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Curso de Medicina

Avenida Universitária Km 3,5 Cx. Postal 122 e 901


CEP: 75 070.290 –Anápolis–GO

CURSO: MEDICINA
MÓDULO: INTERNATO II
ÁREA DE ESTUDO: SAÚDE COLETIVA
PROFESSORA RESPONSÁVEL: DRA. HELEN DE LIMA
COORDENADOR GERAL DO INTERNATO: DRA. AILA DAVIS FANSTONE PINA VIEIRA
CARGA HORÁRIA DA ÁREA DE ENSINO SAÚDE COLETIVA: 96h
CARGA HORÁRIA TOTAL: 960h
PERÍODO: 9º
ANO: 2024

Nome do Preceptor(a): William Manente

Nome do (a) interno(a): Cassiany Padra, Layse Nunes, Pedro Carvalho e Polyana Takatu.
PLANO SITUACIONAL EM SAÚDE/PROJETO DE INTERVENÇÃO
O projeto de intervenção é uma construção individual a partir da identificação de necessidades reais, idealmente deve
ser pactuado entre coordenadores, preceptores e internos. O objetivo é que você planeje, sistematize, e apresente uma iniciativa
que contribua para a qualificação da saúde coletiva do município de Anápolis e no módulo no qual você está inserido.
Abaixo você descreverá esta proposta buscando nomear e justificar o seu projeto, objetivos, planejamento para
implementação, a metodologia de trabalho e as estratégias a serem utilizadas, assim como o cronograma para seu
desenvolvimento. Itens como plano de avaliação, parcerias, possíveis desafios e estratégias para lidar com estes desafios devem
também constar desse projeto.
Lembramos que esse projeto será avaliado como produto final deste módulo. Nesse sentido, deve propor uma ação de
saúde coletiva de impacto no internato no qual você atua, factível na sua governabilidade e passível de implementação.

1.Título do Projeto Dengue em Foco: Estratégias Integradas de Controle e Prevenção de


Nomeia a ação a ser desenvolvida.
Arboviroses
2. Introdução / Justificativa Sabe-se que entre as doenças que mais acometem a
Contexto onde se insere esta ação.
população humana, estão as doenças infecciosas, das quais uma boa
parte dos patógenos, tem origem zoonótica, sendo basicamente por fluxo
vetor-hospedeiro. Com a crescente urbanização, e por conseguinte, a
ampliação do desmatamento, verificou-se uma ampliação na
sinantropia, em que muitos vetores, como os mosquitos, favoreceram a
transmissão dos patógenos ao homem (LIMA-CAMARA, 2016).
A partir daí, ganha destaque as arboviroses, doenças virais
transmitidas por mosquitos, como dengue, chikungunya e zika, sendo
estas basicamente diferenciadas a partir da sintomatologia desenvolvida
pelo homem, diante da picada do vetor Aedes aegypti.
A chikungunya, que tem seu nome traduzido como “doença
que dobra as articulações”, por se caracterizar por artralgia crônica, teve
seu primeiro caso no Brasil na região Norte em 2014, e, desde então, já
foram registrados cerca de 87 mil casos prováveis até abril de 2023, com
19 óbitos confirmados (SOUSA et al., 2023). Seus principais sintomas
são febre alta, erupções cutâneas, poliartralgia, mialgia e cefaleia
(EDINGTON et al., 2018).
A zika, por sua vez, foi detectada no Brasil em 2015 e teve
o maior número de casos da história da doença em maio daquele mesmo
ano na região Nordeste, e, a partir de então, anualmente ocorrem
notificações de casos dessa arbovirose. Os sintomas dessa doença
costumam ser autolimitados e pouco intensos, como febre baixa,
erupção cutânea, mialgia, cefaleia e conjuntivite (SOUSA et al., 2023).
Houve, ainda, em 2016, uma emergência em saúde pública devido o
surgimento da microcefalia em neonatos com possível relação à
infecção pré-natal pelo zika-vírus (MLAKAR et al., 2016).
Destas doenças, no atual cenário, ganha destaque a dengue
por se apresentar como um problema de saúde pública ao país, com taxa
de mortalidade recorde em 2023, com dados próximos a 1072 casos
(BRASIL, 2024).
A doença se manifesta com uma fase febril, em 50% dos
casos acompanhada de exantema maculopapular, e que, se não
adequadamente avaliada, pode evoluir para uma fase crítica, marcada
pelo extravasamento plasmático, complicado por sangramento ou
sobrecarga hídrica (BRASIL, 2024).
Sabe-se, ainda, que a dengue tendo caráter emergente e
reemergente, principalmente em regiões tropicais, tem uma variação da
incidência relacionando-se com diversos fatores, entre eles as variações
climáticas, uma vez que, está intimamente ligada aos eventos
pluviométricos e elevação de temperaturas, como El Niño/Oscilações
Sul, que expandem o alcance do vetor Aedes aegypti (SALVI et al,
2021).
Assim, a associação do clima com a transmissão das
arboviroses é evidente, com sazonalidade marcada, que coincide com o
período mais quente e úmido do ano, tornando-se um problema de saúde
pública ao se associar a comportamentos humanos, como crescimento
populacional, planejamento urbano deficiente com saneamento precário
e superlotação, além da maior movimentação populacional (ANDRINO
et al, 2021).
Ademais, as alterações no clima atuam positivamente na
proliferação dos mosquitos vetores, uma vez que, a alta incidência de
chuvas, ou mesmo secas que levam ao armazenamento de água para
consumo próprio, promovem ambiente adequado de criadouros para a
efetiva deposição de ovos por parte da fêmea dos mosquitos (MEASON;
PATERSON, 2014).
Por tudo isso, este trabalho se justifica pelo agravamento da
situação epidemiológica das arboviroses, vivenciada em nosso país, com
destaque a dengue, a qual que ganhou repercussão no presente ano, por
trazer critérios de emergência a diversas municípios, como situação
crítica em saúde pública.
3. Objetivo Objetivos Gerais:
(o que?)
• Compreender o perfil epidemiológico das arboviroses - dengue,
zika e chikungunya – nos últimos 5 anos no Brasil.

