Você está na página 1de 8

Artigo de Fonoaudiologia

Amamentar: Influência na Oclusão, Funções e


Hábitos Orais
Breast Feeding: Influence in Occlusion, Functions and Oral Habits

Resumo INTRODUÇÃO
A importância da amamentação para O interesse por esta pesquisa surgiu
o bom crescimento e o desenvolvimento como resultado de reflexões sobre fato-
facial do bebê e, conseqüentemente, para res que possam ser considerados pro-
a prevenção dos distúrbios miofuncionais vocadores de maloclusão e alterações
da face, é uma afirmativa muito freqüente miofuncionais da face.
na literatura. Sendo assim, procurou-se Muitos pais nos questionam sobre o
investigar a relação existente entre: alei- grande número de crianças que, atual-
tamento - desenvolvimento ortognático - mente, faz uso de aparelhos ortodônti-
funções e hábitos orais. Avaliou-se 150 cos ou freqüenta terapias fonoaudiológi-
crianças de ambos os sexos, da rede par- cas. Nós, fonoaudiólogos, constantemen-
ticular de ensino da cidade de São Paulo, te relacionamos esses desvios aos hábi-
com a finalidade de pesquisar a influência tos alimentares atuais, tais como: ausência
do tipo de aleitamento com a oclusão, as ou diminuição da amamentação, alimen-
funções e hábitos orais. Os resultados en- tação com textura mais “mole”, hábitos
contrados mostraram que as crianças, bucais inadequados, entre outros.
amamentadas exclusivamente no peito, Mas será que as crianças eram mais
(ou o foram por no mínimo seis meses), amamentadas no peito, em tempos anteri-
não desenvolveram hábitos de sucção, ou ores aos atuais? Essa assertiva parece ló-
se o fizeram, estes ocorreram por um pe- gica, quando pensamos que, no passado,
ríodo mais curto, em comparação às crian- o número de mulheres, vivendo exclusiva-
ças que não foram amamentadas ou o mente para cuidar dos filhos era maior.
foram por um período inferior a seis me- Ao lermos o trabalho de REA
ses. Não foram encontrados dados signi- (1989), que discutiu a história da
ficativos entre o tipo e o tempo de aleita- amamentação, percebemos que isso
mento relacionado com: aceitação de ali- não é verdade, pois, segundo a auto-
mentos sólidos, problemas respiratórios, ra, no final do século XIX, houve uma
postura de repouso dos lábios, oclusão, diminuição da amamentação, coinci-
postura dos lábios na mastigação e pa- dindo com a expansão dos serviços
drão de deglutição. de saúde e a descoberta de um maior

Palavras-chave: Sílvia Regina Pierotti*


Amamentação; Sucção de
dedo; Respiração;
Mastigação; Oclusão; * Especialista em Motricidade Oral, Mestre em Distúrbios da Comunicação, pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, Profa CEFAC - Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica.
Deglutição.

