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CURSO: MEDICINA
MÓDULO: INTERNATO II
ÁREA DE ESTUDO: SAÚDE COLETIVA
PROFESSORA RESPONSÁVEL: DRA. HELEN DE LIMA
COORDENADOR GERAL DO INTERNATO: DRA. AILA DAVIS FANSTONE PINA VIEIRA
CARGA HORÁRIA DA ÁREA DE ENSINO SAÚDE COLETIVA: 96h
CARGA HORÁRIA TOTAL: 960h
PERÍODO: 9º
ANO: 2024
Nome do (a) interno(a): Cassiany Padra, Layse Nunes, Pedro Carvalho e Polyana Takatu.
PLANO SITUACIONAL EM SAÚDE/PROJETO DE INTERVENÇÃO
O projeto de intervenção é uma construção individual a partir da identificação de necessidades reais, idealmente deve
ser pactuado entre coordenadores, preceptores e internos. O objetivo é que você planeje, sistematize, e apresente uma iniciativa
que contribua para a qualificação da saúde coletiva do município de Anápolis e no módulo no qual você está inserido.
Abaixo você descreverá esta proposta buscando nomear e justificar o seu projeto, objetivos, planejamento para
implementação, a metodologia de trabalho e as estratégias a serem utilizadas, assim como o cronograma para seu
desenvolvimento. Itens como plano de avaliação, parcerias, possíveis desafios e estratégias para lidar com estes desafios devem
também constar desse projeto.
Lembramos que esse projeto será avaliado como produto final deste módulo. Nesse sentido, deve propor uma ação de
saúde coletiva de impacto no internato no qual você atua, factível na sua governabilidade e passível de implementação.
Objetivos Específicos:
• Analisar por que o estado de Goiás esteve entre os maiores
índices de casos de dengue nos últimos 5 anos.
• Observar o financiamento em ações de combate da dengue no
presente ano, no estado de Goiás.
• Verificar os coeficientes de morbidade no estado de Goiás com
foco no município de Anápolis-GO, no presente ano.
• Conhecer os protocolos de manejo clínico da dengue dos últimos
2 anos, no município de Anápolis-GO.
4. Materiais e Métodos
(como realizar o plano situacional em
Realizou-se um estudo observacional analítico descritivo,
Saúde?)
com o auxílio de ferramentas como banco de dados SINAN, IBGE,
Boletim Epidemiológico da Secretaria do Estado de Goiás, SIMAZ,
Scielo, Google Acadêmico, UpToDate.
5. Resultados do diagnóstico situacional A partir da análise da tabela 1, que traz a epidemiologia de
e Identificação do Problema
(apresentar dados/informação e problemas)
dengue nos últimos 5 anos, pela base de dados SINAN, verificou-se uma
prevalência de 0,76% em 2019, sendo, posteriormente, acompanhada
por uma diminuição nos anos de 2020 e 2021 (ano pandêmico de Covid),
com valores de 0,36 e 0,26% respectivamente, com posterior aumento a
partir de 2022.
Matriz de GUT
11. Desafios
(o que pode acontecer para dificultar?). • Resistência por parte dos moradores em relação às visitas
periódicas perante o cenário de violência atual.
• Dificuldade no desenvolvimento de aplicativos municipais para
a aquisição de dados da população.
• Dificuldade na aquisição e aplicação dos recursos para a
implementação das unidades sentinelas.
• Burocratização do processo de avaliação para possível
implementação de projetos que possam que possam intervir
nesta questão de saúde pública.
• Resistencia ao pagamento da penalidade financeira imposta.
12. Estratégias para lidar com os Diante da resistência dos moradores em relação às visitas
desafios
(que caminhos outros posso percorrer?).
20 periódicas devido ao atual cenário de violência, bem como das
dificuldades no desenvolvimento de aplicativos municipais para a
aquisição de dados da população e da burocratização do processo de
avaliação para implementação de projetos de intervenção em saúde
pública, é essencial adotar estratégias específicas para enfrentar esses
desafios.
