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AULA 3 ODONTOPEDIATRIA II – 14/09

Prof. Ana Paula Santiago

ANOMALIAS DENTÁRIAS

A professora coloca em ênfase que são os odontopediatras os primeiros profissionais a terem contato com
as anomalias, e pede que sejamos minuciosos, com olhar atento ao exame clinico, com uma escuta atenta
durante a anamnese para chegar ao diagnóstico correto, e fazer uma associação de todos os dados colhidos.

DISTÍRBIOS DA FORMAÇÃO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DENTÁRIOS

Existem inúmeras anomalias dentárias e para chegar ao diagnóstico é necessário ter o conhecimento do
processo de formação dental, e assim eu vou eliminando várias dessas anomalias para chegar ao diagnóstico
final.

É necessário saber em qual fase essa anomalia ocorreu, se ela é hereditária, adquirida ou congênita, também
se ocorreu na fase de aposição (deposição de matriz orgânica) ou se foi na fase de mineralização, se é um
dente conóide ou um extranumerário, e assim chegar no diagnóstico.

CONHECIMENTO DA ODONTOGÊNESE:

Fundamental para compreensão das anomalias dentárias.

CICLO DE VIDA DO DENTE


 Iniciação
1) Crescimento  Proliferação
2) Mineralização  Histodiferenciação
3) Irrupção  Morfodiferenciação
4) Atrição  Aposição
OBS: Quanto mais precocemente, mais inicial é a etapa que ocorre essa malformação, mais afetado esse
dente vai estar.

CRESCIMENTO
 INICIAÇÃO Caso o problema ocorra em
Quando as células do germe dentária começam a se aglomerar. alguma dessas fases, pode ser que
 PROLIFERAÇÃO o dente nem venha a se formar,
As células começam a se reproduzir, a se proliferar. seria uma agenesia.
 HISTODIFERENCIAÇÃO
Quando as células que vão formar as várias camadas dentárias vão se diferenciar (odontoblasto,
ameloblasto, cementoblasto)
 MORFODIFERENCIAÇÃO
Até a fase de histodiferenciação todas as células, germes, são iguais ou similares, mas nessa etapa elas
tomam formas específicas.
 APOSIÇÃO
Quando ocorre a deposição de matriz dentária orgânica.

MINERALIZAÇÃO
Quando ocorre a deposição de matriz dentária inorgânica.
 É a fase que mais ocorre problemas, e que causa anomalias dentárias, principalmente os casos de
hipoplasias dentárias.

IRRUPÇÃO

Erupção x irrupção

 Erupção é todo o processo de formação dentária até o dente entrar em oclusão.


 Irrupção é um evento específico de quando o dente entra na boca, surge na cavidade bucal, até o
dente entrar em oclusão.
 Portanto, a irrupção faz parte do processo de erupção.

ATRIÇÃO

A partir do momento que o dente entra em oclusão com o seu antagonista, ele começa sofrer atrição, pelo
contato, por questões mecânicas e também por questões químicas e físicas. Espera-se que essa fase
percorra por toda a vida, sendo um processo fisiológico bucal.
OBS:
Quanto mais
precoce o
problema
ocorre em
relação aos
estágios de Nolla,
maiores serão
eles, e por
exemplo, se
ocorre
algum
problema, como

traumatismo e a criança está no estágio de Nolla 9, o problema vai ser mínimo pro paciente.

CRONOGRAMA DE MINERALIZAÇÃO DOS DENTES DECÍDUOS


 Quando a mãe está grávida, na quarta semana de V.I.U os dentinhos começam a ser formados.
 Como o bebê está muito bem protegido na barriga da mamãe, pela placenta e etc, as anaomalias quase
não acontecem em dentes decíduos, mas se elas acontecem causam um grande comprometimento no
paciente. Essas situações são de difícil diagnóstico, porque as vezes a mãe não lembra de algum episódio
que possa ter causado esse dano.
CRONOGRAMA DE MINERALIZAÇÃO DOS DENTES PERMANENTES
OBS: Praticamente nenhum dente permanente tem esmalte formado ao nascimento, o único que pode ter
um traço é o primeiro molar permanente, ou seja, não existe tecido mineralizado ainda. E é por isso que é
tão comum encontrar alteração de mineralização em dentes permanentes, porque toda mineralização vai
ocorrer na primeira infância, do nascimento até os 3 anos de idade.
Ex: Os ameloblastos são células extremamente sensíveis a alterações de pressão, de temperatura, e qual
criança nunca teve uma crise de febre.

Cronologia de mineralização dos dentes permanentes:

Os ameloblastos, que são as células que formarão o esmalte, são células


extremamente sensíveis à alteração de pressão e temperatura.
Qual criança na primeira infância que nunca teve uma crise de febre? É difícil não ter
tido, é comum apresentar febre nessa faixa etária. Essas variações de temperatura
causadas pela febre podem alterar a função do ameloblasto e com isso o dente pode
apresentar algum tipo de hipoplasia.
No início da mineralização por ex, de um incisivo central, acontece entre 3 a 4 meses
após o nascimento. O esmalte estará completo entre 4 a 5 anos após o nascimento.
Então, leva de 4 a 5 anos para o incisivo central estar com o esmalte maduro.
Já o primeiro molar permanente tem o início da mineralização após o nascimento e
entre 2,5 a 3 anos após o nascimento já está com o esmalte completo. A mineralização
do esmalte do primeiro molar permanente acontece num período muito curto para
um dente que tem um volume muito grande.
Analogia entre o incisivo central e o primeiro molar permanente, se compararmos os
dois, a lógica seria que o primeiro molar permanente tivesse um tempo de
mineralização maior que do incisivo central e na prática não é o que acontece. Por isso
o primeiro molar possui tantos problemas de mineralização, falta de coalescência do
esmalte, esmalte irregular, manchas brancas, é um dente que precisa ser protegido,
como dito na aula de selantes, uma de suas indicações é o primeiro molar permanente
recém irrompido, considerando todas as questões relacionadas ao paciente (não
somente o dente isolado) para definir se o paciente precisa de aplicação de selante nos
seus primeiros molares permanentes. Mas é importante considerar essa mineralização
atípica do primeiro molar permanente que pode levar a problemas na mineralização.
Média de idade para irrupção dos elementos dentários