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 91


valor protéico no leite de vaca do que da musculatura bucofacial (HADDAD Para avaliar a mastigação e a de-
no leite materno. e CORRÊA, 1998).16 glutição foi utilizado o pão francês,
O oposto dessa situação ocorreu Segundo a Teoria da Matriz Fun- por ser um alimento que pertence ao
durante a Segunda Guerra Mundial, cional, proposta por MOSS22 (1962), hábito alimentar da grande maioria
quando a escassez de leite em pó pro- o tecido ósseo é influenciado, duran- das crianças.
moveu um considerável retorno à te o crescimento, pela atividade das A deglutição foi avaliada junto
amamentação. partes moles. O tamanho e a forma com a mastigação. No momento em
A partir da década dos anos 50, do esqueleto craniofacial seriam o re- que a criança deglutia o pão, era ob-
houve novo declínio do uso do pei- sultado de uma resposta à demanda servado se ocorria contração da mus-
to, tanto na incidência, como tam- provocada pelos tecidos, externa e in- culatura perioral ou movimento as-
bém na duração da amamentação. ternamente a eles relacionados; sen- sociado de cabeça. Algumas crian-
REA36 (1989), justifica esse declínio do a função,fator determinante no ças não aceitaram comer o pão fran-
às práticas hospitalares, às atitudes desenvolvimento do esqueleto. cês e, por isso, o número de respos-
dos profissionais de saúde e à sua Levando em consideração os a- tas obtidas foi inferior ao total do
falta de conhecimento sobre a ama- chados de REA36 (1989), quanto à número de crianças analisadas.
mentação, aliados às campanhas de amamentação ser mais intensa hoje, Foram excluídas as crianças que
propaganda feitas pelas indústrias que em anos anteriores, e as consi- haviam feito ou faziam tratamento
que produziam as fórmulas infan- derações de diversos autores, sinte- ortodôntico ou fonoaudiológico, e
tis, para a expansão comercial de tizadas por MOSS28 (1962), na pos- aquelas que apresentavam distúrbios
seus produtos. sibilidade do aleitamento por mama- neurológicos, síndromes e fissuras lá-
O retorno à amamentação, só deira ser prejudicial ao desenvolvi- bio-palatinas.
ocorreu na década dos anos 70, com mento facial, ficamos sem uma res- Concluídas as avaliações e cole-
o movimento social encabeçado pe- posta convincente para as pergun- tas dos dados, iniciou-se a análise
los “hippies”, em busca de maior tas formuladas pelos pais, quanto ao estatística.
aproximação com a natureza. maior número de crianças com alte-
Como podemos observar, a infor- ração ortognática nos dias de hoje. DISCUSSÃO
mação que damos aos pais em rela- Com o intuito de melhor compreen- A amamentação não só está re-
ção à ausência ou diminuição da der a relação amamentação - desen- lacionada com os aspectos nutricio-
amamentação, não condiz com a volvimento ortognático - funções e nais, como também ela é fundamen-
realidade. hábitos orais, foi investigado as con- tal para o bem-estar físico e emocio-
Então, será que orientar a mãe dições oclusais, de respiração, deglu- nal que se estabelece através do con-
sobre amamentação é suficiente para tição, uso e freqüência de hábitos de tato próximo entre a mãe e o filho.
prevenir alterações oclusais e miofun- sucção em crianças de um ano e dez Ao longo de vários anos, diversos
cionais orais? meses a sete anos e dois meses, em autores vêm relacionando a forma do
Sabemos que os bebês apresen- relação ao tipo de aleitamento a que aleitamento e o desenvolvimento da oclu-
tam retrognatismo mandibular, foram submetidas. são, das funções e dos hábitos orais.
chamado de retrognatismo mandi- STRAUB43 (1961), afirmou que a
bular secundário, e os movimentos MATERIAL E MÉTODO amamentação é um estímulo para o
de anteriorização e posteriorização A pesquisa apresentada neste tra- crescimento anterior da mandíbula e
da mandíbula do ato da amamen- balho foi realizada em uma escola de que o uso da chupeta ou da mamadei-
tação favorecem o crescimento e ensino particular na cidade de São ra podem ser nocivas a tal desenvolvi-
desenvolvimento da mandíbula, be- Paulo. mento. Para ele a deglutição atípica é o
neficiando a oclusão neutra e re- Foram avaliadas 150 crianças: resultado direto do aleitamento artifici-
forçando o circuito neural fisiológi- 68 do sexo feminino e 82 do sexo al inadequado, provocando uma mu-
co da respiração nasal. Isto porque, masculino, com idade de um ano e dança no posicionamento da língua.
durante a amamentação, o bebê dez meses a sete anos e dois meses. Esse mesmo autor observou que cri-
não solta o mamilo, mantendo a As crianças foram avaliadas in- anças quando utilizam mamadeira não
respiração nasal em sincronia com dividualmente. Elas se posicionaram satisfazem à necessidade de sucção,
o ato de sucção. sentadas à frente da examinadora e por isso, sugam o dedo ou chupeta,
Alguns autores acreditam que o por meio da oroscopia feita com au- para suprir tal necessidade.
crescimento e o desenvolvimento cra- xílio de espátula de madeira, foram LINO21 (1980), afirmou que, para
niofaciais estão condicionados a fa- observadas as condições dentárias e desenvolver uma deglutição normal,
tores genéticos, mas são fortemente tipo de oclusão no sentido vertical e deve-se alimentar o bebê no peito
influenciados pelo padrão funcional anterior. materno. A deglutição se realiza em

