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Ativação linfócitos T

Imunidade Celular
Profª. Lilian C. S. Vandesmet
Ativação linfócitos T
• O reconhecimento do antígeno é o primeiro sinal necessário para a
ativação dos linfócitos;

• Desencadeando uma resposta imune especifica para cada antígeno.


Ativação linfócitos T
• Os linfócitos T somente reconhecem antígenos protéicos, processados e
apresentados por moléculas de MHC na superfície de uma célula
apresentadora de antígeno;

• O linfócito T CD4+ auxiliar reconhece o complexo peptídeo-MHC de


classe II;
• O linfócito T CD8+ citotóxico reconhece o complexo peptídeo-MHC de
classe I.
Ativação linfócitos T
• A localização do antígeno irá determinar por qual molécula de MHC ele
será apresentado;

• Para que ocorra a apresentação do complexo peptídeo-MHC na superfície


celular é necessária a degradação dos antígenos oriundos dos
microrganismos, evento denominado processamento antigênico.
Ativação linfócitos T
• Por ação do proteassoma, proteínas citoplasmáticas são reduzidas a
peptídeos, os quais são transportados para o interior do Retículo
Endoplasmático (RE) para unirem-se às moléculas de MHC I recém-
sintetizadas;

• CD8 funciona como auxiliar na interação entre célula e linfócito T


citotóxico.
Ativação linfócitos T
• Por ação das catepsinas lisosomais, proteínas de origem extracelular são
reduzidas a peptídeos. Estas vesículas digestivas se fundem a vesículas
exocíticas contendo moléculas de MHC II, sendo o complexo MHC II -
peptídeo levado até a superfície celular;

• CD4 funciona como auxiliar na interação entre célula e linfócito T


auxiliar.
Implicações destas duas vias de apresentação de antígenos:

Quem infecta? Como é Para quem é Como se dá a


apresentado? apresentado? resposta?

microrganismos apresentação por ... para Lise da célula


intracelulares MHC I linfócito T infectada
CD8 (T CD8)

Fagocitose
apresentação por ... para (macrófagos)
microrganismos
extracelulares MHC II linfócito T e/ou
CD4 Anticorpos
(linfócitos B).
Ativação linfócitos T
• O processo de reconhecimento dos antígenos pelos linfócitos T é
altamente específico;

• Ocorre nos órgãos linfoides secundários:


• Os linfócitos serão ativados;
• Iniciam a proliferação.
Ativação linfócitos T
Ativação linfócitos T
• Os linfócitos T que reconhecem o complexo peptídeo-MHC específico irão passar
por diversas etapas de ativação até adquirir a capacidade efetora.

• A ativação dos linfócitos T compreende três etapas:


• 1° sinal - o reconhecimento inicial pelo TCR do complexo peptídeo-MHC, expresso na
superfície da APC;
• 2° sinal - interação das moléculas co-estimuladoras expressas nas APC com moléculas
expressas nos linfócitos T;
• 3°sinal - secreção de citocinas pelas APCs.
Linfócitos T reconhecem antígenos após estes terem sido processados
por outra célula;
Processamento:
No interior celular, proteínas são degradadas a peptídeos;
Os peptídeos gerados são montados sobre um ‘pedestal’ (MHC), sendo este
conjunto peptídeo-pedestal levado até a superfície da célula.

Peptídeo
interagindo
com
receptor do
linfócito T
Peptídeo
Peptídeo
interagindo
com MHC
Ativação linfócitos T
• Coestimuladores:

• B7:CD28
• A expressão de B7 é regulada garantindo que a resposta pelos linfócitos T seja
iniciada somente quando necessário.
• CD28 geram sinais de estimulo, para promover a sobrevivência, proliferação e
diferenciação das células T.
Ativação linfócitos T
Ativação linfócitos T
Ativação linfócitos T
• Até o presente, são bem caracterizadas quatro populações de linfócitos T CD4 +:
• Th1, Th2, T reguladoras(Treg) e Th17.
• Th1 secretam IFN, principal citocina envolvida na ativação de macrófagos,
importante no controle de infecções por patógenos intracelulares;
• Th2 secretam IL-4 e IL-5, e estão associadas com as doenças alérgicas e infecções
por helmintos;
• Th17 secretam IL-17, que possui importante papel na inflamação, por induzirem o
recrutamento de neutrófilos.
• Treg têm a função de evitar o desenvolvimento de doenças autoimunes, além de
minimizar respostas imunes exacerbadas que provoquem lesão tecidual.
Fase efetora
linfócito citotóxico
(TCD8+)