Ao entender a tabela, podemos compreender sobre o surgimento das anomalias. Se


trata da média de idades, um pequeno atraso ou adiantamento na irrupção de tais
dentes não significam problemas, pode ser que não coincida com a idade cronológica,
mas serve como referência para mensurar os atrasos ou adiantamentos. Por ex: um
paciente de 9 anos que ainda não teve o incisivo central permanente após a exfoliação
do decíduo, desconfia-se que exista algum problema e são pedidos exames
complementares para diagnóstico.
Importante!
Para entender bem as anomalias dentárias é necessário: Anamnese cuidadosa,
impecável- HF/HP, exame clínico minucioso- exame radiográfico apurado (quando
possível encaminhar ao serviço especializado). Assim é possível fazer o diagnóstico,
construir o plano de tratamento para tal anomalia e estabelecer o prognóstico para o
caso.
Aula baseada nos capítulos dos livros do Pavano e Neville (cap 2) disponibilizado no
material.
Classificação das anomalias quanto à fase de atuação dos fatores etiológicos
Quando os fatores etiológicos atuaram no desenvolvimento dentário que promoveram
esse tipo de anomalia.
Fase de informação genética
Hereditária (código genético)
 Dominante
 Recessiva
 Ligadas ao sexo (somente homens ou mulhers)
 De “tendência familiar” (padrão de transmissão indefinido, porém sabe-se que
é hereditário)
Por exemplo, hoje conhecemos qual gen é afetado para o paciente apresentar
agenesia de um incisivo lateral, as pesquisas nessa área estão cada vez mais avançando
para nos proporcionar essas informações.
Fase de formação intrauterina
Congênita
Infecções, doenças maternas durante a gestação podem levar a certas anomalias, se
comprovado que o paciente não tem alteração propriamente genética, sendo assim
uma anomalia congênita.
Fase de formação pós-natal
Adquirida
Anomalias hereditárias só poderão acontecer durante o cruzamento genético dos pais-
codificação genética da criança.
Anomalias congênitas também exigem um tempo específico- durante a gestação, a
mãe durante a gestação pode ter sofrido algum traumatismo, infecções, doenças, etc
podem repercutir na formação dentária.
No caso das anomalias adquiridas acontecem após o nascimento em qualquer
momento da vida, o período de exposição é muito grande, então as anomalias
dentárias adquiridas são muito mais comuns que as hereditárias e as congênitas.
Classificação das anomalias dentárias quanto a diminuição, aumento e deslocamento
dos tecidos e órgãos dentários:
1. Anomalias HIPOPLASIANTES: Diminuição do número de dentes ou
desenvolvimento incompleto dos dentes, que podem envolver alterações
estruturais, morfológicas e/ou funcionais. São as mais comuns de se encontrar
na clínica e consultório.
 Hipoplasia de esmalte: Hereditária- congênita- adquirida. É a mais encontrada,
os pacientes sempre apresentam manchinhas nos dentes.
 Agenesia: ausência da formação do germe dentário.
Anodontia parcial ou hipodontia: ausência de um até seis dentes.
Oligodontia: ausência de seis ou mais dentes congenitamente. Quase sempre
relacionada a alguma síndrome ou alteração sistêmica no paciente. Tratamento
reabilitador multidisciplinar.
 Dentinogênese imperfeita
 Displasia dentinária (tipo I- alteração da dentina radicular e as raízes Alterações
reabsorvem rapidamente e ocasiona a perda dos dentes; tipo II- alteração da graves,
dentina coronária) porém,
 Odontodisplasia regional incomuns.
 Microdontia

2. Anomalias HIPERPLASIANTES
3. Anomalias HETEROTÓPICAS

Principalmente na displasia tipo I, por existir essa alteração importante na dentina das
raízes, os dentes vão perdendo mesmo as raízes, vão sofrendo processos de absorção
muito rápido, e esses dentes caem, paciente perde dente muito cedo e muito rápido,
esse quadro é chamado de ‘dentes sem raízes’. O paciente precisa ser muito
acompanhado, muitas das vezes um tratamento multidisciplinar, pra que ele possa ser
reabilitado.
Odontodisplasia regional é conhecido como ‘dente fantasma’, nesse quadro, há uma
alteração em todos tecidos dentários, esmalte, dentina, cemento. Por isso é dente
fantasma, quando pedimos uma radiografia, aquela hemi-arcada que está afetada é
como se não existisse dente ali, porque o tecido mineral não está bem formado e não
aparece radiograficamente. Aparece alguns vultos. É um quadro triste, o dente
rapidamente aparece com comprometimento pulpar, então o paciente tem quadro de
dor muito forte, abcessos terríveis, e o tratamento é muito limitado, quase que só
extração.
Por último, das anomalias hipoplasiantes, há o caso de microdontia, que são os
dentinhos conoides, que tem sua estrutura reduzida, a gente ve clinicamente.
Primeira coisa que vamos falar, é o que existe de mais comum, que são as hipoplasias
de esmalte. Elas podem ser hereditárias, congênitas ou adquirida. A forma mais
comum de hipoplasia do esmalte hereditária é a amelogênese imperfeita, por se tratar
de um quadro hereditário, esse quadro afeta tanto a dentição decídua quanto a
permanente. É uma condição de difícil tratamento.
As hipoplasias congênitas estão sempre relacionadas a algum evento que ocorreu
durante a gestação. Nós temos como exemplo os incisivos de hutchinson e os molares
em amora. Os incisivos de hutchinson são providos de infecção por sífilis durante a
gestação.
As hipoplasias adquiridas são, opacidade do esmalte, que é muito comum. Dentes de
turner, hipomineralização molar-incisivo (HMI), fluorose dentária.

Quando eu falo de defeito de esmalte, são muitos fatores que podem provocar esses
defeitos. Os fatores são: traumatismos, por ex, o paciente tem dentição decídua
completa, cai, e sofre intrusão dos incisivos, porque quando o dente movimenta pra
cima, pro germe permanente, a chance disso causar uma alteração do esmalte no
dente permanente é enorme.
Infecções locais, dentinhos decíduos que sofreu processo de necrose, que deveria ter
sido submetido a uma endo, e não foi feito, essa infecção pode progredir a ponto de
afetar o germe permanente.
Radiação. Não é por exame radiográfico odontológico, essa radiação é pra tratamentos
médicos.
As fendas labiais e palatinas quase sempre estão associados a defeitos do esmalte
dentário.

Nós temos também fatores sistêmicos, que são associados a defeitos de esmalte.
Tem alguns distúrbios que são perinatais, distúrbios que acontecem entre 22 semanas
e após 7 dias após o nascimento. Como por exemplo, a prematuridade, ela leva a um
baixo peso ao nascimento, e isso leva a uma série de alterações, como no nível cálcio,
de alguns nutrientes que o bebe precisa pra formação dentária e principalmente a
mineralização. Entao, esse quadro pode favorecer defeitos no esmalte.
A hipocalcemia, o paciente apresentar baixa de cálcio ao nascimento, ou a mae
apresentar falta de cálcio durante a gestação pode apresentar defeitos no esmalte.
E distúrbios respiratórios, mas principalmente a intubação endotraqueal,
principalmente em caso de prematuro, que precisa desse tipo de cuidado medico.
Algumas doenças sistêmicas podem provocar defeitos de esmalte, como as
cardiopatias, problemas renais como síndrome nefrotica, hipocalcemia. O cálcio é
importante no processo de mineralização de tecidos dentários, depois que o dente já
esta na boca, não adianta tomar cálcio mais, o jeito de cuidar é higienizando. E
também os casos de hipotireoidismo, principalmente quando demora a ser
diagnosticar. A tireoide é uma glândula que coordena varias coisas no nosso
organismo, como a bomba de cálcio.

Problemas no fígado também podem estar relacionado a defeitos de esmalte, como a


doença hepática crônica. A diabetes materna, gestacional, a má absorção
gastrointestinal, porque ai tem baixas de nutrientes, e alterações neurológicas, como a
paralisia cerebral.
Os quadros de má nutrição em maneira geral, o desenvolvimento geral do paciente
fica prejudicado. E principalmente a falta de vitamina A e vitamina C, porque esses
nutrientes participam do processo de mineralização do esmalte. O raquitismo também
entra nesse quadro de desnutrição.

E por último, os quadros infecciosos, a sífilis principalmente, que é os dentes de


hutchinson. Essas outras infecções são muitos comuns de aparecer na primeira
infância, como a rubéola, sarampo, catapora, pneumonia, infecção gastrointestinal.
Isso pode levar a debilidades sistêmicas, quadro febris, febres muito altas, tudo
interfere na alteração dentaria.
Felizmente, temos vacinas pra todas essas infecções.