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 92


função da quantidade de leite obtido. lares numa posição ligeiramente ho- blemas respiratórios e postura alte-
Assim, o reflexo é desencadeado pelo rizontal, a fim de facilitar o movimen- rada da língua.
volume de leite na boca, determinando to ântero-posterior da amamentação. Para PRAETZEL et al.33 (1997),
a realização da deglutição. Na mama- Esse movimento permite a modelação a sucção é a primeira fase da masti-
deira, o fluxo de leite é maior e, junta- do ângulo mandibular e a verticaliza- gação, é a mastigação antes da evo-
mente com a extensão do bico, em al- ção dos músculos, preparando-os lução neurológica. Ela afirmou que as
guns casos, acabam levando o leite para a função mastigatória. No caso duas fases trabalham os mesmos
quase que diretamente a bucofaringe, do uso da mamadeira, haverá falta de músculos: pterigóideos laterais,
prejudicando a fase oral da deglutição. desenvolvimento póstero-anterior pterigóideos mediais, masseteres,
Além disso, o prazer de sucção não é mandibular, pois, a mamadeira não temporais, digástrico, genohióideo e
satisfeito, pois, o tempo da mamada, obriga, os movimentos de retrusão e milohióideo. Acrescentou, ainda, que
pela mamadeira, é bem mais rápido e projeção da mandíbula. Como o es- a amamentação prepara tais múscu-
a criança pode desenvolver hábitos de forço muscular para retirada do leite é los para exercer uma boa função
sucção de dedo ou objetos. menor, não há tônus necessário para mastigatória.
Para FALTIN Jr. et al.12 (1983), a ser utilizado na chegada da primeira Partindo dessas premissas, a
amamentação é primordial para o de- dentição, assim como a possibilidade idéia inicial deste trabalho foi a de
senvolvimento da mandíbula, anu- de adquirir o hábito de respirar pela verificar a relação existente entre a
lando o retrognatismo natural do re- boca aumenta. Ele afirma que altera- amamentação e o desenvolvimento
cém-nascido. O ato da amamenta- ções como: cárie, distoclusão, sobre- ortognático e as funções e hábitos
ção representa uma verdadeira ginás- mordida, são conseqüências da ausên- orais. Da análise dos resultados des-
tica mandibular, possibilitando, um cia da amamentação. O número de be- te trabalho, observamos que, do to-
perfeito equilíbrio neuromuscular dos bês amamentados até o nascimento tal das crianças analisadas, 94%
tecidos que envolvem o aparelho dos dentes é cada vez menor. Ele su- delas foram amamentadas. Esse re-
mastigatório. gere um incentivo à amamentação, sultado confirma os encontrados por
PLANAS32 (1987), afirmou que a pois é a verdadeira profilaxia terapêu- REA36 (1989), COUTINHO e GON-
amamentação, a mastigação e a res- tica precoce de Reabilitação Neuro ÇALVES9 (1993) e MARCHESAN22
piração são importantes fontes de es- Oclusal. (1998), que afirmam ter havido um
tímulos para o desenvolvimento cra- Segundo CAMARGO5 (1998), as retorno à prática da amamentação.
niofacial. A recepção funcional de es- maloclusões, muitas vezes, se origi- É interessante observarmos, porém,
tímulos no órgão da respiração é con- nam de hábitos musculares bucofa- que apesar do grande número de
tínua e permanente, enquanto as fun- ciais nocivos, atribuídos a funções al- crianças amamentadas, 93% das
ções de amamentação e mastigação teradas, ausência ou amamentação 150 crianças analisadas, fez uso de
são alternadas e somente recebem es- por dois a três anos, uso de mama- mamadeira em alguma época da
tímulos durante os atos. O recém-nas- deira e chupeta por tempo prolonga- vida. Isto nos mostra que a mama-
cido apresenta os músculos mandibu- do (até seis anos), dieta pastosa, pro- deira faz parte da história alimentar

TABELA 1
Medidas resumo por grupo, para as variáveis tempo de amamentação, tempo exclusivo de amamentação,
tempo mamadeira e tempo chupeta (meses).
Variável Grupo Nº Média DP Mínimo Máximo
crianças (mês) (mês) (mês) (mês)
Tempo amamentação A 9 19.00 7.98 7 30
AM < 6 65 5.88 4.90 1 36
AM > 6 66 10.95 5.99 6 32
Tempo exclusivo A 9 19.00 7.98 7 30
amamentação AM < 6 65 3.11 1.60 0 5
AM > 6 66 9.73 5.66 6 30
Tempo mamadeira AM < 6 62 37.58 16.29 9 81
AM > 6 59 35.49 18.59 1 77
M 10 48.80 20.25 12 82
Tempo chupeta A 9 11.89 18.75 0 48
AM < 6 65 29.38 21.88 0 81
AM > 6 66 20.39 21.90 0 84
M 10 41.80 25.15 0 67

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 93


da grande maioria das crianças. (1984), MEYERS e HERTZBERG25 Na tabela 1, podemos observar
Para dividir as crianças em gru- (1988), PROENÇA35 (1990), OLIVEI- que o grupo M (daquelas crianças
pos, baseei-me nas pesquisas de PLA- RA30 (1991), BERTAGNON4 (1991), que só usaram mamadeira) foi o que
NAS 32 (1987), CORRÊA et al. 8 MORESCA e FERES27 (1992), BASTOS apresentou um tempo maior de du-
(1996), CATTONI et al.6 (1998), que et al.2 (1996), SERRA-NEGRA et al.40 ração do hábito de sucção de chu-
afirmam que as crianças devem ser (1997), SEIXAS et al. 39 (1998), peta; em segundo lugar, o grupo
amamentadas até pelo menos seis MOREIRA26 (1998), MARTINS FI- AM<6 (aleitamento natural com
meses. Assim, os grupos foram divi- LHO23 (1987), SEGÓVIA38 (1988), tempo inferior a seis meses), sen-
didos em: A (crianças que não usa- CAMARGO5 (1998), PRAETZEL e do o grupo A (das que não usaram
ram mamadeira); M (crianças que só ABRAHÃO34 (1999), ROBLES et al.37 mamadeira), o que teve o tempo
usaram mamadeira); AM > 6 (crian- (1999).(Fig.1) menor de duração do hábito
ças que foram amamentadas exclu-
sivamente no peito por seis meses ou
90%
mais e depois usaram mamadeira) e
AM < 6 (crianças que foram ama- 80%
mentadas por menos de seis meses
70%
exclusivamente no peito).
A análise estatística mostrou que 60%
as crianças amamentadas exclusiva-
mente no peito e as que são por um 50%
período, igual ou superior a seis meses,
40%
usam menos chupeta, demonstrando
que o tempo maior de amamentação 30%
satisfaz à necessidade fisiológica de
sucção. Esse resultado coincide com os 20%

dados obtidos nas pesquisas de 10%


STRAUB 44 (1962), ANDERSEN 1
(1963), DONALD10 (1977), SHOAF41 0%
A AM<6 AM>
_6 M
(1979), ENLOW11 (1979), PIZARRO Grupo
e HONORATO31 (1981), MOYERS29 FIGURA 1 - Representação em percentual de crianças que usaram chupeta
por grupo.

