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linfócito T (conclusão) e B
JOSÉ FELIZ
APC – Células Profissionais Apresentadoras de Ag
Diferenciação de linfócitos T: o papel das células
dendríticas
O programa de diferenciação dos linfócitos T naive irá originar, linfócitos com
características efetoras (ex eliminação de células-alvo), reguladoras (ex. modulação de
produção de Ac) e de memória
Qualquer programa de diferenciação de linfócitos T envolve a participação de fatores
de transcrição que irão ativar de uma maneira especifica genes não expressos
anteriormente e que podem contribuir para a não expressão de outros
Esta alteração dos genes dos linfócitos T em divisão tem 2 consequências:
Promovem a expressão de recetores presentes na membrana citoplasmática ,
sendo que alguns são expressos de novo (ex. CD25, CD96, CD71, KIR),
enquanto a expressão de outros pode diminuir (ex TCR, CD4, CD28, CD62L,
CCR7)
Mudanças na capacidade do linfócito T de produzir citocinas e outros
mediadores
As células dendríticas (DC) participam ativamente na Imunidade Inata e exercem papel
basilar na ativação da componente adaptativa, nomeadamente na sua função de APC
As Células Dendríticas (DC) e a diferenciação
As DC podem classificar-se em vários tipos com base na localização, características
imunogénicas e sua origem
Em relação à origem existem 2 tipos principais de DC: mieloides e plasmacitoides
As DC mieloides são morfologicamente parecidas aos monócito, expressam marcadores
mieloides juntamente com altos níveis de expressão de CD11c e CD1a e produzem
grandes quantidades de IL-12 e IFN- γ após ativação
As DC plasmacitoides são parecidas com os linfócitos B produtores de Ig (plasmócitos) ,
não expressam marcadores mieloides, mas expressam níveis elevados CD123 (cadeia α
do recetor da IL-3) e secretam grandes quantidades de IFN- α e IFN- β apos ativação)
Regra geral, as DC originadas na medula óssea saem para a circulação e migram para os
tecidos não-linfoides, onde se encontram num estado de DC imaturo, caraterizado por
elevada capacidade de endocitose e baixa expressão de recetores ativadores de linfócitos
T e de produção de citocinas. Apos o reconhecimento e endocitose de um Ag ou a ação
de citocinas inflamatórias as DC imaturas entram num processo de diferenciação em DC
maturas, possuidoras de uma grande capacidade de apresentação de Ag. Todavia as DC
maduras adquirem a capacidade de sair dos tecidos onde capturam o Ag e migrar ate aos
órgão linfoides 2ºs (gânglios linfáticos, placas de peyer e baço) onde irão ativar linfócitos
T
As células dendríticas (DC) e a diferenciação
Verificou-se que há DC que não têm só uma função ativadora ou imunogénica, pois há tb
uma população com características opostas. Assim podem-se distinguir 2 grupos de células:
Imunogénicas: Sb de origem mieloide e estão localizadas em órgão linfoides 2ºs, onde
apresentam Ag estranhos que entram no organismo. Expressam elevados níveis de
MHC II e recetores coestimuladors CD80, CD86 e CD40 e produzem quantidades
elevadas de citocinas inflamatórias (ex. IL-12, TNF- α e IFN- α) apos ligação de
recetores de Lectina tipo C (CLR) e TLR. Possuem grande capacidade de
apresentação de Ag e de ativação de linfócitos T naive, levando a um programa de
diferenciação de linfócitos T naive em linfócitos T efetoras e amplificadoras da
resposta imunológica
Tolerogenicas: Presentes sb em lugares de entrada de Ag do exterior como a pele e
mucosas. Expressam baixos níveis de MHC II e recetores coestimuladores CD80,
CD86 e CD 40, assim como produzem as citocinas supressoras IL-10 e TNF- β.
