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ANOMALIAS DENTÁRIAS
A professora coloca em ênfase que são os odontopediatras os primeiros profissionais a terem contato com
as anomalias, e pede que sejamos minuciosos, com olhar atento ao exame clinico, com uma escuta atenta
durante a anamnese para chegar ao diagnóstico correto, e fazer uma associação de todos os dados colhidos.
Existem inúmeras anomalias dentárias e para chegar ao diagnóstico é necessário ter o conhecimento do
processo de formação dental, e assim eu vou eliminando várias dessas anomalias para chegar ao diagnóstico
final.
É necessário saber em qual fase essa anomalia ocorreu, se ela é hereditária, adquirida ou congênita, também
se ocorreu na fase de aposição (deposição de matriz orgânica) ou se foi na fase de mineralização, se é um
dente conóide ou um extranumerário, e assim chegar no diagnóstico.
CONHECIMENTO DA ODONTOGÊNESE:
CRESCIMENTO
INICIAÇÃO Caso o problema ocorra em
Quando as células do germe dentária começam a se aglomerar. alguma dessas fases, pode ser que
PROLIFERAÇÃO o dente nem venha a se formar,
As células começam a se reproduzir, a se proliferar. seria uma agenesia.
HISTODIFERENCIAÇÃO
Quando as células que vão formar as várias camadas dentárias vão se diferenciar (odontoblasto,
ameloblasto, cementoblasto)
MORFODIFERENCIAÇÃO
Até a fase de histodiferenciação todas as células, germes, são iguais ou similares, mas nessa etapa elas
tomam formas específicas.
APOSIÇÃO
Quando ocorre a deposição de matriz dentária orgânica.
MINERALIZAÇÃO
Quando ocorre a deposição de matriz dentária inorgânica.
É a fase que mais ocorre problemas, e que causa anomalias dentárias, principalmente os casos de
hipoplasias dentárias.
IRRUPÇÃO
Erupção x irrupção
ATRIÇÃO
A partir do momento que o dente entra em oclusão com o seu antagonista, ele começa sofrer atrição, pelo
contato, por questões mecânicas e também por questões químicas e físicas. Espera-se que essa fase
percorra por toda a vida, sendo um processo fisiológico bucal.
OBS:
Quanto mais
precoce o
problema
ocorre em
relação aos
estágios de Nolla,
maiores serão
eles, e por
exemplo, se
ocorre
algum
problema, como
traumatismo e a criança está no estágio de Nolla 9, o problema vai ser mínimo pro paciente.
2. Anomalias HIPERPLASIANTES
3. Anomalias HETEROTÓPICAS
Principalmente na displasia tipo I, por existir essa alteração importante na dentina das
raízes, os dentes vão perdendo mesmo as raízes, vão sofrendo processos de absorção
muito rápido, e esses dentes caem, paciente perde dente muito cedo e muito rápido,
esse quadro é chamado de ‘dentes sem raízes’. O paciente precisa ser muito
acompanhado, muitas das vezes um tratamento multidisciplinar, pra que ele possa ser
reabilitado.
Odontodisplasia regional é conhecido como ‘dente fantasma’, nesse quadro, há uma
alteração em todos tecidos dentários, esmalte, dentina, cemento. Por isso é dente
fantasma, quando pedimos uma radiografia, aquela hemi-arcada que está afetada é
como se não existisse dente ali, porque o tecido mineral não está bem formado e não
aparece radiograficamente. Aparece alguns vultos. É um quadro triste, o dente
rapidamente aparece com comprometimento pulpar, então o paciente tem quadro de
dor muito forte, abcessos terríveis, e o tratamento é muito limitado, quase que só
extração.
Por último, das anomalias hipoplasiantes, há o caso de microdontia, que são os
dentinhos conoides, que tem sua estrutura reduzida, a gente ve clinicamente.
