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Fagócitos Mononucleares
O sistema fagócito mononuclear inclui as células circulantes denominadas
monócitos e células residentes teciduais denominadas macrófagos. Os
macrófagos, que são amplamente distribuídos nos órgãos e tecido conectivo, têm
papel central na imunidade inata e adaptativa. Muitos tecidos são povoados com
macrófagos residentes com vida longa e derivados do saco vitelino ou precursores
hepáticos fetais durante o desenvolvimento fetal que assumem fenótipos
especializados dependendo do órgão (Fig. 2-2). Exemplos são as células de Kupffer
que recobrem os sinusoides no fígado, macrófagos sinusoides no baço, macrófagos
alveolares nos pulmões e células da microglia no cérebro. Nos adultos, as células da
linhagem de macrófago surgem a partir de células precursoras na medula óssea,
direcionadas por uma proteína denominada fator estimulador de colônia de monócito
(ou macrófago) (M-CSF). Esses precursores evoluem para monócitos, que entram e
circulam no sangue (Fig. 2-2) e, então, migram para os tecidos, especialmente
durante as reações inflamatórias, onde eles então amadurecem em macrófagos.
FIGURA 2-2 Maturação dos fagócitos mononucleares.
Macrófagos residentes teciduais, que se diferenciam em
formas especializadas em órgãos particulares, são derivados
de precursores no saco vitelino e fígado fetal durante a vida
fetal. Os monócitos se originam de uma célula precursora de
linhagem mieloide na medula óssea, circulam no sangue e
são recrutados para os tecidos em reações inflamatórias,
onde eles amadurecem em macrófagos. Existem subgrupos
de monócitos sanguíneos que têm funções inflamatórias ou
reparadoras (não mostradas) distintas.
Mastócitos
Os mastócitos são células derivadas da medula e presentes na pele e
mucosa epitelial, contendo abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de
histamina e outros mediadores. O fator de citocina de célula-tronco (também
denominado ligante c-Kit) é essencial para o desenvolvimento do mastócito.
Normalmente, os mastócitos maduros não são encontrados na circulação, mas estão
presentes nos tecidos, em geral adjacentes a pequenos vasos sanguíneos e nervos
(Fig. 2-1, B). Seus citoplasmas contêm numerosos grânulos ligados à membrana,
que estão cheios de proteoglicanos acídicos que se ligam a corantes básicos. Os
mastócitos expressam receptores de alta afinidade na membrana plasmática para um
tipo de anticorpo denominado IgE e, geralmente, são recobertos com esses
anticorpos. Quando os anticorpos na superfície dos mastócitos se ligam ao antígeno,
eventos de sinalização são induzidos e levam à liberação dos conteúdos dos
grânulos citoplasmáticos para dentro do espaço extravascular. A liberação do
conteúdo do grânulo, incluindo histamina, promove mudanças nos vasos sanguíneos
que causam inflamação. Os mastócitos funcionam como sentinelas nos tecidos, onde
eles reconhecem produtos microbianos e respondem produzindo citocinas e outros
mediadores que induzem inflamação. Estas células fornecem defesa contra helmintos
e outros microrganismos, mas também são responsáveis pelos sintomas das
doenças alérgicas (Cap. 20).
Basófilos
Basófilos são granulócitos sanguíneos com muitas similaridades estruturais
e funcionais com os mastócitos. Assim como os granulócitos, os basófilos são
derivados de progenitores da medula óssea (uma linhagem diferente da dos
mastócitos), amadurecem na medula óssea e circulam no sangue. Os basófilos
constituem menos de 1% dos leucócitos sanguíneos (Tabela 2-1). Embora