Objetivos Específicos:
• Analisar por que o estado de Goiás esteve entre os maiores
índices de casos de dengue nos últimos 5 anos.
• Observar o financiamento em ações de combate da dengue no
presente ano, no estado de Goiás.
• Verificar os coeficientes de morbidade no estado de Goiás com
foco no município de Anápolis-GO, no presente ano.
• Conhecer os protocolos de manejo clínico da dengue dos últimos
2 anos, no município de Anápolis-GO.
4. Materiais e Métodos
(como realizar o plano situacional em
Realizou-se um estudo observacional analítico descritivo,
Saúde?)
com o auxílio de ferramentas como banco de dados SINAN, IBGE,
Boletim Epidemiológico da Secretaria do Estado de Goiás, SIMAZ,
Scielo, Google Acadêmico, UpToDate.
5. Resultados do diagnóstico situacional A partir da análise da tabela 1, que traz a epidemiologia de
e Identificação do Problema
(apresentar dados/informação e problemas)
dengue nos últimos 5 anos, pela base de dados SINAN, verificou-se uma
prevalência de 0,76% em 2019, sendo, posteriormente, acompanhada
por uma diminuição nos anos de 2020 e 2021 (ano pandêmico de Covid),
com valores de 0,36 e 0,26% respectivamente, com posterior aumento a
partir de 2022.

Dito isso, observa-se que a crescente nos últimos 2 anos


(2022 e 2023) pode apresentar o viés das subnotificações dos anos
anteriores de pandemia, tanto pelo isolamento social e,
consequentemente, menor aglomeração populacional, diminuindo a
ação do vetor contaminado, quanto pela baixa procura às unidades de
saúde por sintomas mais brandos.

No entanto, pode-se inferir que pelas expectativas do ciclo


El Nino 2023-24, como um dos mais fortes já registrados, tem-se a
contribuição para o aumento dos índices pluviométricos com altas
temperaturas, favorecendo o ciclo de proliferação do vetor nos anos em
questão, tendo em vista que, apenas no 1º bimestre de 2024, conforme
tabela 4, já se tem um total de 1.153.300 notificações, o que nos faz
pensar numa projeção de prevalência superior ao ano de 2023, tendo em
vista que esta já no 1º bimestre, se encontra em 0,56%.

