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Co-dominantes: posso ter MHC II com uma cadeia alfa da mãe e uma cadeia beta do pai, ou
vice-versa.
MHC III contém genes para outras proteínas envolvidas no sistema imunitário (proteínas
solúveis), como proteínas envolvidas no sistema complemento (C2, C4B, C4A).
Genes das cadeias beta e alfa para o MHC II: alelos DP, DQ e DR.
Entre indivíduos estas regiões do genoma são muito variáveis o que contribui para os
diferentes haplótipos.
☆ Via citosólica:
Uma proteína viral (intracelular) é produzida nos ribossomas. Posteriormente, esta proteína
vai ser degradada em pequenos péptidos nos proteossomas (onde ocorre a digestão das
proteínas em péptidos)
Os péptidos vão ser transportados para o retículo endoplasmático pela TAP.
No retículo endoplasmático dá-se o encontro do péptido com o MHC I (as cadeias α e β2-
microglobulina do MHC I também são produzidas e acopladas no retículo endoplasmático).
O complexo péptido-MHC I dirige-se ao aparelho de Golgi onde se associa a vesiculas que
vão migrar até à superfície da célula onde o complexo vai ser reconhecido pelas células
CD8+ , T citotóxicas.
☆ Via endocítica:
Ocorre a passagem de proteínas exógenas para dentro da célula, por endocitose.
Depois, estas proteínas vão ser incorporadas no lisossoma, onde vai ocorrer a digestão da
proteína em péptidos.
Seguidamente, o endolisossoma funde-se com uma vesicula exocítica, o que resulta na
libertação da cadeia li (invariável) do dímero αβ.
A libertação da cadeia variável vai permitir que ocorra a ligação dos péptidos ao MHC II.
Assim, há ligação dos péptidos ao MHC II no endossoma e este complexo é transportado
até a superfície das células, onde vai ser apresentado às células CD4+, células T auxiliares.
Principais diferenças:
O antígeno que vai ser apresentado na via citosólica é um antígeno intracelular, por
constituir uma proteína de origem citosólica. Nomeadamente, de origem viral.
No caso dos péptidos apresentados pelo MHC II, estes têm origem exterior, logo a
proteína vai ter que entrar na célula por endocitose.
!!
Expressão induzida - no cado dos macrófagos na presença de citocinas devido a uma
infeção.
Expressão constitutiva – no caso dos linfócitos B e das células dendríticas a expressão do
MHC II é constitutiva. Esta expressão pode ainda ser aumentada nos linfócitos B quando há
a sua ativação.
Linfócitos T:
capazes de reconhecer uma grande quantidade de antígenos/substâncias estranhas
diferentes.
Existe ainda um evento de deleção clonal que se caracteriza pela eliminação dos linfócitos T
que reconhecem com alta afinidade os antígenos próprios.
Isto vai fazer com que o pró-B interaja com o SCF (fator de célula de tronco) e esta
interação ativa o recetor (pré-BCR). Neste ponto a célula pró-B começa a diferenciar-se em
pré-B.
No desenvolvimento da célula pré-B deixa de ser necessário que as células estejam ligadas
ao estroma. Assim, a IL7 (isoleucina 7) é secretada pelas células do estroma e permite está
libertação (das células pré-B).
É de referir que apesar de as pré-B não necessitarem de estar em contacto com as células
do estroma, a isoleucina 7 continua a ser importante para o seu crescimento e maturação.
É também na fase de desenvolvimento das células pró e pré-B onde ocorre o rearranjo dos
genes da cadeia pesada.
E é na fase de desenvolvimento das células B imaturas que há rearranjo dos genes da
cadeia leve.
Na fase dependente dos antígenos, que ocorre nos órgãos linfoides periféricos, as células B
naive (virgens) morrem em poucos dias caso não encontrem o antígeno para que são
específicas e o apresentem às células T auxiliares (de ajuda).
Uma vez ativadas (pela ligação ao antígeno), as células B proliferam e as que têm IgE e
imunoglobulinas de alta afinidade diferenciam-se em células B de memória.
Fase de maturação:
Na maturação as células progenitoras linfoides da medula óssea sofrem sequência
ordenada de arranjos dos genes e de imunoglobulinas e há produção de recetores BCR.
Ainda nesta fase, e na medula óssea, há um processo de seleção negativa.
Assim, desenvolvem-se linfócitos B maduros.