E finalmente os constituintes químicos, que vao levar a problemas de mineralização


dentaria. Nos temos drogas, chumbo, e terapia antineoplasica. A droga que mais afeta
a dentição é o flúor, porque pode desencadear os casos de fluorose dentária. Por isso
o odontopediatra tem um papel tão importante na regularização do uso do flúor. O
flúor é extremamente importante pra prevenção da doença carie, pro dente que já
está na boca. Não é feito pra engolir

Nessa primeira imagem, os incisivos centrais tem manchas hipoplásicas, o 12 tem


manchas, mas o 22 não esta afetado, o 23 esta afetado. Entao é um quadro
heterogêneo de lesões hipoplásicas, então é difícil determinar o diagnóstico, porque
essas manchas apareceram em dentes que se formam em momentos diferentes. A
incisal do canino mineraliza muito depois que o terço médio dos incisivos centrais por
exemplo. Foram alguns problemas que acometeram os problemas desses dentes em
momentos diferentes, então não consigo classificar dar uma nomenclatura apenas.
Estou a frente a uma hipoplasia de esmalte, mas qual tipo de hipoplasia especifico,
aqui, como não existe um padrão, eu não consigo determinar. São dentes que se
formaram em momentos muito diferentes. Se for um paciente que teve uma doença
renal crônica, por exemplo, pode levar a esse tipo de hipoplasia.
Diferente desse quadro aqui, olha só, observe o dente 11, ele tem uma macha
hipoplásica muito grande. Quando eu comparo o dente com o 21, o dente está íntegro.
Esses dois dentes sempre mineralizam na mesma época, então não pode ser um
quadro sistêmico que provocou essa mancha. Ai preciso conversar com a família, pra
ver o que aconteceu. Provavelmente esse paciente sofreu algum trauma, no dente 51,
ou uma lesão cariosa, então aqui é uma questão mais local.

Nesse mesmo paciente, olha a superfície vestibular do dente 46, ela também ta bem
afetada, a mancha ta bem amarronzada, parece ter umas manchinhas na vestibular do
16. O que me leva a pensar que isso pode ser um caso de HMI. Mas o caso do dentinho
11 é provável que seja local.

HIPOPLASIANTES
 Paciente da faculdade, relato da mãe de que o dente permanente já está na boca e o
outro começou a nascer e parou. Olhando para o paciente vemos que o 11, 12, 22 e o
21 com o terço incisal apenas irrompidos, sabemos que possivelmente se trata de uma
anomalia. Podemos observar que na porção vivível do dente e possível já ver uma
grande mancha branca.

Em uma visão mais aproximada observamos que esse dente está afetado e o lateral
também apresenta mancha hipoplásica.
Radiograficamente pode ser observado uma alteração radicular importante neste
dente (21). Se trata de uma dilaceração (vamos ver a anomalia mais a frente) que está
impedindo o processo eruptivo deste dente. O canino também está com sua rota de
erupção alterada. Nesse caso e importante pesquisar o que aconteceu se houve algum
traumatismo ou luxação precoce. Neste caso tudo indica se tratar de um traumatismo.

*dica; sempre que receber uma radiografia, seja ela periapical ou panorâmica, crie
protocolos para avaliar todas as estruturas e não negligenciar nada em relação ao
paciente. *

Neste outro caso também da faculdade se trata também de uma hipoplásica severa,
onde podemos observar um comprometimento estético desse paciente, isso e muito
sério porque pode comprometer seriamente a auto estima do paciente. O dente 21 é
um dente de Turner, ele acontece por uma infecção previa quase sempre uma infecção
local que acometeu o dente antecessor (decíduo) podendo ser uma infecção por lesão
cariosa ou uma necrose causada por traumatismo que gerou uma lesão periapical, essa
lesão foi negligenciada e essa lesão infecciosa atrapalha todo o desenvolvimento desse
dente permanente e ele pode nascer desse jeito.

Esta imagem mostra lesões hipoplásicas em dentes decíduos. Conversamos no inicio


na analogia da mineralização, a mineralização destes dentes vai acontecer mais ou
menos ate o decimo mês de vida do bebe, por isso não é comum esse tipo de mancha
hipoplásica porem pode acontecer.

HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO

Já falei algumas vezes sobre essa nomenclatura, para quem atende crianças ou e
odontopediatra é extremamente importante conhecer essa nomenclatura. Esse
quadro foi descrito a pouco tempo (mais ou menos 10 anos), ate então esses quadros
eram tratados como idiopáticos, e hoje já temos referencias muito claras sobre o
desenvolvimento desse tipo de lesão que acomete incisivos e primeiros molares
permanentes.
Porque esses dentes?
Porque são dentes que se mineralizam na mesma época.
Posso ter um ou todos os primeiros molares permanentes envolvidos e pelo menos um
ou todos os incisivos permanentes envolvidos.
Nessa situação os dentes acometidos são apenas esses.
Nessa condição temos essas características de hipoplásia do esmalte destes dentes
que pode ser leve ate grave. É muito comum acontecer caso com cavitações extensas,
porque o esmalte dentário vai esfarelando. Como o esmalte tem comprometimento de
mineralização importante e se a estrutura dele não está firme, ele vai desmoronando e
abrindo muitas cavidades.
Uma característica extremamente marcante dessas condições clinicas é a extrema
sensibilidade, por isso ate o tratamento é difícil, como por exemplo o paciente
apresenta uma cavitação muito grande no molar permanente e ate para conseguir
secar um pouco o dente e colocar o ionômero de vidro e difícil devida tamanha
sensibilidade que ele sente naquele dente. E essa sensibilidade não responde bem a
anestesia, em casos acontece de ser aplicada a técnica do nervo alveolar inferior e o
paciente fica bem anestesiado (língua e lábio) mas o dente ainda apresenta
sensibilidade.
Felizmente temos protocolos de tratamento muito bem estabelecidos. Nesse primeiro
momento que meu paciente está crescendo e se desenvolvendo com oclusão ainda em
desenvolvimento, vamos usar ionômero de vidro fotopolimerizável e verniz de flúor
para controlar esse quadro.

Mais situações de HMI, olha como esses dentes foram afetados e como esse esmalte é
perdido rapidamente após a erupção dentaria formando cavidades nos dentes.
Neste caso não é mais HMI, aqui é um dente que a mãe relata pra gente que o
dentinho de leite caiu e o permanente nasceu estragado assim. E quando vamos om
uma sonda ou colher de dentina passando nesses dentes, podemos observar que esse
tecido é bem duro, uma dentina reacional bem dura. Pelo relato da mãe, o dentinho
de leite que caiu estava cariado e o dentista indicou fazer o tratamento endodôntico,
mas por qualquer motivo que seja, não foi feito então o dente nasceu assim. Com esse
relato da mãe e o diagnostico clinico, fechamos o diagnostico se tratando de um dente
de Turner.
Quando pedimos a radiografia, conseguimos perceber que a raiz desse dente está
integra, então conseguimos mesmo com a coroa bem comprometida, reabilitar esse
dente. Podemos fazer tratamento endodôntico, pino e coroa, as possibilidades são
grandes sem necessidade para se pensar em extração.
Mais um caso de paciente tratado na faculdade. Podemos observar que esses
dentinhos apresentam bastante manchas brancas nas incisais dos incisivos e nos
molares permanentes, ou seja, dentes que tem a mesma época de formação, isso já
me faz pensar em alguma coisa sistêmica.

Em uma visão mais aproximada, os dentinhos todos manchadinhos de branco, a


família me relata que ela comia muita pasta de dente quando era mais nova, e então
com facilidade conseguimos fechar o diagnostico de que essas manchas brancas estão
relacionadas com a ingestão de flúor que causou esse tipo de problema dentário,
então este é um caso de fluorose, mas um quadro de fluorose leve que não
compromete muito a estética da paciente.
Sabemos que oque causou esse quadro clinico foi a ingestão de flúor, o tratamento
também é com flúor, porem em forma de aplicação tópica. Sabemos que os dentes
acometidos com a fluorose são um pouco mais frágeis por terem um defeito de
mineralização, por isso eles precisam de uma aplicação tópica profissional de flúor
para que eles se fortifiquem e não sofram com o surgimento de cavitações.
Nesse outro caso já e possível perceber manchas mais amarronzadas que
comprometem um pouco mais a estética do paciente. Aqui temos um quadro de
flúorose moderada, e bem possível que quando esse paciente esteja um pouco mais
velho queira fazer alguma intervenção estética.