TABELA 2 TABELA 3
Distribuição absoluta e relativa das crianças, Distribuição absoluta e relativa das crianças que
segundo a aceitação de alimentos sólidos. usaram ou não chupeta.
Grupo Aceitação Sólido Total Grupo Uso de chupeta Total
Não Sim Não Sim
A 2 7 9 A 6 3 9
1.33% 4.67% 6.00% 4% 2% 6%
22.22% 77.78% 66.67% 33.33%
AM < 6 8 57 65 AM < 6 13 52 65
5.33% 38% 43.33% 8.67% 34.67% 43.33%
12.31% 87.69% 20% 80%
AM > 6 9 57 66 AM > 6 27 39 66
6% 38% 44.00% 18% 26% 44%
13.64% 86.36% 40.91% 59.09%
M 2 8 10 M 2 8 10
1.33% 5.33% 6.67% 1.33% 5.33% 6.67%
20% 80% 20% 80%
Total 21 129 150 Total 48 102 150
14% 86% 100% 32% 68% 100%
A : amamentação exclusiva no peito. A : amamentação exclusiva no peito.
AM < 6: amamentação no peito exclusiva menos de 6 AM < 6: amamentação no peito exclusiva menos de 6
meses e mamadeira. meses e mamadeira.
AM > 6:amamentação no peito exclusiva por 6 meses ou mais e AM > 6:amamentação no peito exclusiva por 6 meses ou mais e
mamadeira. mamadeira.
M: mamadeira. M : amamentação exclusiva na mamadeira.

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 94


de sucção de chupeta. É interessante sua aceitação aos alimentos sólidos. de crianças que usaram chupeta, po-
salientar que os grupos A e M apre- Devemos lembrar que os alimentos demos observar que as dos grupos A e
sentam um número muito próximo sólidos considerados pelas mães cons- AM> 6 usaram menos chupeta do que
de crianças: nove e 10 respectiva- tituem, via de regra, aqueles que não as dos grupos M e AM<6. Esses da-
mente. Tais resultados confirmam os exigem muito esforço do aparelho dos confirmam os encontrados por
trabalhos de STRAUB 42 (1962), mastigatório. Muitas mães podem con- MOYERS 29 (1984), OLIVEIRA 30
ANDERSEN 1 (1963), DONALD siderar uma macarronada, por exem- (1991), MORESCA e FERES27 (1992),
(1977)10, SHOAF41 (1979), ENLOW11 plo, como uma alimentação sólida. BASTOS et al.2 (1996), SERRA-NEGRA
(1979), PIZARRO e HONORATO31 Considero exemplar o macarrão, por- et al. (1997), SEIXAS et al.39 (1998),
(1981), MOYERS 29 (1984), que, durante a triagem, perguntei para afirmando que as crianças amamen-
MEYERS e HERTZBERG25 (1988), todas as crianças sobre o que elas mais tadas satisfazem à necessidade fisioló-
PROENÇA (1990) 35, OLIVEIRA 30 gostavam de comer e a grande maio- gica de sucção e acabam não utilizan-
(1991), BERTAGNON 4 (1991), ria respondeu: “miojo” do a chupeta.
MORESCA e FERES27 (1992), BAS- Das 150 crianças analisadas, so- Quanto ao hábito de sucção de
TOS et al.2 (1996), SERRA-NEGRA mente 14% delas apresentaram difi- dedo, podemos observar, na tabela 4,
et al. 40 (1997), SEIXAS et al. 39 culdades, caracterizadas pelos pais, que apenas 6% das crianças analisa-
(1998), MOREIRA26 (1998), MAR- como: preguiça para mastigar, cus- das desenvolveram o hábito, indepen-
TINS FILHO 23 (1987), SEGÓVIA pindo o alimento de volta ao prato. dente do tipo de aleitamento. Esse re-
(1988), CAMARGO (1998) 5 , Não houve diferença significativa sultado sugere que este pode não estar
PRAETZEL e ABRAHÃO (1999)4, entre os grupos analisados, ou seja, sendo muito freqüente. Isto pode ser o
ROBLES et al.37 (1999), afirmando a aceitação de alimentos sólidos pa- reflexo das orientações dadas às mães
que crianças amamentadas por, no rece independer do tipo de aleitamento sobre os prejuízos deste hábito e as di-
mínimo seis meses, satisfazem a ne- a que a criança esteve submetida. Es- ficuldades para retirá-lo. Tais orienta-
cessidade fisiológica de sucção no pei- ses resultados não confirmam com ções, muitas vezes, sugerem a troca do
to, não desenvolvendo hábitos de as afirmações de FRANCO13 (1998), hábito de sucção de dedo pelo uso da
sucção ou abandonando tal hábito PRAETZEL33 (1997) e CATTONI6 et chupeta. Esses resultados confirmam
precocemente. al. (1998), sobre o fato de a ama- os de MOREIRA26 (1998), afirmando
Na tabela 2 foi observada a rela- mentação favorecer a passagem para que o hábito de chupeta está aumen-
ção existente entre o tipo de aleitamen- a alimentação mais sólida. tando, paralelamente ao declínio da suc-
to no qual a criança foi submetida e Na tabela 3, referente ao número ção de dedo.

