Você está na página 1de 34

Imunologia

Aula 10

Sandra Marques

2021

1
Sumário
• Definção
• Teoria da expansão clonal
• Maturação dos linfócitos
• Activação dos linfócitos
• Sub-população dos linfócitos
• APC

2
Sistema Imune (SI) Adquirido - Linfócitos

3
Teoria da Expansão Clonal
Linfócitos T e B

4
Linfócitos T

 Linfócitos T são maturadas no timo a partir de células T percursoras


derivadas de células tronco na medula óssea.

 Estes percursores diferenciam-se no timo em linfócitos T maturos que


expressam moléculas funcionalmente importantes como o TCR, CD4 e
CD8.

 O timo produz grandes números de linfócitos T antigénico-específicos,


maturos, os quais migram para os tecidos linfoides periféricos.

5
Linfócitos T

6
Maturação dos Linfócitos T

 A maturação T ocorre no timo- timócitos.

 Estes proliferam e diferenciam-se ao longo de fases distintas originando


subpopulações de linfócitos T

 No repertório inicial de timócitos:

 Sobrevivem alguns cujo TCR normalmente reconhece moléculas


self-MHC - selecção positiva.

 Eliminam-se aqueles que reagem fortemente com moléculas self-


MHC - selecção negativa.

7
Maturação dos Linfócitos T

8
Maturação dos Linfócitos T

 Após a chegada ao timo estes percursores ainda sem o complexo TCR


formado ( pre-TCR) sofrem durante semanas mudanças fenotípicas e não
apresentam moléculas CD4 e CD8, sendo referidos como DN (double-
negative cells ou células duplamente negativa): CD4¯ e CD8¯.

 Cerca de « 5% desta população quando sofre rearranjo do TCR origina


células CD4¯CD8¯ TCR que saem para a periferia do organismo (?).

9
Maturação Tímica -evolução T
 Timócitos vêm da medula óssea para o TIMO

 São inicialmente células duplamente negativas (DN, sem antigénio CD4


- e CD8-): sem TCR estruturado

 DN TCR 

 Periferia

 Apoptose

 DN Pré-TCR

 DP (CD4+ CD8+) TCR  - apoptose

 CD4+ TCR  e CD8+ TCR  - periferia (Single-Positives)


10
Ontogenia T

11
ACTIVAÇÃO DE LINFÓCITOS
Linfócitos T naíves saem do sangue

entram nos
nódulos linfáticos

activados por macrófagos infectados

proliferação / diferenciação de
células T específicas para os
antigénios

Os linfócitos não activados regressam


novamente ao sangue periférico
células T CD4+ (MHC classe 12
II)
Linfócitos T CD4+ ou T helper

 Resumindo, depois da selecção tímica- positiva e negativa da


apoptose das células cujo rearranjo do TCR foi improdutível, só
sobrevivem duas subpopulações “major” que são os linfócitos T
helper e os T citotóxicos- imunidade Celular.

 Os linfócitos T CD4+ (helper) quando se maturam geram células


efectoras e células memória, com funções , como o próprio nome
indica, de ajuda a outras células.

13
Linfócitos T CD4+ ou T helper

O seu papel modulador da imunidade celular faz-se através de


citoquinas secretadas que por sua vez actuam de várias maneiras:
 Induzem a secreção de Imunoglobulinas

 Activação de complemento

 Quimiotaxia de neutrófilos

 Activação de macrófagos

 Proliferação de células B

14
Linfócitos T CD4+ ou T helper

• O TCR da T helper interage


sempre com o péptido
antigénico à superfície de
moléculas MHC Classe II,
expressas na APC; estas
moléculas proteicas são MHC II
pois tal resultou do seu
processamento, como veremos
mais á frente.

15
Linfócitos T CD4+ ou T helper
 A activação de linfócitos T helper é , então iniciada pela interacção do
complexo TCR-CD3 com o péptido processado e apresentado em
associação com as moléculas de MHC Classe II da célula APC;

 Para além deste reconhecimento, para ocorrer proliferação celular é


necessária a interacção de moléculas co-estimulatórias entre as 2
células ( CD28 na célula T e moléculas da família B7 na APC).

16
Linfócitos T CD4+ ou T helper

 A activação destas células requere, portanto, 2 sinais:


1. O reconhecimento TCD4+ do antigénio à superfície da APC no
contexto MHC Classe II
2. Interacção de moléculas de co-estimulação (B7-CD28)
 A falha em qualquer um deles reflecte-se não na activação mas num
estado de ANERGIA celular T.

