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MACRÓGAFO .
Os macrófagos residem na maioria dos tecidos corporais e são a forma
madura dos monócitos, que circulam no sangue e migram continuamente para os
tecidos, onde se diferenciam. Juntos, os monócitos e os macrófagos compõem um
dos três tipos de fagócitos no sistema imune: os outros são os granulócitos (termo
coletivo para os leucócitos chamados neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e as
células dendríticas.
Os macrófagos são células de vida relativamente longa e realizam muitas
funções diferentes por meio da resposta imune inata e da resposta imune
adaptativa subsequente.
Uma de suas funções é a de engolfar e matar microrganismos invasores.
Nessa função fagocítica, eles são uma importante defesa de primeira linha na
imunidade inata e também descartam os patógenos e as células infectadas que são
alvo da resposta imune adaptativa. Os monócitos e os macrófagos são fagocíticos,
mas a maioria das infecções ocorre nos tecidos, de modo que são os macrófagos
que primeiramente realizam essa importante função de proteção. Os mecanismos
de morte, incluem a geração enzimática de espécies reativas de oxigênio e
nitrogênio que são tóxicas aos microrganismos e digestão proteolítica.
Outra função importante e crucial dos macrófagos é coordenar as respostas
imunes. Eles auxiliam a induzir a inflamação, a qual, como será visto, é pré-
requisito para a resposta imune bem-sucedida e eles também secretam proteínas
de sinalização que ativam outras células do sistema imune e as recrutam para a
resposta imune.
Além de sua função especializada no sistema imune, os macrófagos atuam
como células limpadoras do organismo, eliminando células mortas e restos
celulares. Os macrófagos também reconhecem e engolfam células apoptóticas
antes que as células mortas possam liberar seus conteúdos e induzir respostas
inflamatórias. Em todo o corpo e durante toda a vida de um indivíduo, as células
indesejadas morrem por apoptose como parte de muitos processos fisiológicos,
tais como desenvolvimento, crescimento e renovação dos tecidos saudáveis, e as
células mortas são eliminadas pelos macrófagos.
Macrófagos ativados secretam várias citocinas diferentes que agem nas
células endoteliais que recobrem os vasos sanguíneos para aumentar o
recrutamento de mais monócitos e outros leucócitos do sangue para os locais de
infecções, amplificando, assim, a resposta protetora contra os microrganismos.
Macrófagos promovem o reparo de tecidos danificados pela estimulação
do crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e síntese de matriz
extracelular rica em colágeno (fibrose). Estas funções são mediadas por citocinas
secretadas pelos macrófagos que agem em várias células teciduais.
Macrófagos servem como APCs que apresentam antígenos e ativam os
linfócitos T.
Os macrófagos são ativados para realizar suas funções por meio do
reconhecimento de muitos tipos diferentes de moléculas microbianas, bem como
moléculas do hospedeiro produzidas em resposta a infecções e lesão. Estas várias
moléculas ativadoras se ligam a receptores de sinalização específicos localizados
na superfície ou dentro do macrófago. Exemplos destes receptores são os
receptores do tipo Toll, que são de importância central na imunidade inata.
Os macrófagos podem adquirir capacidades funcionais distintas,
dependendo dos tipos de estímulos ativadores aos quais são expostos. O exemplo
mais claro disto é a resposta dos macrófagos a diferentes citocinas produzidas
pelos subgrupos de células T. Algumas destas citocinas ativam macrófagos para
estes se tornarem eficientes em matar microrganismos, o que é chamado de
ativação clássica. Outras citocinas ativam os macrófagos para promover o
remodelamento e reparo tecidual, o que se denomina ativação alternativa.
LINFÓCITOS T e B
Os linfócitos, as únicas células da imunidade adaptativa, são as células
exclusivas no corpo que expressam receptores de antígenos clonalmente
expressos, cada um específico para um determinante antigênico diferente. Cada
clone de linfócitos T e B expressa receptores de antígenos com uma única
especificidade, que é diferente das especificidades dos receptores em outros
clones. Assim, os receptores de antígenos nestes linfócitos são clonalmente
distribuídos.
Existem dois tipos de linfócitos: linfócitos B (células B) e linfócitos T
(células T), cada um com diferentes funções no sistema imune e tipos distintos de
receptores antigênicos. Após o antígeno se ligar a um receptor de antígeno de
células B, ou receptor de células B (BCR, do inglês B-cell receptor), na superfície
da célula B, o linfócito irá proliferar e diferenciar-se em células plasmáticas. Essa
é a forma efetora dos linfócitos B e seus anticorpos produzidos, os quais são a
forma secretada do BCR e têm especificidade antigênica idêntica. Dessa forma, o
antígeno que ativa uma determinada célula B toma-se o alvo dos anticorpos
produzidos pela progênie dessa célula. As moléculas de anticorpos como classe
são conhecidas como imunoglobulinas (Igs), e os receptores de antígeno dos
linfócitos B são, também, conhecidos como imunoglobulina de membrana (mlg,
do inglês membrane immunoglobulin) ou imunoglobulina de superfície (slg, do
inglês surface immunoglobulin).
