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FISSURAS

AVALIAÇÃO E TERAPIA

Fissura palatina associada


ou não à labial
1 em 750 casos
Associadas à
síndromes

Aceitabilidade da família e sociedade

Equipe interdisciplinar
Tratar a criança com fissura e não a fissura da criança

Etilologia
2ª semana de gestação

Fatores exógenos- estão relacionados à mãe,


ao estresse, infecções, medicamentos,
carências alimentares e irradiações

Fatores endógenos- história familiar positiva


Estágios de desenvolvimento gestacional da face e boca

A face é formada por cinco processos: um central

dois maxilares
dois mandibulares
Nas fissuras labiais, os arcos maxilares estão livres para
expandir-se lateralmente sem resistência,mas a coordenação
muscular para sucção, é preservada.

Na fissura palatina, o crescimento da língua pode estar


alterado. Movimentos compensatórios de língua e parede da
faringe serão necessários para deglutição.
CLASSIFICAÇÕES

Spina (1979), ponto de referência : forame incisivo

FISSURA INCIDÊNCIA

PRÉ FORAME LÁBIO E ARCADA COMPLETA UNI OU


INCISIVO ALVEOLAR INCOMPLETA BILATERAL

PÓS FORAME PALATO DURO E COMPLETA


INCISIVO MOLE INCOMPLETA
TRANS FORAME LÁBIO, ARCADA UNI OU
INCISIVO ALVEOLAR, PALATO BILATERAL
DURO E MOLE
Fissuras submucosas- decorrentes da não fusão de
placas ósseas
e musculares. Há apenas fusão da mucosa.

Fissuras submucosas ocultas( Kaplan, 1975)-


visualizada pela
nasofibroscopia, constituída por hipoplasia do mms
da úvula e uma
diástese da musculatura velar na superfície nasal.

Seqüência de Pierre Robin, caracterizada por


micrognatia e glossoptose
vem acompanhada por fissura paltina
AVALIAÇÃO E TRATAMENTO
A fissura labial deverá ser operada por volta dos 3 meses e a
fissura palatina aos 12 a 18 meses.
Cabe ao fonoaudiólogo orientar os pais sobre os cuidados
com o bebê e promover a estimulação do desenvolvimento.

As funções neurovegetativas estão alteradas:


Respiração oral, sucção e deglutição modificadas.

Poderá apresentar dificuldades quanto à amamentação:


refluxo de leite
O tratamento fonoaudiológico visa um
atendimento precoce tento para o
favorecimento ao aleitamento natural,
como para a prevenção das alterações
musculares orofaciais.

O fonoaudiólogo dá orientações pré


cirúrgicas ( alimentação, massagens,
higiene estimulação de linguagem)
Técnica da obstrução nasal: para obter pressão intra-
oral e auxiliar na instalação dos fonemas.

Voz cochichada ocorre fechamento glótico incompleto,


incompatível com o golpe de glote.

Ao solicitar a emissão de cada fonema é necessário que


se crie uma nova intenção : empurrar um objeto com a
pressão do fluxo aéreo bucal, não buscando o engrama do
golpe de glote e, sim, criar o fluxo aéreo para cavidade
bucal, resultando no fonema objetivado.
Postura vertical do bebê.
Colocação de placas ortopédicas na boca favorece a
adaptação da alimentação.
Mamar dos dois lados em cada mamada, durante 30min.
Furo da mamadeira.
Alteração otológica relacionada à otite média:
funcionamento inadequado da tuba auditiva, pelo pouco
desenvolvimento do mm tensor do véu palatina, que mantêm
a tuba fechada na posição de repouso.

Perda auditiva condutiva


 Mesmo após o fechamento cirúrgico, o bebê
permanece com movimentos compensatórios de dorso
língua contra o palato, semelhante ao fechamento do
esfincter velofaríngeo
 Atraso na aquisição da fala: padrão de nasalidade
excessiva, pouca pressão intraoral, favorecendo o
surgimento das compensações, como golpe de glote,
fricativa faríngea, escape nasal.

 Crianças que têm o palato reconstituído antes de


adquirir a fala têm maior chance de obter pressão intra-
oral, equilíbrio de ressonância e articulação as
consoantes.
Conhecer a cronologia cirúrgica.

O palato não deve estar curto, nem com fibroses ou fístulas

Palato curto é insuficiente para ocluir o esfincter velo-faríngeo

Véu longo, mas incompetente para a função da fala

Língua: mobilidade maior posterior

Bochechas: sem alteração

Mandíbula pode estar projetada

Condições de alimentação
Avaliação de fala, palavras e frases contextualizadas
Observar caretas para conter o fluxo de ar.
Informação ao paciente quanto ao fechamento do esfíncter
velo-faríngeo, sua localização e funcionamento.
Qualidade vocal: rouquidão, nódulos, voz aspirada, baixa
intensidade
Espelho de Glatzel
Prova de “cul-de-sac”: emitir sons vocálicos prolongados com
abertura e fechamentos alternados das narinas

Terapia da linguagem como fala


Técnicas:
Articulação dos fonemas para melhorar o fechamento
velo-faríngeo.
Realização da voz sussurrada.
Terapia articulatória de fluxo aéreo (Altmann,1992)
scape-scope
Distinção dos fonemas e reconhecimento dos traços,
sem exigir o controle da nasalização

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