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OBS.

: Ao mesmo tempo em que as células dendríticas


estão capturando antígenos, os produtos desses
microrganismos estimulam reações imunes inatas por
Captura e apresentação de antígenos aos linfócitos
ligação a receptores do tipo Toll (TLR) e outros
Receptores de antígenos de linfócitos B (anticorpos
receptores de padrões inatos de reconhecimento nas
ligados à membrana) – reconhecem proteínas,
células dendríticas, células epiteliais e macrófagos
polissacarídeos, lipídeos e ácidos nucleicos) em forma
residentes – resultado na produção de citocinas
solúvel ou associado à superfície celular.
inflamatórias, tais como fator de necrose tumoral
Receptores de antígenos da maioria dos linfócitos T –
(TNF) e interleucina (IL-1). | A combinação de
reconhecem fragmentos de peptídeos de antígenos
sinalização do TLR e citocinas ativa as células
proteicos apenas quando são apresentados por
dendríticas, resultando em alterações no fenótipo,
moléculas especializadas, responsáveis por
migração e função.
apresentar os antígenos na superfície celular. As
Após a ativação, as células dendríticas clássicas
respostas imunes nas células T podem ser geradas
perdem a adesividade pelos epitélios e começam a
apenas contra antígenos proteicos que são
expressar o receptor de quimiocinas CCR7, específico
produzidos/absorvidos por células hospedeiras.
para quimiocinas – há o direcionamento das células
Antígenos reconhecidos pelos linfócitos T
dendríticas para sair do epitélio e migrar através dos
Restrição ao MHC – diferentes clones de células T
vasos linfáticos para os linfonodos de drenagem.
CD4+ e CD8+ podem ver peptídeos apenas quando
Durante a migração – acontece a maturação das
são apresentados por moléculas do MHC.
células dendríticas, passando de células destinadas à
OBS.: Moléculas do complexo MHC são expressas em
captura de antígenos para células APC capazes de
células apresentadoras de antígenos e agem para
estimular os linfócitos T. | A maturação é refletida no
exibir peptídeos derivados a partir de antígenos
aumento da síntese e expressão estáveis de
proteicos.
moléculas do MHC, que apresentam antígenos às
OBS 2.: Os linfócitos T imaturos devem ver antígenos
células T, e dos coestimuladores, necessários para as
proteicos apresentados por células dendríticas para
respostas completas de células T.
iniciar a expansão clonal e a diferenciação das células
Antígenos solúveis na linfa – captação pelas células
T em células efetoras e de memória. | Células
dendríticas que residem nos gânglios linfáticos.
dendríticas – APC profissionais.
Antígenos sanguíneos – processados essencialmente
Captura de antígenos proteicos pelas APC
da mesma maneira por células dendríticas no baço.
Antígenos proteicos de microrganismos – captura por
células dendríticas e concentração nos órgãos
linfoides periféricos (onde são iniciadas as respostas
imunes) – recirculação dos linfócitos. Estrutura e função das moléculas do complexo MHC
Resumo do processo Moléculas do MHC – proteínas de membrana nas APC
o Captura de antígenos; que apresentam antígenos peptídicos para o
o Ativação das células dendríticas; reconhecimento pelos linfócitos T. | Foi descoberto
o Migração das células como lócus genético – principal determinante da
transportadoras de antígenos para os gânglios aceitação ou rejeição de enxertos de tecidos.
linfáticos; Papel fisiológico – apresentação de peptídeos
o Apresentação do antígeno para as células T. derivados de antígenos proteicos microbianos aos
Tecidos epiteliais e subepteliais – contêm uma rede linfócitos T específicos para os antígenos – primeiro