Aqui temos infelizmente um quadro de fluorose severa, onde já é possível ver manchas
marrons e defeitos muito acentuado na superfície do esmalte.
Esse paciente precisa de um acompanhamento próximo para que essas lesões não
virem lesões cariosas e este esmalte defeituoso não vá abrindo e esfarelando. vamos
também tratando com aplicações tópicas de flúor ate chegar uma fazer que o paciente
possa ser reabilitado esteticamente.

HIPOCALCIFICAÇÃO
Aqui temos um caso de hipocalcificação, e um quadro que a mãe relata que durante a
gestação a mãe teve um quadro de baixa de cálcio no organismo ou que o paciente em
algum período passou por algum problema de má absorção gástrica intestinal não
conseguindo absorver o cálcio. Muito felizmente neste caso, podemos ver foi
acometido somente dentes decíduos.

Radiograficamente não temos muita diferenciação dos tecidos, fica difícil identificar
oque é esmalte oque é dentina, caracterizando um quadro de hipocalcificação
juntamente com os relatos de problemas relacionados a baixa de cálcio.
INCISIVOS DE HUTCHINSON

Aqui temos os casos de hipoplásias congênitas, estão relacionadas as infecções


maternas pela sífilis. Aqui observamos os incisivos de Hutchinson que possuem essas
características bem proeminentes essa chanfradura na incisal dos incisivos, tanto
superior quanto inferiores.

E a outra característica relacionada ao incisivo de HUTCHINSON é esse formato de


chave de fenda, que a gente vê na imagem radiográfica. Então os sinais mais claros
quando a gente vê um dente clinicamente e radiograficamente que a gente pode
suspeitar de infecção pela sífilis, essa chafradura na incisal clinicamente e esse formato
de ferradura na radiografia.
E os molares em amora que são esse aspecto de amora mesmo na superfície oclusal
dos dentes afetado dos paciente em que as mães apresentaram caso de sífilis. Essas
imagens são de livros, eu pessoalmente nunca vi. Mas é um quadro super comum
antigamente porque a sífilis era uma infecção muito comum e hoje ela é controlada,
então felizmente a gente quase não encontra esses quadros.
E a gente tem a tríade da sífilis para fechar esse diagnóstico que é um seguinte, é a
ceratite intersticial que é o quadro ocular grave que pode levar até a cegueira os
dentes de HUTCHINSON que são os incisivos de hutchinson e os molares em amora e
surdez; então essas três características clínicas associadas elas vão então fechar o
diagnósticos de sífilis.
*é um problema congênito, a mãe que teve durante a gestação que repercutiu no
desenvolvimento dentário da criança.

Quadro clínico de amelogênese imperfeita – todo esmalte do paciente esta


comprometido, tanto na dentição decídua, quanto na dentição permanente, quadro
hereditário. O tratamento é muito complicado porque quase todos os matérias
restauradores disponíveis no mercado tem a adesão principalmente ao esmalte. Como
todo esmalte está comprometido, em todos os dentes é difícil reabilitar esse paciente.
Esse por ex. esta com os caninos superiores lá em cima. É um quadro que colo o
aparelho ortodôntico fixo e facilmente jogo os caninos para posição, trato o paciente
com enorme facilidade, nesse paciente eu não consigo tão fácil porque até para colar o
bract, os acessórios ortodônticos é difícil, colo e solta porque a adesão não funciona.
São tratamentos mais complicados.

Todos os dentes infelizmente afetados, vai controlando o paciente da maneira que dá


usando flúor e cimento de ionômero de vidro, até esse paciente ficar mais velho,
oclusão permanente estabelecida para propor um tratamento mais definitivo.

Não vê esmalte na imagem radiografia, tanto em dentes permanentes na numero 2 e


na 3 a gente tem dente decíduo que também não vejo esmalte. Acometendo as duas
dentições.
Dentes posteriores mesma coisa, não vejo esmalte e nessa radiografia a direita eu vejo
que eu tenho também além do quadro de amelogênese imperfeita agenesia, o
segundo molar não formou aqui. Essa associação entre quadro de anomalias dentárias
é super comum, to vendo duas anomalias hipoplasiantes associadas amelogênese
imperfeita e agenesia. Se você fez um tipo de diagnostico do paciente, examina melhor
o Rx, aprofunda o exame clinico porque é possível que encontre outro tipo de
anomalia junto.

Casos de anomalias dentárias hipoplasiantes mais graves que acometem mais o


paciente, quadro de displasia do ectoderma, é um tipo de displasia que todos os
tecidos originados do ectoderma do paciente vão vir defeituosos, paciente tem
problema nas unhas, no cabelo e os problemas dentários quase sempre vão estar
relacionados a agenesia e a formação de dentes conoídes como da imagem.
Os pacientes sindromicos na síndrome de Down a gente percebe com muita claresa
que os quadros de agenesia são muito comuns, os dentes conoídes,microdentes são
muito comuns nesse tipo de paciente.

São dentinhos pequenininhos, verifica facilmente a agenesia dentaria.


-clínico: tenho um canino, 3 incisivos, então sempre que eu receber paciente
sindrómico eu tenhho que ter o olhar atento porque é muito possível que eu encontre
anomalias dentárias nesse paciente.
Paciente com disostose cleidocraniana – ausência da clavícula (tem amplitude desse
ombrinho muito grante) sinal patognomônico para disostose cleidocraniana.

Quadro clinico dentário bem preocupante porque a criança tem o desenvolvimento


dentário bem prejudicada. Os dentinhos vem com a forma alterada, mineralização
alterada, agenesia associada. Olha a posição dentária toda alterada, possivelmente
agenesia dos segundos molares decíduos inferiores, só três incisivos.
Recebi paciente sindrômico, paciente com disostose cleidocraniana – eu preciso
desenvolver um olhar mais atento para anomalias dentárias.
Olha a radiografia- como a posição dentária ta toda atrapalhada, muitos dentes
anômalos.

Radiografia periapical- como que a forma desses dentinhos estão bastante alterada
além da posição, então eu preciso ter mais cuidado.
Quadro de anodontia parcial ou agenesia – a detecção de anodontia não é difícil e
muita gente deixa passar de bobeira. Tem que contar os dentes, que se tiver dente
passando ou faltando eu vou perceber, então é só CONTAR OS DENTES.

Visão oclusal toda e uma visão mais aproximada – 1PM, canino, incisivo lateral ou
central, central, lateral, está faltando algum incisivo. Aqui eu posso afirmar que é
agenesia? Ainda não, porque esse dente que ta faltando ele pode estar impactado,
então eu peço exame radiográfico e se o dente não estiver eu fecho meu diagnostico
de agenesia. Se eu não contar eu não vou nem pedir Rx porque clinicamente a situação
está boa, se eu não for muito atenta eu vou deixar passar esse quadro de agenesia.
Rx eu não tenho mais dúvida, na número um: agenesia de laterais/ Rx número seis: eu
só tenho dois incisivos inferiores permanentes, está faltando os laterais
provavelmente.
*normalmente a agenesia acomete o último número de cada série : incisivos laterais,
2PM e 3M a agenesia mais comum na população brasileira é os 3M seguida dos
incisivos laterais superiores e 3° lugar: agenesia de 2PM.