Na tabela 2, por sua vez, verifica-se nos anos de 2019 a


2023, para o perfil epidemiológico da Zika, a mesma situação abordada
para a dengue, em que houve uma redução das notificações nos anos de
pico pandêmico do Sars-Cov-2, com posterior aumento a partir de 2022.
Já na análise da Chikungunya, conforme tabela 3 abaixo, em
discordância as outras arboviroses analisadas, teve-se uma crescente nas
notificações ao longo dos anos de 2019 a 2022, com leve diminuição em
2023.

Em uma análise voltada para as unidades federativas do Brasil, a


partir do SINAN, verifica-se que o estado de Goiás, nos anos de 2019 a 2023,
esteve entre os 5 primeiros estados com maior número de notificações de
dengue, consoante ao gráfico 1 abaixo. Uma possível motivação para essa
permanência entre os maiores índices do país, se relaciona, além da
persistência de altas temperaturas ambientais presentes no cerrado
goiano, a questão da estacionalidade das oscilações El niño/La niña, bem
como, o rompimento de barreiras ambientais progressivas observadas
no estado, devido à alta atividade agropecuária, acompanhada de
desmatamento e ações humanas decorrentes do processo de ampliação
da urbanização (CODEÇO et al, 2023).
Gráfico 1. Estados com maior número de notificações em 2019-2023.

Concernente ao financiamento em ações de combate à


dengue no estado de Goiás do presente ano, o Ministério da Saúde
destinará o total de R$ 18 milhões para o combate à epidemia desta
arbovirose em Goiás, tendo sido a primeira parcela desse valor já
liberada em fevereiro de 2024, segundo a Casa Civil do Governo do
Estado de Goiás.

Ademais, conforme a Portaria 3.160/2024, no caso de


custeio de resposta a emergências em saúde pública no âmbito da
Atenção Primária à Saúde, segundo o Artigo 8 – B “a solicitação para o
recebimento do incremento financeiro emergencial de custeio deverá ser
encaminhada por gestor do(s) ente(s) subnacional(is) interessado(s) ao
Departamento de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de
Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, via ofício,
acompanhada do(s) Decreto(s) de Declaração de Emergência em Saúde
Pública respectivo”.

Figura 1. Mapa com as fases dos planos de contingência, nos


municípios do Estado de Goiás.
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de Goiás

Com relação às situações epidemiológicas dos municípios


de Goiás, a figura 1 acima, com base em dados da Secretaria de Saúde
do Estado de Goiás, demonstra o mapa do estado com as fases dos
planos de contingência em cada cidade, o qual destaca-se o plano de
emergência em vários municípios, como Goiânia, Anápolis, Rio Verde,
Pirenópolis e Abadiânia. Como plano de alerta temos Aparecida de
Goiânia, Bela Vista, Goianésia, entre outros.

Vale ressaltar ainda, que de todos os 246 municípios de


Goiás, apenas um, Santa Cruz de Goiás, está com plano de preparação,
ou seja, pelo baixo número de casos, o plano de contingência desse
município se baseia em ações de capacitação e preparação para possíveis
futuras situações epidemiológicas desfavoráveis.
Em um olhar voltado ao Município de Anápolis, pelo
gráfico 2, tem-se até o mês de fevereiro de 2024, semana 7, 2049 casos
notificados de dengue, já superando os anos anteriores desde 2020.

Gráfico 2. Casos notificados de dengue por semana epidemiológica dos


últimos 5 anos em Anápolis.

Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de Goiás.

E, em uma comparação das semanas entre os anos de 2023


e 2024, como demonstrado na tabela 5 abaixo, pode-se visualizar entre
as primeiras semanas do ano de 2024, um aumento percentual superior
a 2 a 3x. Subsequentemente, as semanas 5 a 8 tiveram um aumento
comparativo superior a 6x. A nona semana, por sua vez, voltou a ter
aumento comparativo de apenas 2x e a décima semana, diferenciando
das demais, foi a única que obteve diminuição comparativa de mais da
metade dos casos.

