Você está na página 1de 11

RESUMO FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO

- Mecanismos Neuromusculares da deglutição

Deglutir é o ato de engolir, é um processo contínuo, tem-se o transporte do conteúdo da


boca até o estômago. Atuam nesse processo: cavidade oral, faringe, esôfago e estômago,
bem como o sistema nervoso que conduz todo esse processo.
Apresenta 4 fases: preparatória, oral, faríngea, e esofágica.

Estruturas que atuam na deglutição:

DURAS: osso hióide, esfenóide, mandíbula e vértebras cervicais;

MOLES: faringe, palato mole, língua, epiglote, esôfago, mm. constritores faríngeos, m.
genioglosso, m. hioglosso, m. estiloglosso, cartilagem cricóide, cartilagem tireóide e
músculos do pescoço.

PARES CRANIANOS: trigêmeo (5º par), facial (7º par), glossofaríngeo (9º par), vago (10°
par) e hipoglosso (12° par).

Controle neurológico da deglutição:

- FASE ORAL (PREPARATÓRIA): nesta fase tem-se o controle do alimento na boca


(textura, sabor, movimento da língua para descobrir o sabor), nesta fase o alimento
é preparado para ser deglutido de forma segura e por isso é tão importante. O bolo é
misturado com a saliva, a faringe e a laringe encontram-se em repouso e a via aérea
encontra-se aberta.

- FASE ORAL PROPRIAMENTE DITA: seu início é de controle voluntário, já nos


estágios finais ocorre de forma involuntária, por isso, pode ocorrer no sono. A língua
junta o alimento, tem-se a formação do bolo alimentar, acomoda-se o bolo e
propulsiona-lo para trás. O bolo é levado para a faringe e então o palato mole deve
se fechar para que a comida não vá para a nasofaringe.

- Possui controle motor e sensitivo: facial, hipoglosso e trigêmeo (motor) e trigêmeo,


facial e glossofaríngeo (sensitivo).
- FASE FARÍNGEA: eleva-se o palato mole para fechar a nasofaringe e tem-se então
o processo de deglutir. Os músculos constritores da faringe propulsionam o bolo
para trás da faringe. A laringe se eleva e a epiglote abaixa, protegendo as vias
áreas. Esse fechamento ocorre por completo, fechando a glote totalmente no
momento da deglutição.

- Possui controle motor (trigêmeo, facial, glossofaríngeo, vago e hipoglosso) e


sensitivo (trigêmeo, vago e glossofaríngeo).

- FASE ESOFÁGICA: inicia com uma onda peristáltica, que leva o bolo para o
estômago, esse processo termina quando a comida passa pela junção
gastroesofágica. O esfíncter da região do esôfago é fechado no repouso e aberto
durante a deglutição, vômito ou arroto.

- Possui controle motor e sensitivo com o vago em ambos, pois este realiza a
motilidade do esôfago e abertura e fechamento do esfíncter.

OBS: para deglutirmos precisamos de uma coordenação precisa se todo esse sistema, para
que o bolo não seja aspirado. Há uma interação complexa desses músculos e nervos que
participam da deglutição.

- Mecanismos neuromusculares da sucção

Responsável pelo desenvolvimento motor oral nos primeiros meses de vida. É feita pelos
movimentos realizados pelos órgãos fonoarticulatórios durante a sucção. O RN deve sugar
de maneira harmônica, com ritmo, força e sustentação.

*Órgãos fonoarticulatórios: lábios, língua, mandíbula, maxila, bochechas, palato mole,


palato duro, musculatura oral e arcada dentária.

Para que ocorra desta forma, tem-se a adequação dos seguintes aspectos:
- Reflexo de busca e sucção;
- Vedamento labial: o vedamento completo do lábio, proporciona a pressão intra-oral
da forma correta;
- Movimentação da língua e mandíbula: a língua realizará movimentos ondulatórios e
a mandíbula irá abrir e fechar e se deslocar para trás;
- Coordenação sucção-deglutição-respiração: deve ocorrer de 1:1:1, mesma ordem;
- Ritmo da sucção.
OBS: tendo todos estes aspectos adequados, tem-se a pressão intra-oral correta para tirar
o leite do peito.