Expressam níveis elevados de recetores inibidores ILT-3 e 4. Possuem fraca
capacidade de transmitir sinais clássicos de ativação dos linfócitos T naive os quais
poderão diferenciar-se em linfócitos T supressores. As DC tolerogenicas funcionam
como “sentinelas” do sistema imunológico, responsáveis pela manutenção de
tolerância a Ag próprios que se originam no processamento continuo de células
apoptoticas
Subpopulações de Linfócitos Th
Subpopulações de Linfócitos Th
Diferenciação de Linfocitos CD4+ induzidos por
células dendríticas (DC)
A ativação de linfócitos CD4+ naive não é linear: a sua ativação por DC raramente
resulta na ativação de um único programa de diferenciação mas antes de vários
programas simultâneos em que um deles será predominante
Apos ativação induzida por péptidos no contexto do MHC II, os linfócitos T CD4+
naive entram num programa de diferenciação que pode levar à formação de vários
tipos de linfócitos: Th1, Th2, Th17, Treg, etc
O programa de diferenciação do linfócito Th é determinado por:
Microambiente citocinico
Tipo de DC
A força de interação entre o TCR e o MHC:péptido
Presença de recetores coestimuladores
Quando o linfócito T é ativado inicia uma serie de sinais intracelulares que
culminam na ativação de fatores de transcrição que irão regular a transcrição de
genes para citocinas e outros fatores reguladores
Diferenciação de Linfocitos CD4+ induzidos por células dendríticas
Linfócitos Th1
Caracterizados por produzirem: IL-2, IFN- γ e TNF-β, as duas ultimas com
propriedades inflamatórias e por expressar o recetor CD28
Este modelo de diferenciação do Th1 assume que a ativação do linfócito T CD4+
naive por uma DC, previamente ativada por um Ag num microambiente onde
prevalecem as citocinas, IL-12 e IFN- γ, presumivelmente, produzidas pela DC
ativada resulta na ativação de fatores de transcrição STAT-3, T-ber e Eomes que
irão regular a ativação da transcrição de genes das citocinas: IL-2, IFN- γ e TNF-β
dos linfócitos CD4+
A IL-2 funciona principalmente como fator de crescimento para os próprios
linfócitos Th1, assim como para os linfócitos T CD8+
O IFN-γ tem um papel determinante na amplificação da resposta imunológica,
nomeadamente na ativação de macrófagos, no desenvolvimento de linfócitos Th1 e
Tc1, do aumento da atividade citotóxica de linfócitos Tc1 e NK e do aumento da
capacidade apresentadora de Ag das DC
Os linfócitos Th1 são responsáveis por potenciar respostas contra bactérias
intracelulares e vírus, mediadas por outros linfócitos T (CD8+ e NK) – envolvidos
na REGULAÇÃO DE RESPOSTAS CELULARES
Linfócitos Th2
Caracterizados pela produção de: IL-4, IL-5, IL-9, IL-10, IL-13 e por expressar o recetor CD28
O modelo de diferenciação de linfócitos Th2 assume que a ativação de um linfócito T CD4+ naive por uma
DC ativada num microambiente onde predomine a citocina IL-4 presumivelmente produzida pelo linfócitos
T CD4+, horas depois à ativação resulta na ativação de um programa de diferenciação STAT-6, GATA-3 e
C-Maf
Por sua vez estes fatores irão regular a ativação dos genes das citocinas acima referidos nos linfócitos T
CD4+, passando estes a produzir estas citocinas
Em relação ao GATA-3 é importante salientar que realiza uma dupla função devido a que atua através da
reorganização da cromatina e isto permite o acesso dos factores de transcrição a regiões promotoras dos
genes das citocinas referidas, outrora inacessíveis, facilitando a diferenciação em linfócitos Th2. Por outro
lado esta mesma reorganização impede o acesso a outros fatores de transcrição como o STAT-4 às regiões
promotoras dos genes das citocinas IL-2. IFN- γ e TNF-β, inibindo a diferenciação em linfócitos Th1.