Agenesia de incisivos inferiores, no RX número 10: a gente tem um incisivo decíduo


ainda na boca e três incisivos permanentes, então quer dizer que está faltando um
incisivo permanente.
Agenesia do 2PM, sempre o último dente da série que tem agenesia.

Agenesia de caninos, é muito rara mas pode acontecer.

Agenesia de 2PM .
Agenesia de incisivo lateral superior, aqui eu deveria ter a presença do germe do
incisivo lateral, como ele não esta aqui o canino permanente ficou com a rota de
erupção alterada porque ele não tinha nada que paralisasse, interrompesse sua rota
de erupção. Então ele foi La na raiz do incisivo central, então quanto mais precoce o
diagnóstico nesse sentido, mais ele me ajuda a evitar esse tipo de problema.
 A agenesia é um diagnóstico que só pode ser fechado com o exame
radiográfico porque as vezes o dente pode estar só impactado, as vezes ele não
está presente no clínico mas sim no Rx.

Dentinogênese imperfeita- aqui diferente do quadro de amelogênese imperfeita eu


vou ter um defeito importante, significativo na mineralização da dentina, a gente
fica achando que tem alguma questão com o esmalte, mas não tem. Porque o
dente está com essa coloração? Porque o que da cor ao nosso dente é a dentina, o
esmalte está integro. Como a dentina está alterada a cor dela que prevalece, então
os pacientes portadores de dentinogênese imperfeita eles vão apresentar o dente
com a coloração desse jeito com a cor amarronzada ou acinzentada. O esmalte
esta integro, mas ele precisa do apoio da dentina para que ele se mantêm integro,
a gente sabe que o esmalte é um estrutura extremamente friável, como a dentina
não consegue oferecer esse apoio para esse dente o esmalte também vai
quebrando e os problemas começam aparecer, problema de cavitação..

Nós temos pessoal alguns sinais patognomônicos para gente fechar o diagnóstico
da dentinogênese imperfeita, que são:
-As coroas bulbosas ( aspecto Rx) principalmente nos dentes posteriores a gente
percebe esse aspecto de bulbo, como o de couve flor... ( aspecto arredondado das
coroas) até nos incisivos percebemos esse aspecto bulboso também .
- Os canais radiculares extremamente atresico quase que obliterados
(praticamente não observa a luz dos canais radiculares)
- As raízes dentárias estreitas e compridas
- Presença de fraturas radiculares muitas vezes múltiplas justamente por conta
das raízes serem muito estreitas e compridas.
São esses 04 aspectos para fechar o diagnóstico de dentinogênese imperfeita
Panorâmicas e radiografias periapicais da boca toda de um apciente portador de
dentinogênese imperfeita, aqui eu consigo ver perfeitamente todos os sinais que
eu pedi que vocês observassem para fechar o diagnóstico. E uma coisa muito
importante de se observar é que eu posso ver na panorâmica ou na periapical
(mais indicada) eu vejo esses defeitosinhos lá na dentina que em um clínico
desavisado ele pode interpretar como uma lesão cariosa, aqui são defeitos
característicos da dentina que o meu paciente apresenta. Então se
descuidadamente o clinico errar o diagnostico e abrir para restaura eu vou piorar o
problema que o meu paciente apresenta, isso não é lesão cariosa.

Visão mais aproximada, olha como que é facilmente confundido que essas lesões
são cariosas.
Tentativa de tratamento endodontico, mas como eu falei o canal é muito atrézico
ai o profissional tentou começar e não conseguiu terminar, são casos que tem que
ser muito bem conduzidos para não piorar o caso que meu paciente já apresenta.

Casos de microdontia, que são dentes que apresentam estruturas menores. A


gente pode ter no microdente que é o eumorfo, que é o dente igual ao normal com
suas proporções diminuídas, então ele tem coroa formada, raiz, câmara pulpar,
canais, mesma forma com proporções menores. E eu não tenho o microdente de
smarf, não tenho a forma de um dente normal, ele está mais alterado como ex. os
conoídes.
O microdente muito comum é o 3M permanente, são os mesmos dentes que
normalmente estão relacionados com agenesia, 3M, incisivos laterais superiores e
2PM
Lateral com a forma conoíde, o tratamento é de cosmético que vai resolver essa
questão estética do meu paciente .

Incisivo lateral é eumorfo, ele tem a forma normal mas esta diminuído. Tanto que
na radiografia de número 05/ e na 16.
Mesma coisa, incisivo lateral conoíde, ele pode ser mantido na arcada, agüenta
froça mastigatória, agüenta força ortodôntica, depois ele vai precisar de
procedimento estético para ficar com a forma correta.

Anomalias hiperplasiantes
Aumento do número de dentes ou aumento dos componentes teciduais com
alterações estruturais, morfológicas e/ou funcionais.

Universo das anomalias HIPERPLASIANTES.


Exemplo de anomalias hiperplasiantes:
 Dentes supranumerários;
 Dentes natal e neonatal;

Os dentes natais são os dentes que estão presentes na cavidade bucal no nascimento
da criança, então a criança nasce com o dentinho na boca.
Os dentes neonatais são aqueles dentinhos que irrompem na primeira semana de vida
do bebê, no 1º mês de vida.
OBS: A gente sempre tem alguns questionamentos sobre os dentes natais e neonatais
que é o seguinte: - Esse dentinho pode ficar na boca? Ou ele tem que ser extraído?
Tem alguns fatores que devem ser avaliados e a gente deve ficar atento na hora de
tomar esse tipo de decisão.
Quase sempre os dentes natais e neonatais são dentes da série regular, não são dentes
supranumerários. Então a extração precoce desses dentes vai implicar na ausência
desses dentinhos durante o desenvolvimento da oclusão decídua do paciente. E aí o
que acontece como o paciente é muito jovem, acabou de nascer, são dentinhos
hipomineralizados, a mineralização de incisivos começa até 04 meses depois do
nascimento, são dentes hipomineralizados, não estão com as estruturas totalmente
definidas, principalmente são dentes que ainda não tem suas raízes formadas, então
eles têm muita mobilidade.
E aí se existir um risco real de que esse dente, ele esfolia, e que o bebezinho aspire
esse dente, ele pode engolir também, mas o risco maior é de aspiração, aí esses dentes
devem ser extraídos.
E em uma situação também que esses dentinhos prejudiquem a amamentação,
principalmente provocar feridas na mãe, são situações em que essas extrações estão
indicadas também. Então precisa de ser bem avaliado, e tem esses critérios todos pra
me ajudar decidir se esse dente vai ser extraído ou não.
 Raízes e cúspides supra numerárias (situações super comuns, vemos quase
todo dia);
 Perólas de esmalte (aparecem na junção amelo-cementária);
 Fusão, geminação e concrescência.

