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Estudo Dirigido

1- Descreva a importância das células Th17 como célula efetora contra fungos.
R: O desenvolvimento das células Th17 é estimulado pelas citocinas pró
inflamatórias produzidas em resposta a fungos. Ou seja, as células Th17 são
importantes, pois, sua principal função efetora é induzir a inflamação
neutrofílica, onde elas recrutam neutrófilos e alguns monócitos, que ingerem
e destroem os fungos. Diante disso, percebe-se que as células Th17
funcionam cooperativamente para que os fungos sejam destruídos.

2- Defina Células T e seus subtipos, explicando qual mecanismo efetor desses


subtipos.
R: As células T são células que sofrem maturação no timo e apresentam um
importante papel na defesa contra microrganismos, morte de células
infectadas, ativação de fagócitos, entre outros. As células T apresentam
subtipos que são os linfócitos T citotóxicos (responsáveis pela destruição
das células infectadas e ativação de macrófagos), linfócitos T Cd4 –
auxiliares (atuam na ativação de outras células, como os linfócitos B e os
macrófagos, além de coordenar a resposta imunitária), linfócitos T
reguladores (responsáveis pela regulação das respostas imunes e
manutenção da autotolerância), células T de memória (células de vida longa
com maior capacidade de reagir contra o antígeno). Além disso, os linfócitos
T Cd4 – auxiliares se subdividem em Th1 (ativam macrófagos por meio de
sinais mediados por contatos emitidos pelas interações CD40L-CD40), Th2
(estimulam as reações mediadas por IgE, mastócitos e eosinófilos, as quais
servem para erradicar as infecções helmínticas e promover o reparo tecidual)
e Th17 (combatem microrganismos recrutando leucócitos, principalmente
neutrófilos, para os sítios de infecção).

3- Descreva as principais citocinas envolvidas no mecanismo adaptativo contra


fungos
R: IL-17 (recruta os neutrófilos para as áreas de infecção para destruir os
fungos), IL-12 ( ela atua intensificando a ação das células NK e dos linfócitos
TCD8), IL-22 (mantém a integridade epitelial), IL-6 (estimula a proliferação de
células produtoras de anticorpos), IL-23 (tem função fundamental na
expansão e sobrevivência das células Th17), IFN gama (função de atrair
macrófagos que auxiliam na remoção de restos celulares) e TNF alfa (fator de
necrose tumoral alfa).

4- Na imunidade Inata, temos como mecanismo efetor quais células e quais são
os mecanismos efetores contra fungo.
R: Na imunidade inata temos as células chamadas de macrófagos (fazem
fagocitose de partículas estranhas) e neutrófilos (fazem fagocitose contra os
fungos) e como mecanismos efetores temos a participação dos neutrófilos
devido a produção de interferon gama, neutralização (os anticorpos ligam-se
ao redor de todo o microrganismo, neutralizando-o, atrapalhando suas
funções como a reprodução e locomoção), opsonização (os microrganismos
são recobertos por anticorpos e complemento ou outros fatores, sendo então
preparados para o reconhecimento e posterior ingestão pelas células
fagocíticas) e a participação das células T onde na resposta de Th1 o fungo
ele é apresentado ao TCd4 e daí ocorre a liberação de interferon gama, TNF
alfa, IL-2 e IL-12; essas citocinas ativam macrófagos e neutrófilos
potencializando a ação dessas células.

5- Descreva o fungo Histoplasma capsulatum e como o sistema imunológico


pode destruir esse microrganismo.
R: O fungo Histoplasma capsulatum causa histoplasmose e pode ser
encontrado em dejetos de aves e morcegos, que podem ser considerados
excelentes meios de crescimento para ele. A contaminação por esse fungo
acontece por meio da inalação de esporos que são liberados pelo fungo
quando estão na forma miceliar.
Quando o Histoplasma capsulatum entra em nosso corpo, as células T
auxiliares que reconhecem os antígenos da parede celular fúngica e
proteínas do choque térmico e secretam interferon-gama que ativa os
macrófagos para destruírem as leveduras intracelulares. O Histoplasma
capsulatum induz os macrófagos a secretarem Fator de Necrose-alfa, que
estimula outros macrófagos a destruírem o fungo. Daí ocorre uma intensa
reação granulomatosa seguida de cicatrização, fibrose e calcificação.

6- Sobre vírus descreva seus principais mecanismos de evasão.