Os efeitos biológicos destas citocinas são variados incluindo:
Regulação da produção de Ig por linfócitos B
Ativação de eosinófilos
Desgranulação de mastócitos
Inibição da formação de linfócitos Th1
Inibição da ativação dos macrófagos
Portanto os linfócitos Th2 são responsáveis por regular respostas mediadas por anticorpos produzidos por
linfócitos B contra agentes patogénicos EXTRACELULARES E ALERGÉNIOS, estando envolvidos na
REGULAÇÃO DE RESPOSTAS HUMORAIS E DOENÇAS ALÉRGICAS
Linfócitos Th17
Caracterizados pela produção quase exclusiva de IL-17 e por expressar o
recetor CD28
O modelo de diferenciação dos linfócitos Th17 assume que a ativação do
linfócito T CD4+ naive por uma DC ativada num microambiente onde
predominem as citocinas TGF-β. IL-1β. IL-6 e IL-2, resulta na ativação de
um programa de diferenciação onde é ativado o factor de transcrição
RORγt, responsável pela transcrição do gene da citocina IL-17, passando
estes linfócitos a produzir esta citocina juntamente com o recetor para a IL-
23. A ligação da IL-23 presente no ambiente ao seu recetor é responsável
por manter os linfócitos TCD4+ que foram ativados em divisão
Os linfócitos Th17 são ALTAMENTE INFLAMATORIOS, responsáveis
por promover respostas imunológicas contra BACTERIAS
EXTRACELULARES E FUNGOS, através do recrutamento de monócitos
e neutrófilos e estando tb envolvidos na PATOGENESE DE DOENÇAS
AUTOIMUNES
Linfócitos Treg CD4+induzidos
Os linfócitos Treg, que têm origem na periferia como resultado da diferenciação dos linfócitos T
CD4+ convencionais, recebem o nome de linfócitos Treg CD4+ INDUZIDOS, para os diferenciar
dos linfócitos Treg CD4+ com origem no timo.
Caracteriza-se pela produção de IL-10 e TGF-β e pela expressão dos recetores CD25, CTLA-4 e
GITR
À semelhança dos outros tipos, os linfócitos Treg CD4+ tb expressam o recetor CD28
O modelo de diferenciação de linfócitos Treg CD4+ proposto assume que a ativação de um
linfócitos T CD4+ naive por uma DC ativada num microambiente onde prevaleça as citoquinas IL-
10, IFN-α e/ou TGF-β, resulta na ativação de um programa de diferenciação onde é ativado o fator
de transcrição Foxp3, a marca de identidade deste tipo de linfócitos T. De facto, a expressão do
Foxp3 é suficiente para iniciar o processo de diferenciação de linfócitos T CD4+ convencionais em
Treg CD4+
Parece que a formação de linfócitos Treg CD4+ na periferia é induzida por DC tolerogenicos, muito
provavelmente DC com uma maturação deficiente que expressam baixos níveis de moléculas de
MHC-II e recetores coestimuladores e secretam IL-10 e TGF-β. Estas DC tolerogenicas qdo
interagem com linfócitos T convencionais transmitem sinais intracelulares opostos aos que transmite
as DC imunogénicas, levando à expressão do fator de transcrição Foxp3
Os linfócitos Treg CD4+ induzidos possuem uma elevada capacidade de suprimir respostas
mediadas por linfócitos T CD4+ e CD8+, incindindo tanto ao nível da fase da expansão
/proliferação como na fase efetora (ex na produção de citocinas, atividade citotóxica)
3º SINAL- Citoquinas
Th1 vs Th2
Diferenciação de Linfócitos CD8+ convencionais induzidos por
células dendríticas
Diferenciação de Linfocitos CD8+ convencionais
induzidos por células dendríticas (DC)
Os processos não estão tão bem caracterizados como acontecem com os
linfócitos T CD4+
Os linfócitos T CD8+ naive tb se podem diferenciar e vários tipos de
linfócitos apos interação com as células dendríticas: Tc1. Tc2, Tc17 e
Treg CD8+, etc
Alguns dos factores que determinam o programa de diferenciação dos
linfócitos T CD8+ são semelhantes aos dos linfócitos T CD4+,
nomeadamente:
O tipo de DC
O ambiente citocinico
A presença de sinais coestimuladores
Numero de divisões completadas
MAS existem fatores que parecem ser específicos para os linfócitos T
CD8+
Linfócitos Tc1
São conhecidos por linfócitos T CD8+ citotóxicos ou CTL ( Cytotoxic T Lymphocytes) e são caracterizados
pela produção de citocinas IFN- γ e TNF- α e das enzimas líticas perforina e granzima.
Os linfócitos Tc1 caracterizam-se tb pela expressão à superfície dos recetores CD28 e CD95L
O modelo de diferenciação de linfócitos Tc1 assume que a ativação de um linfócito T CD8+ naive por uma
DC, previamente ativada por um Ag, ocorre num microambiente onde prevaleçam as citocinas IFN- γ e Il-12
(provavelmente produzidas por DC ativadas).
