmina produzida pelo grupo e compare
com a lamina pronta de Plasmodium falciparum.

10
Aula VIII- Exame Parasitológico de Fezes (EPF)
EXAME MICROSCÓPICO

Exame Direto
Utilizado para pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos. Método pouco
sensível e só apresenta resultados positivos em infecções massivas.

Procedimento: Com um palito de dente colocar porções de fezes em uma lâmina e adicionar 1 gota
de solução de lugol, homogeneizar, colocar uma lamínula e observar direto ao microscópio na
objetiva de 10X e 40X.

EXAME MACROSCÓPICO
As amostras de fezes não preservadas devem ser examinadas macroscopicamente para
determinar a consistência, o odor, a cor, a presença ou ausência de sangue, de muco, de proglotes e
de vermes adultos ou outras condições anormais. Consequentemente, o exame macroscópico deve
sempre anteceder o exame microscópico.
O material fecal varia quanto a sua consistência, e geralmente é classificado em fezes
formadas, semiformadas, pastosas ou líquidas diarreicas.

9.1-Tamização
Diluir as fezes com água. Coar a emulsão através de peneira ou com gaze dobrada quatro
vezes. Este procedimento deve ser realizado em uma pia com jato de água corrente. Vermes adultos
são encontrados frequentemente misturados ou na superfície das fezes, como também as proglótides
de Tênias.

SOLUÇÕES UTILIZADAS
Solução de Lugol:
Lugol 2,0 g
Iodeto de Potássio – KI 4,0 g
Água destilada Completar para 100 ml

MIF (Mertiolato, Iodo e Formaldeído)

Glicerina 5 ml
Mertiolato (ou mercurocromo) 0,1% 200 ml
Formaldeído (40%) 25 ml
Água destilada 200 ml
Solução de lugol 43 ml
Total 473 ml

SAF (Acetato de Sódio, Ácido Acético e Formaldeído)


Acetato de Sódio 7,5 g
Ácido Acético 10 ml
Formadeído (40%) 20 ml
Água destilada Completar para 500 ml

11
Aula XI- Exame Parasitológico de Fezes (EPF)-
Sedimentação espontânea (LUTZ, 1919; HOFFMANN, PONS E JANER, 1934)

Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Exame Parasitologico de Fezes por sedimentação espontânea.

Objetivos:
 Realizar a tecnica de sedimentação espontânea.
 Identificar possíveis agentes causadores de parasitoses presentes nas fezes.

Material e Reagentes:
 Copo  Água destilada
 Bastão de vidro  Becker
 Fezes  Cálice de sedimentação
 Funil e Gase ou peneira  Lamínula
 Pipeta Pasteur  Papel toalha
 Canudinho de plástico  Solução de Lugol
 Lâmina de vidro  Palito de madeira

Método:

1- Pegue com o palito de picolé uma pequena porção das fezes (±2g).
2- Coloque as fezes no copo americano e cubra as fezes com água.
3- Homogenize bem com ajuda do bastão de vidro (deixe um tempo e homogenize
novamente).
4- Filtre a solução de fezes com uma gase dobrada 4 vezes ou com tamizador para o cálice de
sedimentação.
5- Deixe sedimentar por 2h ou mais.Troque a água suja vertendo o sobrenadante e deixando
apenas o sedimento. Complete o cálice novamente com água.
6- Repita o passo 6 até que a água fique límpida.
7- Verta o sobrenadante na pia e com um canudo de plástico retire o sedimento e transfira para
a Lâmina.
8- Adicione gotas de lugol e homogenize.
9- Coloque uma lamínula sobre a gota e retire o escesso com papel toalha
10- apoinado a lâmina verticalmente sobre o papel.
11- Observe as lâminas confeccionadas em objetiva de 40X.

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Aula X- Exame Parasitológico de Fezes (EPF)-
Sedimentação por centrifugação (Método MIFC ou de BLAGG)

Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Exame Parasitologico de Fezes por sedimentação com centrifugação.