Realizar a identificação do agente endêmico responsável por
cada bairro assistido, reduzindo a rotatividade entre eles. Além disso, os
profissionais das unidades básicas de saúde devem realizar campanhas
de conscientização e educação em saúde em cada bairro, envolvendo
líderes comunitários, escolas e organizações locais.
Estabelecer parcerias com empresas de tecnologia e
universidades para superar as dificuldades no desenvolvimento de
aplicativos municipais. Essas parcerias podem fornecer recursos
técnicos e conhecimentos especializados necessários para criar e manter
os aplicativos.
Buscar formas de simplificar o processo de avaliação para
implementação de projetos. Isso pode envolver a revisão dos
procedimentos burocráticos existentes e a adoção de políticas que
agilizem a aprovação de projetos de intervenção em saúde pública.
Propor alternativas de penalidades sociais, como serviços
comunitários, em caso de alegação de dificuldades financeiras, mediante
comprovação de baixa renda ou provedor único de família.
13. Correlacione seu projeto com as Este projeto está em consonância com diversas políticas
políticas públicas vigentes em níveis
nacional, estadual e local
(explicite a intencionalidade). públicas e legislações que abrangem desde o nível federal até as
competências atribuídas aos municípios. A nível nacional, a Lei nº
13.301 de 27 de junho de 2016 estabelece medidas de vigilância em
saúde para combater a disseminação do vetor dos vírus da Dengue,
Chikungunya e Zika. Essa legislação autoriza as autoridades do Sistema
Único de Saúde (SUS) a adotarem medidas necessárias para controlar
essas doenças durante emergências de saúde pública e institui o
Programa Nacional de Apoio ao Combate às Doenças Transmitidas pelo
Aedes, que financia ações de combate ao vetor. Além disso, como parte
do planejamento estratégico do Ministério da Saúde, foram elaboradas
as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle das Epidemias de
Dengue, visando reduzir o impacto da dengue na saúde pública através
da prevenção de epidemias e surtos, por meio da vigilância
epidemiológica constante, controle do vetor e educação em saúde.
No âmbito do Estado de Goiás, o Decreto nº 10.405, de 2 de
fevereiro de 2024, prevê a criação do Gabinete de Crise da Dengue e
Arboviroses com o objetivo de implantar e coordenar medidas de
prevenção, controle e contenção de riscos à saúde. Esse modelo de
gabinete de crise, estabelecido pelo governo estadual, deve ser replicado
nos municípios goianos com casos elevados de arboviroses com o
objetivo de evitar complicações e mortes. Além disso, O Decreto nº
9860, de 5 de maio de 2021, estabelece que o Estado de Goiás deverá
fornecer aos municípios goianos o suporte técnico necessário para o
cumprimento das medidas destinadas às ações de combate. Isso inclui a
disponibilização de sistemas de informação e relatórios padronizados
que são essenciais para a execução eficaz das medidas estabelecidas no
combate às questões em questão. Essa disposição visa garantir uma
coordenação eficiente entre o Estado e os municípios, garantindo que
todas as partes envolvidas possam acessar e compartilhar informações
relevantes para enfrentar os desafios em questão.
No âmbito municipal de Anápolis, a Lei nº 2851, de 17 de
abril de 2002, institui o Programa Municipal de Prevenção e Controle
de Saúde, supervisionado pela Secretaria de Saúde Municipal. Esta lei
aborda a prevenção e controle da dengue através de notificações,
investigação epidemiológica, vigilância, controle do vetor e educação
em saúde. Estas medidas visam identificar casos, analisar padrões de
transmissão, monitorar ocorrências, reduzir a população do vetor e
conscientizar a população sobre práticas preventivas. Uma abordagem
abrangente e coordenada é essencial para enfrentar os desafios da
dengue e proteger a saúde pública em Anápolis.
14. Suporte teórico que sustenta sua ANDRINO, L. M., et al. Fatores socioambientais e sua relação com
proposta
(artigos que referem necessidades /ações arboviroses. Saúde em foco: emergentes e reemergentes, v. 2 p. 163-173,
semelhantes). 2021.
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DRA. HELEN DE LIMA
COORDENADORA DO MÓDULO SAÚDE COLETIVA