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M06P01

1- Descrever os tipos, características e funções (mecanismo de ação/como mata,


como é a composição da célula) das células de defesa/leucócitos. (Macrófago,
linfócitos T e B, mastócito, eosinófilo, neutrófilo, basófilo, células NK.)

Os fagócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos, são as células cuja


função primária é ingerir e destruir microrganismos e se livrar dos tecidos
danificados. As respostas funcionais dos fagócitos na defesa do hospedeiro
consistem em passos sequenciais: recrutamento das células para locais de
infecção, reconhecimento e ativação pelos microrganismos, ingestão dos
microrganismos por processo de fagocitose e destruição dos microrganismos
ingeridos. Além disso, pelo contato direto e pela secreção de citocinas, os
fagócitos se comunicam com outras células de modo a promover ou regular as
respostas imunes.

MACRÓGAFO .
Os macrófagos residem na maioria dos tecidos corporais e são a forma
madura dos monócitos, que circulam no sangue e migram continuamente para os
tecidos, onde se diferenciam. Juntos, os monócitos e os macrófagos compõem um
dos três tipos de fagócitos no sistema imune: os outros são os granulócitos (termo
coletivo para os leucócitos chamados neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e as
células dendríticas.
Os macrófagos são células de vida relativamente longa e realizam muitas
funções diferentes por meio da resposta imune inata e da resposta imune
adaptativa subsequente.
Uma de suas funções é a de engolfar e matar microrganismos invasores.
Nessa função fagocítica, eles são uma importante defesa de primeira linha na
imunidade inata e também descartam os patógenos e as células infectadas que são
alvo da resposta imune adaptativa. Os monócitos e os macrófagos são fagocíticos,
mas a maioria das infecções ocorre nos tecidos, de modo que são os macrófagos
que primeiramente realizam essa importante função de proteção. Os mecanismos
de morte, incluem a geração enzimática de espécies reativas de oxigênio e
nitrogênio que são tóxicas aos microrganismos e digestão proteolítica.
Outra função importante e crucial dos macrófagos é coordenar as respostas
imunes. Eles auxiliam a induzir a inflamação, a qual, como será visto, é pré-
requisito para a resposta imune bem-sucedida e eles também secretam proteínas
de sinalização que ativam outras células do sistema imune e as recrutam para a
resposta imune.
Além de sua função especializada no sistema imune, os macrófagos atuam
como células limpadoras do organismo, eliminando células mortas e restos
celulares. Os macrófagos também reconhecem e engolfam células apoptóticas
antes que as células mortas possam liberar seus conteúdos e induzir respostas
inflamatórias. Em todo o corpo e durante toda a vida de um indivíduo, as células
indesejadas morrem por apoptose como parte de muitos processos fisiológicos,
tais como desenvolvimento, crescimento e renovação dos tecidos saudáveis, e as
células mortas são eliminadas pelos macrófagos.
Macrófagos ativados secretam várias citocinas diferentes que agem nas
células endoteliais que recobrem os vasos sanguíneos para aumentar o
recrutamento de mais monócitos e outros leucócitos do sangue para os locais de
infecções, amplificando, assim, a resposta protetora contra os microrganismos.
Macrófagos promovem o reparo de tecidos danificados pela estimulação
do crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e síntese de matriz
extracelular rica em colágeno (fibrose). Estas funções são mediadas por citocinas
secretadas pelos macrófagos que agem em várias células teciduais.
Macrófagos servem como APCs que apresentam antígenos e ativam os
linfócitos T.
Os macrófagos são ativados para realizar suas funções por meio do
reconhecimento de muitos tipos diferentes de moléculas microbianas, bem como
moléculas do hospedeiro produzidas em resposta a infecções e lesão. Estas várias
moléculas ativadoras se ligam a receptores de sinalização específicos localizados
na superfície ou dentro do macrófago. Exemplos destes receptores são os
receptores do tipo Toll, que são de importância central na imunidade inata.
Os macrófagos podem adquirir capacidades funcionais distintas,
dependendo dos tipos de estímulos ativadores aos quais são expostos. O exemplo
mais claro disto é a resposta dos macrófagos a diferentes citocinas produzidas
pelos subgrupos de células T. Algumas destas citocinas ativam macrófagos para
estes se tornarem eficientes em matar microrganismos, o que é chamado de
ativação clássica. Outras citocinas ativam os macrófagos para promover o
remodelamento e reparo tecidual, o que se denomina ativação alternativa.

