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Sarampo:

Em 2020 foram confirmados 8.448 casos e em 2021, até a Semana Epidemiológica


(SE) 52, 668 casos de sarampo foram confirmados.

Após os últimos casos da doença no ano de 2015, o Brasil recebeu em 2016 a


certificação da eliminação do vírus do sarampo. Nos anos de 2016 e 2017, não foram
confirmados casos dessa doença no País. Em 2018 foram confirmados 9.325 casos
da doença. No ano de 2019, após um ano de circulação do vírus do mesmo genótipo,
o País perdeu a certificação de “País livre do vírus do sarampo”, dando início a novos
surtos, com a confirmação de 20.901 casos da doença. Em 2020 foram confirmados
8.100 casos e em 2021 foram 676 casos de sarampo confirmados. Até a semana
epidemiológica 29, os estados do Amapá e São Paulo permanecem com surto ativo de
sarampo no País, com 3 e 9 semanas transcorridas do último caso, respectivamente
(Tabela 1).
Entre a SE 1 a SE 29 de 2022, foram notificados 2.005 casos suspeitos de sarampo;
desses, 44 (2,2%) casos foram confirmados, sendo 43 (97,7%) por critério laboratorial.
Foram descartados 1.666 (83,1%) casos, e permanecem em investigação 295 (14,7%)
(Figura 1).
Na curva epidêmica (Figura 1), observa-se maior confirmação de casos nas semanas
epidemiológicas 13 a 20 (27 de março a 21 de maio de 2022) e, a partir da SE 19, um
expressivo número de casos suspeitos permanecem pendentes de encerramento. 
No estado de São Paulo, o surto de sarampo em 2019 afetou mais de 18 mil pessoas
e resultou em 18 óbitos. O surto foi controlado em maio de 2022 e o estado segue
alerta e documentando evidências de interrupção da transmissão ativa do vírus.
Manter essa conquista em 2023 será um desafio importante, visto que o sarampo
continua a circular em muitas partes do mundo, e viajantes infectados podem trazê-lo
de volta para o Brasil. Este desafio será superado com o esforço conjunto de
profissionais de saúde da assistência, da vigilância, do laboratório, da imunização e da
população.

Para manter a eliminação do sarampo no estado de São Paulo será essencial alcançar
e garantir altas taxas de vacinação (95%), de maneira homogênea em todo o estado
para a primeira e a segunda dose da vacina com o componente do sarampo. Isso
significa garantir o acesso às vacinas, educar as pessoas sobre a importância da
vacinação, revitalizar os programas de vacinação, combater a desinformação e
materializar em gestos concretos que demonstrem a capacidade das lideranças em
responder nas emergências.

A vigilância epidemiológica é fundamental para identificar precocemente casos de


sarampo nesses municípios e prevenir surtos da doença. As autoridades de saúde
devem estar atentas e adotar medidas específicas para aumentar a cobertura vacinal,
realizar ações de vacinação e implementar ações de busca ativa de casos suspeitos.
A conscientização da população também é essencial para prevenir o sarampo. As
pessoas devem ser informadas sobre a importância da vacinação, sobre os sinais e
sintomas da doença e sobre as medidas de prevenção, como isolamento social e com
medidas de higiene pessoal e do ambiente. Além disso, é fundamental que a
população colabore com as equipes de saúde e informe imediatamente se houver
suspeita de casos de sarampo. Isso ajuda a evitar a disseminação do vírus e contribui
para a manutenção da eliminação da doença e prevenir surtos.

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