Primeira coisa que vamos falar, é o que existe de mais comum, que são as hipoplasias
de esmalte. Elas podem ser hereditárias, congênitas ou adquirida. A forma mais
comum de hipoplasia do esmalte hereditária é a amelogênese imperfeita, por se tratar
de um quadro hereditário, esse quadro afeta tanto a dentição decídua quanto a
permanente. É uma condição de difícil tratamento.
As hipoplasias congênitas estão sempre relacionadas a algum evento que ocorreu
durante a gestação. Nós temos como exemplo os incisivos de hutchinson e os molares
em amora. Os incisivos de hutchinson são providos de infecção por sífilis durante a
gestação.
As hipoplasias adquiridas são, opacidade do esmalte, que é muito comum. Dentes de
turner, hipomineralização molar-incisivo (HMI), fluorose dentária.
Quando eu falo de defeito de esmalte, são muitos fatores que podem provocar esses
defeitos. Os fatores são: traumatismos, por ex, o paciente tem dentição decídua
completa, cai, e sofre intrusão dos incisivos, porque quando o dente movimenta pra
cima, pro germe permanente, a chance disso causar uma alteração do esmalte no
dente permanente é enorme.
Infecções locais, dentinhos decíduos que sofreu processo de necrose, que deveria ter
sido submetido a uma endo, e não foi feito, essa infecção pode progredir a ponto de
afetar o germe permanente.
Radiação. Não é por exame radiográfico odontológico, essa radiação é pra tratamentos
médicos.
As fendas labiais e palatinas quase sempre estão associados a defeitos do esmalte
dentário.
Nós temos também fatores sistêmicos, que são associados a defeitos de esmalte.
Tem alguns distúrbios que são perinatais, distúrbios que acontecem entre 22 semanas
e após 7 dias após o nascimento. Como por exemplo, a prematuridade, ela leva a um
baixo peso ao nascimento, e isso leva a uma série de alterações, como no nível cálcio,
de alguns nutrientes que o bebe precisa pra formação dentária e principalmente a
mineralização. Entao, esse quadro pode favorecer defeitos no esmalte.
A hipocalcemia, o paciente apresentar baixa de cálcio ao nascimento, ou a mae
apresentar falta de cálcio durante a gestação pode apresentar defeitos no esmalte.
E distúrbios respiratórios, mas principalmente a intubação endotraqueal,
principalmente em caso de prematuro, que precisa desse tipo de cuidado medico.
Algumas doenças sistêmicas podem provocar defeitos de esmalte, como as
cardiopatias, problemas renais como síndrome nefrotica, hipocalcemia. O cálcio é
importante no processo de mineralização de tecidos dentários, depois que o dente já
esta na boca, não adianta tomar cálcio mais, o jeito de cuidar é higienizando. E
também os casos de hipotireoidismo, principalmente quando demora a ser
diagnosticar. A tireoide é uma glândula que coordena varias coisas no nosso
organismo, como a bomba de cálcio.
Nesse mesmo paciente, olha a superfície vestibular do dente 46, ela também ta bem
afetada, a mancha ta bem amarronzada, parece ter umas manchinhas na vestibular do
16. O que me leva a pensar que isso pode ser um caso de HMI. Mas o caso do dentinho
11 é provável que seja local.
HIPOPLASIANTES
Paciente da faculdade, relato da mãe de que o dente permanente já está na boca e o
outro começou a nascer e parou. Olhando para o paciente vemos que o 11, 12, 22 e o
21 com o terço incisal apenas irrompidos, sabemos que possivelmente se trata de uma
anomalia. Podemos observar que na porção vivível do dente e possível já ver uma
grande mancha branca.
Em uma visão mais aproximada observamos que esse dente está afetado e o lateral
também apresenta mancha hipoplásica.