LINFÓCITOS T e B
Os linfócitos, as únicas células da imunidade adaptativa, são as células
exclusivas no corpo que expressam receptores de antígenos clonalmente
expressos, cada um específico para um determinante antigênico diferente. Cada
clone de linfócitos T e B expressa receptores de antígenos com uma única
especificidade, que é diferente das especificidades dos receptores em outros
clones. Assim, os receptores de antígenos nestes linfócitos são clonalmente
distribuídos.
Existem dois tipos de linfócitos: linfócitos B (células B) e linfócitos T
(células T), cada um com diferentes funções no sistema imune e tipos distintos de
receptores antigênicos. Após o antígeno se ligar a um receptor de antígeno de
células B, ou receptor de células B (BCR, do inglês B-cell receptor), na superfície
da célula B, o linfócito irá proliferar e diferenciar-se em células plasmáticas. Essa
é a forma efetora dos linfócitos B e seus anticorpos produzidos, os quais são a
forma secretada do BCR e têm especificidade antigênica idêntica. Dessa forma, o
antígeno que ativa uma determinada célula B toma-se o alvo dos anticorpos
produzidos pela progênie dessa célula. As moléculas de anticorpos como classe
são conhecidas como imunoglobulinas (Igs), e os receptores de antígeno dos
linfócitos B são, também, conhecidos como imunoglobulina de membrana (mlg,
do inglês membrane immunoglobulin) ou imunoglobulina de superfície (slg, do
inglês surface immunoglobulin).
O receptor de antígeno de células T, ou receptor de células T (TCR, do
inglês T-cell receptor), é relacionado à Ig, mas é distinto em sua estrutura e
propriedades de reconhecimento. Após a ativação de uma célula T depois de seu
primeiro contato com o antígeno, ela prolifera e diferencia-se em um dos
diferentes tipos funcionais de linfócitos T efetores. As funções das células T
efetoras são divididas em três grandes classes: morte, ativação e regulação. As
células T citotóxicas matam as células que estão infectadas com vírus ou outro
tipo de patógeno intracelular. As células T auxiliares produzem sinais adicionais
essenciais que influenciam o comportamento e a atividade de outras células. As
células T auxiliares fornecem os sinais para as células B estimuladas por antígenos
que influenciam sua produção de anticorpos, e para os macrófagos, permitindo
que se tornem mais eficientes para matar os patógenos capturados. As células T
reguladoras suprimem a atividade de outros linfócitos e auxiliam a controlar as
respostas imunes.
MASTÓCITO
Os mastócitos, cujo precursor sanguíneo ainda não está bem definido,
diferenciam -se nos tecidos. Embora sejam mais conhecidos por seu papel em
coordenar as respostas alérgicas, acredita-se que eles atuem na proteção das
superfícies internas do organismo contra os patógenos, e que estejam envolvidos
na resposta contra vermes parasíticos. Eles têm grandes grânulos em seu
citoplasma, os quais são liberados quando os mastócitos são ativados; isso ajuda
a induzir a inflamação.
Os mastócitos são células derivadas da medula e presentes na pele e
mucosa epitelial, contendo abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de
histamina e outros mediadores. O fator de citocina de célula-tronco (também
denominado ligante c-Kit) é essencial para o desenvolvimento do mastócito.
Normalmente, os mastócitos maduros não são encontrados na circulação,
mas estão presentes nos tecidos, em geral adjacentes a pequenos vasos sanguíneos
e nervos. Seus citoplasmas contêm numerosos grânulos ligados à membrana, que
estão cheios de proteoglicanos acídicos que se ligam a corantes básicos. Os
mastócitos expressam receptores de alta afinidade na membrana plasmática para
um tipo de anticorpo denominado IgE e, geralmente, são recobertos com esses
anticorpos. Quando os anticorpos na superfície dos mastócitos se ligam ao
antígeno, eventos de sinalização são induzidos e levam à liberação dos conteúdos
dos grânulos citoplasmáticos para dentro do espaço extravascular.
A liberação do conteúdo do grânulo, incluindo histamina, promove
mudanças nos vasos sanguíneos que causam inflamação. Os mastócitos
funcionam como sentinelas nos tecidos, onde eles reconhecem produtos
microbianos e respondem produzindo citocinas e outros mediadores que induzem
inflamação. Estas células fornecem defesa contra helmintos e outros
microrganismos, mas também são responsáveis pelos sintomas das doenças
alérgicas.
Acredita-se que os mastócitos realizem pelo menos três funções
importantes na defesa do hospedeiro. Primeiro, sua localização próxima às
superfícies corporais permite que eles recrutem elementos específicos dos
patógenos, como linfócitos antígeno-específicos, e elementos efetores
inespecíficos, como neutrófilos, macrófagos, basóftlos e eosinóftlos, para os
locais nos quais é mais provável que os agentes infecciosos penetrem no
organismo. Segundo, a inflamação que eles causam aumenta o fluxo de linfa dos
sítios de deposição de antígeno para os linfonodos regionais, onde os linfócitos
virgens são ativados pela primeira vez. Terceiro, a capacidade de os produtos dos
mastócitos desencadearem contração muscular pode contribuir para a expulsão
física dos patógenos dos pulmões ou do intestino. Os mastócitos respondem
rapidamente à ligação do antígeno aos anticorpos IgE ligados à sua superfície. A
sua ativação leva ao início da uma resposta inflamatória e ao recrutamento e à
ativação de basófilos e eosinófilos, que contribuem ainda mais para a resposta
inflamatória.

