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10.37885/201102355
RESUMO
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COVID-19: o trabalho dos profissionais da saúde em tempos de pandemia
INTRODUÇÃO
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COVID-19: o trabalho dos profissionais da saúde em tempos de pandemia
MATERIAIS E MÉTODOS
Delineamento da pesquisa
Neste estudo foram incluídos dados de casos notificados e óbitos do Mundo, Brasil,
Goiás e Aparecida de Goiânia. Os dados referentes ao Mundo foram extraídos do Painel da
Doença de Coronavírus da Organização Mundial de Saúde (OMS) (WHO, 2020b), os dados
do Brasil foram obtidos do Painel Coronavírus do Ministério da Saúde (BRASIL, 2020e) e,
os dados do Estado de Goiás e Aparecida de Goiânia foram obtidos do Painel do Estado de
Goiás (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS, 2020). Todos os dados foram
extraídos no dia 04 de agosto de 2020.
Procedimentos
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COVID-19: o trabalho dos profissionais da saúde em tempos de pandemia
sobre COVID-19 apresentados no painel têm como fontes os Sistemas de Vigilância de SRAG
(SIVEP Gripe), e-SUS Notifica e RedCap – do Ministério da Saúde, Laboratório de Saúde
Pública da SES e laboratórios da rede particular de saúde. Esses dados foram tabulados e
analisados usando-se o programa Microsoft Excel.
Não houve necessidade de submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que
se trata de um estudo que utiliza dados secundários, sem identificação dos participantes e
os dados são de domínio público, atendendo à Resolução do Conselho Nacional de Saúde
(CNS) n. 466, de 12 de dezembro de 2012 (BRASIL, 2012).
RESULTADOS
Quadro 01. Distribuição de casos confirmados, óbitos, taxa de incidência e letalidade de COVID-19 no Mundo, Brasil,
Goiás e Aparecida de Goiânia, Goiás, 2020.
Incidência/ 100 mil
Localidade Casos Confirmados Óbitos Letalidade
hab.
Mundo 18.318.928 2347,7 695.043 3,8%
Brasil 2.801.921 1333,3 95.819 3,4%
Goiás 74966 1068,1 1.830 2,43%
Aparecida de Goiânia 15146 2.619,6 267 1,76%
Fonte: World Health Organization. Coronavirus disease (COVID-19) Pandemic; 2020 - Ministério da Saúde (BR). Coronavírus. Situação
dos casos. Painel Coronavirus; 2020 - Secretaria de Estado de Saúde de Goiás. Atualização dos casos de doença pelo coronavírus
(COVID-19) em Goiás; 2020.
Em relação à distribuição dos casos por data de início de sintomas, verificou-se que
os primeiros casos iniciaram na SE 9 e as maiores frequências de casos foram na SE 27
(2.175) na SE 30 (2.250) (Figura 1).
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COVID-19: o trabalho dos profissionais da saúde em tempos de pandemia
Figura 1. Distribuição dos casos de COVID-19 por data de início de sintomas, SE 9 a SE 31, Goiás, 2020.
A Tabela 1 mostra que do total de indivíduos com COVID-19, 1.072 (7,0%) tinham algu-
ma comorbidade, sendo 2,3% com diabetes, 2,8% doença cardiovasculares, 1,6% doenças
respiratórias e 0,4% imunossupressão.
Tabela 1. Distribuição dos casos confirmados de COVID-19 segundo a presença de comorbidades, SE 9 a SE 31, Aparecida
de Goiânia, Goiás, 2020.
VARIÁVEIS N %
Diabetes
Sim 349 2,3
Não 14556 96,1
Ignorado 241 1,6
Doença Cardiovascular
Sim 430 2,8
Não 14478 95,6
Ignorado 238 1,6
Doença Respiratória 0
Sim 236 1,6
Não 14662 96,8
Ignorado 248 1,6
Imunossupressão
Sim 57 0,4
Não 14839 98,0
Ignorado 250 1,7
TOTAL 15146 100
Fonte: Brasil. Coronavirus. Situação dos casos. Painel Coronavirus; 2020.
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Tabela 2. Evolução dos casos de COVID-19, SE 9 a SE 31, Aparecida de Goiânia, Goiás, 2020.
RECUPERADO N %
Sim 14437 95,3
Não 709 4,7
TOTAL 15146 100
Fonte: Brasil. Coronavirus. Situação dos casos. Painel Coronavirus; 2020.
DISCUSSÃO
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No presente estudo mais de 90% casos confirmados evoluíram para a recuperação.
Resultados semelhantes foram encontrados em estudos nacionais (FREITAS; NAPIMOGA;
DONALISIO, 2020; CAVALCANTE; ABREU, 2020; MAGALHÃES et al., 2020).
Estudos destacam que a identificação, o controle, o isolamento dos casos suspeitos, a
quarentena domiciliar e o distanciamento social dos idosos e indivíduos de grupos de risco
podem reduzir o pico da demanda de assistência médica em até dois terços e o número de
mortes pela metade contribui para a recuperação dos casos de COVID-19 (FERGUSON
et al., 2020; GOMES; BUSATO; FERNANDES DE OLIVEIRA, 2020).
