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Células Granulares

*Neutrófilo
Função
Fagocitose

Neutrófilos são fagocitos capazes de ingerir microrganismos ou partículas. Ao fagocitar forma-se o fagossomo onde os
microrganismos serão mortos pela liberação de enzimas hidrolíticas e de espécie reactiva de oxigénio. O consumo de
oxigênio durante a reação de espécies de oxigênio é chamado de queima respiratória que nada tem a ver com
respiração celular ou produção de energia.

A "queima respiratória", ou "respiratory burst", envolve a ativação da enzima NADPH-oxidase, que produz grandes
quantidades de superóxido, uma espécie reativa do oxigênio. Superóxido gera o peróxido de hidrogênio que é
convertido em ácido hipocloroso (HClO) pela enzima mieloperoxidase. É o HClO que tem propriedades suficientes para
matar a bactéria fagocitada.

Degranulação

No citoplasma dos neutrófilos existem grânulos contendo proteínas:

Tipos de grânulos Proteína


Grânulos específicos (ou
Lactoferrina e Catelicidina
"secundários")
Grânulos azurófilos (ou Mieloperoxidase, Proteína de aumento da permeabilidade /bactericida (BPI), Defensina e
"primários") Serino protease neutrófilo elastase e Catepsina G
Grânulos terciários Catepsina, Gelatinase

Quantidade
Neutrófilos são as células mais abundantes dentre 50-70% dos leucócitos. Quando há um aumento no número de
neutrófilos circulantes é chamado de neutrofilia e quando há diminuição neutropenia

*Basófilo

Descrição Celular
Possui forma esférica e núcleo irregular em forma de trevo. Tem tamanho de aproximadamente 10-15 µm
(micrometros). Seu núcleo geralmente não é segmentado ou bilobulado, raramente com três ou mais lóbulos. Seu
citoplasma é levemente basofílico (cor azul) e quase sempre ofuscado pelos vários grânulos grosseiros corados de roxo.
Os granulos estão dispostos irregularmente cobrindo também o núcleo.

Função
Acredita-se que também participam de processos alérgicos; produzem histamina e heparina. Não são considerados os
precursores dos mastócitos pois eles têm origens diferentes. Os basófilos são ativados pela presença de estímulos como
as anafilotoxinas (complementos C3a, C4a e C5a) e os complexos IgE-antigeno. A resposta dos basófilos traduz-se em
dois processos complementares: desgranulação e libertação de histamina; e sintese e libertação de derivados do ácido
araquidónico (leucotrienios, tromboxanos e prostaglandinas). A sua participação no choque anafilático (sistêmico) é
maior que o mastócitos, pois os basófilos são células que realmente estão presentes no sangue, e liberam os
mediadores para a circulação.

Quantidade no sangue
É a célula circulante menos encontrada no sangue periférico dentro os leucócitos. Aproximadamente de 0-1% dos
leucócitos são basófilos. Quando há aumento da quantidade de basófilos no sangue periférico usa-se o termo basofilia.
*Eosinófilo
Morfologia Celular
Quando visualizadas no esfregaço do sangue periférico, os eosinófilos apresentam tamanho que varia entre 12-17 µm
(micrometros). Seu núcleo contém de 2 a 3 lóbulos ligados por um fino filamento nuclear. O citoplasma é tomado por
grânulos vermelho-alaranjados.

Desenvolvimento, migração e ativação


Eosinófilos desenvolvem e amadurecem na medula óssea. Diferenciam-se a partir de células precursoras mielóides em
resposta às citocinas interleucina 3 (IL-3), interleucina 5 (IL-5), e fator de estímulo de colônias de granulócitos
macrófagos (GM-CSF). Eosinófilos produzem e armazenam muitas proteínas do grânulo secundário antes da sua saída
da medula óssea. Após a maturação, circulam no sangue e migram para locais de inflamação nos tecidos, ou para os
locais de infecção por helmintos, em resposta a citocinas como CCL11 (eotaxina-1), CCL24 (eotaxina-2), CCL5
(RANTES), e leucotrienos como o leucotrieno B4 (LTB4).

Nos locais de infecção são ativados por citocinas tipo 2 e por um subconjunto específico das células T helper (Th2).

Função
Na sequência de ativação, eosinófilos funções efetoras incluem a produção de:

• proteínas catiônica do grânulo e a sua libertação pela degranulação.