Na fusão eu tenho 02 germes dentários que se unem principalmente pelo esmalte,


mas podem se unir pelo cemento também. São 02 germes distintos, eu tenho 02
coroas, 02 raízes, 02 canais radiculares separados;
Na geminação eu tenho 01 germe dentário apenas que tentou se auto dividir. Ai eu
tenho só 01 raíz, só um canal radicular, mas tenho essa tentativa de bifurcação que eu
consigo observar principalmente na coroa.
Como que eu vou fechar meu diagnóstico se aquele caso que eu estou vendo ali é um
caso de fusão ou caso de geminação ? Só com a radiografia.
Eu posso perceber essa condição clinicamente, mas pra diferenciar e só na radiografia
mesmo.
A concrescência é uma fusão pelo cemento. Ela pode acontecer no mesmo dente, uma
concrescência radicular né? Um dente que tem 3 raízes por exemplo, e essas raízes
podem estar totalmente fusionadas. Ou pode acontecer dois dentes distintos, mas é
uma união que acontece pelo cemento.
 Macrodontia que são os dentes com volume maior, mas a forma é a mesma.
 Taurodontismo que são casos que não tem implicação clínica importante, mas
a alteração acontece principalmente na câmara pulpar, mas aí vamos ter
complicações se esse dente precisar ser submetido a tratamento endodôntico.
Dente extranumerário.
Todas as vezes que eu tenho um extranumerário que irrompe ou que está presente na
linha média da face, posicionado entre os incisivos, eu chamo esse extranumerário de
DENS.
Na fotografia vemos um mesiodens que já irrompeu, está com a incisal aparecendo, e
eu preciso de resolver se eu já tiro esse dente ou não.
Sempre que eu me deparo com um extranumerário eu penso, será que esse dente tem
que ser extraído ou não?
E tem uma série de condições especificas que eu preciso saber pra resolver se eu vou
ou não extrair.
Primeiro são as questões relacionadas ao meu paciente, sistemicamente se esse
paciente pode ser submetido a uma extração. Ver se ele tem alguma doença, algum
problema metabólico, alguma condição que contra indique essa extração?
Meu paciente infantil está psicologicamente preparado pra ser submetido algum
procedimento de extração?
Então primeiro eu vou observar aos fatores relacionados ao paciente e depois os
fatores relacionados ao dente.
Então sobre o dente: a posição, se ele está prejudicando a erupção de algum elemento
dentário da contagem regular, se ele está atrapalhando alguma estrutura anatômica
importante, ou seja, algum forame, se está pressionado algum nervo.
Nesse caso da foto especifico, ele já apontou, a incisal já “para fora”, é uma cirurgia
bem simples de realizar, aqui eu não tenho nem dúvida, a posição desse dente eu sei
que ele interfere na posição dos incisivos centrais. Então tem que extrair.
Extração super tranquila de realizar.
Quase sempre o mesiodens é um dente conóide, então ele tem esse formato cônico e
então eu faço apreensão desse dente e faço movimentos oscilatórios e ele sai com
muita facilidade.

Situações para a gente pensar: - Está na hora de tirar esse extranumerário ou não?
Toda vez que eu tiver um dente que está com a erupção atrasada, eu vou olhar o
homólogo, essa é a minha principal referência.
Se o homologo está na boca, eu já penso que aquele outro dente deveria estar na boca
também.
Na primeira radiografia o dente 2.1 já está na boca, na segunda radiografia o 1.1 está
na boca e o homologo ainda não irrompeu. Por quê? Porque eu tenho um mesiodens
que está atrapalhando a sua erupção.
Então nesses dois casos já está na hora de tirar o mesiodens para que o ciclo de
erupção continue acontecendo normalmente.

Radiografia 3 -> o 2.1 já está na boca, já está com a raíz praticamente formada, e o
mesiodens atrapalhando a irrupção do 1.1.
Nesse caso tem que tirar o mesiodens imediatamente. Porque se eu olhar o homologo
e perceber que ele está com a raiz praticamente formada, eu deduzo que a força de
erupção do dente que ainda não irrompeu está diminuindo dia a dia. Eu sei que o
dente tem força de erupção espontânea quando ele está formação radicular. Então
nesse caso aqui, já passou da hora de tirar o mesiodens. Vou tirar e acompanhar muito
de perto a erupção do permanente. Se a erupção não acontecer de maneira rápida, dá
pra pensar no tracionamento ortodôntico desse dente.
Radiografia 4 -> os incisivos laterais permanentes já estão na boca e os centrais
impactados ainda. Na radiografia observamos dois dentes extranumerários que estão
impactando cada um dos incisivos permanentes. Então eu preciso tirar esses dois
extranumerários aqui. Porque eu sei que se os laterais estão na boca, os centrais já
teriam que estar aqui a muito tempo.
Situações diferentes, nas duas radiografias percebo dentes extranumerários
posicionados em uma região bem mais alta, lá perto do ápice dos dentes permanentes.
Na radiografia 15, é mais complicado ainda, eu tenho dois dentes extranumerários, e
um ainda está invertido, a coroa está virada lá pra cavidade nasal.
Eu preciso tirar esses dentes agora? Não preciso!! Os dentes permanentes á
irromperam, eles estão em oclusão, o desenvolvimento oclusal do meu paciente está
acontecendo apesar da presença desses dentes extranumerários, então aqui eu posso
acompanhar.
Na radiografia 07 eu consigo observar facilmente que o extranumerário está
pressionado a raiz do dente 1.1, jogando essa raiz um pouco pra distal. Então a posição
do dente 1.1 está um pouco alterada por causa do extranumerário. Se eu for fazer
movimentação ortodôntica nesse dente, ai sim eu vou precisar tirar o extranumerário,
porque o primeiro fio que passar, vai jogar a raiz em cima do extranumerário, então eu
preciso de tirar esse dente.
Na radiografia Nº 15, esses dentes estão tão altos, a cirurgia vai ser tão invasiva que é
muito possível que eu faça um acompanhamento desse caso. Eu chamo os pais e
mostro a situação, assim que o paciente for mais velho e conseguir entender melhor
aquilo que está acontecendo, e explico que vamos fazer um controle, de tempos e
tempos vamos fazer radiografia, ai junto com o paciente, junto com a família, a gente
vai decidindo se em algum momento vai precisar de tirar ou não esses dente ou se a
gente pode só acompanhar.
Caso de extranumerário decíduo, os incisivos centrais permanentes centrais estão
irrompendo, tem o inciso lateral decíduo regular e um extra numerário grudadinho
nele. Não é tão comum mas eu posso ter dente extra numerário na dentição decídua.
Ai os pais perguntam: - Se tem um dente a mais de leite, vai vim um dente a mais
permanente também? NÃO! Porque temos duas lâminas dentárias distintas, elas são
separadas, uma lâmina dentária que vai formar os dentes decíduos e uma lâmina
dentária que vai formar os permanentes. Então se a formação desses dentes é
independente, a agenesia de um dente decíduo não implica na agenesia de um dente
permanente diretamente. A mesma coisa acontece com os extranumerários.
Mas as anomalias elas andam juntas, então se meu paciente tem um extranumerário
na dentição decídua é muito possível que ele tenha um extranumerário na dentição
permanente também. Então a única coisa que eu vou fazer é ficar mais atento.
Na fotografia, esse dente extranumerário precisa ser extraído agora? NÃO, porque
meu paciente agora que está trocando os incisivos centrais, laterais nenhum esfoliou
ainda. Então ele não está atrapalhando nada, não está trazendo nenhum desconforto
para o paciente.
Radiografia.
O lateral permanente está bem posicionado, e tudo indica que pelo RX, que tanto o
decíduo, quanto o incisivo lateral decíduo regular, quanto o extranumerário, vão
esfoliar naturalmente. Então assim, é só aguardar. Se um deles ficar retido por mais
tempo, ai sim eu tiro.

Pra identificar dente extranumerário eu conto os dentes.


Caso na fotografia com 06 incisivos decíduos, então eu tenho 02 dentes
extranumerários aqui. Mas estão todos na boca, meu paciente não está em momento
de troca dentária, eu não preciso tirar os extranumerários. Os extranumerários estão
causando um transtorno de espaço, tem um dente que está muito girado, é difícil de
higienizar, mas não existe um problema real aqui, eu posso aguardar esses dentes
esfoliarem naturalmente.
Presença do terceiro pré molar que também é uma situação relativamente comum,
pra nossa felicidade esses dentes quase sempre eles fogem do forame mentoniano.
Então a extração deles não costuma ser um procedimento complicado não.
Eu preciso de usar a técnica radiográfica de localização para saber se esse dente está
por vestibular ou por lingual, pra já abrir para a cirurgia no lugar certo, porque abre
por vestibular, as vezes o dente está por lingual. Então eu tenho que ter a localização
muito precisa desse dente, e hoje em dia com as tomografias isso está muito fácil.

