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SETOR DE ANATOMIA
Curso: Odontologia
Docentes: Fernando José Camello de Lima, George Azevedo Lemos e Jacqueline Brito.
Alunas: Joyce Rayanne Holanda Gomes; Samara Bras Cesario Silva; Thaiane Lessa Siqueira
De Lemos; Thainá Carla De Amorim Almeida e Vitória Lúcio Henrique.
(V) O músculo estilo-hiódeo traciona o osso hióide para cima e para trás, alongando o
assoalho de boca.
As cúspides são classificadas como cúspides funcionais, trabalho ou contenção cêntrica e não
funcionais. As cúspides de contenção cêntrica são aquelas que ocluem com as cristas
marginais e fossas centrais ou principais das faces oclusais opostas, sendo elas: as cúspides
linguais dos molares e pré-molares superiores e as cúspides vestibulares dos molares e pré-
molares inferiores. Elas tem como função a manuntenção da dimensão vertical de oclusão por
meio dos pontos de contatos entre elas e as superfície oclusal do dente antagônico, que devem
ser estáveis. Como também, são elas que realizam a trituração de alimento sobre a mesa
oclusal dos dentes antagônicos. Já as cúspides de não contenção ou não funcionais participam
de forma secundária, possibilitando um apoio lateral para manter os alimentos contidos no
interior da mesa oclusal, possibilitando que os mesmos possam ser triturados adequadamente
e evitando que a região lateral da língua e a bochecha (músculo Bucinador) que atuam
devolvendo o bolo alimentar para o interior da mesa oclusal, sejam mastigados durantes o
ciclo de trituração dos alimentos.
É a curva determinada pelas faces oclusais dos dentes, que começa nos molares e termina
no canino, sendo vista ao observarmos os arcos dentais por um plano sagital ou ântero-
posterior.
A existência dessa curva se deve à posição que os dentes ocupam nos alvéolos, com
alturas diferente, o que não acontece na dentição decídua, pois os dentes são implantados
na mesma altura e não apresentam essa curva.
A curva sagital de oclusão, conhecida também como curva de compensação, inicia-se com
a erupção dos caninos e pré-molares, terminando com a erupção dos segundos molares.
Observa-se que para a ocorrência de uma oclusão normal que a arcada inferior possui um
plano que é côncavo, e a arcada superior forma um arco que é convexo.
Ao observar os arcos dentais pelo plano frontal, nota-se uma curva transversal de
concavidade superior. É uma curva que passa pelos planos oclusais dos molares e existe
devido à inclinação dos dentes nos alvéolos, podendo sofrer modificação com o tempo,
devido aos desgastes sofridos pela dentição. Essa curva não é formada na região dos pré-
molares, uma v4ez que a inclinação dos dentes é mínima.
A cavidade oral funciona como um órgão sensorial e um órgão motor com o fito de preparar o
alimento para que ele seja deglutido de forma segura. Assim, a fase oral é voluntária e é
dividida em fase preparatória e fase oral propriamente dita.
No estágio preparatório se tem a mastigação com suas três fases, que são: incisão, trituração e
pulverização. É nesta fase que o bolo é misturado com a saliva e quanto mais houver
introdução de texturas mais grossas, mais tempo irá durar esse estágio, já no caso dos bebês,
esta fase compreende a sucção e, portanto, possui curta duração. Quanto mais mastigação for
necessária mais longa será essa fase. Além disso, o fechamento labial é necessário uma vez
que o material é colocado dentro da boca e com isto não haverá nenhum escape extraoral.
O bolo é colocado entre a língua e o palato duro antes de iniciar a deglutição voluntária.
Durante toda a fase oral preparatória o palato mole está em uma posição mais baixa, ajudando
a prevenir que o bolo caia na faringe antes da deglutição ser produzida. Esta inferiorização do
palato mole ocorre pela contração do músculo palatoglosso. Ademais, a faringe e laringe estão
em repouso e a via aérea está aberta, bem como a respiração nasal continua até que a
deglutição ocorra.
A fase oral, é uma fase voluntária que começa com a propulsão posterior do bolo pela língua e
termina com a produção de uma deglutição. A iniciação de uma deglutição do bolo alimentar
ou líquido se faz sob controle voluntário, embora os estágios finais da deglutição sejam
involuntários. Na fase oral a ponta da língua apoia-se contra as bordas do alvéolo maxilar ou
os incisivos superiores. A parte anterior da língua toma uma forma de xícara para conter bolos
com grandes volumes. Além do mais, também é a língua que leva o alimento para ser
mastigado em ambas as laterais. A língua, portanto, exerce vários papéis importantes nestas
duas fases, que são: Levar o alimento para ser mastigado, juntar este alimento, conter o bolo
formado, acomodar este bolo e propulsioná-lo para trás.
Quando o bolo é levado para a faringe o palato mole deve se fechar para que a comida não vá
para a nasofaringe. Desse modo, os músculos que participam neste momento são o músculo
elevador do véu palatino, músculo tensor do véu e o músculo palato faríngeo. O total
selamento da cavidade oral ajuda a manter as forças de propulsão necessárias para o
transporte do bolo através da hipofaringe, esfíncter esofageal superior e para dentro do
esôfago. A fase oral dura menos de um segundo. Por fim, os pares de nervos cranianos que
participam desta fase da deglutição são:
nervo trigêmeo (V): no controle motor é responsável pelos movimentos da mandíbula, já no controle
sensorial é determinado a forma, a textura e as qualidades estereognósticas do estímulo oral.
nervo facial (VII): controle motor dos lábios das bochechas e da boca e no controle sensorial o
paladar é estimulado através do nervo facial.