• espécies reativas de oxigênio, como superóxido, peróxido e ácido (hipobromito hipobromoso, que é
preferencialmente produzido pela peroxidase de eosinófilos).
• Mediadores lipídicos como os eicosanóides dos leucotrienos (por exemplo, LTC4, LTD4, LTE4) e prostaglandinas
(eg, PGE2) famílias. Enzimas, como a elastase.
• Fatores de crescimento como o TGF beta, VEGF e PDGF. [9] [10]
• Citocinas como a IL-1, IL-2, IL-4, IL-5, IL-6, IL-8, IL-13 e TNF alfa [11].

Além disso, os eosinófilos desempenham um papel na luta contra as infecções virais, o que é evidente a partir da
abundância de RNAses que eles contêm dentro de seus grânulos, e na remoção de fibrina durante a inflamação.
Juntamente com basófilos e mastócitos, são importantes mediadores das respostas alérgicas e patogênese da asma e
estão associados com a severidade da doença. Eles lutam também contra a colonização de helmintos (verme) e podem
estar ligeiramente em número elevado na presença de certos parasitas. Os eosinófilos também estão envolvidos em
muitos outros processos biológicos, incluindo o desenvolvimento pós-púberes da glândula mamária, ciclismo estro, a
rejeição do enxerto e neoplasias. Eles também têm sido recentemente implicados na apresentação de antígenos às
células T.

Degranulação
Seguindo a ativação de um estímulo imunológico, eosinófilos sofrem degranulação para liberar uma série de grânulos
citotóxicos proteínas catiônicas que são capazes de induzir lesão tecidual e disfunção. Estes incluem:

• Proteína básica principal (MBP)


• Proteína catiônica eosinofílica (ECP)
• Peroxidase eosinofílica (EPO)
• Neurotoxina derivada de eosinófilos (EDN)

Eosinofilia
Um aumento de eosinófilos, isto é, a presença de mais de 500 eosinófilos/microlitro de sangue é chamado de
eosinofilia, e é geralmente visto em pessoas com uma infestação parasitária no intestino, doença do colágeno (como a
artrite reumatóide), doenças malignas tais como a doença de Hodgkin, doenças de pele extensas (como dermatite
esfoliativa), doença de Addison, no epitélio escamoso do esôfago, no caso de esofagite de refluxo, a esofagite
eosinofílica, e com o uso de certas drogas como a penicilina. Em 1989, suplementos contaminados com L-triptofano
causou uma forma mortal de eosinofilia conhecida como síndrome de eosinofilia-mialgia.

Células Agranuladas
*Linfócitos

Introdução

Linfócito é um tipo de leucócito, ou glóbulo branco, presente no sangue fabricados pela medula óssea vermelha,
através das células-tronco linfóides que se diferenciam em células pré B e pró-timocitos. Os pró-timocitos dão origem
aos Linfócitos T que por sua vez vão amadurecer nos tecidos linfóides; já as células pré B dão origem aos Linfócitos B.
Por sua aparência ao microscópio, há duas categorias de linfócitos: os grandes e pequenos. A maioria, mas não todos,
os linfócitos grandes granulares são as chamadas Natural Killer (células NK ou exterminadoras naturais). Os linfócitos
pequenos podem ser linfócitos T ou linfócitos B. Os linfócitos tem um papel importante na defesa do corpo.

Distribuição no sangue
Os linfócitos são encontrados no sangue contribuindo para 20-30% dos leucócitos. Esta percentagem varia muito de
acordo com a saúde do paciente. Se ele está deprimido, estressado , esta percentagem cai muito, ou no caso de uma
infecção viral, esta percentagem cresce bastante. Numa rejeição de transplante, observamos grande aumento de
linfócitos. Uma baixa quantidade de linfócitos no sangue atesta que o corpo não possui defesas contra doenças
perigosas como o cancro(câncer).

Morfologia
Linfócito normal (coloração de May-Grünwald Giemsa)

Para observar os linfócitos em microscópio é necessário fazer colorações específicas, assim será possível fazer um
estudo da morfologia dos linfócitos. Geralmente os linfócitos entre os leucócitos do sangue são as menores células.

Análise microscópica do sangue periférico mostra que um linfócito pequeno normal tem entre 10-12 micrômetros de
diâmetro, um núcleo redondo com cromatina condensada e citoplasma escasso pouco basofílico. Normalmente o
linfócito pequeno tem o tamanho aproximado de uma hemácia (aproximadamente 7 micrômetros de diâmetro).

Tipos
São três os tipos de linfócitos: Natural Killers (ou células NK), linfócitos T e linfócitos B.