O receptor de antígeno de células T, ou receptor de células T (TCR, do
inglês T-cell receptor), é relacionado à Ig, mas é distinto em sua estrutura e
propriedades de reconhecimento. Após a ativação de uma célula T depois de seu
primeiro contato com o antígeno, ela prolifera e diferencia-se em um dos
diferentes tipos funcionais de linfócitos T efetores. As funções das células T
efetoras são divididas em três grandes classes: morte, ativação e regulação. As
células T citotóxicas matam as células que estão infectadas com vírus ou outro
tipo de patógeno intracelular. As células T auxiliares produzem sinais adicionais
essenciais que influenciam o comportamento e a atividade de outras células. As
células T auxiliares fornecem os sinais para as células B estimuladas por antígenos
que influenciam sua produção de anticorpos, e para os macrófagos, permitindo
que se tornem mais eficientes para matar os patógenos capturados. As células T
reguladoras suprimem a atividade de outros linfócitos e auxiliam a controlar as
respostas imunes.
MASTÓCITO
Os mastócitos, cujo precursor sanguíneo ainda não está bem definido,
diferenciam -se nos tecidos. Embora sejam mais conhecidos por seu papel em
coordenar as respostas alérgicas, acredita-se que eles atuem na proteção das
superfícies internas do organismo contra os patógenos, e que estejam envolvidos
na resposta contra vermes parasíticos. Eles têm grandes grânulos em seu
citoplasma, os quais são liberados quando os mastócitos são ativados; isso ajuda
a induzir a inflamação.
Os mastócitos são células derivadas da medula e presentes na pele e
mucosa epitelial, contendo abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de
histamina e outros mediadores. O fator de citocina de célula-tronco (também
denominado ligante c-Kit) é essencial para o desenvolvimento do mastócito.
Normalmente, os mastócitos maduros não são encontrados na circulação,
mas estão presentes nos tecidos, em geral adjacentes a pequenos vasos sanguíneos
e nervos. Seus citoplasmas contêm numerosos grânulos ligados à membrana, que
estão cheios de proteoglicanos acídicos que se ligam a corantes básicos. Os
mastócitos expressam receptores de alta afinidade na membrana plasmática para
um tipo de anticorpo denominado IgE e, geralmente, são recobertos com esses
anticorpos. Quando os anticorpos na superfície dos mastócitos se ligam ao
antígeno, eventos de sinalização são induzidos e levam à liberação dos conteúdos
dos grânulos citoplasmáticos para dentro do espaço extravascular.
A liberação do conteúdo do grânulo, incluindo histamina, promove
mudanças nos vasos sanguíneos que causam inflamação. Os mastócitos
funcionam como sentinelas nos tecidos, onde eles reconhecem produtos
microbianos e respondem produzindo citocinas e outros mediadores que induzem
inflamação. Estas células fornecem defesa contra helmintos e outros
microrganismos, mas também são responsáveis pelos sintomas das doenças
alérgicas.
Acredita-se que os mastócitos realizem pelo menos três funções
importantes na defesa do hospedeiro. Primeiro, sua localização próxima às
superfícies corporais permite que eles recrutem elementos específicos dos
patógenos, como linfócitos antígeno-específicos, e elementos efetores
inespecíficos, como neutrófilos, macrófagos, basóftlos e eosinóftlos, para os
locais nos quais é mais provável que os agentes infecciosos penetrem no
organismo. Segundo, a inflamação que eles causam aumenta o fluxo de linfa dos
sítios de deposição de antígeno para os linfonodos regionais, onde os linfócitos
virgens são ativados pela primeira vez. Terceiro, a capacidade de os produtos dos
mastócitos desencadearem contração muscular pode contribuir para a expulsão
física dos patógenos dos pulmões ou do intestino. Os mastócitos respondem
rapidamente à ligação do antígeno aos anticorpos IgE ligados à sua superfície. A
sua ativação leva ao início da uma resposta inflamatória e ao recrutamento e à
ativação de basófilos e eosinófilos, que contribuem ainda mais para a resposta
inflamatória.
NEUTRÓFILO
Os neutrófilos fagocíticos são as células mais numerosas e importantes nas
respostas imunes inatas. Eles capturam uma variedade de microrganismos por
fagocitose e os destroem de maneira eficiente em vesículas intracelulares usando
enzimas de degradação e outras substâncias antimicrobianas armazenadas em seus
grânulos citoplasmáticos.