Radiograficamente pode ser observado uma alteração radicular importante neste
dente (21). Se trata de uma dilaceração (vamos ver a anomalia mais a frente) que está
impedindo o processo eruptivo deste dente. O canino também está com sua rota de
erupção alterada. Nesse caso e importante pesquisar o que aconteceu se houve algum
traumatismo ou luxação precoce. Neste caso tudo indica se tratar de um traumatismo.
*dica; sempre que receber uma radiografia, seja ela periapical ou panorâmica, crie
protocolos para avaliar todas as estruturas e não negligenciar nada em relação ao
paciente. *
Neste outro caso também da faculdade se trata também de uma hipoplásica severa,
onde podemos observar um comprometimento estético desse paciente, isso e muito
sério porque pode comprometer seriamente a auto estima do paciente. O dente 21 é
um dente de Turner, ele acontece por uma infecção previa quase sempre uma infecção
local que acometeu o dente antecessor (decíduo) podendo ser uma infecção por lesão
cariosa ou uma necrose causada por traumatismo que gerou uma lesão periapical, essa
lesão foi negligenciada e essa lesão infecciosa atrapalha todo o desenvolvimento desse
dente permanente e ele pode nascer desse jeito.
HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO
Já falei algumas vezes sobre essa nomenclatura, para quem atende crianças ou e
odontopediatra é extremamente importante conhecer essa nomenclatura. Esse
quadro foi descrito a pouco tempo (mais ou menos 10 anos), ate então esses quadros
eram tratados como idiopáticos, e hoje já temos referencias muito claras sobre o
desenvolvimento desse tipo de lesão que acomete incisivos e primeiros molares
permanentes.
Porque esses dentes?
Porque são dentes que se mineralizam na mesma época.
Posso ter um ou todos os primeiros molares permanentes envolvidos e pelo menos um
ou todos os incisivos permanentes envolvidos.
Nessa situação os dentes acometidos são apenas esses.
Nessa condição temos essas características de hipoplásia do esmalte destes dentes
que pode ser leve ate grave. É muito comum acontecer caso com cavitações extensas,
porque o esmalte dentário vai esfarelando. Como o esmalte tem comprometimento de
mineralização importante e se a estrutura dele não está firme, ele vai desmoronando e
abrindo muitas cavidades.
Uma característica extremamente marcante dessas condições clinicas é a extrema
sensibilidade, por isso ate o tratamento é difícil, como por exemplo o paciente
apresenta uma cavitação muito grande no molar permanente e ate para conseguir
secar um pouco o dente e colocar o ionômero de vidro e difícil devida tamanha
sensibilidade que ele sente naquele dente. E essa sensibilidade não responde bem a
anestesia, em casos acontece de ser aplicada a técnica do nervo alveolar inferior e o
paciente fica bem anestesiado (língua e lábio) mas o dente ainda apresenta
sensibilidade.
Felizmente temos protocolos de tratamento muito bem estabelecidos. Nesse primeiro
momento que meu paciente está crescendo e se desenvolvendo com oclusão ainda em
desenvolvimento, vamos usar ionômero de vidro fotopolimerizável e verniz de flúor
para controlar esse quadro.
Mais situações de HMI, olha como esses dentes foram afetados e como esse esmalte é
perdido rapidamente após a erupção dentaria formando cavidades nos dentes.
Neste caso não é mais HMI, aqui é um dente que a mãe relata pra gente que o
dentinho de leite caiu e o permanente nasceu estragado assim. E quando vamos om
uma sonda ou colher de dentina passando nesses dentes, podemos observar que esse
tecido é bem duro, uma dentina reacional bem dura. Pelo relato da mãe, o dentinho
de leite que caiu estava cariado e o dentista indicou fazer o tratamento endodôntico,
mas por qualquer motivo que seja, não foi feito então o dente nasceu assim. Com esse
relato da mãe e o diagnostico clinico, fechamos o diagnostico se tratando de um dente
de Turner.