Os granulócitos são assim chamados porque têm grânulos densamente


corados em seu citoplasma; são também chamados de leucócitos
polimorfonucleados devido ao seu núcleo de forma estranha. Existem três tipos
de granulócitos-neutrófilos, eosinófilos e basófilos-, os quais podem ser
identificados pelas diferentes propriedades de coloração dos grânulos. Em
comparação com os macrófagos, eles têm uma vida relativamente curta,
sobrevivendo por apenas alguns dias, e são produzidos em maiores quantidades
durante as respostas imunes, quando eles deixam o sangue e migram para os locais
de infecção ou inflamação.

NEUTRÓFILO
Os neutrófilos fagocíticos são as células mais numerosas e importantes nas
respostas imunes inatas. Eles capturam uma variedade de microrganismos por
fagocitose e os destroem de maneira eficiente em vesículas intracelulares usando
enzimas de degradação e outras substâncias antimicrobianas armazenadas em seus
grânulos citoplasmáticos.
Os neutrófilos circulam como células esféricas de aproximadamente 12 a
15 µm de diâmetro com numerosas projeções membranosas. O núcleo de um
neutrófilo é segmentado em três a cinco lóbulos conectados, por isso o sinônimo
de leucócito polimorfonuclear.
O citoplasma contém grânulos de dois tipos. A maioria, chamada de
grânulos específicos, é preenchida com enzimas tais como lisozima, colagenase e
elastase. Estes grânulos não coram fortemente nem com corantes básicos nem com
corantes acídicos (hematoxilina e eosina, respectivamente), que distinguem os
grânulos dos neutrófilos daqueles de dois outros tipos de granulócitos circulantes,
chamados de basófilos e eosinófilos. O restante dos grânulos dos neutrófilos,
denominados grânulos aurofílicos, consiste em lisossomas que contêm enzimas e
outras substâncias microbicidas, incluindo defensinas e catelicidinas. Os
neutrófilos são produzidos na medula óssea e surgem de precursores que também
dão origem a fagócitos mononucleares. A produção dos neutrófilos é estimulada
pelo fator estimulador de colônias (G-CSF). Um humano adulto produz mais de 1
× 10 11 neutrófilos por dia, cada qual circulando no sangue por horas ou poucos
dias. Os neutrófilos podem migrar rapidamente para locais de infecção após a
entrada de microrganismos. Após a entrada nos tecidos, os neutrófilos funcionam
por somente 1 a 2 dias e, então, morrem.

Os eosinófilos e os basófilos são menos abundantes do que os neutrófilos,


mas como estes, eles têm grânulos contendo uma variedade de enzimas e proteínas
tóxicas, que são liberadas quando as células são ativadas. Acredita-se que os
eosinófilos e os basófilos sejam importantes principalmente na defesa contra
parasitos, os quais são muito grandes para serem ingeridos por macrófagos ou
neutrófilos. Eles também podem contribuir para as reações inflamatórias
alérgicas, em que seus efeitos são mais prejudiciais do que protetores.

BASÓFILO
Basófilos são granulócitos sanguíneos com muitas similaridades
estruturais e funcionais com os mastócitos. Assim como os granulócitos, os
basófilos são derivados de progenitores da medula óssea (uma linhagem diferente
da dos mastócitos), amadurecem na medula óssea e circulam no sangue. Os
basófilos constituem menos de 1% dos leucócitos sanguíneos. Embora
normalmente não estejam presentes nos tecidos, os basófilos podem ser recrutados
para alguns locais inflamatórios. Os basófilos contêm grânulos que se ligam a
corantes básicos e são capazes de sintetizar muitos dos mesmos mediadores dos
mastócitos. Assim como os mastócitos, os basófilos expressam receptores para
IgE, ligam IgE e podem ser ativados por antígeno ligado à IgE. Como o número
de basófilos é pequeno nos tecidos, sua importância na defesa do hospedeiro e nas
reações alérgicas é incerta.

EOSINÓFILO
Os eosinófilos são granulócitos sanguíneos que expressam grânulos
citoplasmáticos contendo enzimas que são danosas às paredes celulares de
parasitas, mas também podem danificar os tecidos do hospedeiro. Os grânulos dos
eosinófilos contêm proteínas básicas que ligam corantes acídicos tais como
eosina. Assim como os neutrófilos e basófilos, os eosinófilos são derivados da
medula óssea. As citocinas GM-CSF, IL-3 e IL-5 promovem a maturação do
eosinófilo a partir de precursores mieloides. Alguns eosinófilos normalmente
estão presentes nos tecidos periféricos, especialmente nas coberturas mucosas dos
tratos respiratório, gastrintestinal e geniturinário, e seus números podem aumentar
com o recrutamento a partir do sangue em uma situação de inflamação.