Os neutrófilos circulam como células esféricas de aproximadamente 12 a
15 µm de diâmetro com numerosas projeções membranosas. O núcleo de um
neutrófilo é segmentado em três a cinco lóbulos conectados, por isso o sinônimo
de leucócito polimorfonuclear.
O citoplasma contém grânulos de dois tipos. A maioria, chamada de
grânulos específicos, é preenchida com enzimas tais como lisozima, colagenase e
elastase. Estes grânulos não coram fortemente nem com corantes básicos nem com
corantes acídicos (hematoxilina e eosina, respectivamente), que distinguem os
grânulos dos neutrófilos daqueles de dois outros tipos de granulócitos circulantes,
chamados de basófilos e eosinófilos. O restante dos grânulos dos neutrófilos,
denominados grânulos aurofílicos, consiste em lisossomas que contêm enzimas e
outras substâncias microbicidas, incluindo defensinas e catelicidinas. Os
neutrófilos são produzidos na medula óssea e surgem de precursores que também
dão origem a fagócitos mononucleares. A produção dos neutrófilos é estimulada
pelo fator estimulador de colônias (G-CSF). Um humano adulto produz mais de 1
× 10 11 neutrófilos por dia, cada qual circulando no sangue por horas ou poucos
dias. Os neutrófilos podem migrar rapidamente para locais de infecção após a
entrada de microrganismos. Após a entrada nos tecidos, os neutrófilos funcionam
por somente 1 a 2 dias e, então, morrem.
BASÓFILO
Basófilos são granulócitos sanguíneos com muitas similaridades
estruturais e funcionais com os mastócitos. Assim como os granulócitos, os
basófilos são derivados de progenitores da medula óssea (uma linhagem diferente
da dos mastócitos), amadurecem na medula óssea e circulam no sangue. Os
basófilos constituem menos de 1% dos leucócitos sanguíneos. Embora
normalmente não estejam presentes nos tecidos, os basófilos podem ser recrutados
para alguns locais inflamatórios. Os basófilos contêm grânulos que se ligam a
corantes básicos e são capazes de sintetizar muitos dos mesmos mediadores dos
mastócitos. Assim como os mastócitos, os basófilos expressam receptores para
IgE, ligam IgE e podem ser ativados por antígeno ligado à IgE. Como o número
de basófilos é pequeno nos tecidos, sua importância na defesa do hospedeiro e nas
reações alérgicas é incerta.
EOSINÓFILO
Os eosinófilos são granulócitos sanguíneos que expressam grânulos
citoplasmáticos contendo enzimas que são danosas às paredes celulares de
parasitas, mas também podem danificar os tecidos do hospedeiro. Os grânulos dos
eosinófilos contêm proteínas básicas que ligam corantes acídicos tais como
eosina. Assim como os neutrófilos e basófilos, os eosinófilos são derivados da
medula óssea. As citocinas GM-CSF, IL-3 e IL-5 promovem a maturação do
eosinófilo a partir de precursores mieloides. Alguns eosinófilos normalmente
estão presentes nos tecidos periféricos, especialmente nas coberturas mucosas dos
tratos respiratório, gastrintestinal e geniturinário, e seus números podem aumentar
com o recrutamento a partir do sangue em uma situação de inflamação.
CÉLULAS NK
As células natural killer (NK), as primeiras e mais bem descritas células
linfoides inatas, são um subgrupo de ILCs tipo I, que desempenham importantes
papéis nas respostas imunes inatas principalmente contra vírus intracelulares e
bactérias. O termo natural killer deriva do fato de que sua principal função é a
morte das células infectadas, similar às células killer do sistema imune adaptativo,
os linfócitos T citotóxicos (CTLs), e elas estão prontas para o fazer uma vez que
tenham se desenvolvido, sem nova diferenciação (por isso, natural).
As células NK constituem 5% a 15% das células mononucleares no sangue
e no baço. Elas são raras em outros órgãos linfoides, porém são mais abundantes
em órgãos como fígado e útero gravídico. As células NK no sangue surgem como
grandes linfócitos com numerosos grânulos citoplasmáticos. Assim como com
todas as ILCs, as células NK não expressam diversos receptores de antígenos
clonalmente distribuídos e típicos das células B e T. Em vez disso, elas utilizam
receptores que codificam DNA (discutidos mais adiante) para distinguir células
infectadas com patógeno das células saudáveis. Elas podem ser identificadas no
sangue pela expressão de CD56 e ausência do marcador CD3 de célula T. A
maioria das células NK sanguíneas humanas também expressa CD16, que está
envolvido no reconhecimento das células recobertas por anticorpo.
