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Obs.: o mero contato do antígeno com o IgM da célula B já a ativa, mas ela não
passa pela mudança de isotipo e nem pela maturação de afinidade. Assim, são
secretados anticorpos de baixa afinidade após o primeiro contato. A célula TCD4
atua justamente na indução do aumento da especificidade da célula B a
determinado antígeno.
Após ser ativada pela TCD4, a célula B se torna um plasmoblasto, que continua
expressando Ig e MHC na superfície, crescendo e sofrendo mudanças que
aumentem a afinidade pelo antígeno. Quando a afinidade é suficientemente alta, o
plasmoblasto deixa de expressar Ig de superfície e MHC, de modo a não mais poder
responder ao antígenos nem a células TCD4 (nem tem por quê, uma vez que a
afinidade pelo antígeno já é altíssima). Isso caracteriza o plasmócito, cuja função é
a de secretar grande quantidades do AC de alta afinidade.
PERGUNTA DE PROVA
Qual o papel de célula dendrítica folicular e qual o papel da célula dendrítica na
imunidade mediada por células T?
A célula dendrítica é uma APC profissional fundamental para a apresentação do
antígeno captado na periferia ao linfócito TCD4 virgem, ativando-o.
A célula dendrítica folicular, por sua vez, tem o papel de aprisionar os antígenos que
chegam aos órgãos linfoides secundários para que eles continuem ativando células
B e TCD4 durante o aprimoramento da afinidade das Igs das células B pelo
antígeno.
QUESTÃO DE PROVA
Mecanismo de ADCC - Citotoxicidade mediada por células dependentes de
anticorpos.
Células de patógenos opsonizadas (recobertos por ACs) são reconhecidos por
células NK através de receptores Fc. A célula NK induz a morte dessas células por
apoptose.
Situações em que isso ocorre: célula infectada por vírus. Há vírus que infectam a
célula e ficam expostos na superfície. Caso ACs reconheçam esses vírus e
opsonizem a célula, os receptores Fc de células NK liga-se ao AC e mata a célula.
Outro contexto: células tumorais. Algumas células tumorais passam a produzir
antígenos que só eram produzidos na idade fetal, os quais não passaram por
processo de tolerância. Os ACs reconhecem como antígenos não próprios e
opsonizam as células. NK vem e manda sinais pró-apoptóticos - MORRA,
MALDITA.
SISTEMA COMPLEMENTO
O que é - sistema multienzimático, com muitas proteínas secretadas pelo fígado,
que estão prontamente disponíveis na circulação - ZIMOGÊNIOS ATIVADOS PELA
CASCATA. Função: matar o patógeno.
como começa - Pode ocorrer por três vias não interdependentes e não excludentes
das demais:
Via alternativa - ativada mesmo em baixas taxas. Em situações normais, é
prontamente desligada. Na presença de patógeno, não ocorre o desligamento, pois
o patógeno não sinaliza para isso.
Via da lectina - depende da presença de carbs (ex.:manose). MBL no sangue é
ativada e liga à superfície do patógeno.
Via clássica - depende de um AC pré-formado. O AC se liga à superfície do
patógeno. A porção Fc sofre modificações estruturais, levando ao recrutamento de
outras proteínas do complemento (cascata).
Todas as vias levam à formação da enzima C3 convertase. Essa enzima cliva C3
em C3b e em C3a. A ativação da C3 convertase, bem como de outros elementos do
complemento, causa o recrutamento de células pró inflamatórias como C4a e C5a.
O componente maior, C3b, se liga covalentemente à superfície do patógeno,
marcando-o para ser fagocitado por macrófagos e neutrófilos (que possuem
receptores de componentes do complemento na superfície) ou outros componentes
do complemento se ligam ao C3b, C4b e C5b, formando um buraco na superfície do
patógeno, o complexo de ataque à membrana.