Queixa da família e do paciente: região superior do lado direito, a família relatava que
o segundo molar decíduo, o 5.5 tinha caído e o 1.5 estava demorando a entrar em
erupção, ele não tinha nem apontado ainda.
Então quer dizer a troca do 85 está atrasada, o 85 estava em retenção prolongada por
algum motivo e o 45 estava em erupção. Dessa forma podemos pedir a extração do 85
e esperar o 45 irromper, mas ele não irrompeu e assim quando eu vejo a radiografia
percebe- se que tinha alguma coisa na oclusal, dessa forma a gente percebe que é
importante olhar com cuidado para a radiografia. Foi feito então uma outra radiografia
com outra angulação e apareceu o extra numerário. Está na hora de tirar o extra
numerário? Sem dúvidas. E na grande maioria das vezes o dente irrompe sozinho, mas
aqui ainda estou vendo mais uma alteração, é um quadro de taurodontismo que é uma
extensão da câmara pulpar olha como ela é comprida e como que na região da furca,
nos casos de taurodontismo, tende a acontecer essa bifurcação. Então dentes que
seriam unirradiculares eles se tornam bi radiculares clinicamente não se percebe nada,
a única implicação que temos nesses casos é se esses dentes precisarem ser
submetidos a tratamento endodôntico, porque a câmara está mais complicada e a
localização da entrada dos canais é mais difícil.

Nesse outro caso eu tenho raiz extra numeraria ,na grande maioria das vezes o
primeiro molar inferior tem duas raízes e nesse caso estou vendo uma terceira raiz.
Porque eu tenho que identificar a raiz? principalmente no caso que vai fazer endo ou
extração, porque não pode deixar a raiz para trás porque pode dificultar o
procedimento que tenho que fazer. Como identificar? Eu pego a radiografia e
acompanho a linha dura.
Caso de cúspide extra numeraria ou cíngulos
O fio dental está na foto apenas didaticamente para identificar que as
estruturas não estão coladas. Na região onde está o fio dental é uma área de muito
acumulo de paca e higienização difícil nesses casos tem a recomendação de selantes
ionomericos, resinosos, algum material para proteger essa região de interface coroa e
cíngulo porque são regiões que podem cariar muito facilmente devido à dificuldade de
higienizar.

Outro problema em relação aos cíngulos é que é uma estrutura de esmalte,


então se essa estrutura precisar de ser removida o paciente não vai sentir dor nem
sensibilidade. Porque eu estou falando dessa possibilidade de lixar, se eu tenho um
incisivo que tem um cíngulo muito proeminente e interfere na oclusão toda vez que o
paciente fecha a boca além de prejudicar a oclusão ainda vai atuar como um aparelho
ortodôntico e cada vez que o cíngulo bate o incisivo tende a vestibularizar.
Esse caso apareceu na especialização a queixa era que o dente não irrompia, na
radiografia ficou confuso e parecia que era um extra numerário, mas quando abriu
com bisturi ele viu que na verdade era um cíngulo no vestibular do dente. Então foi
feito ulectomia e o dente irrompeu e ficou com a estrutura de esmalte bem evidente,
mas foi feito apenas um desgaste no esmalte e foi resolvido.
Nesse caso temos a Pérola de esmalte. Normalmente aparecem na junção
amelocementaria, mas não tem nenhuma implicação clínica.

Casos de Geminação e de fusão:


Vejo dois dentes colados e fico na duvida é geminação ou fusão?
Na imagem eu vejo que essa condição de fusão ou geminação está
atrapalhando o processo de esfoliação dentaria, porque o permanente já irrompeu.
Como diferenciar se é geminação ou fusão? Através de radiografia.
Na imagem da radiografia eu tenho 2 raízes, 2 condutos e os dentes fusionados
pelo esmalte.

Nesse caso também é uma fusão, porque são duas raízes.


Nessa imagem temos um caso de fusão tripla, um incisivo lateral que se fundiu
um com um incisivo lateral e mais um extra numerário.
Nesses pontos de fusão é muito importante colocar selante para evitar o
desenvolvimento de lesões cariosas.
O tratamento endodôntico é extremamente difícil.

Nesse caso também se nota 2 dentes unidos e pela radiografia confirma-se que
é um caso de geminação, o germe do permanente tento se dividir, mas eu tenho só
uma raiz só um conduto radicular.

Nesse caso temos a concrescência.


Agora os macros dentes, são dentes normais, mas com proporções
aumentadas.
As vezes consegue só lixar na mesial e na distal para ajustar as proporções.
As anomalias hiperpacientes tendem a andar juntas.

Nesse caso temos um macro dente e um dente extra numerário.


E se o desgaste não resolver o caso do macro dente, pode acrescentar resina no
dente homologo.
O taurodontismo pode acontecer também nos dentes decíduos.
ANOMALIAS HETEROTOPICAS
 É a erupção e/ou dos dentes fora do seu local habitual ou deslocamento e
desenvolvimento dos tecidos dentários com perda da relação normal entre
eles.
 Exemplos clínicos:
 Vestíbulo e línguo-versão
 Giro versão
 Transposição dentária – acontece quando o dente muda de posição,
mas irrompe dentro do arco dentário.
 Transmigração dentaria -muda de posição e o dente aparece fora do
arco, dentro do seio maxilar, dentro do ovário.
 Dilaceração radicular – durante o processo de rizogênese a raiz muda de
posição e fica dilacerada, mudança abrupta de rizogênese.
 Dente invaginado- “Dens in dens. “
 Dentes não irrompidos

Esse é um caso de giro versão completa: a partir vestibular esta


por palatina e a face palatina está virada por vestibular.
Corrigir esse giro completo é bem difícil, é uma situação clinicacomplexa, então
na grande maioria dos casos ajusta a inclinação dodente, mas vai deixá-lo desse jeito.
Mesmo tratando ortodonticamente não vai corrigir esse giro total. Depois eu
transformo a face palatina em face vestibular, através do aumento dessa face e quase
sempre eu preciso fazer um desgaste na face vestibular para virar palatina.
Mas é uma correção que não vale fazer porque o diâmetro no sentido vestíbulo lingual
do dente é maior que o sentido mesio distal, então na hora que eu vou corrigir o dente
não cabe entre os dentes vizinhos. Então eu só mantenho o dente na posição e faço os
ajustes.
Quando o dente está com giro versão completa ele está ocupando mais espaço do que
deveria, devido a essa diferença entre o diâmetro vestíbulo lingual e mesio distal. Isso
pode causar um desajuste na oclusal, então eu jogo o dente para a posição certa para
promover a harmonia oclusal. Ortodonticamente é tranquilo de fazer.

Caso clássico de transposição dentária: o paciente já trocou três incisivos, tem


um incisivo decíduo e e o canino decíduo e olha onde o incisivo lateral onde foi. Então
o dente está dentro da arcada, mas fora do lugar que deveria estar.
Para o tratamento temos que ver qual a implicação oclusal isso aqui está me trazendo,
muito provavelmente o dente terá que ser extraído.
Caso clássico de transposição.
Observa-se os incisivos permanentes (paciente já trocou três inferiores), tem um
incisivo e canino decíduo e após ele um incisivo lateral permanente. Assim, o incisivo
lateral está na arcada, porém fora da posição que ele deveria estar. Chamado de
transposição dentária!
Para tratamento deverá notar qual implicação oclusal. Muito provavelmente o dente
precisará ser extraído, já que está no lugar do primeiro pré-molar.