TABELA 4 TABELA 5
Distribuição absoluta e relativa das crianças Distribuição absoluta e relativa das crianças segundo
que sugaram ou não o dedo. os problemas respiratórios.
Grupo Sucção dedo Total Grupo Problemas Respiratórios Total
Não Sim Não Sim
A 9 0 9 A 6 3 9
6% 6% 6% 4.00% 2.00% 6.00
100% 0 66.67% 33.33%
AM < 6 62 3 65 AM < 6 37 28 65
41.33% 2% 43.33% 24.67% 18.67% 43.33
95.38% 4.62% 56.92% 43.08%
AM > 6 61 5 66 AM > 6 36 30 66
40.67% 3.33% 44% 24.00% 20.00% 44.00
92.42% 7.58% 54.55% 45.45%
M 9 1 10 M 4 6 10
6% 0.67% 6.67% 2.67% 4.00% 6.67
90% 10% 40.00% 60.00%
Total 141 9 150 Total 83 67 150
% 94% 6% 100% % 55.33% 44.67% 100%
A : amamentação exclusiva no peito A: amamentação exclusiva no peito
AM < 6 : amamentação no peito exclusiva menos de 6 meses e AM < 6:amamentação no peito exclusiva menos de 6 meses e
mamadeira mamadeira
AM > 6 : amamentação no peito exclusiva por 6 meses ou mais e AM > 6:amamentação no peito exclusiva por 6 meses ou mais
mamadeira e mamadeira
M : amamentação exclusiva na mamadeira M: amamentação exclusiva na mamadeira

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 95


Na tabela 5, procurei observar se ao tipo de aleitamento. O número de to. Estes resultados não confirmam
existe relação entre o tipo de aleita- crianças que apresentaram proble- o trabalho de HADDAD e CORRÊA
mento ao qual a criança é submetida mas respiratórios foi relativamente (1998)16, que afirmam que a ama-
e o desenvolvimento de problemas grande: 67 crianças (44,67%) Po- mentação natural favorece a respi-
respiratórios. Porém, os resultados rém, os resultados não foram signi- ração nasal.
não foram significativos em relação ficativos em relação ao tipo aleitamen- Na tabela 6, foi relacionada a pos-

TABELA 6 TABELA 7
Distribuição absoluta e relativa das crianças, segundo a Distribuição absoluta e relativa das crianças
postura de repouso dos lábios, durante o segundo o tipo de oclusão.
exame por grupo estudado. Grupo Oclusão normal Total
Grupo Postura boca fechada Total
Não Sim
Não Sim
A 8 1 9
A 4 5 9
5.56% 0.69% 6.25%
2.74% 3.42% 6.16%
88.89% 11.11%
44.44% 55.56%
AM < 6 48 14 62
AM < 6 26 37 63
33.33% 9.72% 43.06%
17.81% 25.34% 43.15%
77.42% 22.58%
41.27% 58.73%
AM > 6 40 23 63
AM > 6 20 44 64
27.78% 15.97% 43.75%
13.70% 30.14% 43.84%
63.49% 36.51%
31.25% 68.75%
M 7 3 10
M 7 3 10
4.86 2.08% 6.94%
4.79% 2.05% 6.85%
70% 30%
70% 30%
Total 103 41 144
Total 57 89 146
% 71.53% 28.47% 100%
% 39.04% 60.96% 100% A: amamentação exclusiva no peito
A: amamentação exclusiva no peito AM < 6: amamentação no peito exclusiva menos de 6 meses e
AM < 6:amamentação no peito exclusiva menos de 6 meses e mamadeira
mamadeira AM > 6: amamentação no peito exclusiva por 6 meses ou mais
AM > 6:amamentação no peito exclusiva por 6 meses ou mais e mamadeira
e mamadeira M: amamentação exclusiva na mamadeira
M: amamentação exclusiva na mamadeira

