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Embriogênese
Formação do zigoto
Fecundação Proliferação celular desorganizada (mórula)
Organização celular:
Fase blastocisto Trofoblasto (periferia- desenvolvimento da placenta)
Embrioblasto (aglomerado interno de células – desenvolvimento do embrião)
Fase gástrula Continuação da proliferação celular (organização dos 3 folhetos embrionários)
(8º-14º dia)
Fase de nêurula Presença do tubo neural, celoma, notocorda e endoderme (tecidos mais complexos)
19º ao 21º dia
24º dia Processo de dobramento do embrião (formação dos arcos faríngeos)
Formação do estomódeo (cavidade oral primitiva)
26º dia Embrião com proeminência frontonasal, processos maxilares e mandibulares
27º dia Associação dos processos com o epitélio odontogênico
34º dia Espessamento das fossetas nasais, com desenvolvimento dos processos nasais mediais e laterais
36º dia Formação do lábio superior – fusão entre processos nasais mediais e maxilares
Formação da asa do nariz – fusão entre os processos nasais laterais
Formação do palato
6ª-12ª semanas (7ª semana) Primário – fusão dos processos nasais mediais (falha = fenda labial)
Secundário – fusão dos processos maxilares (falha = fenda palatina)
*8ªsemana = fusão completa do palato (horizontalização dos processos palatinos laterais associada ao correto posicionamento
da língua)
Anomalias de Desenvolvimento
● Definição: malformação craniofacial é toda alteração congênita que envolve a região do crânio e da
face
● Malformação relacionada com distúrbios do crescimento (síndrome ou questão genética) ou falha nas
fusões
● Etiologia: causas genéticas ou ambientais → agentes infecciosos (rubéola em grávidas faz com que o
feto tenha chance de desenvolver malformações), radiação X (evitar nas primeiras semanas, quando o
feto está mais vulnerável), drogas (cortisona e anticonvulsivantes como a fenitoína, que aumentam em
10x a chance do bebê apresentar fenda orofacial), hormônios, deficiências nutricionais vitamínicas
(ácido fólico ou sulfato ferroso que atua na proteção do feto contra o desenvolvimento de fendas
orofaciais)
● Isocretinoína para tratamento de acne (roacutan): altamente teratogênico
Primeiras semanas:
Pequeno nº de células → Dano pequeno eliminado (possibilidade de reparo do dano)
Grande nº de células → Morte do embrião
4ª a 8ª semana: maior probabilidade de ação dos teratógenos sobre as malformações
9ª semana: menor susceptibilidade de ocorrer falha no desenvolvimento
Fendas Orofaciais
● Tipos de Fendas:
➔ Unilaterais X Bilaterais
➔ Completas X Incompletas
➔ Leves X Graves
➔ Outras Fendas: Fenda Facial Lateral, Fenda Facial Oblíqua, Fenda Mediana do Lábio Superior
Classificação das Fendas Orofaciais - segundo Spina (leva em consideração o forame incisivo)
OBS: A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (10/09/2019) parecer favorável a
um projeto de lei que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar cirurgia plástica reconstrutiva de lábio
leporino ou fenda palatina
Fossetas Labiais
● Conceito: são invaginações na mucosa do lábio inferior
● Classificação:
➔ Fossetas da Comissura Labial: são pequenas invaginações da mucosa que ocorrem no limite
do vermelhão dos lábios, nos ângulos da boca
❏ Etiopatogênese: falha na fusão entre os processos maxilar e mandibular
❏ Mais frequente em homens
❏ Relação genética autossômica dominante
❏ Mais comum em adultos (>30 anos): diagnóstico tardio, mesmo sendo uma condição
congênita
❏ 12-20% da população acometida
❏ Uni ou bilaterais
❏ Não são associadas a fendas faciais ou palatinas, mas sim ocorrem de forma isolada
❏ Pode apresentar de 1 a 4 mm de profundidade
❏ Pode ter comunicação com glândulas salivares menores que vão drenar saliva para a
invaginação
❏ Consequência Clínica: queilite angular (infecção secundária bacteriana ou fúngica)
❏ Tratamento e Prognóstico: geralmente assintomáticas → não há necessidade de
tratamento; casos raros estão associados a infecção secundária → remoção cirúrgica (em
casos de invaginações mais profundas e/ou hábitos precários de higiene)
➔ Fossetas Paramedianas: invaginações congênitas raras do lábio inferior
❏ Etiopatogênese: originam-se dos sulcos labiais persistentes no arco mandibular
❏ Herdadas como um traço autossômico dominante em combinação com a fenda labial e/ou
a fenda palatina
❏ Fístulas bilaterais e simétricas, pode ter glândulas salivares em comunicação com a
invaginação e acúmulo de saliva na região, pode ter até 1,5 cm de profundidade
❏ Associadas a síndromes: Van der Woude (mais frequente), Kabuki (mais rara) e
Pterígeo Poplítea (mais rara)
❏ Consequência Clínica: mucocele (ruptura de um ducto de glândula salivar com
extravasamento de mucina), geralmente decorrente de hábitos de mordedura
❏ Tratamento e Prognóstico: excisão (estética), atentando para a associação a
anormalidades congênitas e para o potencial de transmissão do traço
Síndrome de Kabuki
● Recebe esse nome por causa da semelhança dos pacientes com os personagens do teatro japonês de
Kabuki
● Característica Principal: eversão das pálpebras inferiores (associação com fendas palatinas ou
labiopalatinas, podendo ter também retardo mental)
● Mais rara
Lábio Duplo
● Consiste em uma anomalia oral rara, caracterizada pelo crescimento exuberante de tecido na mucosa
labial
● Acomete mais o lábio superior, sendo mais raro no lábio inferior
● Etiopatogênese: com mais frequência, é de natureza congênita, porém pode ser adquirido tardiamente
durante a vida
● Acredita-se que os casos congênitos desenvolvam-se durante o segundo ou terceiro mês da gestação
como resultado da persistência do sulco entre a parte vilosa e a parte glabra do lábio
● O lábio duplo adquirido pode ser um componente da Síndrome de Ascher ou pode ser causado por
traumatismo ou hábitos orais, como sugar o lábio
● O lábio duplo, geralmente fica mais evidente quando o paciente sorri, podendo ser muito proeminente
ou mais discreto
● Tratamento e Prognóstico: casos discretos → tratamento desnecessário; casos mais graves → cirurgia
estética para retirada do tecido excedente; aconselhamento genético
Síndrome de Ascher
● Etiopatogênese: é incerta, sendo uma herança autossômica dominante em alguns casos
● Caracterizada pela Tríade: lábio duplo + blefarocalásia (edema recorrente da pálpebra superior,
levando à flacidez da pálpebra no canto externo do olho) + aumento atóxico da tireoide (50% dos casos)
● A blefarocalásia pode ser mais discreta ou exacerbada, dificultando, nestes casos, a visão do paciente e
necessitando de encaminhamento para correção cirúrgica
● A blefarocalásia dá a impressão de olhar de tristeza e de olhar “caído”