Tabela 5. Comparação de casos de dengue, por semana epidemiológica,


de 2024 com 2023 em Anápolis.
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de Goiás.

Já com base no gráfico 3, verificou-se que dentre o total de


casas visitadas, no município de Anápolis, no primeiro bimestre de 2024
(229.985), apenas 183.821 foram trabalhadas com vistorias efetivas e
retirada de entulhos, os quais poderiam se tornar novos focos de
criadouros ao agente transmissor. Das residências fechadas e recusadas,
não se pode inferir a qualidade do ambiente, o que pode ser fator de risco
para a saúde da população próxima destas localidades.

Gráfico 3. Ações dos agentes endêmicos em visitas residenciais do


Munícipio de Anápolis – GO de janeiro e fevereiro de 2024 (total de
residências: 143.328 – fonte IBGE).

Fonte: Sistema Integrado de Monitoramento Aedes Zero (SIMAZ).


Referente aos óbitos, conforme dados da Secretaria de
Saúde de GO, Anápolis se destaca com maior número de casos perante
os demais municípios. Esta ocorrência precisa ser avaliada do ponto de
vista da assistência em saúde, para levantamento de causas inerentes a
esse dado tão agravante para a saúde pública municipal.

Gráfico 4. Óbitos por municípios entre as semanas 1 a 12 de 2024.

Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de Goiás.

Por fim, abaixo apresentamos o Protocolo de Manejo


Clínico da Dengue da Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis - GO,
que está sendo adotada desde o ano de 2023, com base no proposto pelo
Ministério da Saúde em 2021, com a classificação dos pacientes em
grupos de A a D com a avaliação dos sinais de alarme e de choque para
correta instituição da terapêutica.
Figura 2. Protocolo clínico de manejo da dengue dos últimos dois anos.

Fonte: Protocolo de Manejo Clínico da Dengue da Secretaria Municipal de Saúde de


Anápolis - GO, 2023.