Existem duas fases na sucção:


- SUCÇÃO PRIMITIVA (SUCKLING): de 3 a 6 meses a língua realiza movimentos de
extensão e retração. Existe vedamento labial, porém é menos eficiente. Não há a
dissociação dos movimentos da língua e mandíbula, além de não possuir sincronia.
Nesta fase, os lábios, mandíbulas, bochechas e faringe participam da sucção.
- Por não possuir movimentos ondulatórios eficientes, outros mecanismos se adaptam
para auxiliar na pressão intra-oral, como o auxílio das almofadas de gordura
(sucking pads), que o bebê nasce com elas.

- SUCÇÃO MADURA (SUCKING): após os 6 meses, o movimento da língua torna-se


eficiente, tem-se o início dos movimentos ondulatórios (movimentos peristálticos)
com maior dissociação dos movimentos de lábios e mandíbula. O vedamento labial
torna-se eficiente.
- A mandíbula de eleva, ponta e dorso da língua comprimem o mamilo e aréola contra
o palato e a parte anterior da língua se adere, realizando o vedamento completo
entre língua, palato duro e superfície oral e parte posterior sela com o palato mole e
faringe.
- Há uma alteração na estrutura da mandíbula, para auxiliar neste processo. A
mandíbula já realiza um movimento dissociado e assim já realiza a pressão
negativa, onde não há ar envolvido. Auxilia na extração do leite materno do mamilo.
Tem se o movimento ondulatório e o acanulamento da língua gerando pressão
negativa que auxilia na extração do leite.

Mecanismos da sucção:

1- Inicia com o reflexo de busca/pontos cardeais.


OBS: o reflexo de busca e sucção estão interligados, se não há reflexo de busca,
provavelmente não terá o de sucção.

2- O lábio do RN deve estar evertido (para fora) para que a língua avance até a linha da
gengiva. Quando o RN, suga apenas o mamilo a sucção é ineficaz e há maior possibilidade
de rachadura mamilar.

Função:

- LÍNGUA: realiza o vedamento anterior (aderida ao redor da aréola) e posterior


(contra o palato mole e faringe). Responsável pela ordenha da aréola, propulsão do
leite e pelos movimentos ondulatórios.

- MANDÍBULA: base estável para os movimentos da língua, auxilia na criação da


pressão intra-oral. Realiza movimentos orais e verticais, comprimindo a aréola e
liberando o leite.

Vantagens da sucção:
- Faz com que ocorra o desenvolvimento motor-oral de forma adequada, refletindo no
desenvolvimento craniofacial, no crescimento ósseo e na dentição;
- A criança estabelece o padrão adequado de respiração nasal e postura correta da
língua;
- aumento do tônus e força muscular;
- Preparação para a mastigação;
- formação correta da arcada dentária e crescimento mandibular.

OBS: A formação do palato de forma adequada, leva a formação correta da arcada


dentária. Quando a criança é respiradora oral, usa chupeta, mamadeira ou chupa o dedo,
não vão ter a formação do palato correto e consequentemente terão a arcada dentária
alterada.

Características orais do RN que facilitam a amamentação:


- Presença de depósito de tecido gorduroso localizado nas bochechas;
- Pequeno espaço intra oral;
- Retração da mandíbula;
- Não dissociação entre os movimentos de língua e mandíbula;
- Proximidade palato/epiglote e respiração nasal.

Desmame Precoce
O desmame precoce, sempre (em todos os casos), está associado a confusão de bicos
(mamadeira, chupeta, dentre outros), pois a posição da mandíbula e língua estarão
posicionadas de forma diferente, além de não realizar força para puxar o leite, sendo “mais
fácil” para a criança e ela não querer mais mamar no peito.

- Pode levar ao desenvolvimento motor oral inadequado/


- Provoca alterações os órgãos fonoarticulatórios em relação a postura e força;
- Prejudica as principais funções: mastigação, deglutição, respiração e articulação dos
sons da fala.
- Consequências como má oclusão, respiração oral e alteração motora oral.

MAMADEIRA: Propicia o trabalho apenas dos músculos bucinador e do orbicular da boca.


Esse uso excessivo destas musculaturas pode fazer com que a criança torne-se retrognata
(crescimento craniofacial) em alguns casos, além das arcadas dentárias estreitas, o que
leva a falta de espaço para crescimento dos dentes.
OBS: A sucção do bico de borracha não requer os movimentos de protrusão e retração da
mandíbula.