Mecanismos de morte
Ativação linfócitos T
• Liberação de grânulos contendo enzimas líticas
Perforina
Granzimas A e B
Granulisina

• As células T CD8+ estão envolvidas principalmente nas respostas


antivirais e também possuem atividade antitumoral.
Ativação linfócitos T

• Granzimas • Perforina
Enzimas proteolíticas que Uma proteína com a
estão presentes em similaridade ao nono
componente do
grânulos citoplasmático de
complemento. Está
linfócitos T citotóxicos e presente em grânulos de
células NK ativam linfócitos T citotóxicos e
caspases nas células alvo, células NK. Subunidades
provocando apoptose. de perforina montam um
poro na membrana da
célula-alvo.
Ativação linfócitos T
Ativação linfócitos T
Ativação linfócitos T
• Após migrarem para o local da infecção, serem ativados e
desempenharem sua função efetora, os linfócitos T morrem por apoptose,
permanecendo no organismo as células T de memória.

• Células de memória serão importantes numa próxima exposição àquele


mesmo antígeno porque são ativadas mais rapidamente, e portanto, serão
capazes de gerar resposta imune mais intensa e eficiente.
Imunidade Celular
• A Imunidade celular tem início com a apresentação de antígenos que se encontrem
na superfície de células do nosso organismo, ligado a moléculas particulares que
são marcadores individuais.
• Esta é a base do reconhecimento dos nossos próprios antígenos (self) e dos
antígenos que nos são estranhos (non-self).
• Células apresentadoras: apresentam antígenos que são estranhos (non-self) ao
nosso organismo.
• Podem ser macrófagos, linfócitos B, células infectadas, células cancerosas ou
células de outro organismo.
Imunidade Celular
• A imunidade celular consiste na ativação de macrófagos por meio
de linfócitos T auxiliares para eliminar microrganismos fagocitados;
• Pode também se referir à ativação de linfócitos T citotóxicos para eliminar
as células infectadas, em conjunto com os reservatórios da infecção;
• É um mecanismo eficiente para eliminar-se organismos intracelulares,
os antígenos.
Imunidade Celular
1. Macrófago (fagocitose)
2. Digestão
3. Formação de fragmentos peptídicos antigénicos
4. Ligação dos fragmentos antigénicos aos marcadores superficiais do macrófago
5. Apresentação e ligação dos fragmentos antigénicos aos linfócitos T
6. Ativação dos linfócitos T - proliferação clonal - produção e libertação de
mediadores químicos com diferentes funções e produção de células T de
memória
Imunidade Celular
• Tem um papel importante no combate aos agentes patogénicos e no
reconhecimento e eliminação de células cancerosas;
• É responsável pela rejeição que ocorre quando se efetuam implantes de
tecidos ou transplantes de órgãos, que possuem antígenos na superfície das
células, diferentes das do individuo receptor;
• O sistema imunitário ao detectar a presença de corpos estranhos desenvolve
uma resposta imunitária que se se traduz pela ativação dos linfócitos T que
vão produzir substâncias capazes de destruir as células estranhas.
Imunidade Celular
1. Transplante do órgão para o receptor/enxerto
2. Reconhecimento por parte dos linfócitos T dos marcadores nas células
transplantadas/enxertadas
3. Resposta imunitária (rejeição) desencadeada pelos linf. T
4. Destruição das células do transplante/enxertadas pelos linfócitos Tc
Exercício

• Qual a importância das citocinas?


• Quais as principais diferenças entre as funções efetoras de LT auxiliares e
LT citotóxicos ?
• Quais são os subtipos de LTh e suas respectivas funções efetoras ?

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