TABELA 8 TABELA 9
Distribuição relativa e absoluta das crianças segundo a Distribuição absoluta e relativa das crianças segundo o
postura de boca durante a mastigação. tipo de deglutição de sólido durante o exame.
Grupo Mastigação boca aberta Total Grupo Deglutição normal Total
Não Sim Não Sim
A 5 3 8 A 7 1 8
3.70% 2.22% 5.93% 5.19% 0.74% 5.93%
62.50% 37.50% 87.50% 12.50%
AM < 6 35 25 60 AM < 6 40 20 60
25.93% 18.52% 44.44% 29.63% 14.81% 44.44%
58.33% 41.67% 66.67% 33.33%
AM > 6 33 28 61 AM > 6 44 17 61
24.44% 20.74% 45.19% 32.59% 12.59% 45.19%
54.10% 45.90% 72.13% 27.87%
M 4 2 6 M 3 3 6
2.96% 1.48% 4.44% 2.225 2.22% 4.44%
66.675 33.33% 50% 50%
Total 77 58 135 Total 94 41 135
% 57.04% 42.96% 100% % 69.63% 30.37% 100%
A: amamentação exclusiva no peito A: amamentação exclusiva no peito
AM < 6: amamentação no peito AM < 6:amamentação no peito exclusiva menos de 6 meses e
exclusiva menos de 6 meses e mamadeira mamadeira
AM > 6: amamentação no peito AM > 6:amamentação no peito exclusiva por 6 meses ou mais
exclusiva por 6 meses ou mais e mamadeira e mamadeira
M: amamentação exclusiva na mamadeira M: amamentação exclusiva na mamadeira

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 96


tura de repouso dos lábios, em rela- la 8, algumas crianças não aceitaram HANSON et al. (1969)18, HANSON e
ção ao tipo de aleitamento, mas não comer pão; algumas referiram estar sem COHEN20 (1973), HANSON et al.
foi encontrada diferença significante fome, outras queriam recheio de quei- (1981) 17 , HANSON e BARRET 19
entre os grupos analisados. Este re- jo, presunto, requeijão, entre outros. E (1995), que observaram um grande
sultado não confirma os trabalhos de o número de crianças para esta análi- número de crianças com deglutição al-
FRIEDMAN 14 (1967), PROENÇA se e da deglutição ficou reduzido para terada.
(1990) 35 , COELHO 7 (1993), 135. Das crianças analisadas,
MERCADANTE24 (1996) e GUILHER- 42,96%, durante a mastigação do pão CONCLUSÃO
ME15 (1998), afirmando que o aleita- francês abriram a boca, mas não ob- Neste estudo, verificamos que a
mento materno, até pelo menos seis servamos nenhuma relação com o tipo amamentação foi a principal forma de
meses, favorece o tônus labial, possi- de aleitamento que a criança teve an- alimentação (94%); porém, o uso da
bilitando que a criança mantenha um teriormente. Estes resultados não cor- mamadeira fez parte da rotina alimen-
bom vedamento labial. roboram com os trabalhos de PLA- tar de 93% das crianças, independen-
Em relação à oclusão, podemos NAS32 (1987), FRANCO13 (1998); temente da época do desmame.
observar, na tabela 7, que a maio- PRAETZEL et al.33 (1997); HADDAD Os grupos M (crianças que só usa-
ria das crianças analisadas, num e CORRÊA16 (1998). ram mamadeira) e o AM<6 (crianças
total de 71,53%, apresentou algum Em relação à deglutição, confor- que foram amamentadas exclusiva-
tipo de alteração oclusal, indepen- me tabela 9, optei por avaliar somen- mente no peito por menos de seis me-
dentemente do tipo de aleitamento te a deglutição de sólidos, o que foi ses) usaram mais chupeta do que os
submetido. Sabemos que 94% das feito com as crianças que aceitaram outros dois grupos. O tempo de uso
crianças analisadas foram amamen- comer o pão. Os resultados obtidos de chupeta é maior para o grupo que
tadas; porém, podemos observar que apontam um número muito grande de não foi amamentado, em relação aos
isso não impediu que o número de crianças com alteração na deglutição demais grupos analisados.
crianças com alteração oclusal fos- : 69.63%. Porém, não houve diferen- Não foram observadas as relações
se alto. Talvez seja interessante pen- ça significante entre os grupos. As al- entre o tipo e o tempo de aleitamento
sarmos que, apesar do grande nú- terações verificadas foram: contração relacionados com: aceitação de ali-
mero de crianças ter sido amamen- exagerada da musculatura peri oral e mentos sólidos, problemas respirató-
tada, a maioria absoluta fez uso de movimento associado de cabeça. Re- rios, postura de repouso dos lábios,
mamadeira. sultados encontrados confirmam os a- oclusão, postura dos lábios na mas-
Na avaliação da mastigação, tabe- chados de BELL e HALLE3 (1963), tigação e padrão de deglutição.