MÁ OCLUSÃO: menos frequente em crianças que foram amamentadas, pode ocorrer pela
ação incorreta da musculatura orofacial no repouso (articulação dos sons, mastigação,
deglutição e respiração).

RESPIRAÇÃO ORAL: quando a criança tem a ocorrência de desmame precoce e/ou não foi
amamentada nos primeiros meses, a chance de ocorrer a respiração oral é maior. É muito
comum que estas crianças tenham os lábios entreabertos, dentes semi abertos, olheiras e a
entrada do nariz é menor (face característica dos respiradores orais).
- Mecanismos neuromusculares da fonação

Fonação: está relacionado ao ato de se comunicar, é uma função neurofisiológica existente


desde o nascimento, produzida pela laringe, se modifica de acordo com o desenvolvimento
do indivíduo. Ex: fala, canto, riso, choro, tosse, grito, gemido, suspiro, balbuciar, estalos
com a língua, bocejo, ronco e espirro.

Como é produzida?
- Mecanismos necessários:
Capacidade pulmonar: ressoar o ar;
Laringe: vibrar as pregas vocais;
Pregas vocais: produção do som através da vibração (grave/agudo) - Ex: Prega
encurtada/grossa = grave, prega esticada/fina = aguda;
Boca: articular e modular o som.

OBS: Principal função da laringe (IMPORTANTE) - Facilitar a respiração, impedindo a


entrada de corpos estranhos.

TEORIA MIOELÁSTICA-AERODINÂMICA

Explica o uso da musculatura laríngea e as forças aerodinâmicas da respiração para


produzir a voz. Na porção anterior a laringe, existe a pressão subglótica, que com a
respiração, com ar vindo dos pulmões, resulta em escapes de ar de forma a vibrar,
harmonicamente, as pregas vocais. Quando tem-se a presença de nódulos ou outras
patologias, a pressão não é o suficiente e a voz apresenta falhas.
Quando respiramos as pregas vocais se abrem e quando falamos as pregas vocais se
fecham resultando na vibração das mesmas.

OBS: a emissão de voz começa a partir do ar que passa pela laringe. O som é gerado nas
pregas vocais é produzido pela corrente de ar expirada, porém também pode ser produzido
na inspiração, técnica muito usada quando há paralisia de prega vocal.

Aparelho fonador:
- Fossa nasais (auxiliam na ressonância);
- Boca e anexos;
- Úvula;
- Faringe;
- Laringe (onde estão as pregas vocais);
- Traqueia;
- Brônquios (capacidade pulmonar);
- Bronquíolos;
- Pulmões;
- Músculos da parede torácica;
- Diafragma;
- Músculos abdominais;
- Centros nervosos coordenadores da fala e do campo;
- Centros nervosos responsáveis pelo controle da respiração (Tronco cefálico).

A fonação envolve:
- Centros de controle específico da fala no córtex cerebral;
- Funções mecânicas na produção de um som audível;
- Controle desse som para produzir um fonema definido.

A voz é produzida a partir de um som básico gerado na laringe, onde localizam-se as


pregas vocais. Na respiração, as pregas ficam abertas e na produção de voz as pregas
vocais se aproximam e tem a sua vibração. Este som então percorre o trato vocal, diversas
estruturas e chega à boca, onde são articulados na cavidade da boca, por movimentos de
língua e lábios. Existem órgãos que agem na ressonância (dão mais clareza ao som) -
laringe, faringe, boca e nariz.

- Envelhecimento do Sistema Estomatognático

Envelhecemos da mesma forma? Não, depende de fatores determinantes neste processo:


fatores genéticos, meio ambiente, saúde/doença, medicamentos, traumatismos, suporte
familiar, integração social, valores culturais, hábitos de vida e comportamento.

Envelhecimento Populacional:
- Em 1980: havia baixa expectativa de vida e + nascidos vivos (base da pirâmide larga
e topo estreito);
- Em 2020: houve um aumento da expectativa de vida, mais ainda tem-se muitos
nascidos vivos (base da pirâmide e o meio mais largos, com aumento no número de
idosos por conta da expectativa de vida);
- Para 2050: espera-se um aumento da população idosa e diminuição dos nascidos
vivos. (pirâmide com um equilíbrio em ambas as partes, mas tem o início de um
estreitamento na base).