Sendo assim, a partir dos resultados expostos, identificou-se


como os principais problemas: Burocratização para liberação de
financiamentos e recursos; Fragilidade nas ações operacionais de
controle e monitoramento; aplicativo subutilizado nas estratégias de
prevenção e georreferenciamento.
6. Intervenções estratégicas 1. Ampliação no processo de fiscalização de residências e espaços
(qual a ação?)
públicos, com a redução dos intervalos de visita e
monitoramento, tendo em vista que o processo de multiplicação
do vetor ocorre em até 10 dias.
2. Adição do Sistema Integrado de Monitoramento do Aedes Zero
(SIMAZ) do Estado de Goiás, para ampliação do acesso pela
população, além dos dados das atividades dos agentes
endêmicos, à adequada unidade de saúde para acompanhamento
de sua condição/gravidade, a partir de sua sintomatologia e
localidade de residência.
3. Campanhas de prevenção de dengue à comunidade ministradas
pelos agentes comunitários de saúde com o intuito de informar
aos cidadãos a respeito da situação epidêmica na sua região e
desenvolver medidas de prevenção em conjunto com a
população.
4. Monitorar a circulação dos arbovírus através da implantação de
unidades sentinelas, especialmente nos momentos declarados
calamidades/emergência para que ampliem o número de
atendimentos realizados com foco na dengue.
5. Aplicação de penalidades financeiras, com estimativa de 0,5%
do valor do terreno, aos moradores, mediante descobertas de
foco, com documentos comprobatórios da ocorrência.
7. Desenvolvimento da intervenção Com relação, ao monitoramento das áreas de focos de dengue realizado
Estratégica
(como executar a intervenção?)
pelo quantitativo de 459 agentes de saúde de Anápolis, segundo CNES
– fev/2024, a fiscalização de residências e espaços públicos,
principalmente em períodos emergenciais, possui um tempo de intervalo
maior do que o ciclo de vida do vetor. Nesse aspecto, geram-se
agravantes epidemiológicos, uma vez que, o acompanhamento desses
locais não ocorre na mesma proporção da disseminação da doença em
locais já considerados sensíveis aos focos, pois o número de visitas
domiciliares e as metas de rendimento médio são realizados de acordo
com a realidade do município, e isso torna o acompanhamento subjetivo
e insuficiente.
Assim, a diminuição do espaçamento da realização das visitas
domiciliares é essencial para o fiel acompanhamento e diagnóstico dos
locais de focos já identificados, sendo ideal um intervalo entre as visitas
de no máximo 35 dias, uma vez que, o período de sobrevida do vetor
adulto se estabelece entre 30 e 35 dias.
Além disso, a utilização de sistemas de informação para esse
monitoramento é relevante não só para o abastecimento dos bancos de
dados, como também para o maior acesso da população às informações.
Nesse aspecto, o Sistema Integrado de Monitoramento (SIMAZ),
implantado em 2016 é a plataforma que transforma os dados coletados
por agentes de saúde endêmicos em mapas que podem ser utilizados por
gestores e pela população.
Sua ampliação é importante no georreferenciamento para a tomada de
decisões estratégicas no enfrentamento ao Aedes aegypti, para que esta
medida possibilite, não só, esse mapeamento, mas, sobretudo, a inserção
de dados da população em que possam ser referenciados aos
estabelecimentos de saúde mais próximos e competentes, quando o
sistema verificar a sintomatologia compatível em uma localidade com
focos identificados.
Outrossim, o monitoramento contínuo do padrão epidemiológico destas
doenças é fundamental para a ativação de cada nível de resposta,
demandando a intensificação das ações de prevenção e controle, assim
como prestar assistência oportuna e adequada no sentido de minimizar
os danos à população afetada. Dessa maneira, implantar unidades
sentinelas com enfoque na dengue em períodos emergenciais, dentro das
próprias unidades básicas de saúde, é essencial para minimizar os
agravantes da doença. Isso porque, a acessibilidade as informações
direcionadas aos processos epidemiológicos e clínicos da dengue,
permite a melhor assistência à saúde e prevenção da doença, pois,
aproxima e promove conhecimento à população da realidade
epidemiológica de sua localidade.
Referente as possíveis penalidades financeiras impostas, esta
intervencao pode ser executada mediante uso de recursos audiovisuais
para comprovacao dos focos existentes.
8. Cronograma
(quando?)
26/02/24 - 01/03/24 • Identificação do tema;
• Desenvolvimento da parte
introdutória;
04/03/24 - 08/03/24 • Coleta de dados iniciais a partir
de banco de dados disponíveis
pelo MS e Secretarias de saúde
Estaduais e Municipais;
• Desenvolvimento do diagnóstico
situacional.
11/03/24 - 15/03/24 • Coleta de dados;
• Identificação de problemas;
• Levantamento de hipóteses para
intervenção;
18/03/24 - 22/03/24 • Desenvolvimento das hipóteses
de intervenção;
• Análise da viabilidade de
parcerias para aplicação;
25/03/24 - (...) • Avaliação por parte da SEMUSA
da viabilidade do projeto
9. Parcerias Necessárias Universidade Evangélica de Goiás (UnieEvangélica)
(com quem?)
Secretaria de Saúde do Estado de Goiás
Prefeitura Municipal de Anápolis
Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis (Semusa)
10. Plano de Avaliação do Projeto Através da correlação com a matriz GUT podemos
(indicadores de resultado)
desenvolver e organizar as estratégias por ordem de prioridade. Essa
ferramenta possibilita a análise de cada demanda de acordo com sua
gravidade, urgência e tendência, permitindo, assim, a melhoria do fluxo
de trabalho e tomada de decisão.
Além disso, por meio da associação dessa ferramenta com a
Teoria de Pareto, na qual se infere a necessidade de priorizar essas
demandas mais urgentes por meio de um esforço pontual (20%) e
direcionado, solucionando, pelo menos, 80% da problemática
identificada, na qual será possível adequar os esforços necessários às
estratégias a serem aplicadas.
Dessa maneira, sintetiza-se as estratégias elencadas
anteriormente, correlacionando-as com suas respectivas prioridades:

Matriz de GUT

11. Desafios
(o que pode acontecer para dificultar?). • Resistência por parte dos moradores em relação às visitas
periódicas perante o cenário de violência atual.
• Dificuldade no desenvolvimento de aplicativos municipais para
a aquisição de dados da população.
• Dificuldade na aquisição e aplicação dos recursos para a
implementação das unidades sentinelas.
• Burocratização do processo de avaliação para possível
implementação de projetos que possam que possam intervir
nesta questão de saúde pública.
• Resistencia ao pagamento da penalidade financeira imposta.
12. Estratégias para lidar com os Diante da resistência dos moradores em relação às visitas
desafios
(que caminhos outros posso percorrer?).
20 periódicas devido ao atual cenário de violência, bem como das
dificuldades no desenvolvimento de aplicativos municipais para a
aquisição de dados da população e da burocratização do processo de
avaliação para implementação de projetos de intervenção em saúde
pública, é essencial adotar estratégias específicas para enfrentar esses
desafios.
Realizar a identificação do agente endêmico responsável por
cada bairro assistido, reduzindo a rotatividade entre eles. Além disso, os
profissionais das unidades básicas de saúde devem realizar campanhas
de conscientização e educação em saúde em cada bairro, envolvendo
líderes comunitários, escolas e organizações locais.
Estabelecer parcerias com empresas de tecnologia e
universidades para superar as dificuldades no desenvolvimento de
aplicativos municipais. Essas parcerias podem fornecer recursos
técnicos e conhecimentos especializados necessários para criar e manter
os aplicativos.
Buscar formas de simplificar o processo de avaliação para
implementação de projetos. Isso pode envolver a revisão dos
procedimentos burocráticos existentes e a adoção de políticas que
agilizem a aprovação de projetos de intervenção em saúde pública.
Propor alternativas de penalidades sociais, como serviços
comunitários, em caso de alegação de dificuldades financeiras, mediante
comprovação de baixa renda ou provedor único de família.
13. Correlacione seu projeto com as Este projeto está em consonância com diversas políticas
políticas públicas vigentes em níveis
nacional, estadual e local
(explicite a intencionalidade). públicas e legislações que abrangem desde o nível federal até as
competências atribuídas aos municípios. A nível nacional, a Lei nº
13.301 de 27 de junho de 2016 estabelece medidas de vigilância em
saúde para combater a disseminação do vetor dos vírus da Dengue,
Chikungunya e Zika. Essa legislação autoriza as autoridades do Sistema
Único de Saúde (SUS) a adotarem medidas necessárias para controlar
essas doenças durante emergências de saúde pública e institui o
Programa Nacional de Apoio ao Combate às Doenças Transmitidas pelo
Aedes, que financia ações de combate ao vetor. Além disso, como parte
do planejamento estratégico do Ministério da Saúde, foram elaboradas
as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle das Epidemias de
Dengue, visando reduzir o impacto da dengue na saúde pública através
da prevenção de epidemias e surtos, por meio da vigilância
epidemiológica constante, controle do vetor e educação em saúde.
No âmbito do Estado de Goiás, o Decreto nº 10.405, de 2 de
fevereiro de 2024, prevê a criação do Gabinete de Crise da Dengue e
Arboviroses com o objetivo de implantar e coordenar medidas de
prevenção, controle e contenção de riscos à saúde. Esse modelo de
gabinete de crise, estabelecido pelo governo estadual, deve ser replicado
nos municípios goianos com casos elevados de arboviroses com o
objetivo de evitar complicações e mortes. Além disso, O Decreto nº
9860, de 5 de maio de 2021, estabelece que o Estado de Goiás deverá
fornecer aos municípios goianos o suporte técnico necessário para o
cumprimento das medidas destinadas às ações de combate. Isso inclui a
disponibilização de sistemas de informação e relatórios padronizados
que são essenciais para a execução eficaz das medidas estabelecidas no
combate às questões em questão. Essa disposição visa garantir uma
coordenação eficiente entre o Estado e os municípios, garantindo que
todas as partes envolvidas possam acessar e compartilhar informações
relevantes para enfrentar os desafios em questão.
No âmbito municipal de Anápolis, a Lei nº 2851, de 17 de
abril de 2002, institui o Programa Municipal de Prevenção e Controle
de Saúde, supervisionado pela Secretaria de Saúde Municipal. Esta lei
aborda a prevenção e controle da dengue através de notificações,
investigação epidemiológica, vigilância, controle do vetor e educação
em saúde. Estas medidas visam identificar casos, analisar padrões de
transmissão, monitorar ocorrências, reduzir a população do vetor e
conscientizar a população sobre práticas preventivas. Uma abordagem
abrangente e coordenada é essencial para enfrentar os desafios da
dengue e proteger a saúde pública em Anápolis.
14. Suporte teórico que sustenta sua ANDRINO, L. M., et al. Fatores socioambientais e sua relação com
proposta
(artigos que referem necessidades /ações arboviroses. Saúde em foco: emergentes e reemergentes, v. 2 p. 163-173,
semelhantes). 2021.

