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João é um bebê do sexo masculino de três meses de idade, nascido de um parto normal
sem complicações. Durante a consulta pós-natal, o pediatra notou que João apresentava
uma fissura labial unilateral esquerda e recomendou que seus pais procurassem um
especialista em fenda palatina para avaliação e tratamento.
Exame clínico revelou que a fissura se estendia desde a borda esquerda do lábio superior
até o nariz e atingia a gengiva superior e o palato mole. O bebê tinha dificuldade para
mamar e respirava com um som agudo, especialmente durante a alimentação.
Discussão:
A fissura labiopalatina é uma malformação congênita comum que ocorre durante o
desenvolvimento fetal, resultando em uma abertura ou separação no lábio e/ou palato. A
fenda pode ser unilateral ou bilateral, afetando a parte superior da boca e o nariz. A
incidência da fenda labiopalatina é de cerca de 1 em cada 700 nascidos vivos, e a causa
exata é desconhecida, embora fatores genéticos e ambientais possam estar envolvidos.
● IRF6 (Fator Regulador Interferon 6): Este gene desempenha um papel importante no
desenvolvimento do tecido craniofacial e é conhecido por estar associado a uma
série de anomalias congênitas, incluindo as fissuras labiopalatinas.
● TP63 (Proteína P63): Este gene é necessário para o desenvolvimento normal da
pele, do sistema nervoso e das estruturas craniofaciais. Alterações no TP63 foram
associadas a uma série de malformações congênitas, incluindo as fissuras
labiopalatinas.
● MSX1 (Homeobox de Msx): Este gene desempenha um papel importante na
formação dos dentes e do palato. Alterações no MSX1 foram associadas a um risco
aumentado de fissuras labiopalatinas.
● FGF signaling pathway (via FGF8 and FGFR1): Este é um caminho de sinalização
que desempenha um papel crucial no desenvolvimento embrionário e na formação
do tecido craniofacial. Alterações nesse caminho de sinalização têm sido associadas
a um risco aumentado de fissuras labiopalatinas.
● WNT signaling pathway (via WNT9B and DVL1): Este é outro caminho de
sinalização importante no desenvolvimento embrionário, incluindo o
desenvolvimento craniofacial. Alterações nesse caminho de sinalização foram
associadas a um risco aumentado de fissuras labiopalatinas.
No entanto, é importante notar que as fissuras labiopalatinas são multifatoriais e envolvem
uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. Além disso, muitos outros
genes e fatores ainda precisam ser investigados para entender completamente a base
genética dessas malformações congênitas.
Estudos recentes sugerem que as alterações genéticas no MTHFR podem aumentar o risco
de fissuras labiopalatinas em fetos em desenvolvimento. Essas alterações genéticas afetam
a capacidade do corpo de metabolizar o folato e, portanto, podem resultar em níveis mais
baixos de folato no sangue. O folato é importante para o desenvolvimento do sistema
nervoso central e do sistema craniofacial durante a gravidez, e sua deficiência pode levar a
anomalias congênitas, incluindo as fissuras labiopalatinas.
No entanto, ainda não está claro como exatamente as alterações genéticas no MTHFR
podem aumentar o risco de fissuras labiopalatinas. Mais pesquisas são necessárias para
entender completamente a relação entre esses dois fatores. É importante ressaltar que as
fissuras labiopalatinas são multifatoriais, ou seja, envolvem uma interação complexa entre
fatores genéticos e ambientais, e a presença de uma alteração genética no MTHFR não é
suficiente para causar a malformação sozinha.
A paciente foi submetida a uma cirurgia para correção da FTE. O procedimento envolveu a
ligação da conexão anormal entre a traqueia e o esôfago, e a reconstrução da via
respiratória e digestiva.
Após a cirurgia, a paciente foi mantida sob observação na UTI Neonatal e foi alimentada
com sonda nasogástrica. A paciente apresentou uma boa evolução clínica e foi liberada do
hospital após 20 dias de internação.
Discussão:
A fístula traqueoesofágica é uma condição congênita rara que afeta cerca de 1 em cada
4.000 a 5.000 recém-nascidos. A condição resulta da falha na separação dos tubos
digestivo e respiratório durante o desenvolvimento embrionário.
A FTE resulta da falha na formação adequada do septo traqueoesofágico, o que leva a uma
conexão anormal entre a traqueia e o esôfago. Isso pode resultar em problemas
respiratórios, com a passagem de ar para o estômago, bem como problemas digestivos,
com a passagem de alimentos para os pulmões.
inda não foram identificados genes específicos envolvidos no desenvolvimento das fístulas
traqueoesofágicas (FTEs). Acredita-se que a condição seja multifatorial, envolvendo fatores
genéticos e ambientais.
O tratamento da FTE envolve cirurgia para corrigir a conexão anormal entre a traqueia e o
esôfago. O procedimento é geralmente bem-sucedido e a maioria dos pacientes se
recupera completamente.
Discussão: A estenose pilórica é uma condição que geralmente afeta bebês com menos de
6 meses de idade, com uma incidência maior em homens. A causa exata da condição é
desconhecida, mas acredita-se que a genética e fatores ambientais possam desempenhar
um papel no desenvolvimento da condição. A espessura do músculo pilórico é o principal
fator contribuinte para a estenose, que pode levar a vômitos, perda de peso, desidratação e
desequilíbrio eletrolítico.
O sistema digestivo se desenvolve a partir do tubo digestivo embrionário, que surge durante
as primeiras semanas de gestação. O tubo digestivo consiste em três camadas:
endoderma, mesoderma e ectoderma. A camada endodérmica é responsável pela formação
do revestimento interno do tubo digestivo, incluindo o revestimento do estômago e do
intestino delgado. Durante o desenvolvimento embrionário, o estômago se forma a partir da
fusão de várias estruturas diferentes, incluindo o intestino anterior, a vesícula biliar e o
fígado.
Ainda não está claro quais genes específicos estão envolvidos no desenvolvimento da
estenose pilórica. Sabe-se que a condição é multifatorial e pode ter uma base genética, mas
o padrão de herança ainda não é completamente compreendido. Alguns estudos sugerem
que a estenose pilórica pode ser causada por mutações em genes que regulam a
proliferação celular ou a diferenciação muscular no trato gastrointestinal durante o
desenvolvimento embrionário. Outros estudos apontam para a influência de fatores
ambientais, como a exposição a certos medicamentos durante a gravidez. No entanto, mais
pesquisas são necessárias para esclarecer a base genética da estenose pilórica.