Sistema estomatognático do idoso:

MUSCULATURA DA FACE: diminuição da massa muscular, diminuição da força muscular,


atrofia muscular e diminuição da elasticidade dos tecidos.
BOCHECHAS: mais arqueadas (face de buldog), diminuição do tônus muscular e
assimetrias;

LÁBIOS: atrofia das fibras musculares labiais, menos volume labial, acentuamento das
rugas em volta dos lábios e abaixo do nariz e redução de abertura da boca.

CAVIDADE ORAL: mucosa oral mais fina, diminuição do epitélio, diminuição da camada de
queratina, mucosa com aparência mais lisa e brilhante e está mais susceptível a
ulcerações.

LÍNGUA: atrofia das papilas gustativas, varicosidades sublinguais, movimentos mais


instáveis e/ou com tremor em repouso e diminuição de força.

FARINGE: diminuição da motilidade faríngea, lentidão da passagem do bolo alimentar e


musculatura mais flácida (pesbifaringe).

LARINGE: posição mais baixa na região do pescoço, flacidez dos ligamentos que compõem
as cartilagens, maior dificuldade para elevação na deglutição (presbilaringe) e instabilidade
na função da epiglote - engasgos.

MAXILA E MANDÍBULA: osteoporose fisiológica e diminuição da espessura e aumento da


porosidade. Nos idosos que não possuem dentes, os alvéolos dentários perdem sua função
e passam a ser reabsorvidos.

ATM: diminuição do líquidos sinovial, limitação do movimento da articulação, projeção da


mandíbula para frente, abertura bucal diminuída e estalidos, crepitações, desconforto, dor.

ELEMENTOS DENTÁRIOS: dentes de tornam mais amarelados e/ou acinzentados, dentina


mais impermeável, vasos sanguíneos diminuem, limiar de sensibilidade a dor aumenta,
erosões e abrasões, cáries, tártaro, placa bacteriana, infecções bucais e perda de dentes.

PERIODONTO: aumento da fragilidade, mucosa mais delicada e ulcerações.

ESTOMATOGNOSIA: diminuição da sensibilidade e do olfato e paladar por consequência


de higiene oral inadequada, uso de medicamentos, fluxo de saliva diminuído e uso de
próteses dentárias.

GLÂNDULAS SALIVARES: xerostomia (fluxo de saliva diminuído - boca seca), por


consequência do uso de medicamentos causando células descampadas, resíduos
alimentares, fungos, cor da língua mais esbranquiçada e mau hálito.

DEGLUTIÇÃO: presbifagia sendo necessário adaptações na condução do bolo alimentar.


Tem-se uma lentidão no peristáltico e disfagia gerando, em alguns casos, desnutrição e
desidratação.

OBS: em idosos sem dentes, todas essas alterações se intensificam.


OBS 2: tem-se a quadralização facial (face mais quadrada), devido às alterações do
envelhecimento.
- É muito comum, que os idosos passem a optar por alimentos com menos
consistências com legumes cozidos, pudins e sopas, devidos às alterações
decorrentes do envelhecimento que geram dificuldade na mastigação e deglutição
do alimento.

- Alterações Morfofuncionais da face e funções estomatognáticas relacionadas

A MOTRICIDADE OROFACIAL
É uma das áreas de especialidade da Fonoaudiologia, tem como objetivo restabelecer as
funções estomatognáticas:
• Respiração
• Sucção
• Mastigação
• Deglutição
• Fala
Parafunção: função a mais da musculatura, mas que não é boa, é errada. Sobrecarrega a
musculatura facial
• Apertamento
• Bruxismo

Quando existem alterações de oclusão (não pode ter espaço entre a arcada de cima e de
baixo) e de tipologia facial, associadas às desproporções esqueléticas, a correção cirúrgica
por meio de cirurgia ortognática é o tratamento de eleição. Sem a mesma não é possível
mudar as características das funções e da musculatura orofacial do paciente.
Para cumprir estes objetivos se faz necessária uma abordagem multidisciplinar.
Este equilíbrio pode ser quebrado por fatores como as desarmonias estruturais, que podem
ser ósseas e/ou dentárias. Estas desarmonias interferem nas condições funcionais, na
estética facial e nos aspectos psicológicos e social do indivíduo.