BRASIL. Estado de Goiás. Decreto nº 9860, de 5 de maio de 2021.

BRASIL. Estado de Goiás. Decreto nº 10.405, de 2 de fevereiro de 2024.

BRASIL. Lei nº 13.301, de 27 de junho de 2016.

BRASIL. Portaria GM/MS Nº 3.160, de 9 de fevereiro de 2024.

BRASIL. (2016). Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle das


Epidemias de Dengue. Brasília, DF: Ministério da Saúde.

BRASIL. Município de Anápolis. Lei nº 2851, de 17 de abril de 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e


Ambiente. Departamento de Doenças Transmissíveis. Dengue:
diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso eletrônico]; 6 ed.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde/SVSA - Sistema de Informação de


Agravos de Notificação - Sinan Net. Disponível em:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/denguebbr.def.
Acesso em: 05/03/2024.

BRASIL. Ministério da Saúde - Sistema de Informação de Agravos de


Notificação - Sinan Net.

CODEÇO, C. T., et al, Relatorio Técnico 02/23 do grupo InfoDengue.


Fiocruz e FGV. 2023

EDINGTON, F. et al. Incidência de dor articular e artrite após febre


chikungunya nas Américas: revisão sistemática da literatura e
metanálise. Articulação Osso da Coluna, v. 6, 2018.

LIMA-CAMARA T. N. Arboviroses emergentes e novos desafios para


a saúde pública no Brasil. Rev Saude Publica, v. 50, n. 36, 2016.

MEASON, B., PATERSON, R. Chikungunya, climate change, and


human rights. Health Hum Rights; v. 16, n. 1, p. 105-12; 2014.

MLAKAR, J. et al. Zika Vírus Associado à Microcefalia. N. Engl. J.


Med., v. 374, 2016;

SALVI, F. I., et al. Agents to Combat Endemics and the population


perceptions of regarding the factors that influence the proliferation of
Aedes aegypti mosquito, Chapecó (SC). Revista Sustiniere, v. 9, n. 1,
p. 125-144, 2021.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ANÁPOLIS-GO.


Protocolo de Manejo Clínico da Dengue, 2023.
SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS. Sistema
Integrado de Monitoramento Aedes Zero (SIMAZ). Disponível em:
https://indicadores.saude.go.gov.br/pentaho/api/repos/:aedes:paineis:bo
letim.wcdf/generatedContent. Acesso em: 12/03/2024.

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS. Indicadores da


dengue, 2024. Disponível em:
https://indicadores.saude.go.gov.br/public/dengue.html. Acesso em:
12/03/2024.

SOUSA, S. S. S et al. Características clínicas e epidemiológicas das


arboviroses epidêmicas no Brasil: Dengue, Chikungunya e Zika.
Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 23, n. 07, 2023.
Análise, Comentários, Sugestões do
Tutor (Opcional).

AVALIAÇÃO: NOTA FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO


(CONCEITOS EM ACORDO COM OS PRECONIZADOS PARA O INTERNATO E APLICADOS SIMULTÂNEAMENTE NA AVALIAÇÃO
GLOBAL – CADA ITEM DOS 14 ACIMA. :____________________.
APTO ( ) NÃO APTO ( )

Anápolis, _____, _______________ de 2023.

________________________________________________
DRA. HELEN DE LIMA
COORDENADORA DO MÓDULO SAÚDE COLETIVA

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