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A HISTÓRIA DA DENGUE E SEU AVANÇO NO

BRASIL

Crizabeth Sousa Silva


Eliana Cosmo Da Silva
Luíza Da Silva Batista
Nicelina Araújo dos Santos
Raquel Orben
Prof. Marcelo Carvalho
Centro universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Biomedicina (FLC8929BBI) – Metodologia Científica – Introdução à Pesquisa
23/09/2021

INTRODUÇAO

É de conhecimento geral que a dengue é a mais importante arbovirose que afeta as pessoas,
gerando um grande problema de saúde pública no mundo. Os relatos ocorrem e disseminam-se
especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o
desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor (BRASIL, 2009). A
fisiopatologia está relacionada ao sistema imunológico e a idade de cada pessoa, há uma variação de
sintomas, por exemplo, podendo ser assintomática, hemorrágica e etc. Esse trabalho tem como
principal objetivo apresentar, por uma revisão à literatura, os principais aspectos que se relacionam
ao desenvolvimento do cenário endêmico da dengue no Brasil.
O mosquito Aedes aegypti teve sua primeira aparição desde o século 16, já no Brasil e mais
alguns países das Américas, há relatos de que em 1950 conseguiram erradicá-lo. Nesse período foram
utilizadas algumas estratégias, entre elas estão à campanha nacional, com estruturação militar. Após
a aparição da doença, foi despertando o interesse de pesquisadores, tanto pelos suas características
clinicas como epidemiológicas.

[...] A dengue é uma infecção viral transmitida pela fêmea dos mosquitos A.
aegypti e A. albopictus que tem hábitos diurnos. O vírus da dengue é da
família Flaviridae, arbovírus grupo B, sendo identificados quatro sorotipos (1,
2, 3 e 4). Com distribuição geográfica em mais de 100 países nos trópicos e
subtrópicos incluindo América, sudeste da Ásia, oeste do Pacifico, África e leste
do Mediterrâneo. (ARAGÃO et al., 2010, p. 175).

De acordo com a Fio cruz em 1908, essas características foram descobertas por Antônio
Gonçalves Peryassú, um grande pesquisador que colaborou grandemente para o estudo da dengue, e
o controle da doença no Brasil, e desde os anos de 1950 vêm ocorrendo relatos da doença, com cerca
de três milhões de casos. A pesquisa é um mecanismo valioso que se encontra presente nas maiores
descobertas da história, servindo como meio de informação e solução de problemas presentes na
sociedade.
Concordamos quando Gluber (2006 apud Oliveira 2012, p.15) diz que as muitas pessoas
moram em áreas que desenvolve a proliferação, “[...] 2,5 bilhões de pessoas habitam em áreas de
risco de dengue, em mais de 100 países, 50 milhões de infecções ocorrem anualmente com 500 mil
casos de dengue hemorrágica e 22 mil mortes, sobretudo entre crianças”.
A proliferação também pode ocorrer de acordo com as variações climáticas, apresentando
intensidade na estação chuvosa, pois tem a possibilidade de possíveis criadouros, apresentando um
aumento da doença. De acordo com Penna (et al., 2011, p. 868) “[...] tem sido observado um padrão
sazonal para casos de dengue que coincide com o verão, devido à maior frequência de chuvas e
aumento da temperatura no Brasil.”

[...] Desde fevereiro de 2020, o Brasil enfrenta uma pandemia da covid-19 e,


desde a confirmação dos primeiros casos, observou-se uma diminuição dos
registros de casos prováveis e óbitos de dengue. Esta diminuição pode ser
consequência do receio da população em procurar atendimento em uma unidade
de saúde, bem como uma possível subnotificação ou atraso nas notificações das
arboviroses, associadas à mobilização das equipes de vigilância e assistência
para o enfrentamento da pandemia. ( BRASIL, 2021)

Atualmente os casos de dengue são poucos, devido aos motivos citados acima, como todos
sabem, estamos enfrentando uma pandemia do novo covid-19, e devido ao medo de contaminação,
evitam ir aos hospitais, o que dificulta a contabilização de novos casos, em virtude disto, há ainda
pessoas que se tratam em casa, já que atualmente há uma vasta pesquisa, sobre como enfrentar a
dengue. Devido as pesquisas realizadas, aos estudos elaborados, à identificação precoce dos casos de
dengue, foi possível a tomada de decisões e implantação de medidas de maneira oportuna, com o
principal objetivo de evitar a ocorrência de óbitos (BRASIL, 2011).
Foi desenvolvido um documento com o intuito de organizar, orientar, facilitar e uniformizar
as ações necessárias a uma resposta solidária, coordenada e articulada entre os integrantes do Sistema
Único de Saúde, “As Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue
auxiliarão estados e Municípios na organização de suas atividades de prevenção e controle, em
períodos de baixa transmissão ou em situações epidêmicas, contribuindo, dessa forma, para evitar a
ocorrência de óbitos e para reduzir o impacto das epidemias de dengue”. (BRASIL, 2009).
REFERÊNCIAS

ARAGAO, R. E. M. de et al. Neurite óptica bilateral após infecção viral por dengue: relato de casos.
Arq. Bras. Oftalmol. vol.73, n.2, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


Epidemiológica. 7. Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão.


Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança. Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. 4. Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de


arboviroses urbanas causados por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes (dengue, chikungunya e
zika), semanas epidemiológicas 1 a 21, 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue / Ministério
da Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 160 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

FIOCRUZ. Fundação Oswaldo Cruz. O mosquito Aedes aegypti faz parte da história e vem se
espalhando pelo mundo desde o período das colonizações.

OLIVEIRA, M.A. Condicionantes socioambientais urbanos associados à ocorrência de Dengue no


município de Araraquara. Tese de doutorado Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública.
São Paulo; s.n. 2012.

PENNA, G. O. Doenças dermatológicas de notificação compulsória no Brasil. Revista An Bras


Dermatol. 2011; 86(5): 865-77.

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