Quando pedimos a radiografia, conseguimos perceber que a raiz desse dente está
integra, então conseguimos mesmo com a coroa bem comprometida, reabilitar esse
dente. Podemos fazer tratamento endodôntico, pino e coroa, as possibilidades são
grandes sem necessidade para se pensar em extração.
Mais um caso de paciente tratado na faculdade. Podemos observar que esses
dentinhos apresentam bastante manchas brancas nas incisais dos incisivos e nos
molares permanentes, ou seja, dentes que tem a mesma época de formação, isso já
me faz pensar em alguma coisa sistêmica.
Aqui temos infelizmente um quadro de fluorose severa, onde já é possível ver manchas
marrons e defeitos muito acentuado na superfície do esmalte.
Esse paciente precisa de um acompanhamento próximo para que essas lesões não
virem lesões cariosas e este esmalte defeituoso não vá abrindo e esfarelando. vamos
também tratando com aplicações tópicas de flúor ate chegar uma fazer que o paciente
possa ser reabilitado esteticamente.
HIPOCALCIFICAÇÃO
Aqui temos um caso de hipocalcificação, e um quadro que a mãe relata que durante a
gestação a mãe teve um quadro de baixa de cálcio no organismo ou que o paciente em
algum período passou por algum problema de má absorção gástrica intestinal não
conseguindo absorver o cálcio. Muito felizmente neste caso, podemos ver foi
acometido somente dentes decíduos.
Radiograficamente não temos muita diferenciação dos tecidos, fica difícil identificar
oque é esmalte oque é dentina, caracterizando um quadro de hipocalcificação
juntamente com os relatos de problemas relacionados a baixa de cálcio.
INCISIVOS DE HUTCHINSON
Radiografia periapical- como que a forma desses dentinhos estão bastante alterada
além da posição, então eu preciso ter mais cuidado.
Quadro de anodontia parcial ou agenesia – a detecção de anodontia não é difícil e
muita gente deixa passar de bobeira. Tem que contar os dentes, que se tiver dente
passando ou faltando eu vou perceber, então é só CONTAR OS DENTES.
Visão oclusal toda e uma visão mais aproximada – 1PM, canino, incisivo lateral ou
central, central, lateral, está faltando algum incisivo. Aqui eu posso afirmar que é
agenesia? Ainda não, porque esse dente que ta faltando ele pode estar impactado,
então eu peço exame radiográfico e se o dente não estiver eu fecho meu diagnostico
de agenesia. Se eu não contar eu não vou nem pedir Rx porque clinicamente a situação
está boa, se eu não for muito atenta eu vou deixar passar esse quadro de agenesia.
Rx eu não tenho mais dúvida, na número um: agenesia de laterais/ Rx número seis: eu
só tenho dois incisivos inferiores permanentes, está faltando os laterais
provavelmente.
*normalmente a agenesia acomete o último número de cada série : incisivos laterais,
2PM e 3M a agenesia mais comum na população brasileira é os 3M seguida dos
incisivos laterais superiores e 3° lugar: agenesia de 2PM.
Agenesia de 2PM .
Agenesia de incisivo lateral superior, aqui eu deveria ter a presença do germe do
incisivo lateral, como ele não esta aqui o canino permanente ficou com a rota de
erupção alterada porque ele não tinha nada que paralisasse, interrompesse sua rota
de erupção. Então ele foi La na raiz do incisivo central, então quanto mais precoce o
diagnóstico nesse sentido, mais ele me ajuda a evitar esse tipo de problema.
A agenesia é um diagnóstico que só pode ser fechado com o exame
radiográfico porque as vezes o dente pode estar só impactado, as vezes ele não
está presente no clínico mas sim no Rx.
Nós temos pessoal alguns sinais patognomônicos para gente fechar o diagnóstico
da dentinogênese imperfeita, que são:
-As coroas bulbosas ( aspecto Rx) principalmente nos dentes posteriores a gente
percebe esse aspecto de bulbo, como o de couve flor... ( aspecto arredondado das
coroas) até nos incisivos percebemos esse aspecto bulboso também .