Objetivos:
 Realizar a tecnica de sedimentação por centrifugação.
 Identificar possíveis agentes causadores de parasitoses presentes nas fezes.

Material e Reagentes:
 Copo  Tubo de centrífuga de 15mL
 Bastão de vidro  Tamis
 Fezes  Palito de madeira
 Solulção salina  Pipeta Pasteur
 Éter sulfúrico  Frasco para armazenamento
 Pipeta de 2mL e de 5mL  Canudinho de plástico
 Lugol  Lâmina de vidro
 MIF (conservante)  Lamínula
 Becker  Papel toalha

Método:

1- Colha as fezes recem emitidas MIF (conservante), para cada porção de fezes deve ser
adicionado 3 partes de MIF.
2- Homogenize bem.
3- Filtre a solução de fezes com peneira vertendo o líquido com ajuda de um palito de
madeira.
4- Transfira de 1 a 2mL para um tubo de centrífuga com capacidade para 15mL.
5- Acrescente de 4 a 5ml de éter sultfúrico para retirar a gordura, e agite.
6- Centrifugue por 1 min. 1500rpm.
7- Retire com o bastão de vidro a camada de detritos da parede do tubo.
8- Descarte o sobrenadante.
9- Adicione ao sedimento gotas de lugol e de solução salina.
10- Retire com uma pipeta pasteur o sedimento e transfira para um frasco de armazenamento.
11- Coloque uma amostra com auxilio do canudo de plastico em cima da lâmina de vidro e
adicione uma lamínula.
12- Retire o escesso com papel toalha apoinado a lâmina verticalmente sobre o papel.
13- Observe as lâminas confeccionadas em objetiva de 10X ou de 40X.

13
Aula X- Flutuação em Solução de
Sulfato de Zinco (Método de FAUST E COLS.)

Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Exame Parasitologico de Fezes por flutuação.

Objetivos:
 Realizar a tecnica de sedimentação por flutuação.
 Identificar possíveis agentes causadores de parasitoses presentes nas fezes.

Material e Reagentes:
 Copo americano  Tubo de centrifugação
 Bastão de vidro  Pipeta Pasteur
 Fezes  Lâmina de vidro
 Água destilada  Lamínula
 Solução de Sulfato de Zinco 33%  Papel toalha
 Becker  Centrifuga
 Tamis  Lugol
 Palito de madeira

Método:
Solução de Sulfato de Zinco:
Sulfato de Zinco a 33%, densidade de 1,18g/mL.

Preparo das fezes:


1. Coloque uma quantidade de fezes de aproximadamente 1 a 2 g coletada de várias partes
do bolo fecal, no copo de vidro.
2. Misture em partes iguais fezes e água.
3. Filtre a suspensão em tamis e coloque em tubo de centrifugação.
4. Centrifugue por 1min. a 2500rpm, após a primeira centrifugação descarte o
sobrenadante.
5. Homogeneíze o sedimento e repita os passos 5 e 6 até que o sobrenadante se encontre
claro.
6. Após as centrifugações, quando o sobrenadante estiver claro, descarte o sobrenadante e
homogeneíze o sedimento.
7. Adicione ao sedimento a solução de Sulfato de Zinco e repita o passo 6.
8. Retire com auxílio de uma pipeta Pasteur porções da superfície do material centrifugado
e coloque sobre uma Lâmina de vidro.
9. Adicione gotas de lugol e homogeneíze.
10. Coloque uma lamínula sobre a lâmina e observe ao microscópio com objetiva de 40X.

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15
Aula XI- Morfologia de Helmintos trematodeos:
Schistosoma mansoni e Fasciola hepatica
Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Principais helmintos trematodeos que acometem o homem.

Objetivos:
 Identificar as formas de verme adulto, cercária e ovo do Schistosoma mansoni;
 Identificar a forma de verme adulto da Fasciola hepatica;
 Identificar a forma do caramujo Biomphalaria glabrata.