CÉLULAS NK
As células natural killer (NK), as primeiras e mais bem descritas células
linfoides inatas, são um subgrupo de ILCs tipo I, que desempenham importantes
papéis nas respostas imunes inatas principalmente contra vírus intracelulares e
bactérias. O termo natural killer deriva do fato de que sua principal função é a
morte das células infectadas, similar às células killer do sistema imune adaptativo,
os linfócitos T citotóxicos (CTLs), e elas estão prontas para o fazer uma vez que
tenham se desenvolvido, sem nova diferenciação (por isso, natural).
As células NK constituem 5% a 15% das células mononucleares no sangue
e no baço. Elas são raras em outros órgãos linfoides, porém são mais abundantes
em órgãos como fígado e útero gravídico. As células NK no sangue surgem como
grandes linfócitos com numerosos grânulos citoplasmáticos. Assim como com
todas as ILCs, as células NK não expressam diversos receptores de antígenos
clonalmente distribuídos e típicos das células B e T. Em vez disso, elas utilizam
receptores que codificam DNA (discutidos mais adiante) para distinguir células
infectadas com patógeno das células saudáveis. Elas podem ser identificadas no
sangue pela expressão de CD56 e ausência do marcador CD3 de célula T. A
maioria das células NK sanguíneas humanas também expressa CD16, que está
envolvido no reconhecimento das células recobertas por anticorpo.
As funções efetoras das células NK são matar as células infectadas e
produzir IFN-γ, que ativa macrófagos para destruírem microrganismos
fagocitados (Fig. 4-7). O mecanismo de citotoxicidade mediado pela célula NK é
essencialmente o mesmo das CTLs CD8 + , que descreveremos em detalhes no
Capítulo 11. As células NK, assim como as CTLs, apresentam grânulos contendo
proteínas que medeiam a morte das células-alvo. Quando as células NK são
ativadas, a exocitose dos grânulos libera essas proteínas adjacentes às células-
alvo. Uma proteína do grânulo da célula NK, chamada de perforina, facilita a
entrada de outras proteínas granulares, denominadas granzimas, para o citosol das
células-alvo.
As granzimas são enzimas que iniciam uma sequência de eventos de
sinalização que causam a morte das células-alvo por apoptose. Com a morte das
células infectadas com vírus e bactérias intracelulares, as células NK eliminam os
reservatórios de infecção. No início do curso de uma infecção viral, as células NK
se expandem e são ativadas por IL-12 e IL-15, matando as células infectadas antes
que os CTLs específicos para antígenos se tornem completamente ativados. As
células NK também podem ser importantes mais adiante no curso da infecção viral
com a morte das células infectadas que escaparam do ataque imune mediado pelo
CTL por meio de redução na expressão de moléculas de MHC de classe I. Alguns
tumores, especialmente aqueles de origem hematopoética, são alvos das células
NK, talvez porque as células tumorais não expressem níveis normais ou tipos de
moléculas de MHC de classe I.
2- Citar os tipos de vacina e o seu mecanismo. (Processo de apresentação de
antígeno, MHC classe, células envolvidas e memória imunológica.)

Uma vacina bem-sucedida deve ter várias características além da sua


habilidade em provocar uma resposta imune protetora.
Primeiro, ela deve ser segura. As vacinas devem ser administradas a um
grande número de pessoas, das quais relativamente poucas morreriam da doença,
ou a contrairiam. Isso significa que mesmo um nível baixo de toxicidade é
inaceitável. Segundo, a vacina deve ser capaz de produzir imunidade protetora em
uma proporção muito alta das pessoas que a recebem. Terceiro, sobretudo em
países mais pobres, nos quais é impraticável administrar doses de reforço a
populações rurais dispersas, uma vacina bem-sucedida deve gerar memória imune
prolongada. Isso significa que os linfócitos B e T devem ser instruídos pela vacina.
Quarto, as vacinas devem ser de baixo custo para que possam ser administradas a
grandes populações. As vacinas consistem em uma das medidas mais efetivas em
relação ao custo em cuidados de saúde, mas esse benefício é reduzido à medida
que o custo por unidade se eleva.
VACINAS ATENUADAS
. As vacinas virais atenuadas estão em uso para poliomielite, sarampo,
caxumba, rubéola e varicela.
A primeira foi a procura por organismos atenuados com patogenicidade
reduzida, que estimulariam a imunidade protetora e não causariam a doença. Essa
abordagem continua no presente com o desenho de patógenos atenuados
geneticamente nos quais mutações desejáveis são introduzidas no organismo por
tecnologias de DNA recombinante.
As vacinas com vírus vivo atenuado geralmente são muito mais potentes:
elas induzem um número maior de mecanismos efetores, incluindo a ativação de
células T CD4 e células T CDS citotóxicas. As células T CD4 ajudam na
formatação da resposta de anticorpos, o que é importante para o efeito protetor
subsequente da vacina. As células T CDS citotóxicas forneceriam proteção
durante a infecção pelo próprio vírus, e, se mantida, podem contribuir para
memória protetora.
As vacinas virais atenuadas também podem apresentar riscos particulares
a receptores imunodeficientes, nos quais elas frequentemente se comportam como
infecções oportunistas virulentas.
Uma abordagem empírica para a atenuação ainda está em uso, mas pode
ser superada por duas novas estratégias que utilizam a tecnologia do DNA
recombinante. Uma delas consiste no isolamento e na mutagênese in vitro de
genes virais específicos. Os genes mutados são utilizados para substituir o gene
selvagem em um genoma viral reconstituído, e esse vírus deliberadamente
atenuado pode ser usado como vacina. A vantagem dessa abordagem é que as
mutações podem ser desenvolvidas de modo que a reversão ao tipo selvagem seja
praticamente impossível.
VACINAS INATIVAS
A segunda abordagem foi o desenvolvimento de vacinas com base em
organismos mortos e, subsequentemente, em componentes purificados de
organismos que seriam tão efetivos quanto os organismos vivos inteiros. Vacinas
mortas eram desejáveis, pois qualquer vacina viva, incluindo a vaccínia, pode
causar infecção sistêmica letal em indivíduos imunossuprimidos. A evolução
dessas abordagens seriam as vacinas baseadas na conjugação de antígenos
purificados como descrito para Haemophilus influenzae. Essa abordagem
continua com a adição da "imunogenética reversa" para identificar antígenos
peptídicos candidatos para células T e com estratégias para usar ligantes que
ativam TLRs ou outros sensores inatos como adjuvantes para estimular as
respostas a antígenos simples.
As vacinas virais inativadas, ou "mortas'; consistem em vírus tratados para
serem incapazes de se replicar.