Caso de transposição dentária, ou seja, dente 13 variou


totalmente sua rota de erupção, já que ele deveria estar
em cima do canino decíduo e não na região de incisivos
centrais.

Infelizmente houve reabsorção da raiz do 11, estando o


dente já perdido. Precisa interromper a rota de erupção
antes que reabsorva a raiz do 21. Isso envolvem exames
mais precisos, como tomografia, mas provavelmente a
principal conduta será a extração do 11 e o
tracionamento do canino para o lugar do 11,
transformação cosmética.

É muito comum acontecer o desvio de rota de erupção,


principalmente de caninos e de pré-molares. Assim,
quando se pede radiografia panorâmica, principalmente
radiografias protocoladas entre 7 ou 8 anos, que costuma
pedir a primeira panorâmica e é bom que já observe tudo
isso, pois se conseguir descobrir precocemente essas
rotas de erupção alteradas, é possível, de maneiras muito simples, resolver o
problema, extraindo o decíduo e dando espaço ao dente com rota alterada.
Na radiografia da imagem acima, observa-se situações preocupantes, principalmente
do arco superior, pois os primeiros pré-molares superiores estão causando a risólise
dos segundos molares decíduos e do lado esquerdo, mais grave ainda, o primeiro pré-
molar está em cima do primeiro molar permanente. Deve mostrar a radiografia a
família e explicar o que está acontecendo e falar que vai precisar extrair os molares
decíduos na tentativa de corrigir a posição desses dentes. Fica na expectativa para que
o organismo tenha ação e que o dente retome a sua posição original de erupção.

Esse dente que está começando a irromper é o primeiro


pré-molar. Observe como ele está próximo do molar permanente e ocupando o espaço
do segundo pré-molar.

Esse paciente teve muita sorte,


pois os segundos pré-molares dele eram microdentes. Os dentes foram erupcionando
e a oclusão ficou ótima. Observem que o segundo pré-molar é um microdente, mas
encaixou corretamente na oclusão do paciente. Os primeiros molares permanentes
estão em relação de chave de oclusão e o segundo pré-molar entre as ameias do
primeiro molar permanente e do segundo pré-molar inferior. Isso foi possível, pois foi
percebido no momento certo, extrações feitas também no momento exato, com
erupção do primeiro e segundo pré-molares sem maiores problemas. Se isso não fosse
diagnosticado, esse paciente corria risco de perder até o primeiro molar permanente,
caso as raízes tivessem sido reabsorvidas.

Observa-se canino, incisivo lateral


deciduo, incisivo permanente, incisivo central deciduo. Com a radiografia percebe-se
transposição dos incisivos centrais permanentes. Deve-se fazer a extração dos
deciduos para assim voltarem para posição.
Caso de dilaceração radicular. Normalmente acontecem
por traumatismo nos dentes deciduos, principalmente traumatismos intrusivos,
empurrando o germe do dente permamente, acontecendo esse movimento durante a
rizogenese. Esse dente deve ser extraido, pois a raiz está muito escorpionica e quando
movimenta o dente a raiz aparece na tábua ossea vestibular e infelizmente não
consegue manter o dente.

Paciente com
um dente no meio e dois laterais menores. Na radiografia percebe a raiz escorpionica,
com relato histórico de trauma, fechando assim o diagnóstico. Uma tomografia mostra
a posição radicular, grau de angulação dessa raiz e se consegue tratar tracionando o
dente. Nesse caso especifico foi feto uma teleradiografia de perfil, mostrando a
posição da raiz, e foi possivel tratar.

Mostra resultado, paciente com aparelho e dente já em


posição.
Dilaceração radicular em dentes posteriores, precisando
ser bem observadas para evitar que crie um apice e não
acompanhe a angulação da raiz no tratamento
endodontico, podendo trazer serios problemas para o
paciente posteriormente (dor, lesões inflamatórias.

Dilaceração radicular no terceiro molar, sendo um


problema para extração, precisando programar antes da
cirrugia.
Observa-se uma forame na superficie palatina do
incisivo lateral, chamada dens in dente. Durante a formação da coroa do dente os
tecidos de formação sofre uma invaginação (do esmalte) que pode ou não ter
comunicação com a polpa. Para saber se existe ou não comunicação com a polpa é
colocando uma lima no forame e radiografando.

na radiografia observa que está diferente na face palatina,


possuindo uma estrutura anormal.
Com a lima observa-se a invaginação. Nesse caso não tem
contato com a camara pulpar do dente, precisando apenas
colocar um selante no forame por ser dificil higienização e
facil de cariar.

Nesse caso, dens in dente não foi diagnostico


precocemente. Antes de ter colocado selante, já
houve o comprometimento pulpar. Dens in dente
inferior não é muito comum. Quando paciente
chegou já apresentava uma lesão periapical
importante relacionada ao dente. Tratamento é
tratamento endodontico. A lesão regredindo deve ser feito o controle do dente.

Queixa de dor relacionado ao 22 e presença de abscesso. Observa-se forame na incisal


do lateral, sendo necessário a radiografia. Na radiografia confirma ser dens in dente
com contato com a polpa do dente permamente. Esse contato fez com que esse dente
necrosasse muito rapidamente. Por aquele forame ir entrando saliva, alimento, tudo
em comunicação direta com a polpa, a mesma necrosou rapidamente, em uma fase
que a rizogenese nem tinha começado. Dente tem que esta vivo para acontecer
formação de tecido, formação radicular, então isso nem vai acontecer mais.
Tratamento é extração. Importante do diagnostico precoce.

Quadro comum de desvio de rota de erupção ou


transposição do primeiro molar permanente. O segundo molar deciduo funciona como
barreira para o movimento de erupção do primeiro molar, de forma a corrigir a
posição de erupção, descendo no lugar correto. Se o molar deciduo estiver girado, fora
da posição, o primeiro molar permanente não corrige a rota de erupção, começando a
reabsorver as raizes do segundo molar deciduo e ocupa o espaço do segundo pré-
molar. Não tem o que fazer, pois a rizolise do segundo molar deciduo começa
acontecer de maneira rapida, podendo acontecer exposição pulpar e o paciente
começa a sentir dor. Tratamento extração dos segundos molares deciduos, aguardar
erupção do primeiro molar para mesializar para posterioemente distalizar com algum
aparelho.

Observa-se reabsorçãoda raiz do segundo


molar deciduo dos dois lados (desvio de rota de erupção). Muito comum acontecer
bilateralmente. Tratamento é extração. Em algumas situações, se perceber muito
rapido pode começar fazer um desgaste na distal do segundo molar deciduo, pois o
primeiro molar permanente tende a melhorar a
posição, podendo erupcionar sem precisar fazer
extração do segundo molar deciduo.
Caso raro, desvio de rota de erupção do primeiro
molar permamente inferior. Tratamento é extração
do segundo molar deciduo, já que esta perdido.
Desvio de rota de erupção do canino. Principalmente no arco
superior, o canino tende a desviar a rota de erupção. ATENÇÃO nos caninos!
O tracionamento do canino inferior, como a mandibula é um osso bastante compacto
é bem complicado. Assim, quanto mais cedo perceber o problema, mais facilidade o
tratamento.

Impactações de terceiros molares. Muito comum, já que


normalmente as arcadas não comportam os terceiros molares. Tratamento extração.
Processo de transposição, ou seja, está dentro do arco, mas fora da posição que eles
deveriam, ficando impactados.

Impactação de pré-molar. Precisamos estar atentos aos


nossos pacientes durante anamense, exame clinico e analise de todos os exames
complementares. Devemos enxergar além!
“ Só fizemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da
excelência não deve ser um objetivo. E sim, um hábito!”

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