- Os canais radiculares extremamente atresico quase que obliterados
(praticamente não observa a luz dos canais radiculares)
- As raízes dentárias estreitas e compridas
- Presença de fraturas radiculares muitas vezes múltiplas justamente por conta
das raízes serem muito estreitas e compridas.
São esses 04 aspectos para fechar o diagnóstico de dentinogênese imperfeita
Panorâmicas e radiografias periapicais da boca toda de um apciente portador de
dentinogênese imperfeita, aqui eu consigo ver perfeitamente todos os sinais que
eu pedi que vocês observassem para fechar o diagnóstico. E uma coisa muito
importante de se observar é que eu posso ver na panorâmica ou na periapical
(mais indicada) eu vejo esses defeitosinhos lá na dentina que em um clínico
desavisado ele pode interpretar como uma lesão cariosa, aqui são defeitos
característicos da dentina que o meu paciente apresenta. Então se
descuidadamente o clinico errar o diagnostico e abrir para restaura eu vou piorar o
problema que o meu paciente apresenta, isso não é lesão cariosa.
Visão mais aproximada, olha como que é facilmente confundido que essas lesões
são cariosas.
Tentativa de tratamento endodontico, mas como eu falei o canal é muito atrézico
ai o profissional tentou começar e não conseguiu terminar, são casos que tem que
ser muito bem conduzidos para não piorar o caso que meu paciente já apresenta.
Incisivo lateral é eumorfo, ele tem a forma normal mas esta diminuído. Tanto que
na radiografia de número 05/ e na 16.
Mesma coisa, incisivo lateral conoíde, ele pode ser mantido na arcada, agüenta
froça mastigatória, agüenta força ortodôntica, depois ele vai precisar de
procedimento estético para ficar com a forma correta.
Anomalias hiperplasiantes
Aumento do número de dentes ou aumento dos componentes teciduais com
alterações estruturais, morfológicas e/ou funcionais.
Os dentes natais são os dentes que estão presentes na cavidade bucal no nascimento
da criança, então a criança nasce com o dentinho na boca.
Os dentes neonatais são aqueles dentinhos que irrompem na primeira semana de vida
do bebê, no 1º mês de vida.
OBS: A gente sempre tem alguns questionamentos sobre os dentes natais e neonatais
que é o seguinte: - Esse dentinho pode ficar na boca? Ou ele tem que ser extraído?
Tem alguns fatores que devem ser avaliados e a gente deve ficar atento na hora de
tomar esse tipo de decisão.
Quase sempre os dentes natais e neonatais são dentes da série regular, não são dentes
supranumerários. Então a extração precoce desses dentes vai implicar na ausência
desses dentinhos durante o desenvolvimento da oclusão decídua do paciente. E aí o
que acontece como o paciente é muito jovem, acabou de nascer, são dentinhos
hipomineralizados, a mineralização de incisivos começa até 04 meses depois do
nascimento, são dentes hipomineralizados, não estão com as estruturas totalmente
definidas, principalmente são dentes que ainda não tem suas raízes formadas, então
eles têm muita mobilidade.
E aí se existir um risco real de que esse dente, ele esfolia, e que o bebezinho aspire
esse dente, ele pode engolir também, mas o risco maior é de aspiração, aí esses dentes
devem ser extraídos.
E em uma situação também que esses dentinhos prejudiquem a amamentação,
principalmente provocar feridas na mãe, são situações em que essas extrações estão
indicadas também. Então precisa de ser bem avaliado, e tem esses critérios todos pra
me ajudar decidir se esse dente vai ser extraído ou não.
Raízes e cúspides supra numerárias (situações super comuns, vemos quase
todo dia);
Perólas de esmalte (aparecem na junção amelo-cementária);
Fusão, geminação e concrescência.