R: Os mecanismos de evasão dos vírus podem ser variação antigênica
(caracterizada por mutações genéticas que podem modificar os epítopos que
eram reconhecidos por anticorpos ou outros componentes do sistema imune
dificultando, deste modo, a eliminação do agente infeccioso), inibição da
ativação do complemento (os vírus produzem proteínas que irão realizar
ligações com fragmentos de C3b e C4b, que são substâncias que participam
do sistema complemento. Ao realizar a ligação com esses componentes, os
vírus irão inibir a ação destes impedindo que a via clássica do sistema
complemento efetue a lise e assim evitando sua morte), latência (período no
qual o vírus vai estar em uma fase não infecciosa ou dormente sem provocar
manifestações clínicas e dificultando a detecção), infecção de fagócitos ou
linfócitos promovendo imunossupressão (o vírus irá invadir essas células de
defesa como nos casos de HIV que tem capacidade de infectar essas
determinadas células como por exemplo o linfócito T. Ao usar os linfócitos T
como hospedeiro, o vírus irá impedir que essas células respondam aos
macrófagos apresentadores de antígenos e também irá inibir a interação do
hospedeiro com os linfócitos B evitando que este receba fatores de
crescimento e diferenciação. Além disso, o vírus não irá permitir a interação
com os linfócitos T citotóxicos que são células de defesa que realizam lise.
Tudo isso irá promover uma imunossupressão sendo vantajoso para o vírus),
supressão da resposta imune (envolve a presença de alguns genes capazes
de modular a resposta imunológica como por exemplo no caso dos vírus
Epstein-Barr. Esse tipo de vírus codifica uma proteína muito semelhante a
interleucina-10 que é um fator desativador de macrófagos atuando nessas
células de defesa que irão produzir efeitos inibidores nas células T e nas
células NK. Tudo isso resultará na inibição da resposta imune, tornando o
ambiente muito mais vantajoso para os vírus), entre outros.

7- Qual principal citocina efetora contra vírus e quais são as células que
produzem ela na imunidade inata.
R: A principal citocina efetora contra vírus é interferon tipo 1 (IFN-alfa e IFN-
beta) produzidos pelas células dendríticas e macrófagos. O interferon tipo 1
ele inibe a replicação viral, fazendo com que as células sintetizem várias
enzimas que interferem com a transcrição de rna ou dna viral e com a
replicação viral. A ação antiviral é essencialmente uma ação parácrina na
qual uma célula infectada pelo vírus secreta interferon para proteger as
células vizinhas que ainda não estão infectadas; quando uma célula
responde ao interferon e se torna resistente a infecção viral dizemos que ela
está em um “estado antiviral”. Além disso, os interferons tipo 1 aumentam a
expressão de moléculas do MHC classe I e eles também estimulam o
desenvolvimento de células Th1 nos seres humanos.

8- Sobre as células Th1, qual mecanismo efetor relacionado a mecanismo de


defesa contra os vírus.
R: A ativação pelas células Th1 é mediada pelo interferon gama e por
interações CD40L-CD40. Os macrófagos ativados destroem os
microrganismos fagocitados digeridos nos fagolisossomos pela ação de
espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, bem como de enzimas (chamada
ativação clássica do macrófago). Os macrófagos ativados também estimulam
inflamação e podem danificar tecidos.

9- Qual a função das células NK como mecanismo de resposta a vírus


R: As células NK são linfócitos com habilidade de matar células infectadas
por vírus, que quando ativadas produzem citocinas. O principal mecanismo
de reconhecimento de células infectadas é a diminuição dos níveis de MHC
classe I na superfície celular; as células NK destroem as células liberando
grânulos citoplasmáticos de perforinas e granzima, induzindo a morte por
apoptose.

10- Sobre o vírus da Influenza, descreva as principais características e seus


mecanismos de evasão e como os linfócitos B podem defender o hospedeiro
contra esse vírus.

R: O vírus da Influenza é um vírus de RNA que apresenta um emaranhado


composto por oito moléculas de RNA, apresenta capsídeo internamente (capa
proteica que protege o material genético), possuem envelope externamente (o
envelope apresenta uma constituição lipoproteica), apresentam a proteína
espícula H (essa proteína é uma hemaglutinina que faz a ligação entre o vírus e a
membrana plasmática da célula hospedeira), apresentam a proteína espícula N
(conhecida como neuraminidase, ela é envolvida na liberação de viriões recém
sintetizados pelas células infectadas), entre outros.

O vírus da Influenza apresenta como mecanismo de evasão a variação


antigênica, onde estão sujeitos a dois tipos de variações chamadas de variações
maiores e variações antigênicas menores. Tais variações são devido a mutações
pontuais nos segmentos do genoma viral que acabam resultando em mudanças
nos aminoácidos que compõem as glicoproteínas de superfície, parcialmente na
hemaglutinina. Daí, surgem novas variantes que são capazes de escapar do
sistema imune.

No momento em que um receptor de linfócito B liga-se ao seu antígeno


específico, um linfócito T auxiliar libera substâncias químicas que estimulam o
linfócito B a dividir-se muitas vezes. Desse modo, isso faz com que, um exército
de linfócitos B juntamente com o seu receptor de linfócitos B corretamente
formado, ligue-se ao invasor em seu corpo. Muitos destes linfócitos B
transformam-se em células plasmáticas que produzem e liberam anticorpos que
se ligam ao mesmo antígeno que o receptor de linfócito B original; as células
plasmáticas elas produzem milhares de anticorpos que acabam capturando o
vírus facilitando a função dos macrófagos.

Aluna: Beatriz Alves de Magalhães

Curso: Enfermagem

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