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● Polarização dos linfócitos T CD4: os sinais recebidos pelas células T a partir das APCs e de
outras células no sítio de resposta imune iniciam a conversão das células T
antígeno-estimuladas em células efetoras. As células efetoras em desenvolvimento se tornam
progressivamente comprometidas com um perfil de produção de citocinas em particular, e as
citocinas amplificam essas vias de diferenciação. O resultado líquido é o acúmulo progressivo
de populações de células T produtoras de diferentes conjuntos de citocinas.
○ As citocinas que dirigem o desenvolvimento de subpopulações de células T CD4 +
são produzidas pelas APCs (primariamente, células dendríticas e macrófagos) e
outras células imunes (como células NK e mastócitos) presentes no órgão linfoide
onde a resposta imune é iniciada.
○ Outros estímulos que não as citocinas também podem influenciar o padrão de
diferenciação da célula T auxiliar.
○ Os perfis de citocinas distintos de populações celulares diferenciadas são controlados
por fatores de transcrição particulares que ativam a expressão dos genes de citocina e
por modificações cromatínicas que afetam a acessibilidade desses fatores aos
promotores e elementos reguladores dos genes das citocinas.
○ Cada subpopulação de células efetoras diferenciadas produz citocinas que promovem
seu próprio desenvolvimento e podem suprimir o desenvolvimento de outras
subpopulações.
○ A diferenciação de cada subpopulação é induzida pelos tipos de microrganismos que
a subpopulação melhor consegue combater.
● Polarização dos linfócitos T CD8: As células T CD4 + auxiliares promovem o
desenvolvimento de CTLs CD8 + e células de memória por meio da secreção de citocinas,
que atuam diretamente sobre as células CD8 + ou ativando APCs para se tornarem mais
eficientes na estimulação da diferenciação das células T CD8 + , por exemplo, aumentando a
expressão de coestimuladores nas APCs .
○ Várias citocinas contribuem para a diferenciação das células T CD8 + e para a
manutenção de células efetoras e de memória dessa linhagem.
○ Primeiro sinal - reconhecimento do antígeno apresentado através do MHC I.
○ Segundo sinal - CD4+.
○ Apresentação cruzada.
○ Ativação e expansão: IL-2, IL-15 e IL-7.
○ Aquisição de competência funcional - grânulos citoplasmáticos contendo granzimas e
perforinas. Secreção de citocinas - IFN-y.
● Células T de memória: respostas imunes a um antígeno mediadas por células T normalmente
resultam na geração de células T de memória específicas para aquele antígeno, as quais
podem persistir por anos, ou mesmo por toda a vida.
○ As células de memória podem se desenvolver a partir de células efetoras ao longo de
uma via linear, ou populações efetoras e de memória seguem uma diferenciação
divergente e representam dois destinos alternativos dos linfócitos ativados pelo
antígeno e outros estímulos.
○ As propriedades que definem as células de memória são sua capacidade de sobreviver
em estado quiescente após a eliminação do antígeno e iniciar respostas maiores e
mais rápidas aos antígenos do que as geradas pelas células naive.
■ As células de memória expressam níveis aumentados de proteínas
antiapoptóticas, as quais podem ser responsáveis por sua sobrevivência
prolongada. As proteínas antiapoptóticas que promovem a sobrevivência das
células de memória incluem Bcl-2 e Bcl-XL , as quais bloqueiam a apoptose
induzida por uma deficiência dos sinais de sobrevivência.
■ As células de memória respondem mais rapidamente à estimulação antigênica
do que as células naive específicas para o mesmo antígeno.
■ O número de células T de memória específicas para qualquer antígeno é
maior do que o número de células naive específicas para o mesmo antígeno.
■ As células de memória são capazes de migrar para os tecidos periféricos e
responder a antígenos nesses locais.
■ As células T de memória são menos dependentes de coestimulação do que as
células naive, permitindo que as células de memória respondam a antígenos
apresentados por uma vasta gama de APCs em tecidos periféricos.
■ As células de memória passam por uma proliferação lenta, e essa capacidade
de autorrenovação pode contribuir para o longo tempo de vida do pool de
memória.
■ A manutenção das células de memória é dependente de citocinas, mas não
requer o reconhecimento do antígeno. A citocina mais importante para a
manutenção das células T CD4 + e CD8 + de memória é a IL-7.
Hipersensibilidades
● Hipersensibilidade tipo II: anticorpos IgG e IgM específicos para antígenos da superfície
celular ou da matriz extracelular podem causar lesão tecidual ativando o sistema
complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas funções celulares normais.
○ Mediada por anticorpos.
○ Os anticorpos que causam doenças específicas de células ou de tecidos são
geralmente autoanticorpos produzidos como parte de uma reação autoimune, mas,
algumas vezes, são anticorpos específicos para microrganismos.
○ Mecanismos de lesão tecidual e doença:
■ Opsonização e fagocitose de células: os anticorpos que se ligam a antígenos
da superfície celular podem opsonizar diretamente as células ou ativar o
sistema complemento, resultando na produção de proteínas do complemento
que opsonizam as células. Essas células opsonizadas são fagocitadas e
destruídas pelos fagócitos que expressam receptores para a porção Fc dos
anticorpos IgG e receptores para proteínas do complemento.
■ Recrutamento e ativação de leucócitos (neutrófilos e macrófagos) mediadas
por receptor Fc e complemento: Os anticorpos depositados nos tecidos ativam
o complemento, levando à liberação de produtos de clivagem, como o C5a e
o C3a, que recrutam neutrófilos e macrófagos. Esses leucócitos expressam
receptores para Fc e receptores paracomplemento que ligam anticorpos ou
proteínas ligadas do complemento. Os leucócitos são ativados pela
sinalização dos receptores (particularmente receptores Fc), enquanto produtos
de leucócitos (incluindo enzimas lisossomais e espécies reativas de oxigênio)
são liberados e produzem lesão tecidual.
■ Anormalidade nas funções celulares, por exemplo, sinalização por receptor
de hormônio, bloqueio de receptor neurotransmissor: Os anticorpos que se
ligam a receptores celulares normais ou outras proteínas podem interferir com
as funções desses receptores ou proteínas e causar doença sem inflamação ou
dano tecidual. Por exemplo, na doença de Graves (painel esquerdo),
autoanticorpos específicos para o receptor do hormônio estimulador da
tireoide (TSH, do inglês, thyroid stimulating hormone) na glândula tireoide
estimula a atividade dos receptores mesmo na ausência de TSH, causando
liberação excessiva dos hormônios da tireoide (hipertireoidismo).
Imunologia dos transplantes
Imunidade Tumoral