Situações para a gente pensar: - Está na hora de tirar esse extranumerário ou não?
Toda vez que eu tiver um dente que está com a erupção atrasada, eu vou olhar o
homólogo, essa é a minha principal referência.
Se o homologo está na boca, eu já penso que aquele outro dente deveria estar na boca
também.
Na primeira radiografia o dente 2.1 já está na boca, na segunda radiografia o 1.1 está
na boca e o homologo ainda não irrompeu. Por quê? Porque eu tenho um mesiodens
que está atrapalhando a sua erupção.
Então nesses dois casos já está na hora de tirar o mesiodens para que o ciclo de
erupção continue acontecendo normalmente.
Radiografia 3 -> o 2.1 já está na boca, já está com a raíz praticamente formada, e o
mesiodens atrapalhando a irrupção do 1.1.
Nesse caso tem que tirar o mesiodens imediatamente. Porque se eu olhar o homologo
e perceber que ele está com a raiz praticamente formada, eu deduzo que a força de
erupção do dente que ainda não irrompeu está diminuindo dia a dia. Eu sei que o
dente tem força de erupção espontânea quando ele está formação radicular. Então
nesse caso aqui, já passou da hora de tirar o mesiodens. Vou tirar e acompanhar muito
de perto a erupção do permanente. Se a erupção não acontecer de maneira rápida, dá
pra pensar no tracionamento ortodôntico desse dente.
Radiografia 4 -> os incisivos laterais permanentes já estão na boca e os centrais
impactados ainda. Na radiografia observamos dois dentes extranumerários que estão
impactando cada um dos incisivos permanentes. Então eu preciso tirar esses dois
extranumerários aqui. Porque eu sei que se os laterais estão na boca, os centrais já
teriam que estar aqui a muito tempo.
Situações diferentes, nas duas radiografias percebo dentes extranumerários
posicionados em uma região bem mais alta, lá perto do ápice dos dentes permanentes.
Na radiografia 15, é mais complicado ainda, eu tenho dois dentes extranumerários, e
um ainda está invertido, a coroa está virada lá pra cavidade nasal.
Eu preciso tirar esses dentes agora? Não preciso!! Os dentes permanentes á
irromperam, eles estão em oclusão, o desenvolvimento oclusal do meu paciente está
acontecendo apesar da presença desses dentes extranumerários, então aqui eu posso
acompanhar.
Na radiografia 07 eu consigo observar facilmente que o extranumerário está
pressionado a raiz do dente 1.1, jogando essa raiz um pouco pra distal. Então a posição
do dente 1.1 está um pouco alterada por causa do extranumerário. Se eu for fazer
movimentação ortodôntica nesse dente, ai sim eu vou precisar tirar o extranumerário,
porque o primeiro fio que passar, vai jogar a raiz em cima do extranumerário, então eu
preciso de tirar esse dente.
Na radiografia Nº 15, esses dentes estão tão altos, a cirurgia vai ser tão invasiva que é
muito possível que eu faça um acompanhamento desse caso. Eu chamo os pais e
mostro a situação, assim que o paciente for mais velho e conseguir entender melhor
aquilo que está acontecendo, e explico que vamos fazer um controle, de tempos e
tempos vamos fazer radiografia, ai junto com o paciente, junto com a família, a gente
vai decidindo se em algum momento vai precisar de tirar ou não esses dente ou se a
gente pode só acompanhar.
Caso de extranumerário decíduo, os incisivos centrais permanentes centrais estão
irrompendo, tem o inciso lateral decíduo regular e um extra numerário grudadinho
nele. Não é tão comum mas eu posso ter dente extra numerário na dentição decídua.
Ai os pais perguntam: - Se tem um dente a mais de leite, vai vim um dente a mais
permanente também? NÃO! Porque temos duas lâminas dentárias distintas, elas são
separadas, uma lâmina dentária que vai formar os dentes decíduos e uma lâmina
dentária que vai formar os permanentes. Então se a formação desses dentes é
independente, a agenesia de um dente decíduo não implica na agenesia de um dente
permanente diretamente. A mesma coisa acontece com os extranumerários.