de células dendríticas maduras; presentes, também, passo nas respostas imunes protetoras mediadas por
nas áreas ricas em células T de órgãos linfoides células T contra os microrganismos. | fenômeno de
periféricos. restrição ao MHC.
Células dendríticas clássicas – a maioria das células Proteínas do MHC humano – antígenos leucocitários
dendríticas presentes nos tecidos e órgãos linfoides. humanos (HLA). O lócus do MHC em todos os
Pele – células dendríticas epidermais – células de mamíferos possui dois conjuntos de genes altamente
Langerhans. polimórficos, MHC de classe I e MHC de classe II.
Células dendríticas plasmocitoides – semelhança Polimorfismo – muitos alelos diferentes (variantes)
morfológica com os plasmócitos; presentes no sangue estão presentes entre diversos indivíduos na
e nos tecidos. | São a principal fonte de interferonas população. | Os genes codificam as moléculas de
do tipo I em respostas imunes inatas para as classe I e classe II que apresentam os peptídeos às
infecções virais. células T.
As células dendríticas utilizam receptores de Estrutura das moléculas de MHC
membrana para se ligar aos microrganismos (entrada Proteínas de membrana – cada uma contendo uma
nas células por fagocitose/endocitose mediada pelo fenda de ligação de peptídeos na porção
receptor), tais como receptores de lectina de aminoterminal.
estruturas de carboidratos típicas de glicoproteínas
microbianas.
Moléculas MHC – classe I expressas em células dendríticas, macrófagos e
Cadeia alfa associada a uma proteína beta2- linfócitos B.
microglobulina, codificada por um gene fora do MHC. | Características da interação de antígenos peptídicos e
Os domínios aminoterminais alfa1 e alfa2 formam moléculas de MHC
uma fenda de ligação ao peptídeo/ranhura – pode o Cada molécula de MHC pode apresentar
acomodar os peptídeos, geralmente tendo de 8 a 9 apenas um peptídeo por vez. | Cada molécula de MHC
aminoácidos de comprimento. é capaz de apresentar muitos peptídeos diferentes.
Resíduos polimórficos de classe I – aminoácidos que o Moléculas de MHC se ligam apenas a
diferem entre as diferentes moléculas de MHC dos peptídeos.
indivíduos. | Outros resíduos polimórficos contribuem o Peptídeos são adquiridos durante a
para variações nas paredes das fendas, o que montagem intracelular – por isso, moléculas MHC
influencia o reconhecimento pelas células T. apresentam peptídeos derivados de antígenos
Domínio alfa3 – invariante e contém um sítio que se proteicos que estão dentro das células hospedeiras.
liga ao correceptor de célula T CD8, mas não T CD4. o As moléculas MHC são incapazes de
Células T CD8+ podem somente responder aos discriminar entre antígenos próprios e estranhos.
peptídeos apresentados pelas moléculas do MHC de Peptídeo de ligação a moléculas de MHC
classe I. Fendas de ligação aos peptídeos das moléculas de
Moléculas MHC – classe II MHC ligam peptídeos derivados de antígenos
Cada molécula consiste em duas correntes proteicos. | Resíduos de ancoragem – aminoácidos
transmembranares, chamadas alfa e beta. nos antígenos peptídicos que se encaixam nas bolsas
Regiões aminoterminais – domínios alfa1 e beta1 do MHC e ancoram os peptídeos na fenda da molécula
contêm resíduos polimórficos e formam uma fenda de MHC.
grande o suficiente para acomodar os peptídeos de 10 Outros resíduos do peptídeo ligado se projetam para
a 30 resíduos. cima e são reconhecidos pelos TCR.
Os domínios alfa2 e beta2 não polimórficos contêm o
local de ligação para o correceptor de células T CD4. |
CD4 liga às moléculas do MHC de classe II. |
antígenos exógenos.