- Anomalias Orofaciais
- Etiopatogenia
Alguns transtornos orofaciais são comprovados por serem de
origem hereditária.

ANOMALIAS DENTÁRIAS
1. Agenesia: ausência de dente.
2. Dentes supranumerários: surgimento de vários dentes no palato.
3. Macrodontia: dentes grandes.
4. Microdontia: dentes pequenos.
5. Dentes Conóides: um dente pequeno e pontudo.

TRANSTORNOS MAXILOFACIAIS:
1. Prognatismo: mandíbula extendida
2. Biprotusão: dentes superiores e inferiores protusos, direcionados pra frente
• Atresia de palato: palato estreito

CAUSAS PRÉ-NATAIS
1. Traumatismo que acontece no parto.
2. Pressão intra-uterina na zona perioral
3. Posicionamento incorreto do feto.
4. Patologia materna que causam malformações:
• Diabetes não compensada
• Exposição a irradiações
• Ingestão de certos medicamentos e drogas
• Desnutrição
• Infecções.

ENTRE OS FATORES FÍSICOS AMBIENTAIS :


1. Traumatismo pós-natais
2. Enfermidades endócrinas
3. Tumores
4. Imaturidade neurológica
5. Desnutrição
6. Exposição a irradiações que provocam
alterações de crescimentos
7. Bridas por queimaduras que podem impedir e
alterar o crescimento
8. ósseo.

HÁBITOS DELETÉRIOS
• Uso da chupeta
• Alimentação pastosa prolongada
• Sucção de dedos, língua e objetos • Onicofagia
Podem ocasionar:
1. Respiradores bucais ou orais.

ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DE FACE - CONGÊNITAS:


São as alterações estruturais inatas, com origem frequente de uma má-formação
embrionária,
genética ou metabólica;
Também podem ser alterações ou desproporções em estruturas orofaciais, de origem
congênita, sem que necessariamente estejam ligadas aos fatores acima.
Ex:
1. frênulo de língua curto
2. fissura lábio palatal.

ALTERAÇÕES METABÓLICAS HEREDITÁRIAS


Doenças lisossômicas, erros inatos do metabolismo que produzem intoxicação aguda (ex.
fenilcetonúria).
1. Mucopolisacaridose

ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DE FACE – SÍNDROMES CONGÊNITAS


1. Síndrome de Crouzon
2. síndrome de apert
3. síndrome de pierre robin: tem fissura no palato, no retrognata não tem.
4. Síndrome de treacher-collins.

ALTERAÇÕES CONGÊNITAS SEGUNDO AS ESTRUTURAS AFETADAS:


• Maxila estreitamento ou atresia
• Retração de maxila
Retrognatia: não tem fissura como na de Robim;
Mandíbula estreita ou atresica e micrognatia;
Mandíbula prognata.

Alterações morfofuncionais de lingua


Frênulo curto: dificulta a mobilidade da língua.
• Tratamento: cirúrgico (otorrino, dentista, cirurgião maxilo)
• Tratamento fonoaudiológico: após a cirurgia do freio lingual; •Microglossia.
•Glossoptose: língua caída pra trás;
•Macroglossia;
•Lingua bífida.

Alterações morfofuncionais de lábios


Fissura: Frenulo curto ou ausência quase total de freio;
Frenulo inserido na borda do lábio: dificulta o movimento labial;
Frenulo inserido na borda óssea alveolar: provoca diastema;
Brida: freio mais espesso, fibroso.
• Indicação cirúrgica se tiver alterando a função;
Macrostomia: deformidade na conformação da boca (sindrômica ou não) onde a comissura
labial se estende até a altura das orelhas; pode ser uni ou bilateral e é de indicação
cirúrgica.

Alterações morfofuncionais no Palato:


• Fissuras;
• Fístulas; abertura no palato
• Palato ogival: profundo e estreito: respiração oral, síndromes, tipologia dólico facial;
Tratamento: expansão do palato com aparelho ortodôntico.
• Tórus palatino: crescimento ósseo na linha média das placas palatinas;
• Palato atrésico: muito estreito, profundo e alto.

Alterações morfofuncionais no nariz


• Desvio de septo
• Estreitamento de coanas
• Máformação congênita (síndromes): verificar se a função nasal está comprometida e
trabalhar a eficiência nasal.

Você também pode gostar