1. A imunidade inata é mediada por células como macrófagos, células dendríticas e células NK, enquanto a imunidade adaptativa envolve células T e células B. 2. A imunidade inata reconhece padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs), enquanto a imunidade adaptativa reconhece antígenos específicos do patógeno. 3. A imunidade inata não requer exposição prévia ao patógeno, enquanto a imunidade adaptativa requer exposição prévia para gerar uma resposta específica mais potente e rápida. 4. A imunidade inata é responsável por impedir a invasão inicial do patógeno e pela ativação da imunidade adaptativa, enquanto a imunidade adaptativa é responsável pela eliminação do patógeno. 5. A imunidade inata não gera memória imunológica, enquanto a imunidade adaptativa pode “lembrar” de antígenos específicos e responder de maneira mais rápida e eficiente a exposições subsequentes. 6. A imunidade inata é uma resposta rápida e inespecífica à infecção, enquanto a imunidade adaptativa é uma resposta mais lenta, específica e duradoura. 7. PAMPs (padrões moleculares associados a patógenos) são moléculas específicas encontradas em patógenos, como bactérias, vírus e fungos, que são reconhecidas pela imunidade inata como sinais de infecção. 8. Os TLRs (receptores toll-like) são proteínas encontradas na superfície de células do sistema imune inato, como macrófagos, células dendríticas e neutrófilos, que reconhecem PAMPs e desencadeiam a resposta imune inata. 9. Existem pelo menos nove TLRs diferentes em humanos, cada um reconhecendo diferentes tipos de PAMPs, como ácidos nucleicos, lipídios e proteínas. 10. Quando um PAMP é reconhecido por um TLR, ele ativa uma cascata de sinalização intracelular que leva à produção de citocinas inflamatórias e quimiocinas, recrutando outras células do sistema imune inato para combater a infecção. 11. O reconhecimento de PAMPs pelos TLRs é fundamental para a detecção precoce de infecções e a ativação rápida da resposta imune inata, ajudando a limitar a disseminação do patógeno e prevenir doenças graves. 12. A inflamação é uma das principais respostas da imunidade inata e é fundamental para proteger o corpo contra infecções. 13. Durante a inflamação, células como os mastócitos e macrófagos liberam mediadores inflamatórios para combater os patógenos. 14. Os neutrófilos são células fagocitárias que são recrutadas para o local da inflamação, onde ajudam a eliminar os patógenos. 15. A inflamação pode ser aguda ou crônica, e a persistência da inflamação crônica pode levar a danos teciduais. 16. A inflamação crônica pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo obesidade, estresse e infecções persistentes. 17. Os mastócitos são células importantes na inflamação alérgica, liberando histamina e outras substâncias que causam sintomas como rubor, edema e prurido. 18. As células dendríticas também estão envolvidas na inflamação, ativando a resposta adaptativa para combater os patógenos. 19. Os eosinófilos são células importantes na inflamação relacionada a alergias e parasitas. 20. A inflamação pode ser regulada por células supressoras, como as células T reguladoras, que ajudam a controlar a resposta inflamatória e evitar danos excessivos aos tecidos. 21. O equilíbrio da resposta inflamatória é fundamental para a saúde, pois a falta de inflamação pode deixar o corpo vulnerável a infecções, enquanto a inflamação excessiva pode levar a doenças autoimunes e inflamação crônica. 22. As citocinas inflamatórias são proteínas produzidas por células do sistema imune em resposta a patógenos, lesão tecidual e outros estímulos. 23. As citocinas inflamatórias desempenham um papel fundamental na resposta imune inata, recrutando e ativando células do sistema imune para combater a infecção. 24. Entre as principais citocinas inflamatórias estão o TNF-α, IL-1, IL-6 e IL-8, que estão envolvidos na ativação de macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. 25. As citocinas inflamatórias também têm efeitos sistêmicos, incluindo febre, mieloproliferação e regulação de proteínas hepáticas que ajudam a direcionar a resposta imune contra a infecção. 26. As citocinas inflamatórias podem ser produzidas por células do sistema imune inato, como macrófagos, mastócitos e células NK, bem como células do sistema imune adaptativo, como células T e células B. 27. Algumas citocinas anti-inflamatórias também desempenham um papel importante na regulação da inflamação, limitando a resposta inflamatória para evitar danos excessivos aos tecidos. 28. O excesso de citocinas inflamatórias pode levar a inflamação crônica e danos aos tecidos, contribuindo para o desenvolvimento de doenças autoimunes e inflamatórias.
IMUNIDADE INATA - Resposta antiviral
29. As células Natural Killer (NK) são ativadas por meio do reconhecimento de moléculas de superfície celular que estão alteradas, por meio do seu receptor ativador de morte (KAR) e pela ausência do HLA-1 (por meio do seu receptor inibidor de morte, KIR, que, neste caso, não será estimulado), e são importantes na defesa contra células infectadas por vírus e células neoplásicas. 30. O interferon do tipo 1 (IFN-1) é produzido por células que reconhecem algumas espécies de vírus ou que estejam infectadas por eles. O IFN-1 age no receptor das células saudáveis induzindo a produção de proteínas antivirais (estado antiviral).