As funções efetoras das células NK são matar as células infectadas e
produzir IFN-γ, que ativa macrófagos para destruírem microrganismos
fagocitados (Fig. 4-7). O mecanismo de citotoxicidade mediado pela célula NK é
essencialmente o mesmo das CTLs CD8 + , que descreveremos em detalhes no
Capítulo 11. As células NK, assim como as CTLs, apresentam grânulos contendo
proteínas que medeiam a morte das células-alvo. Quando as células NK são
ativadas, a exocitose dos grânulos libera essas proteínas adjacentes às células-
alvo. Uma proteína do grânulo da célula NK, chamada de perforina, facilita a
entrada de outras proteínas granulares, denominadas granzimas, para o citosol das
células-alvo.
As granzimas são enzimas que iniciam uma sequência de eventos de
sinalização que causam a morte das células-alvo por apoptose. Com a morte das
células infectadas com vírus e bactérias intracelulares, as células NK eliminam os
reservatórios de infecção. No início do curso de uma infecção viral, as células NK
se expandem e são ativadas por IL-12 e IL-15, matando as células infectadas antes
que os CTLs específicos para antígenos se tornem completamente ativados. As
células NK também podem ser importantes mais adiante no curso da infecção viral
com a morte das células infectadas que escaparam do ataque imune mediado pelo
CTL por meio de redução na expressão de moléculas de MHC de classe I. Alguns
tumores, especialmente aqueles de origem hematopoética, são alvos das células
NK, talvez porque as células tumorais não expressem níveis normais ou tipos de
moléculas de MHC de classe I.
2- Citar os tipos de vacina e o seu mecanismo. (Processo de apresentação de
antígeno, MHC classe, células envolvidas e memória imunológica.)
IMUNIDADE INATA
A imunidade inata (também denominada imunidade natural ou nativa)
fornece a primeira linha de defesa contra microorganismos. Ela consiste em
mecanismos de defesa celulares e bioquímicos que estão em vigor mesmo antes
da infecção e são preparados para responder rapidamente a infecções. Esses
mecanismos reagem aos produtos dos microrganismos e células lesionadas, e elas
respondem essencialmente da mesma forma para exposições repetidas. Os
mecanismos da imunidade inata são específicos para estruturas que são comuns a
grupos de microrganismos relacionados e podem não distinguir pequenas
diferenças entre os microrganismos. Os principais componentes da imunidade
inata são: (1) barreiras físicas e químicas, tais como epitélio e agentes
antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; (2) células fagocíticas
(neutrófilos, macrófagos), células dendríticas e células assassinas naturais (NK,
do inglês natural killer) e outras células linfoides; e (3) proteínas sanguíneas,
incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I
A hipersensibilidade imediata (hipersensibilidade do tipo I), causada por
anticorpos IgE específicos para antígenos ambientais, é o tipo mais prevalente de
hipersensibilidade. A hipersensibilidade imediata, comumente chamada de alergia
ou atopia, é o exemplo de doença resultante da ativação de células T auxiliares
produtoras de IL-4, IL-5 e IL-13, classicamente denominadas células TH2, onde
as células T estimulam a produção de anticorpos IgE e a inflamação.
HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO II
Os anticorpos IgG e IgM podem causar lesão tecidual por meio da ativação
do sistema complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas
funções celulares normais. Alguns desses anticorpos são específicos para
antígenos de determinadas células ou da matriz extracelular e são encontrados
ligados a essas células ou tecidos ou como anticorpos livres na circulação; as
doenças induzidas por esses anticorpos são chamadas de hipersensibilidade do
tipo II.
HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO III
Outros anticorpos podem formar imunocomplexos na circulação – de
modo que os complexos são subsequentemente depositados nos tecidos,
particularmente nas paredes dos vasos sanguíneos – e causar lesões. As doenças
decorrentes de imunocomplexos também são chamadas de hipersensibilidade do
tipo III.
HIPERSENSIBILIDADE IV
A lesão tecidual pode ocorrer em razão dos linfócitos T que induzem
inflamação ou matam diretamente as células-alvo; tais condições são chamadas
de hipersensibilidade do tipo IV. Elas são causadas principalmente pela ativação
de células T auxiliares CD4+, as quais secretam citocinas que promovem a
FAGOCITOSE:
de um vacúolo fagocitário;
4. Morte e digestão da partícula englobada, que consiste na ativação de mecanismos
devido à união do fagossomo com os lisossomos, que é uma estrutura presente nas
células que é constituída por enzimas, dando origem ao vacúolo digestivo, onde ocorre
a digestão intracelular.