VACINA BASEADA EM PEPTÍDEOS


Outra estratégia para o desenvolvimento de vacinas que não requer o
organismo integral, morto ou atenuado, identifica epítopos peptídicos de células
T que estimulam a imunidade protetora. Os peptídeos candidatos podem ser
identificados de duas formas: uma possibilidade é sintetizar sistematicamente
peptídeos sobrepostos de proteínas imunogênicas e testar um de cada vez para sua
capacidade de estimular a imunidade protetora; alternativamente, uma abordagem
imunogenética reversa pode ser utilizada para prever epítopos peptídicos
potenciais a partir de uma sequência genômica. Esta última abordagem tem sido
aplicada para malária pelo uso da sequência completa do genoma do Plasmodium
falciparum. O ponto inicial foi a associação entre a molécula do MHC de classe I
humana, HLA-B53, e a resistência à malária cerebral - uma complicação
relativamente rara da infecção, mas que, em geral, é fatal. Acreditava-se que
HLA-B53 pudesse proteger da malária cerebral, pois poderia apresentar peptídeos
que são particularmente bons na ativação dos linfócitos T citotóxicos virgens. Os
peptídeos eluídos de HLA -B53 frequentemente contêm uma prolina no segundo
de seus nove aminoácidos. Com base nessa informação, a análise genética reversa
identificou candidatos a peptídeos protetores de quatro proteínas do P. falciparum
expressas na fase inicial da infecção dos hepatócitos, uma importante fase da
infecção a ser visada em uma resposta imune efetiva. Um dos peptídeos
candidatos, do antígeno-1 do estágio hepático, é reconhecido pelas células T
citotóxicas quando ligado ao HLA-B53.

Para ser efetiva, os antígenos de uma vacina devem ser apresentados de


maneira eficiente ao sistema imune pelas APCs. Uma apresentação mais eficiente
pode ser obtida se a proteólise do antígeno, quando este está se dirigindo para as
APCs, for prevenida, preservando, assim, a estrutura do antígeno. Esse é o motivo
pelo qual tantas vacinas são administradas por injeção em vez de por via oral, o
que expõe a vacina à digestão no intestino. Outras abordagens podem ser tomadas
para dirigir a vacina seletivamente para as APCs uma vez que ela esteja dentro do
organismo, e para desenvolver métodos de engenharia genética para a captação
seletiva dos antígenos da vacina nas vias de processamento de antígeno dentro da
célula. Uma delas é revestir o antígeno vacinai com manose para aumentar a
captura pelos receptores de manose das células. Alternativamente, o antígeno
pode ser direcionado na forma de um complexo imune, que tem a vantagem da
ligação do anticorpo e do complemento pelos receptores Fc e do complemento.
Uma estratégia mais complicada é direcionar os antígenos da vacina
seletivamente para as vias de apresentação de antígeno dentro da célula. O
antígeno pode ser acoplado a anticorpos específicos que se ligam a proteínas da
superfície das células dendríticas, de modo que a intemalização do complexo
antígeno:anticorpo mediada por receptores encaminhe o antígeno para a via de
processamento do MHC de classe II e assegure que ele será apresentado às células
T. A apresentação nas moléculas do MHC de classe I por essa rota pode ser
auxiliada pelo direcionamento das células dendríticas que realizam a apresentação
cruzada de forma eficiente. Por exemplo, o receptor DEC205 é expresso por um
subgrupo de células dendríticas eficazes na apresentação cruzada, e mostrou-se
que a ligação de um antígeno a um anticorpo contra DEC205 aumenta a força das
respostas imunes contra o antígeno. O antígeno também pode ser direcionado
diretamente para vias de processamento do antígeno por outros meios.
O antígeno E7 do HPV foi acoplado ao peptídeo-sinal que tem como alvo
proteínas de membrana associada aos lisossomas a endossomas e lisossomas.
Portanto, o peptídeo-sinal direciona o antígeno E7 diretamente aos
compartimentos intracelulares nos quais os antígenos são clivados em peptídeos
antes de sua ligação a moléculas do MHC de classe II.