Células NK

São parte da imunidade celular mediada. Eles podem atacar a célula hospedeira. Células NK tem parte importante no
sistema imune inato e papel principal defendendo-se de hospedeiros tanto em tumores como em infecções virais.
Células NK cells distingue células infectadas e tumorosas de uma normal de células não infectadas por reconhecimento
de alterações nos níveis da molécula de superfície chamada de MHC - classe I (Complexo principal de
histocompatibilidade). As células NK são ativadas por citocinas chamadas interferons. Ativadas, as células NK liberam
grânulos citotóxicos que destroem as células hostis.

Linfócitos T

São assim chamados pois sofrem maturação no timo sendo também conhecidos pelo nome de timócitos. São
responsáveis pela imunidade celular,organismos estranhos ou células infectadas são destruidas pelas células T em um
complexo mecanismo. Há vários tipos de linfócitos T:

• Linfócitos CD8+, T8, Tc ou Citotóxicos (célula killer): Destroem as células infectadas através de mecanismo de
apoptose, que é a morte celular programada.
• Linfócitos CD4+, T4, Th ou Auxiliares (T helper): São os intermediários da resposta imunitária que proliferam após
o contato com o antígeno para ativar outros tipos de células que agirão de maneira mais directa. Existem 2
subtipos conhecidos de linfócitos T auxiliares: Th1 e Th2.
• Linfócitos T Supressores: Produzem mensageiros químicos que inibem a actividade das células B e T quando a
infecção se encontra debelada.
• Linfócitos T Reguladores: São células T que evitam as doenças auto-imunes.
• Linfócitos T Memória: Células que ficam inativas, mas com a capacidade de resposta a nova exposição ao mesmo
antígeno.</ref>

Linfócitos B

São assim chamados por terem sido inicialmente estudados na bursa de Fabricius, um órgão das aves. São
responsáveis pela imunidade humoral. Produzem imunoglobulinas, chamadas de anticorpos, contra antígenos
estranhos. Fazem reconhecimento direto de antígenos, através de proteínas de superfície, marcadores fenotípicos. Os
linfócitos B ativados se transformam em plasmócitos [e em células memória (com maior longevidade que os
plasmócitos). Os plasmócitos possuem um retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvido com a capacidade de
produzir anticorpos em massa. As células memória possuem a capacidade de reconhecerem um determinado antigénio
caso o encontrem de novo na corrente sanguínea. Após este reconhecimento, os linfócitos B memória clonar-se-ão em
outras células B memória e plasmócitos.] ( p.t)

Referências
1. O linfócito grande tem entre 12-16 micrômetros, núcleo redondo, cromatina nuclear menos condensada, citoplasma mais
abundantes e com contorno celular irregular. Os grandes e granulares apresentam grânulos azurófilos que contém enzimas
lisossômicas. É impossível distinguir as células T e B no esfregaço de sangue periférico.

*Monócito

Introdução
Representação de um monócito, observado ao microscópio

Um monócito é um leucócito: parte do sistema imunitário do corpo humano. É um dos 5 tipos principais de leucócitos
(neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos) baseado na aparência em esfregaços vistos com microscopia
óptica.

Os monócitos desenvolvem-se a partir da medula óssea, circula depois na corrente sanguínea por poucos dias e
finalmente deslocam-se para os tecidos onde, por razões históricas, são denominados macrófagos (ou outros nomes).

Os monócitos que migram do sangue para os tecidos são denominados macrófagos. Os macrófagos são os responsáveis
pela protecção dos tecidos. Mantêm os tecidos livres de corpos estranhos. São também as células predominantes na
arteriosclerose.

Formação
Monoblasto

Tem aproximadamente 20 micra de diâmetro, é encontrado somente em esfregaços de medula óssea. Seu núcleo é
arredondado, cromatina delicada e nucléolos aparentes. A região do citoplasma é escassa.[1]

Pró-monócito

Geralmente tem o tamanho do monoblasto, mas seu núcleo é ovóide e tem mais citoplasma. O contorno celular
apresenta irregularidades, mas apresenta projeções delicadas. Observa-se nucléolos, porém a cromatina está mais
condensada.
Monócito maduro

Possui também cerca de 20 micra, citoplasma abundante (levemente basófilo), núcleo irregular com chanfraduras.
Neste estágio, não há nucléolos visíveis, apesar da delicadeza da cromatina

Macrófago

Um macrófago

Contorno irregular e mais visível que os monócitos maduros. Dependendo do tecido onde encontra-se sua forma será
diferente[1] São as células responsáveis pela fagocitose ou digestão de partículas estranhas ao corpo.

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