IMUNIDADE INATA - Sistema complemento
31. O sistema complemento é uma importante via da resposta imune inata que pode ser ativada por diversas moléculas, incluindo antígenos, anticorpos, e moléculas de superfície bacteriana. 32. A ativação do sistema complemento leva à formação de C3 convertase, que cliva C3 em C3a e C3b, sendo C3b responsável pela opsonização de patógenos e facilitando a fagocitose pelos macrófagos 33. A via clássica do sistema complemento é ativada pela ligação de anticorpos à superfície de antígenos, formando um complexo que atrai e ativa o componente C1. C1 ativado promoverá a clivagem do C4 e C2 em C4a, C4b, C2a e C2b, e à formação do complexo C3 convertase (C4bC2b). 34. A ativação da via alternativa do sistema complemento ocorre pela ligação direta do fragmento C3b a superfícies celulares estranhas, resultando subsequentemente na formação de um complexo enzimático (C3bBb) que cliva C3 em C3a e C3b. 35. A formação de C5 convertase (C4bC2bC3b) a partir da clivagem de C3 pelo complexo C3 convertase (C4bC2b) leva à geração de C5b, que inicia a formação do complexo de ataque à membrana (MAC), que pode levar à lise de patógenos. 36. A lectina ligadora de manose (MBL) é um componente importante do sistema complemento, ativando a via das lectinas após reconhecer padrões de carboidratos manose em patógenos. 37. O sistema complemento também pode ativar células inflamatórias, como os mastócitos, através da liberação de anafilatoxinas, como o C3a e C5a.
IMUNIDADE ADAPTATIVA - Células T
38. A apresentação de antígenos é o processo pelo qual as células do sistema imune apresentam os fragmentos dos patógenos aos linfócitos T para ativação. 39. As células apresentadoras de antígenos, como as células dendríticas, carregam os fragmentos de antígenos nos complexos de histocompatibilidade principal (MHC ou antígenos leucocitários humanos - HLA) e os exibem na superfície celular para interagir com os receptores dos linfócitos T. 40. Os linfócitos T CD4 reconhecem antígenos apresentados em moléculas HLA de classe II, enquanto os linfócitos T CD8 reconhecem antígenos apresentados em moléculas HLA de classe I. 41. A ativação de linfócitos T ocorre quando o antígeno é apresentado em conjunto com sinais coestimulatórios (B7), que fornecem uma segunda mensagem para o linfócito T (por meio do co-receptor CD28), indicando que o antígeno é genuíno e que a resposta é necessária. 42. A resposta efetora de células T CD4 é caracterizada pela produção de citocinas que coordenam a resposta imune e ativam outras células do sistema imune, enquanto a resposta efetora de células T CD8 é caracterizada pela lise de células infectadas pelo patógeno. 43. As células T CD4 auxiliam na ativação de células B, que produzem anticorpos específicos para o antígeno, enquanto as células T CD8 ajudam na eliminação de células infectadas pelo patógeno. 44. A resposta de células T é crítica para a defesa contra patógenos intracelulares, como vírus e bactérias intracelulares, e a falha na ativação de células T pode resultar em infecções crônicas e doenças autoimunes. 45. Os linfócitos T CD8 são fundamentais para a resposta adaptativa contra patógenos intracelulares, como vírus e bactérias intracelulares. 46. A ativação de células CD4, incluindo as células T helper, é necessária para potencializar a ativação de células T CD8, bem como para a produção de anticorpos pelas células B. 47. A ação das células T helper é coordenada pela produção de citocinas específicas, como o interferon gama pelas células Th1, o IL-4 pelas células Th2 e o IL-17 pelas células Th17. 48. As células Th1 são importantes para a resposta contra patógenos intracelulares, enquanto as células Th2 são críticas para a resposta contra helmintos e outras infecções parasitárias. 49. As células Th17 são importantes na defesa contra bactérias extracelulares e na manutenção da integridade das barreiras epiteliais. 50. O interferon gama é uma citocina produzida pelas células Th1 e células T CD8, que estimula a atividade de macrófagos e neutrófilos e aumenta a resposta imune contra patógenos intracelulares. 51. O IL-4 é uma citocina produzida pelas células Th2 e eosinófilos, que desempenha um papel importante na defesa contra helmintos e outras infecções parasitárias.
IMUNIDADE ADAPTATIVA - Células B
52. A ativação da célula B dependente da célula T é um processo importante para a resposta imunológica adequada do organismo. 53. Quando um patógeno ou o seu antígeno é detectado pelos linfócitos B, a célula B internaliza-o e o processa em fragmentos que são exibidos em sua superfície através do complexo de histocompatibilidade principal de classe II (HLA-II) ou HLA-II. 54. A célula T auxiliar pré-ativada (T-helper folicular) reconhece o antígeno apresentado pela célula B através de seu próprio receptor TCR (T-cell receptor) e CD4 (molécula de adesão celular), e começa a secretar citocinas que estimulam a célula B. 55. A ativação da célula B dependente da célula T resulta na proliferação e diferenciação da célula B em células produtoras de anticorpos, também conhecidas como plasmócitos. 56. Os plasmócitos são responsáveis pela produção e secreção de anticorpos específicos contra o antígeno reconhecido. 57. Os anticorpos da classe IgM são os primeiros a serem produzidos após a exposição a um antígeno, e são importantes na ativação do sistema complemento. 58. Os anticorpos da classe IgG são os mais abundantes no soro e são capazes de atravessar a placenta para fornecer proteção imunológica ao feto. 59. Os anticorpos da classe IgA são encontrados em secreções mucosas, como saliva e leite materno, e ajudam a proteger as superfícies mucosas do corpo. 60. Os anticorpos da classe IgE são responsáveis pela reação alérgica imediata, através da ativação de mastócitos e liberação de histamina.