Moléculas do MHC classe I estão presentes como glicoproteínas de


transmembrana na superfície de todas as células nucleadas. As moléculas intactas classe
I são formadas por uma cadeia alfa pesada ligada a uma molécula de beta 2
microglobulina. A cadeia pesada consiste em 2 domínios de ligação de peptídeo, um
domínio tipo immunoglobulina (Ig) e uma região que atravessa a membrana com um
prolongamento no citoplasma. A cadeia pesada da molécula de classe I é codificada por
genes nos lócus HLA-A, HLA-B ou HLA-C. Células T que expressam moléculas CD8
reagem às moléculas do MHC classe I. Esses linfócitos geralmente têm uma função
citotóxica, sendo necessário que sejam capazes de reconhecer qualquer célula infectada.
Como todas as células nucleadas expressam moléculas MHC da classe I, todas as células
infectadas podem agir como uma CAA para células T CD8 (CD8 se liga na região não
polimórfica da cadeia pesada de classe I). Alguns genes MHC da classe I codificam
moléculas MHC não clássicas, como HLA-G (que pode ter um papel na proteção do
feto contra a resposta imunitária materna) e HLA-E (que apresenta peptídeos para certos
receptores nas células NK).
As moléculas MHC da classe II geralmente encontram-se nas células
apresentadoras de antígenos “profissionais” (células B, macrófagos, células dendríticas
e células de Langerhans), no epitélio tímico e ativadas nas células T ativadas (mas não
nas células T em repouso); a maior parte das células nucleadas podem ser induzidas a
expressar MHC da classe II pelo IFN gama. [As moléculas MHC da classe II são
formadas de 2 cadeias polipeptídicas [alfa (α) e beta (β)]; cada cadeia possui um
domínio de ligação do peptídeo, um domínio tipo imunoglobulina e uma região que
atravessa a membrana com prolongamento no citoplasma. Ambas as cadeias
polipeptídicas são codificadas por genes nas regiões HLA-DP, HLA-DQ ou HLA-DR
do cromossomo 6. As células T reativas às moléculas classe II expressam CD4 e são
geralmente células T auxiliares.

3- Diferenciar imunidade inata e adquirida. (Imunização ativa e passiva).

IMUNIDADE INATA
A imunidade inata (também denominada imunidade natural ou nativa)
fornece a primeira linha de defesa contra microorganismos. Ela consiste em
mecanismos de defesa celulares e bioquímicos que estão em vigor mesmo antes
da infecção e são preparados para responder rapidamente a infecções. Esses
mecanismos reagem aos produtos dos microrganismos e células lesionadas, e elas
respondem essencialmente da mesma forma para exposições repetidas. Os
mecanismos da imunidade inata são específicos para estruturas que são comuns a
grupos de microrganismos relacionados e podem não distinguir pequenas
diferenças entre os microrganismos. Os principais componentes da imunidade
inata são: (1) barreiras físicas e químicas, tais como epitélio e agentes
antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; (2) células fagocíticas
(neutrófilos, macrófagos), células dendríticas e células assassinas naturais (NK,
do inglês natural killer) e outras células linfoides; e (3) proteínas sanguíneas,
incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação.

IMUNIDADE ADQUIRIDA

Pelo fato de esta forma de imunidade se desenvolver como uma resposta à


infecção e se adaptar à infecção, ela é chamada de imunidade adaptativa (também
denominada imunidade adquirida ou específica). O sistema imune adaptativo
reconhece e reage a um grande número de substâncias microbianas e não microbianas.
As características que definem a imunidade adaptativa são a habilidade de distinguir
entre diferentes substâncias, chamada especificidade, e a habilidade de responder
mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismo, conhecida
como memória. Os componentes exclusivos da imunidade adaptativa são células
denominadas linfócitos e seus produtos secretados, tais como anticorpos. Substâncias
estranhas que induzem as respostas imunes específicas ou são reconhecidas pelos
linfócitos ou anticorpos chamam-se antígenos.

TEM DUAS RESPOSTAS:

A imunidade humoral é mediada por moléculas no sangue e secreções


mucosas, denominadas anticorpos, que são produzidos pelos linfócitos B (também
chamados de células B). Os anticorpos reconhecem os antígenos microbianos,
neutralizam a infectividade dos microrganismos e focam nos microrganismos para
sua eliminação por vários mecanismos efetores.

A imunidade mediada por célula, também denominada imunidade celular, é


mediada pelos linfócitos T (também chamados de células T). Os microrganismos
intracelulares, tais como vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro
dos fagócitos e outras células do hospedeiro. A defesa contra essas infecções é uma
função da imunidade mediada por células, que promove a destruição de
microorganismos que residem nos fagócitos ou a morte das células infectadas para
eliminar reservatórios de infecção.

4- Diferenciar os tipos de hipersensibilidade.


As hipersensibilidades são geralmente classificadas de acordo com o tipo
de resposta imune e o mecanismo efetor responsável pela lesão celular e tecidual.