Esta é uma fase de desenvolvimento dos linfócitos B que é independente do antígeno.
Ativação:
Depois há a ativação, em que os linfócitos B naive (virgens) migram para a corrente
sanguínea e linfoide, até aos órgãos linfoides periféricos, onde interagem com o antígeno.
Diferenciação:
Processo em que as células B ativadas se diferenciam em células plasmáticas B e células
de memória.
Nota: As células B e T que são geradas no início da vida fetal possuem recetores de
antígenos menos variados.
A maturação das células B a partir das células progenitoras que foram direcionadas para a
linhagem B ocorre antes do nascimento, no fígado fetal, e depois continua na nossa vida
principalmente na medula óssea.
• As células pró-B e pré-B- não produzem Ig, não respondem a antígenos. Ocorre rearranjo
do gene da cadeia pesada μ. Formação do pré-BCR.
• Células B Imaturas - após o estágio de células pré-B, cada célula B em desenvolvimento
rearranja, inicialmente, um gene da cadeia leve, k. Expressam IgM.
• Subgrupos distintos de células B desenvolvem-se a partir de diferentes progenitores.
No caso dos linfócitos B, o baço tem uma função importante, uma vez que a maioria dos
linfócitos B termina a sua maturação/desenvolvimento neste órgão.
Os Haptenos são moléculas com baixo peso molecular, que são reconhecidos, mas não
conseguem desenvolver uma resposta imune. Contudo, quando conjugamos o hapteno com
uma molécula carreadora como a ovalbumina, o hapteno passa a conseguir induzir a
resposta imune (passa a ser imunogénico).
Existem fatores que influenciam a imunogenicidade:
Quanto maior é o tamanho da molécula mais imunogénica ela pode ser.
Os antígenos que são mais complexos, são mais facilmente são reconhecidos, logo são
mais imunogénicos.
A capacidade de degradação dos antígenos influência a imunogenicidade, uma vez que a
substância por ser degradada é mais facilmente apresentada às células T auxiliares, e
assim, há maior facilidade em desenvolver uma resposta imune.
Fatores genéticos também podem influenciar, uma vez que há substâncias que conseguem
ser imunogénicos para umas espécies e para outras não.
A via de administração também pode influenciar a imunogenicidade.
Os epítopos das células T não estão ligados diretamente às células T, mas sim aos MHCs.
os epítopos formam um complexo tri-molecular.
Os epítopos reconhecidos pelas células T costumam ser internos.
Dentro da imunidade adaptativa, temos duas vertentes, a vertente natural e artificial, que por
sua vez estão divididas em imunização passiva e ativa.
A imunização ativa ocorre de forma natural devido a uma infeção, ou de forma artificial no
caso da vacinação.
O tipo de imunização passiva artificial (por transferência do soro) não é comumente nem
amplamente utilizada (devido a relatos de respostas alérgicas a substâncias estranhas que
vêm no soro e pela designada "doença do soro"), sendo usada principalmente como
antivenenos/antídotos.
Nota: faz-se este tipo de imunização no caso de viajantes que vão para zonas onde vão
estar expostas a antígenos para os quais não têm defesas imunes.
A imunização passiva não permite uma resposta que vá desenvolver células de memória.
Vacinação é um tipo de imunidade ativa, é uma forma mais efetiva de controlar doenças
infeciosas e de conseguir criar células de memória.
A vacinação é muito eficiente, contudo não é 100% eficaz. Isto porque, há pessoas (poucas)
que não conseguem desenvolver uma resposta imune ao antígeno a que são expostas, não
ficando protegidas/imunes.
Como funciona a imunidade grupo?
Na imunidade de grupo, quando quase todas as pessoas tão imunizadas, a doença espalha-
se muito pouco e não há quase contágio, continuando as pessoas saudáveis.
Quando existe uma doença que depende da transmissão humana e há imunidade de grupo
menor é % de um indivíduo não imunizado entrar em contacto com um indivíduo doente.
A introdução das vacinas foi um marco histórico para a saúde, que erradicou várias doenças
humanas.
A imunidade induzida por agente infecioso pode ser induzida de vários modos:
- A vacinação como era feita inicialmente pela indução de uma infeção leve deliberada pelo
contacto com patógeno não-modificado. Assim, haveria a formação de uma reposta imune,
que iria levar ao desenvolvimento de células de memória.