Isto resulta na ativação de um programa de diferenciação onde é ativada a transcrição dos genes da IL-2, IFN-
γ, perforina e granzima pelos linfócitos T CD8+
Este modelo pressupõe que uma DC é capaz de ativar linfócitos T naive CD4+ e CD8+ simultaneamente –
isso permite que os linfócitos T CD8+ que foram ativados beneficiem da produção de citocinas por parte de
T CD4+ que por sua vez ativaram um programa de diferenciação Tc1
Os linfócitos Tc1 são responsáveis pela ELIMINAÇÃO DE CELULAS-ALVO (células infetadas por vírus ,
bactérias e células tumorais), através:
Libertação de grânulos líticos contendo as enzimas perforina e granzima
Da interação do CD59L presente no linfócito Tc1v com o CD95 – o recetor de morte presente na
célula alvo a ser destruída
Estes 2 mecanismos estão dependentes e restritos ao reconhecimento pelo TCR do linfócito Tc1 do mesmo
complexo MHC-I: péptido que ativou o linfócitos T CD8+ naive, mas desta vez na superfície da célula-alvo
Os linfócitos Tc1 são tb responsáveis pela AMPLIFICAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLOGICA,
nomeadamente através das citocinas pró-inflamatorias IFN-γ e TNF-α, as quias induzem a formação de mais
linfócitos Th1 e Tc1, aumentam a atividade fagocitica dos macrófagos e ativam os linfócitos NK citotoxicos
Linfócitos Tc2
Caracterizados pela produção de Il-4, IL-10 e IFN-γ assim como por possuir alguns
grânulos contendo perforina e granzima e por expressar o recetor CD28
O modelo de diferenciação de linfócitos Tc2 assume que a ativação de um linfócito
T CD8+ naive por uma DC ativada ocorre em um microambiente onde prevalece a
citocina IL-4, provavelmente produzida por um linfócito Th2 ativada pela mesma
DC
Estes sinais resultam na ativação de um programa de diferenciação onde tudo indica
que são ativados os fatores de transcrição STAT-6 e GATA-.3 responsáveis pela
transcrição dos genes para a IL-4, Il-10. IFN-γ, perforina e granzima
Os linfócitos Tc2 possuem características de linfócitos Th2 (regulam respostas de
linfócitos B) e de linfócitos Tc1 (possuem propriedades citotóxicas responsáveis
pele eliminação da célula – alvo)
No entanto a atividade citotóxica dos linfócitos Tc2 é muito menor que a dos Tc1 e
é exercida preferencialmente através da libertação de perforinas e granzimas
Linfócitos
Tc17
Caracterizados pela produção de Il-17 e por expressar o recetor
CD28
O modelo de diferenciação proposto sugere que os linfócitos Tc17
têm o mesmo precursor que os linfócitos Tc1 produtores de IFN-γ.
Divergindo a certa altura para um fenótipo predominantemente
produtor de IL-17 num microambiente onde predominam as
citocinas IL-1β, Il-6, IL-23 e TGF-β
Esta combinação de fatores resulta num programa de diferenciação
onde são ativados os fatores de transcrição STAT-3 e RORγ
responsáveis pela transcrição do gene da citocina IL-17.
Apesar de serem eminentemente INFLAMATORIOS, os linfócitos
Tc17 não expressam ou expressam pouco CD59L, perforina ou
granzima, não compartilhando das propriedades citotóxicas dos
linfócitos Tc1
Linfócitos Treg CD8+ induzidos
Os Treg CD8+ induzidos são produzidos na periferia a partir de linfócitos T CD8+ naive
Têm a capacidade de inibir a proliferação de linfócitos T específicos para um determinado Ag e que
tb são designados por alguns autores como linfócitos T CD8+ supressores ou Ts
Pensa-se que ativação do T reg CD8+ naive por uma DC com características tolerogenicas ocorra
num microambiente onde prevalecem as citocinas IL-10 e TGF- β
O microambiente onde os linfócitos T CD8+ naive são ativados favorece a ativação do fator de
transcrição Foxp3, passo indispensável para o inicio do programa de diferenciação em linfócitos
Treg CD8+
Os linfócitos Treg CD8+ induzidos não expressam o recetor CD28 e expressam o recetor KIR
Por isso muitos autores designam estes linfócitos como linfócitos T CD8+KIR+CD28-