 Hipersensibilidade do tipo 1: tipo de reação imunopatológica causada pela


liberação de mediadores de mastócitos
o Muitas vezes é desencadeada pelos IgE contra antígenos ambientais que
vão ativar os mastócitos
o Pode ser chamada de alergia ou de hipersensibilidade imediata.
 Hipersensibilidade do tipo 2: mediada por anticorpos (IgM ou IgG) que são
direcionados contra antígenos celulares ou teciduais que levam a danos na função
desses tecidos ou células.
 Hipersensibilidade do tipo 3: anticorpos (IgM ou IgG) contra antígenos solúveis
(ex: do nosso plasma sanguíneo) que formam imunocomplexos que podem se
depositar em vasos sanguíneos e tecidos, causando inflamação e lesão tecidual.
 Hipersensibilidade do tipo 4: são reações dos linfócitos T geralmente contra
antígenos próprios nos tecidos.

HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I
A hipersensibilidade imediata (hipersensibilidade do tipo I), causada por
anticorpos IgE específicos para antígenos ambientais, é o tipo mais prevalente de
hipersensibilidade. A hipersensibilidade imediata, comumente chamada de alergia
ou atopia, é o exemplo de doença resultante da ativação de células T auxiliares
produtoras de IL-4, IL-5 e IL-13, classicamente denominadas células TH2, onde
as células T estimulam a produção de anticorpos IgE e a inflamação.

HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO II
Os anticorpos IgG e IgM podem causar lesão tecidual por meio da ativação
do sistema complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas
funções celulares normais. Alguns desses anticorpos são específicos para
antígenos de determinadas células ou da matriz extracelular e são encontrados
ligados a essas células ou tecidos ou como anticorpos livres na circulação; as
doenças induzidas por esses anticorpos são chamadas de hipersensibilidade do
tipo II.
HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO III
Outros anticorpos podem formar imunocomplexos na circulação – de
modo que os complexos são subsequentemente depositados nos tecidos,
particularmente nas paredes dos vasos sanguíneos – e causar lesões. As doenças
decorrentes de imunocomplexos também são chamadas de hipersensibilidade do
tipo III.
HIPERSENSIBILIDADE IV
A lesão tecidual pode ocorrer em razão dos linfócitos T que induzem
inflamação ou matam diretamente as células-alvo; tais condições são chamadas
de hipersensibilidade do tipo IV. Elas são causadas principalmente pela ativação
de células T auxiliares CD4+, as quais secretam citocinas que promovem a

inflamação e ativam os leucócitos, especialmente neutrófilos e macrófagos. As


células T auxiliares também estimulam a produção de anticorpos que danificam
os tecidos e induzem a inflamação. Os CTLs contribuem para a lesão de tecidos
em determinadas doenças.

5- Descrever a coloração de gram e caracterizar as bactérias. (positivas e


negativas)
A parede celular bacteriana é composta de uma rede macromolecular
denominada peptideoglicana (também conhecida como mureína), que está
presente isoladamente ou em combinação com outras substâncias. A
peptideoglicana consiste em um dissacarídeo repetitivo ligado por polipeptídeos
para formar uma rede que circunda e protege toda a célula. A porção dissacarídica
é composta de monossacarídeos denominados N-acetilglicosamina (NAG) e ácido
N-acetilmurâmico (NAM) (de murus, significando parede), que estão
relacionados à glicose.
Na maioria das bactérias gram-positivas, a parede celular consiste em
muitas camadas de peptideoglicana, formando uma estrutura espessa e rígida.
Além disso, as paredes celulares das bactérias gram-positivas contêm
ácidos teicoicos, que consistem principalmente de um álcool (como o glicerol ou
ribitol) e fosfato. Existem duas classes de ácidos teicoicos: ácido lipoteicoico, que
atravessa a camada de peptideoglicana e está ligado à membrana plasmática, e
ácido teicoico da parede, que está ligado à camada de peptideoglicana.
Devido à sua carga negativa (proveniente dos grupos fosfato), os ácidos
teicoicos podem se ligar e regular o movimento de cátions (íons positivos) para
dentro e para fora da célula. Eles também podem assumir um papel no crescimento
celular, impedindo a ruptura extensa da parede e a possível lise celular.
Finalmente, os ácidos teicoicos fornecem boa parte da especificidade antigênica
da parede e, portanto, tornam possível identificar bactérias gram-positivas
utilizando determinados testes laboratoriais. Da mesma forma, a parede celular
dos estreptococos gram-positivos é recoberta com vários polissacarídeos que
permitem que eles sejam agrupados em tipos clinicamente significativos.
As paredes celulares das bactérias gram-negativas consistem em uma ou
poucas camadas de peptideoglicana e uma membrana externa. A peptideoglicana
está ligada a lipoproteínas (lipídeos covalentemente ligados a proteínas) na
membrana externa e está no periplasma, um fluido semelhante a um gel, entre a
membrana externa e a membrana plasmática. O periplasma contém uma alta
concentração de enzimas de degradação e proteínas de transporte. As paredes
celulares gram-negativas não contêm ácidos teicoicos. Como as paredes celulares
das bactérias gram-negativas contêm somente uma pequena quantidade de
peptideoglicana, são mais suscetíveis ao rompimento mecânico.
A membrana externa da célula gram-negativa consiste em
lipopolissacarídeos (LPS), lipoproteínas e fosfolipídeos. A membrana externa tem
várias funções especializadas. Sua forte carga negativa é um fator importante na
evasão da fagocitose e nas ações do complemento (causa lise de células e promove
a fagocitose), dois componentes das defesas do hospedeiro. A membrana externa
também fornece uma barreira para certos antibióticos (p. ex., penicilina), enzimas
digestivas como a lisozima, detergentes, metais pesados, sais biliares e certos
corantes.
Entretanto, a membrana externa não fornece uma barreira para todas as
substâncias no ambiente, pois os nutrientes devem atravessá-la para garantir o
metabolismo celular. Parte da permeabilidade da membrana externa é devida a
proteínas na membrana, denominadas porinas, que formam canais. As porinas
permitem a passagem de moléculas como nucleotídeos, dissacarídeos, peptídeos,
aminoácidos, vitamina B12 e ferro.
O lipopolissacarídeo (LPS) da membrana externa é uma molécula grande
e complexa que contém lipídeos e carboidratos e que consiste em três
componentes: (1) lipídeo A, (2) um cerne polissacarídico e (3) um polissacarídeo
O. O lipídeo A é a porção lipídica do LPS e está embebido na parede superior da
membrana externa. Quando bactérias gram-negativas morrem, elas liberam
lipídeo A, que funciona como uma endotoxina. O lipídeo A é responsável pelos
sintomas associados a bactérias gram- -negativas, como febre, dilatação de vasos
venosos, choque e formação de coágulos sanguíneos. O cerne polissacarídico é
ligado ao lipídeo A e contém açúcares incomuns. Seu papel é estrutural – fornecer
estabilidade. O polissacarídeo O se estende para fora do cerne polissacarídico e é
composto por moléculas de açúcar. O polissacarídeo O funciona como um
antígeno, sendo útil para diferenciar espécies de bactérias gram-negativas.
Cristal violeta, o corante primário, cora as células gram-positivas e gram-
negativas de púrpura, pois penetra no citoplasma de ambos os tipos celulares.
Quando o lugol, solução iodo-iodetada (o mordente), é aplicado, forma cristais
com o corante que são muito grandes para escapar pela parede celular. A aplicação
de álcool desidrata a peptideoglicana das células gram-positivas para torná-la mais
impermeável ao cristal violeta-iodo. O efeito nas células gram-negativas é bem