ABSTRACT
The importance of breast-feeding to with the purpose of researching the The results did not show a significant
the baby’s normal growth and facial influence of the type of milk-feeding relationship between type and duration
development and, consequently, to the with occlusion, oral functions and of milk-feeding and: acceptance of solid
prevention of facial myofunctional habits. The results showed that the food, respiratory problems, resting
dysfunction is frequently stated in the children who were exclusively breast- position of the lips, occlusion, position
literature. Thus, my objective was to fed or who were breast-fed during at of the lips during mastication and
investigate the relation between: milk- least 6 months did not develop suction swallowing pattern.
feeding – orthognathic development – habits, or if they did, they lasted shorter
oral functions and habits. I evaluated in comparison to the children who were Key-words: Breast feeding;
150 children of both sexes attending not breast-fed or who were breast-fed Fingersucking; Maloclusion;
private schools in the city of São Paulo, for a period shorter than 6 months. Mastication; Swallowing pattern.

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 97


REFERÊNCIAS 16 - HADDAD, A. E. ; CORRÊA, M. S. N. 33 - PRAETZEL, J. R. et al. A Importância
P. Desenvolvimento das funções bu- da amamentação no seio materno
1 - ANDERSEN, W. S. The Relationship of cais do bebê. In: CORRÊA, M. S. N. P. para a prevenção de distúrbios
the tongue-thrust syndrome to Odontopediatria na primeira infân- miofuncionais da face. Pró-Fono.
maturation and other factors. Am J cia. São Paulo: Ed. Santos, 1998. Revista de Atualização Científica,
Orthod, St. Louis, v. 49, p. 264-275, cap. 6, p. 55-63. Carapicuiba, v. 9, n. 2, p. 69-73,
1963. 17 - HANSON, M. L. et al. Tongue–thrust 1997.
2 - BASTOS, E. P. S. et al. Influência do and malocclusion: a longitudinal 34 - PRAETZEL, J. R. ; ABRAHÃO, M.
aleitamento materno no desenvolvi- study. Am J Orthod, St. Louis, no. 20, Avaliação da modificação do perfil
mento de hábitos de sucção. Anais da p. 9-18, 1981. facial de bebês em relação ao sexo,
SBPO, Rio de Janeiro, Departamento 18 - HANSON,M. L. et al. Tongue-thrust raça, tipo de aleitamento e uso de
de Odontopediatria e Ortopedia. FO- in preschool children. Am J Orthod, chupeta. Jornal Brasileiro de Orto-
UFRJ. v. 13, p. 84, set. 1996. St. Louis, v. 56, p. 60-69, 1969. dontia & Ortopedia Facial, Curitiba,
3 - BELL, D.; HALLE, A. Observations of 19 - ____; BARRET, R. B. A. Fundamen- v. 4, n. 19, p. 6-23, 1999.
tongue – thrust swalow in preschool tos de miologia orofacial. Rio de 35 - PROENÇA, M. G. Sistema sensório-
children. J Seech Hearing Disorders, Janeiro. Enelivros, 1995. 416 p. motor oral. In: KUDO, A. M.;
Columbus, no. 28, p. 195-197, 1963. 20 - _____.; COHEN, M. S. Effects of form MARCONDES, E.; LINS, L;
4 - BERTAGNON, J. R. Relação entre suc- and function on swallowing and the MORIYAMA, L.T. ; GUIMARÃES, M. L.
ção de chupeta e dedos. Revista Pedi- developing dentition. Am J Orthod, Fisioterapia, Fonoaudiologia e tera-
atria Moderna, São Paulo, v. 36, n. St. Louis, v. 64, p.63-82, 1973. pia ocupacional. São Paulo: Sarvier,
1, p. 39-43, fev. 1991. 21 - LINO, A. P. Introdução ao problema 1990. p. 1001-115. (Série Pediatria,
5 - CAMARGO, M. C. F. C. Programa pre- da deglutição atípica. In: v. 32).
ventivo e Interceptativo de INTERLANDI, S. Ortodontia: bases 36 - REA, M. F. As políticas de alimenta-
maloclusões na primeira infância. In: para Iniciação. 2. ed. São Paulo: ção infantil e a prática de amamen-
CORRÊA, M. S. N. P. Artes Médicas, 1980. p. 231-245. tar: o caso de São Paulo. 1989. Tese
Odontopediatria na primeira infân- 22 - MARCHESAN, I. Q. Práticas (Doutorado) - Departamento de Medi-
cia. São Paulo: Ed. Santos, 1998. fonoaudiológicas: uma visão com- cina Preventiva da Faculdade de
cap. 13, p. 140–163. preensiva. 1998. Tese (Doutorado) - Medicina da Universidade de São
6 - CATTONI, D. M. et al. Fonoaudiologia Departamento de Metodologia de Paulo, São Paulo, 1989.