Mas as anomalias elas andam juntas, então se meu paciente tem um extranumerário
na dentição decídua é muito possível que ele tenha um extranumerário na dentição
permanente também. Então a única coisa que eu vou fazer é ficar mais atento.
Na fotografia, esse dente extranumerário precisa ser extraído agora? NÃO, porque
meu paciente agora que está trocando os incisivos centrais, laterais nenhum esfoliou
ainda. Então ele não está atrapalhando nada, não está trazendo nenhum desconforto
para o paciente.
Radiografia.
O lateral permanente está bem posicionado, e tudo indica que pelo RX, que tanto o
decíduo, quanto o incisivo lateral decíduo regular, quanto o extranumerário, vão
esfoliar naturalmente. Então assim, é só aguardar. Se um deles ficar retido por mais
tempo, ai sim eu tiro.
Queixa da família e do paciente: região superior do lado direito, a família relatava que
o segundo molar decíduo, o 5.5 tinha caído e o 1.5 estava demorando a entrar em
erupção, ele não tinha nem apontado ainda.
Então quer dizer a troca do 85 está atrasada, o 85 estava em retenção prolongada por
algum motivo e o 45 estava em erupção. Dessa forma podemos pedir a extração do 85
e esperar o 45 irromper, mas ele não irrompeu e assim quando eu vejo a radiografia
percebe- se que tinha alguma coisa na oclusal, dessa forma a gente percebe que é
importante olhar com cuidado para a radiografia. Foi feito então uma outra radiografia
com outra angulação e apareceu o extra numerário. Está na hora de tirar o extra
numerário? Sem dúvidas. E na grande maioria das vezes o dente irrompe sozinho, mas
aqui ainda estou vendo mais uma alteração, é um quadro de taurodontismo que é uma
extensão da câmara pulpar olha como ela é comprida e como que na região da furca,
nos casos de taurodontismo, tende a acontecer essa bifurcação. Então dentes que
seriam unirradiculares eles se tornam bi radiculares clinicamente não se percebe nada,
a única implicação que temos nesses casos é se esses dentes precisarem ser
submetidos a tratamento endodôntico, porque a câmara está mais complicada e a
localização da entrada dos canais é mais difícil.
Nesse outro caso eu tenho raiz extra numeraria ,na grande maioria das vezes o
primeiro molar inferior tem duas raízes e nesse caso estou vendo uma terceira raiz.
Porque eu tenho que identificar a raiz? principalmente no caso que vai fazer endo ou
extração, porque não pode deixar a raiz para trás porque pode dificultar o
procedimento que tenho que fazer. Como identificar? Eu pego a radiografia e
acompanho a linha dura.
Caso de cúspide extra numeraria ou cíngulos
O fio dental está na foto apenas didaticamente para identificar que as
estruturas não estão coladas. Na região onde está o fio dental é uma área de muito
acumulo de paca e higienização difícil nesses casos tem a recomendação de selantes
ionomericos, resinosos, algum material para proteger essa região de interface coroa e
cíngulo porque são regiões que podem cariar muito facilmente devido à dificuldade de
higienizar.
Nesse caso também se nota 2 dentes unidos e pela radiografia confirma-se que
é um caso de geminação, o germe do permanente tento se dividir, mas eu tenho só
uma raiz só um conduto radicular.
Paciente com
um dente no meio e dois laterais menores. Na radiografia percebe a raiz escorpionica,
com relato histórico de trauma, fechando assim o diagnóstico. Uma tomografia mostra
a posição radicular, grau de angulação dessa raiz e se consegue tratar tracionando o
dente. Nesse caso especifico foi feto uma teleradiografia de perfil, mostrando a
posição da raiz, e foi possivel tratar.