diferente; o álcool dissolve a membrana externa das células gram- -negativas,


deixando também pequenos buracos na fina camada de peptideoglicana, pelos
quais o cristal violeta-iodo se difunde. Como as bactérias gram-negativas ficam
incolores após a lavagem com álcool, a adição de safranina (contracorante) torna
as células cor-de-rosa. A safranina fornece a cor contrastante à coloração primária
(cristal violeta). Embora as células gram-positivas e gram- -negativas absorvam a
safranina, a coloração rosa da safranina é mascarada pelo corante roxo-escuro
previamente absorvido pelas células gram-positivas.
Em qualquer população celular, algumas células gram-positivas
apresentarão uma resposta gram-negativa. Essas células normalmente estão
mortas. Entretanto, há alguns poucos gêneros gram-positivos que apresentam um
número crescente de células gram-negativas à medida que a cultura envelhece.
Bacillus e Clostridium são exemplos frequentemente descritos como gram- -
variáveis.

6- Definir células blásticas e diagnosticar a Teca.


Na leucemia mieloide aguda (LMA), entretanto, uma série de mutações
genéticas nas células-tronco mieloides resultam na formação de blastos, células
que ficam “presas” nos estágios anteriores ao amadurecimento. Essas células não
conseguem se tornar maduras, e passam a se multiplicar de forma descontrolada.
Os blastos também se desenvolvem rapidamente na medula óssea e passam
a atrapalhar o desenvolvimento de células saudáveis. Como resultado, a
medula óssea começa a ter uma quantidade enorme de blastos.
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) de
origem, na maioria das vezes, não conhecida. Ela tem como principal
característica o acúmulo de células jovens (blásticas) anormais na medula óssea,
que substituem as células sangüineas normais. A medula é o local de formação
das células sangüíneas, ocupa a cavidade dos ossos (principalmente esterno e
bacia) e é conhecida popularmente por tutano. Nela são encontradas as células
mães ou precursoras, que originam os elementos figurados do sangue: glóbulos
brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas.

FAGOCITOSE:

1. Aproximação, em que os fagócitos se aproximam do corpo estranho, que são os

microrganismos ou estruturas e substâncias produzidas ou expressadas por eles;

2. Reconhecimento e aderência, em que as células reconhecem estruturas que estão

sendo expressas na superfície do microrganismo, aderem-se a eles e são ativadas, dando

origem à fase seguinte;

3. Englobamento, que corresponde à fase em que os fagócitos emitem os pseudópodes

com o objetivo de englobar o agente invasor, levando à formação de um fagossomo ou

de um vacúolo fagocitário;
4. Morte e digestão da partícula englobada, que consiste na ativação de mecanismos

celulares capazes de promover a morte do agente infeccioso englobado, o que acontece

devido à união do fagossomo com os lisossomos, que é uma estrutura presente nas

células que é constituída por enzimas, dando origem ao vacúolo digestivo, onde ocorre

a digestão intracelular.

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