e aleitamento materno: algumas con- Ensino, UNICAMP, Campinas, 1998. 37 - ROBLES, F. R. P. et al. A influência do
tribuições. Pró-Fono Revista de Atua- 23 - MARTINS FILHO, J. Como e por que período de amamentação nos hábitos
lização Científica, Carapicuíba, v. amamentar. 2. ed. São Paulo: Ed. de sucção persistentes e a ocorrência
10, n.1, p. 45-50, 1998. Sarvier, 1987. p. 220. de maloclusões em crianças com
7 - COELHO, I. T. O. Troca de consistên- 24 - MERCADANTE, M. M. N. Hábitos em dentição decídua completa. Revista
cia alimentar: influência no tônus Ortodontia. In: FERREIRA, F. V. Orto- Paulista de Odontologia, São Paulo,
e mobilidade dos órgãos fono- dontia : diagnóstico e planejamento ano 21. n. 3, p. 4-9, maio/jun.
articulatórios e na deglutição. clínico. São Paulo: Artes Médicas. 1999.
1993. Monografia (Especialização 1996. p. 247 – 271. 38 - SEGOVIA, M. L. Interrelaciones
em Fonoaudiologia) – Escola Paulista 25 - MEYERS, A.; HERTZBERG, J. Bottle entre la odontoestomatología y la
de Medicina, São Paulo, 1993. Feeding and Malocclusion: is there Fonoaudiología : la deglución
8 - CORREA, M. S. et al. Aleitamento an association? Am J Orthod Dento- atípica. Buenos Aires: Ed. Medica
natural e artificial. São Paulo : facial, St. Louis, v. 93, p. 149–152, Panamericana, 1988.
[s.n.], 1996. 1988. 39 - SEIXAS, C. A. O. et al. Diagnóstico,
9 - COUTINHO, T.C.L. ; GONÇALVES, M. 26 - MOREIRA, M. Desenvolvimento prevenção e tratamento precoce para
Amamentação no peito e cárie dentária: anatomofuncional da boca da fase hábitos bucais deletérios. Jornal Bra-
revisão da literatura e relato de caso pré–natal aos 3 anos de idade. In: sileiro de Ortodontia & Ortopedia
clínico. Revista Brasileira de Odonto- CORRÊA, M. S. N. P. Facial, Curitiba, v. 3, n.14, p. 53-60,
logia, Rio de Janeiro. n. 6, nov./dez. Odontopediatria na primeira infân- 1998.
1993. cia. São Paulo: Ed. Santos, 1998. 40 - SERRA–NEGRA, J. M. C. et al. Estudo
10 - DONALD, R. E. M. C. cap. 10, p. 102-115. da associação entre aleitamento,
Odontopediatria. Rio de Janeiro: 27 - MORESCA, C. A.; FERES, M. A. Hábitos hábitos bucais e maloclusão. Revista
Guanabara Koogan, 1977. viciosos bucais. In: PETRELLI, E. Orto- de Odontologia Univ São Paulo,
11 - ENLOW, D. H. Crescimento do esquele- dontia para Fonoaudiologia. Curitiba: São Paulo, v. 11, n. 2, p. 79-86,
to craniofacial. In: MOYERS, R. Orto- Ed. Lovise, 1992. cap. 10, p. 165– abr./jun. 1997.
dontia. Rio de Janeiro: Guanabara 176. 41 - SHOAF, H. K. Prevalence and
Koogan, 1979. cap. 4, p . 42-100. 28 - MOSS, M. L. The Functional Matrix. duration of thumbsucking in breast –
12 - FALTIN Jr., K. et al. A Importância da In: KRAUSS, B.; RIEDEL, A. R. Vistas fed and bottle – fed children. Journal
amamentação natural no desenvolvi- in Orthodontics. Philadelphia: Lea: of Dentistry for Children, Chicago,
mento da face. Revista Inst Odont Fabiger, 1962. p. 85-98. no. 46, p. 126–129, 1979.
Paulista, São Paulo, v.1, n. 1, p.13- 29 - MOYERS, R. E. Ortodontia. 3. ed. 42 - STRAUB, W. J. Malfunction of the
15, 1983. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Tongue. Am J Orthod, St. Louis, no.
13 - FRANCO, M. L. Z. Mastigação bila- 1984, p. 669. 46, p. 404-424, june 1960.
teral: mito ou realidade? Revista da 30 - OLIVEIRA, J. R. G. Relação entre 43 - ____. Malfunction of the Tongue. Am
Sociedade Brasileira de sucção de chupeta e dedos. Revista J Orthod, St. Louis, no. 47, p. 596-
Fonoaudiologia, ano 2, n. 3, p. 35- Pediatria Moderna. São Paulo, v. 36. 617, 1961.
41, jun. 1998. n. 1, p. 39-43, fev. 1991. 44 - _____. Malfunction of the Tongue.
14 - FRIEDMAN, J. Distoclusões. Revista 31 - PIZARRO, C.; HONORATO, R. Parte III. Am J Orthod, St. Louis, no.
Brasileira de Odontologia, Rio de Alteraciones neuromusculares 48, p 486–503, 1962.
Janeiro, n. 25, p.196-211, 1967. bucofaciales. Rev Chil Pediatr, no.
15 - GUILHERME, A. S. Dissertação so- 52, p. 299 – 303, 1981.
bre Desnutrição. 1998. (Monografia 32 - PLANAS, P. Reabilitação neuro-
de Graduação) - Escola Paulista de oclusal. Rio de Janeiro : MEDSI,
Medicina, São Paulo, 1998. 1987.

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 91-98, jul./ago. 2001 98

Você também pode gostar