17
Linfócitos Th Activação

18
Linfócitos TCD4+ (Th)
Activação - Proliferação

Os linfócitos Th formam por


sua vez, duas subpopulações
distintas pelo painel de
citoquinas secretado:

 Th2- IL-4, IL-5, IL-6 e IL-10


( activadores de B).

 Th1- IL-2, IFN- , TNF


(activadores de Tc e de
reacções DTH)

19
LINFÓCITOS T CD4+
Linfócitos T CD4+ Th1

produção de IFN-γ

activação dos macrófagos


(expressão de CD40)

lise dos
pode macrófagos
resultar infectados
(via Fas-
FasL)
morte das bactérias

20
LINFÓCITOS T CD4+

21
Linfócitos T CD8+ ou T Citotóxicos
A regulação da acção da células Thelper é mediada pelas próprias
citoquinas produzidas, que actuam autocrinamente e na própria
APC. O perfil de citoquinas sendo oposto leva a que tenha que
haver um equilíbrio imunológico permanente entre elas, ex.: IFN- 
e IL-4.

22
Linfócitos T CD8+ ou T Citotóxicos

 As células TCD8+ (Tc ) são eficazes


essencialmente contra vírus e
células tumorais;
 São características também por
libertar TNF-  e IFN- que actuam
sinergisticamente.
 As T CD8+ podem também constituir
uma população distinta das Tc, que
é a Ts ou T supressoras, cuja função
é suprimir ambas as respostas
celulares e humorais do SI - esta
população não foi ainda
devidamente isolada e identificada a
sua função.
23
Linfócitos T CD8+ ou T Citotóxicos

• Os linfócitos T CD8+ assim como os


linfócitos Thelper necessitam da
interacção do complexo TCR-CD3 com o
péptido; neste caso o péptido é sempre
processado e apresentado em
associação com as moléculas de MHC
Classe I á superfície da APC.

24
Linfócitos T CD8+ ou T Citotóxicos

 Para além do 1º sinal de activação- atrás referido- assim como as


células Thelper, as células T citotóxicas necessitam de co-estimulação
( CD28-B7) para não entrarem em anergia.

 Ainda necessitam para uma maior e melhor expansão clonal de acção


da citocina IL-2 que elas próprias produzem, ou as células T helper
secretam.

 Os linfócitos TCD8+ memória ao contrário dos naíve necessitam de


pouca ou nenhuma co-estimulação para serem activados.

25
LINFÓCITOS T CD8+
✺ Mecanismos de destruição lítica (citotoxicidade)

• ligação do CD8+ ao macrófago pelas moléculas de


adesão e pelo receptor dos linfócitos T que causa
polarização nos organelos;

• libertação de proteínas indutoras da formação de


poros na célula alvo (perforinas);

• libertação de granzimas (devido à origem granular);

• indução da apoptose após contacto intracelular


(moléculas Fas).

A produção de IFN-γ pelos T CD8+ Tc1 tem aqui


um papel relevante
26
MECANISMO DE CITOTOXICIDADE (TCD8+)

TCD8+ TCD8+
Perforinas Granzimas

Polimerização Ca2+
das perforinas

Canais
Célula alvo Célula alvo
27
Linfócitos T CD8+ ou T Citotóxicos
A morte apoptótica é As CTLs organizam os seus
diferente da necrótica, que organelos e citoesqueleto de
aparece geralmente em maneira a descarregar os seus
estados inflamatórios; a
grânulos no sítio de contacto
célula TCD8+ é capaz de
com a célula alvo.
provocar a apoptose da
célula alvo sem prejudicar as
células vizinhas

28
Linfócitos T CD8+ ou T Citotóxicos

As CTLs são também


capazes de uma
acção contra
tumores ou
antigénios tumorais,
uma vez que são
capazes de
reconhecê-los em
associação com as
moléculas de MHC
Classe I .

29
Superantigénios

30
Superantigénios

Para ambas as populações linfocitárias,


existem alguns produtos proteicos
bacterianos ou virais que podem iniciar
a activação T sem a necessidade do
processamento do antigénio pelo MHC
da célula target, que é o caso dos
superantigénios:
– Staphylococcal enterotoxins (SE)
– Toxic shock syndrome toxin (TSST)

31
Superantigénios

32
APCs
• As células T só
reconhecem o
antigénio, como
sempre referimos à
superfície de uma
APC - célula
apresentadora de
antigénio; esta
pode ser de 3 tipos
- DC (células
dendríticas),
macrófagos ou
linfócitos B

33
Dúvidas???

34

Você também pode gostar