Fase Faríngea
A fase faringea começa com a estimulação dos receptores táteis na orofaringe pelo bolo
alimentar. O reflexo da deglutição é iniciado e está sob controle neuromuscular involuntário.
As seguintes ações ocorrem para assegurar a passagem de comida ou bebida para o esôfago:
- a língua bloqueia a cavidade oral para evitar que a comida retorne para a boca;
- o esfíncter esofageal superior do esôfago se abre para permitir a passagem para o esôfago.
Além disso, o fechamento do vestíbulo laringeal ocorre quando a laringe é posicionada abaixo
da base da língua. O bolo líquido é desviado em duas correntezas no momento em que flui ao
redor da epiglote para dentro da fossa piriforme. Aproximadamente 600 a 900 milissegundos
depois do início da fase faríngea, a comida passa através do esfíncter esofageal superior e
entra no esôfago. O músculo cricofaríngeo, que é o principal componente do esfíncter
esofageal superior, relaxa por aproximadamente 500 milissegundos durante a deglutição para
permitir a passagem do bolo.
Controle motor: nervo trigêmeo (V), nervo facial (VII), nervo vago (X), nervo acessório (XI)
e nervo hipoglosso (XII)
Controle sensorial: nervo trigêmeo (V), nervo glossofaríngeo (IX) e nervo vago (X).
Fase Esofageal
O bolo alimentar é impulsionado para o esôfago pelos movimentos peristálticos que consiste
em uma onda peristáltica automática, a qual leva o bolo para o estômago, consequentemente
reduzindo o risco de refluxo gastroesofágico ou reentrada de material alimentar do esôfago
para dentro da faringe. Além disso, o refluxo gastroesofágico é também evitado através da
contração tônica do músculo cricofaríngeo.
O esfíncter esofageal superior, o qual está fechado no repouso, relaxa durante a deglutição,
assim como a laringe se eleva. Relaxação do esfíncter precede a abertura por
aproximadamente um décimo de segundo. Ademais, o esfíncter abre por forças de tração na
sua parede anterior exercidas pela contração dos músculos supra-hioideo e infra-hioideos.
Uma das funções do esfíncter esofageal superior inclui a prevenção da distenção esofageal
durante a respiração normal.
Controle Motor: a fase esofágica da deglutição começa a partir da inibição simultânea de ambos os
músculos estriados e lisos em toda a extensão do esôfago. Dessa forma, acontece de cima para baixo
através dos sinais excitatórios descendentes. Além disso, os sinais inibitórios e excitatórios são
estimulados pelo nervo vago - X.
Controle Sensorial: A retroalimentação sensorial durante o peristaltismo vem através do nervo vago
(X).
Logo, entende-se que nesse caso clínico a paciente possui um desequilíbrio na articulação
temporomandibular, apresentando manifestação muscular, com disfunção miogênica, e
apresentação de dor miofacial. No caso apresentado o ponto gatilho (PG) é o músculo
esternnocleidomastóideo e a dor referida (DR) provocada é no músculo temporal.
8.Um terceiro molar é extraído e durante a semana seguinte ocorre uma osteíte
localizada (alvéolo seco). O paciente retorna em cinco dias reclamando da condição
dolorosa. O exame revela uma abertura mandibular limitada, causada não pela
infecção, mas pela resposta muscular secundária dos músculos masseter e pterigóideo
medial. Explique em termos anatômicos a ocorrência da co-contração protetora nos
músculos citados.
A princípio, sabe-se que a osteíte localizada (alvéolo seco) resulta de uma condição de lise
total do coágulo de sangue formado, antes que ele seja substituído por tecido de granulação,
levando a exposição do osso. A atividade fibrinolítica pode resultar de infecções subclínicas,
inflamações do espaço da medula óssea, saliva, tecido ou bactérias.
A osteíte será uma fonte de dor profunda constante, e por meio do efeito excitatório central irá
produzir uma co-contração protetora (contratura muscular) dos músculos masseter e
pterigoideo medial. Com isso, a co-contração protetora ocorre por causa da contração
simultânea dos grupos musculares antagonistas. Ainda que a co-contração protetora seja uma
resposta normal do SNC à dor profunda, quando prolongada pode levar a uma dor muscular.
Além do mais, o giro pós central regula as atividades rítmicas da mandíbula. Nesse âmbito,
quando a boca é aberta os músculos depressores são ativados enquanto que os músculos
elevadores são relaxados. Entretanto, quando se tem, por exemplo, a presença de dor facial, o
músculo masseter revela um aumento na atividade eletromiográfica durante a abertura de
boca. Logo, esta ação muscular antagonista causa uma diminuição na velocidade e no grau de
abertura de boca.
Ademais, se a osteíte local for eliminada, ou seja, resolução da origem da dor profunda, a co-
contração protetora será resolvida e a abertura mandibular voltará ao normal. Por outro lado,
se a origem não for resolvida, a co-contração protetora irá produzir dor, estabelecendo uma
dor muscular cíclica. Assim, caso seja eliminada a fonte original da dor (osteíte) não se
eliminará a dor muscular, e o tratamento se torna independente da fonte original da dor, sendo
direcionado para a desordem de dor dos músculos da mastigação.
Referências
MADEIRA, Miguel Carlos. Anatomia do Dente. 5ª. Edição. São Paulo. Sarvier, 2007.
Gray's anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.