Características da interação peptídeo-MHC


o Cada molécula de MHC pode apresentar
apenas um peptídeo por vez (apenas uma fenda de
ligação);
o Cada molécula de MHC, entretanto, pode
Propriedades de genes e proteínas do MHC apresentar muitos peptídeos diferentes;
A existência de múltiplos alelos assegura que há o As moléculas de MHC ligam-se a peptídeos e
sempre alguns membros da população capazes de não a outros tipos de antígenos;
apresentar qualquer antígeno proteico microbiano
o As moléculas de MHC adquirem sua carga
particular. | O polimorfismo MHC que assegura a de peptídeos durante sua biossíntese, montagem e
capacidade de uma população de lidar com a transporte no interior das células. | Apresentam os
diversidade de microrganismos, e pelo menos alguns peptídeos derivados de antígenos proteicos dentro das
indivíduos serão capazes de montar respostas imunes
células hospedeiras;
eficazes. o Apenas moléculas de MHC carregadas com
Codominância da expressão dos genes MHC – alelos peptídeos são expressas estavelmente na superfície
herdados de ambos os pais são expressos de forma das células – devem juntar ambas suas cadeias e
igual. | Há a maximização do número de genes do HLA
peptídeos ligados para obter uma estrutura estável. |
– as proteínas presentes em cada indivíduo permitem Moléculas vazias são degradadas dentro das células;
a apresentação de muitos peptídeos. o As moléculas de MHC podem apresentar
As moléculas de classe I são expressas em todas as peptídeos derivados de proteínas próprias e proteínas
células nucleadas. | As moléculas de classe II são
estranhas. | As células T especificas para
autoantígenos são mortas/inativadas. | Caso haja
infecção, apenas as células T que reconhecem peptídeos que se ligam a moléculas de classe I são
peptídeos microbianos responderão. derivados dessas proteínas que seguem a digestão
Processamento de antígenos pela via da ubiquitina-proteassoma,
Moléculas do MHC – capazes de apresentar peptídeos Via da ubiquitina-proteassoma
intactos | incapazes de apresentar antígenos de Desdobramento das proteínas, marcadas com
proteínas microbianas, muito grandes para se encaixar múltiplas cópias de um peptídeo denominado
nas fendas do MHC. ubiquitina (proteínas ubiquitinadas), e encaixadas
Proteínas extracelulares internalizadas por APC através de um complexo de proteína chamado de
especializadas – processadas em endossomos e proteassoma. | As proteínas desdobradas são
lisossomos tardios e apresentadas pelas moléculas de degradadas pelos proteassomas em peptídeos.
MHC de classe II. | Reconhecimento por células T o Ligação de peptídeos para moléculas de
CD4+. classe I do MHC | Os peptídeos produzidos por
Proteínas no citosol de qualquer célula nucleada – digestão proteossômica estão no citosol, enquanto
transformadas em estruturas proteolíticas, as moléculas de MHC são produzidas no RE –
proteassomas, e apresentadas pelas moléculas de necessidade da união.
classe I.| Reconhecimento por células T CD8+. TAP – molécula transportador associado com
São duas vias projetadas para demonstrar todas as processamento de antígenos – localizada na
proteínas presentes nos ambientes extracelular e membrana do RE: responsável pela ligação dos
intracelular. A segregação das vias também garante peptídeos gerados pelo proteassoma no lado citosólico
que diferentes classes de linfócitos T reconheçam e, em seguida, os bombeia para o interior do RE, que
antígenos de diferentes compartimentos. são capturados pelas moléculas de MHC de classe I
Vias do MHC vazias. | Chaperonas – proteínas acessórias
presentes no RE e atuam auxiliando no dobramento
de outras proteínas.
o Transporte de complexos peptídeos-MHC
para a superfície da célula – complexo estabilizado,
liberado da associação com o TAP.
Reconhecimento de antígenos pelas células B e outros
linfócitos
Linfócitos B – usam anticorpos ligados à membrana
para reconhecer uma grande variedade de antígenos,
incluindo proteínas, polissacarídeos, lipídeos e
pequenos produtos químicos.
Os anticorpos secretados entram na circulação e nos
fluidos das mucosas e se ligam aos antígenos, o que
conduz à neutralização e eliminação.
Células dendríticas foliculares – população de células
Processamento de antígenos internalizados para existentes nos folículos linfoides ricos em células B. |
apresentação pelas moléculas do MHC de classe II Linfonodos e baço. | Possuem função de exibir
o Internalização e digestão de antígenos – antígenos para as células B ativadas.
geralmente, a partir do ambiente extracelular. CORRELAÇÃO CLÍNICA – Estratégias desenvolvidas
o Quebra das proteínas, nos fagossomos, pelos vírus para bloquear a via do MHC de classe I da
pelas enzimas proteolíticas, gerando muitos peptídeos apresentação de antígenos – incluem a remoção das
de diferentes comprimentos e sequências. moléculas MHC recentemente sintetizadas pelo RE,
o Ligação de peptídeos a moléculas de MHC inibição da transcrição de genes do MHC e o bloqueio
recém-sintetizadas. | Proteína cadeia invariante ligada do transporte de peptídeos pela TAP.
na molécula de MHC que se liga à fenda de ligação de Inibição da via de MHC de classe I – redução da
uma molécula de classe II, impedindo que peptídeos apresentação dos antígenos dos vírus para as células
presentes no RE se liguem. T CD8+ e são, portanto, capazes de invadir o sistema
o Transporte de complexos peptídeo-MHC imune adaptativo.
para a superfície celular – o carregamento de Apresentação cruzada dos antígenos internalizados
peptídeos estabiliza as MHC classe II. pelas células T CD8+
HLA-DM – Retirada do CLIP para substituição por um Indica que um tipo celular – células dendríticas – pode
antígeno. apresentar os antígenos de outras células, as células
OBS.: Se a molécula de MHC não encontrar um infectadas ou que estejam morrendo e iniciar/ativar os
peptídeo ao qual ela possa se ligar, a molécula vazia é linfócitos T imaturos específicos para esses antígenos.
instável e degradada por proteases lisossomais. | Células TCD8+ diferenciadas em CTL – matam
Processamento de antígenos citosólicos para exibição células hospedeiras infectadas ou células tumorais
pelas moléculas MHC de classe I sem a necessidade de células dendríticas ou outros
o Proteólise de proteínas citosólicas – os sinais além do reconhecimento de antígeno.

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