Os linfócitos Treg CD8+ induzidos estão restritos por moléculas do MHC-I e são capazes de
induzir tolerância na célula dendrítica com a qual interagem inibindo assim possíveis respostas
mediadas por linfócitos T CD4+ específicos para o Ag (Th1 ou Th2)
Para que a imunossupressão seja efetiva é necessário o contacto celular simultâneo entre a célula
dendrítica , o linfócitos Treg CD8+ e o linfócito T CD4+ que vai ser anergizado. De realçar que as
DC tolerogenicas possuem níveis elevados de expressão de recetores NK inibidores, nomeadamente
ILT-3 e IlT-4. A interação destes recetores com os seus ligando naturais presentes em linfócitos T
resulta em sinais intracelulares inibidores que podem levar á formação de mais linfócitos Treg
IMUNOLOGIA oral –linfócito B
Web site útil
www.bio.davidson.edu/courses/immunolog
y/Flash/Bcellmat.html
IMUNOLOGIA
Ig de membrana (BCR) e Ig secretada
- Nas imunoglobulinas de membrana as extremidades C (carboxil) das cadeias pesadas apresentam
um domínio hidrofílico de 26 aa, um prolongamento não globular de aminoácidos que
constituem a porção transmembranaria (com cerca de 25aa) e uma curta porção citosólica da
imunoglobulina
IMUNOLOGIA
Estrutura geral das Imunoglobulinas
IMUNOLOGIA
Estrutura geral das Imunoglobulinas
IMUNOLOGIA
Estrutura geral das Imunoglobulinas
Glicoproteínas com 4 cadeias peptidicas unidas entre si por pontes
dissulfito:
2 cadeias pesadas (H), iguais entre si na mesma Ig
5 tipos: γ, α, μ, δ e ε que definem o isotipo (ou classe) das Igs, respectivamente
IgG, IgA, IgM, IgD e IgE
A sua concentração plasmática varia: IgG (70-75%), IgA (15-20%), IgM (cerca
de 10%), IgD (cerca de 1%) e IgE (vestigial)
As cadeias pesadas das Igs possuem dois tipos de domínios (ou regiões
globulares):1 domínio “variável”, que se liga ao epitopo do antigéneo e 3 a 4
domínios constantes (4 para a IgM e IgE e 3 para as restantes Igs); é esta porção
constante da cadeia pesada que define o isotipo da Ig, em termos de composição
aminoacidica e glucidica e é a responsável pela função efectora da Ig
(extremidade que se liga às várias células do sistema imunológico e ao C1 do
complemento)
Existem sub-classes na classe IgG e IgA. Estas sub-variedades da cadeia pesada
definem 4 subclasses de IgG (IgG1,IgG2,IgG3,IgG4) e 2 subclasses de IgA
(IgA1,IgA2) correspondendo às variedades de cadeias pesadas γ1,γ2,γ3,γ4 e
α1,α2 respectivamente, no que diz respeito a diferenças da região de charneira,
em termos de tamanho e numero de pontes dissulfito
2 cadeias leves (L), iguais entre si na mesma Ig
2 tipos: κ, cerca de 2 vezes mais abundantes e λ. A variedade de cadeias leves
não influencia a função efectora da Ig.
Distinguem-se dois tipos de domínio, sendo 1, constante e outro, variável (que
liga o antigéneo)
IMUNOLOGIA
Função das Imunoglobulinas:
São moléculas com dupla função:
Pelas suas extremidades Fab (parte variável), reconhecem o
antigénio ligando-se aos epitopos para os quais tem
afinidade
Pela extremidade Fc (parte constante) exercem funções
efectoras ou de “ação” ativando a cascata do complemento
(ao ligar-se ao C1q) e estimulando várias células do sistema
imune a exercerem funções de defesa através da sua ligação
a recetores específicos dessas células. É assim a porção da
molécula responsável pela sua ação biológica,
nomeadamente a opsonização, a ativação de macrófagos, a
ativação e libertação de citoquinas pelas células do sistema
imunológico, etc)
IMUNOLOGIA
Classes das Imunoglobulinas
IMUNOLOGIA
Funções efectoras das classes e sub-classes das
Igs
Distribuição das Ig
Sub-classes das Ig
Existem para a IgG e IgA (A1 e A2)
IMUNOLOGIA
IgA dimérica e IgM pentamérica
IMUNOLOGIA
A região de Charneira é flexível
IMUNOLOGIA
Recetores das Imunoglobulinas nos fagócitos
(FcR)
IMUNOLOGIA
Recetores Fc da IgE
RI – Alta Afinidade
Mastócitos
Basófilos