Material e Reagentes:
 Lâminas prontas de Schistosoma mansoni.
 Placa de petri e pinça;
 Amostra de verme adulto de Fasciola hepatica.
 Amostra da carapaça do caramujo
 Óleo de Imersão e solução de limpeza.

Métodos:

Observe a morfologia dos parasitos:


1. Verme femea do Schistosoma mansoni
2. Cercária do Schistosoma mansoni
3. Ovo do Schistosoma mansoni
4. Verme adulto da Fasciola hepatica

Utilize a lupa e a objetiva de 10X ou de 40X.

16
Aula XII- Morfologia de Helmintos Cestodeos
Taenia sp e Hymenolepis nana
Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Principais helmintos cestodeos que acometem o homem.

Objetivos:
 Identificar as formas de verme adulto da Taenia solium;
 Identificar as formas de larva cisticerco da Taenia saginata;
 Identificar a forma de verme adulto da Hymenolepis nana;
 Identificar a forma de verme adulto de outros cestodeos de animais.

Material e Reagentes:
 Lâminas prontas de Hymenolepis nana.
 Placa de petri e pinça;
 Amostra de verme adulto de Taenia solium e cisticerco de Taenia saginata.
 Óleo de Imersão e solução de limpeza.

Métodos:

Observe a morfologia dos parasitos:


1. Verme adulto de Taenia solium.
2. Cisticerco da Taenia saginata.
3. Verme adulto de Hymenolepis nana.

Utilize a lupa e a objetiva de 10X ou de 40X.

Aula XIII- Morfologia de Helmintos Nematóides

17
Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis e Toxocara canis
Laboratório:
Parasitologia

Tema da aula:
Principais helmintos nematóides que acometem o homem.

Objetivos:
 Identificar as formas de verme adulto da Ascaris lumbricoides;
 Identificar a forma de verme adulto e ovos do Enterobius vermicularis;
 Identificar a forma de verme adulto do Toxocara canis;
 Identificar a forma de verme adulto de outros nematodeos de animais.

Material e Reagentes:
 Lâminas prontas de Enterobius vermicularis.
 Placa de petri e pinça;
 Amostra de verme adulto de Ascaris lumbricoides e Toxocara canis;.
 Óleo de Imersão e solução de limpeza.

Métodos:

Observe a morfologia dos parasitos:


1. Verme adulto e ovos de Enterobius vermicularis.
2. Verme adulto de Ascaris lumbricoides
3. Verme adulto de Toxocara canis

Utilize a lupa e a objetiva de 10X ou de 40X.

Tabela para identificação dos principais cistos e ovos de parasitas que acometem o homem
18
Como identificar ovos de helmintos e cistos de protozoários?

Fonte: NEVES, D. P. Parasitologia humana, 10/11. ed. São Paulo SP: Atheneu, 2004/2005.

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REFERENCIAS
Bibliografia Básica

REY, L. Bases da Parasitologia médica, 2. ed. Rio de Janeiro RJ: Guanabara Koogan, 2002.
NEVES, D. P. Parasitologia humana, 10/11. ed. São Paulo SP: Atheneu, 2004/2005.
MARKELL, E. K. Parasitologia médica, 8. ed. Rio de Janeiro RJ: Guanabara Koogan, 2003

Bibliografia Complementar

NEVES, D. P. Parasitologia dinâmica, 1/2. ed. São Paulo SP: Atheneu, 2003/2006.
CIMERMAN, B. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais, 2. ed. São Paulo SP:
Atheneu, 2002.
REY, L. Parasitologia, 3. ed. Rio de Janeiro RJ: Guanabara Koogan, 2001.
NEVES, D. P. Parasitologia médica, 10. ed. São Paulo SP: Atheneu, 2003.
MORAES, R. G. Parasitologia e micologia humana, 4. ed. Rio de Janeiro RJ: Cultura Médica,
2000.

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