Partindo do pressuposto que as medidas imediatas e comuns na gestão das emer-
gências em Saúde Pública, tem foco na gestão reativa e corretiva para reduzir os riscos
atuais. O município em estudo focou também na integração dessas ações a uma gestão
prospectiva dos riscos, orientada para a redução das vulnerabilidades, o fortalecimento das
capacidades de respostas do setor saúde e outros envolvidos (defesa civil, economia, edu-
cação, transportes, água e saneamento, meio ambiente, proteção social, agricultura, entre
outros) e, prevenção de novos riscos ou riscos futuros relacionadas as consequências da
pandemia ocasionadas na vida da população.
Entre algumas estratégias utilizadas pelo município para o enfrentamento da COVID-19,
está a instituição do regime de escalonamento para o funcionamento dos estabelecimentos
que exerçam as atividades econômicas, obedecendo critérios de Macrozonas, conforme
definido no Plano Diretor do Município (DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO, 2020b). Nesse
escalonamento, foram definidos os dias da semana para não funcionamento das atividades
econômicas presentes nas Macrozonas listadas, evitando aglomeração em determinadas
localidades, conforme o Nível de risco Epidemiológico do Município baseado na Matriz de
Risco elaborada pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2020f).
As Macrozonas urbanas são regiões administrativas do território municipal que es-
tão delimitadas em virtude de suas especificidades fáticas, com características peculiares
quanto a aspectos territoriais, socioeconômicos, paisagísticos e ambientais. Diante disso,
a Secretaria Municipal de Saúde passou a publicar diariamente a matriz de risco no seu
Boletim Epidemiológico Municipal e, caso a mudança de risco permaneça estável por pelo
menos três dias, emitirá nota que será divulgada no seu site, comunicando a mudança do
risco e a necessidade dos estabelecimentos comerciais se adaptarem ao cenário. A partir do
comunicado de mudança de Cenário de Risco por parte da Secretaria Municipal de Saúde,
as atividades comerciais de Aparecida de Goiânia terão quatro dias para cumprimento do
novo escalonamento.
Essa estratégia implantada pelo município está baseada no fato de que os efeitos da
pandemia da COVID-19 não podem ser tratados de modo isolado e pontual, pois combina
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crises econômicas, políticas e sanitárias, resultando em um efeito cascata, ampliando as
condições de vulnerabilidades e riscos presentes e futuros, impactando de modo muito mais
acentuado as condições de vida e saúde dos mais pobres e vulneráveis. Diante disso, os
gestores de Aparecida de Goiânia vêm construindo as condições que permitam não só uma
melhor preparação e alerta para o risco atual da doença, mas também dos processos de
reabilitação, recuperação e reconstrução das condições de vida e saúde.
Entre as limitações deste estudo estão o uso de dados secundários, disponíveis em
uma plataforma com dados automatizados dos sistemas de saúde do Ministério da Saúde,
portanto, os dados são preliminares e ainda estão em fase de tratativas por parte dos municí-
pios do estado, com evidente atraso entre notificação e conclusão dos casos, que influenciam
no número de casos. Além disso, sabemos que há um elevado número de subnotificação
que pode sugerir falsa estimativa da real dimensão do número de casos.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Portaria MS/GM n. 188, de 3 de fevereiro de 2020. Declara Emergência em Saú-
de Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo
Coronavírus (2019-nCoV), 2020a. Disponível em: http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-
-188-de-3-de-fevereiro-de-2020-241408388. Acesso: 27 jul. 2020.
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http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/cnv/poptgo.def. Acesso: 04 ago. 2020.
5. BRASIL. Coronavirus. Situação dos casos. Painel Coronavirus; 2020e. [citado em 2020 Ago
4]. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/. Acesso: 04 ago. 2020.
8. CAVALCANTE, J.R.; ABREU, A.J.L. COVID-19 no município do Rio de Janeiro: análise espa-
cial da ocorrência dos primeiros casos e óbitos confirmados. Epidemiologia e Serviços de
Saúde, v.29, n.3, e2020204, 2020.
9. CHENG, Z.J.; SHAN, J. 2019 Novel coronavirus: where we are and what we know. Infection,
v.48, n.2, p.155-163, 2020.
10. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO (BR). Município de Aparecida de Goiânia. Decreto “n” nº 115,
de 16 de março de 2020a. Declara situação de emergência em Saúde Pública no Município
de Aparecida de Goiânia e dispõe sobre medidas de enfrentamento da pandemia provocada
pelo Coronavírus (COVID-19) e dá outras providências. Disponível em: https://webio.aparecida.
go.gov.br/diariooficial/download/1356. Acesso: 07 ago. 2020.
12. FERGUSON, N.M. et al. Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID-19
mortality and healthcare demand. Imperial College COVID-19 Response Team, 2020.
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13. FREITAS, A.R.R.; NAPIMOGA, M.; DONALISIO, M.R. Análise da gravidade da pandemia de
Covid-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v.29, n.2, e2020119, 2020.
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ganização Mundial da Saúde. Hygeia, v.11, 2020.
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20. SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS. Atualização dos casos de doença pelo
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