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específicos para cadeia pesada, expressos nos

mastócitos. | Indivíduo atópico – mastócitos


Respostas imunes capazes de causar lesões revestidos por anticorpos IgE específico para os
teciduais e doenças. | É o reflexo das respostas antígenos aos quais o indivíduo é alérgico.
imunológicas excessivas ou anormais. Sensibilização – processo de revestimento de
mastócitos com IgE, porque o revestimento
Respostas a antígenos estranhos (microrganismos e
antígenos ambientais não infecciosos) – lesão específico para um antígeno torna os mastócitos
tecidual, especialmente se há sensíveis à ativação por um encontro subsequente
a esse antígeno.
repetição/descontrole.
Respostas a autoantígenos (autólogas) – resultado Indivíduos normais – mastócitos podem carregar
da falha de autotolerância. moléculas de IgE de muitas especificidades
diferentes, pois muitos antígenos podem produzir
Classificações das hipersensibilidades
Hipersensibilidade tipo I – reação patológica pequenas respostas de IgE, insuficientes para
causada pela liberação de mediadores de causar reações de hipersensibilidade tipo I.
mastócitos. Quais dos mastócitos são ativados por reticulação
de IgE específico para o alérgeno, muitas vezes,
Detalhamento
É mediada por anticorpos IgE e mastócitos a certos dependem do percurso de entrada. | Alérgenos
antígenos que causam rápido vazamento vascular e inalados – ativam mastócitos nos tecidos
submucosos dos brônquios.
secreção das mucosas, muitas vezes seguidos por
inflamação. Mastócitos sensibilizados por IgE + exposição ao
Alergia/Atopia – distúrbios em que IgE medeia a alérgeno – ativação das células para secreção dos
hipersensibilidade imediata. | Indivíduos – atópicos. mediadores, resultante de dois ou mais IgE na
célula.
o Pode afetar vários tecidos;
o Gravidade variável; Respostas dos mastócitos aos sinais bioquímicos
o Estimadas para afetar de 10% a 20% das resultantes
Rápida liberação do conteúdo dos grânulos (1) –
pessoas.
Imediata – o rápido aumento da permeabilidade aminas vasoativas (vasodilatação e contração do
vascular e a contração do músculo liso provocados músculo liso) e proteases (dano tecidual);
Amina principal | histamina – vasodilatação,
pelos mediadores de mastócitos podem ocorrer
dentro de poucos minutos após a reintrodução do aumento da permeabilidade vascular e estímulo à
antígeno em um indivíduo sensibilizado. contração dos músculos lisos.
Tardia – outros mediadores de mastócitos Síntese e secreção de mediadores lipídicos (2) –
prostaglandinas (vasodilatação) e leucotrienos
(citocinas) que recrutam neutrófilos e eosinófilos
para o local da reação durante algumas horas. | É (contração do músculo liso);
responsável pela lesão tecidual resultante de Síntese e secreção de citocinas (3) – inflamação –
reação de fase tardia (recrutamento de leucócitos).
repetidos ataques de hipersensibilidade imediata.
Sequência de eventos Principais leucócitos envolvidos – eosinófilos,
Ativação de células Th2 e produção de anticorpos neutrófilos e células Th2. | TNF derivado dos
IgE (1) – resultantes de exposição a alguns mastócitos e IL-4 promovem a inflamação rica em
antígenos proteicos ou produtos químicos ligados à neutrófilos e eosinófilos.
proteína (proteínas do pólen, certos alimentos, Eosinófilos e neutrófilos – liberação de proteases
venenos de insetos, p. ex.) (lesão tecidual).
Células Th2 – podem exacerbar a reação por meio
As citocinas IL-4 e IL-13 secretadas pelas células
Th2 ou pelas Tfh estimulam os linfócitos B a se da produção de mais citocinas.
tornarem células plasmáticas produtoras de IgE –
indivíduos atópicos produzem alta quantidade de
anticorpos IgE em resposta a antígenos que não
provocam produção de IgE em outras pessoas.
NOTA: A propensão para o desenvolvimento de CTs
produtoras de IL-4, para a produção de IgE e a
hipersensibilidade têm forte base genética. | Os
mecanismos pelos quais os genes influenciam o
desenvolvimento das alergias são desconhecidos.
Ativação dos mastócitos e secreção de mediadores
(2) – os IgE produzidos em resposta a um alérgeno
se ligam aos receptores de Fc de alta afinidade
ameaça a vida devido à queda repentina da PA e a
obstrução das vias aéreas.
Terapia – inibição da degranulação dos mastócitos,
antagonismo dos efeitos de mediadores de
mastócitos e redução da inflamação.

Síndromes clínicas | Terapia


Características atribuíveis aos mediadores
produzidos pelos mastócitos em diferentes
quantidades e em diferentes tecidos.
Rinite alérgica/Sinusite – reações a alérgenos
inalados. | Produção de histaminas pelos
mastócitos, IL-13 pelas células Th2 que levam ao
aumento da produção de muco.
Alergias alimentares – reação a alérgenos ingeridos
que desencadeiam a degranulação dos mastócitos
e a histamina liberada causa aumento do
peristaltismo, resultando em vômitos e diarreia.
Asma brônquica – alérgenos inalados (indefinidos,
muitas vezes) estimulam os mastócitos brônquicos
para liberar mediadores, incluindo leucotrienos, que
causam repetidos ataques de constrição brônquica
e obstrução das vias aéreas.
Asma crônica – grande número de eosinófilos
acumulam-se na mucosa brônquica, em que ocorre
excessiva produção de muco e a musculatura lisa
brônquica se torna hipertrofiada.
NOTA: Alguns casos de asma não estão associados
à produção de IgE, embora todos sejam causados
pela ativação dos mastócitos.
Anafilaxia – forma mais grave de hipersensibilidade;
reação sistêmica caracterizada por edema em
muitos tecidos, incluindo a laringe, acompanhado
por queda na PA e broncoconstrição.
Indutores frequentes de anafilaxia – picadas de
abelha, antibióticos da família penicilina, nozes ou
Hipersensibilidade tipo II – reações mediadas por
mariscos ingeridos. | A reação é causada por
degranulação generalizada dos mastócitos em outros anticorpos além de IgE, dirigidas contra
antígenos de células ou tecidos. | Mediadas por
resposta à distribuição sistêmica do antígeno, e
anticorpos.
Os anticorpos contra células ou componentes da não são sistêmicas (p. ex., sensibilidade de contato
matriz extracelular podem depositar-se em qualquer com produtos químicos).
tecido que expresse o antígeno; as doenças A ativação policlonal excessiva de células T por
causadas, geralmente, são específicas para um certas toxinas microbianas pode levar à produção
tecido em particular. de grandes quantidades de citocinas inflamatórias,
Hipersensibilidade tipo III – reações por conta da causando uma síndrome semelhante ao choque
formação de complexos imunes entre antígenos e séptico. | Toxinas – superantígenos, visto que
anticorpos contra antígenos solúveis, causando estimulam um grande número de CTs e ligam-se a
inflamação e lesão tecidual. | Doenças do complexo partes invariantes de receptores dessas células,
imune. ativando-as.
Os complexos depositam-se frequentemente em Mecanismos de lesão tecidual
vasos sanguíneos, incluindo vasos que filtram o Lesão tecidual – causada pela inflamação induzida
plasma em alta pressão. por citocinas que são produzidas principalmente
As doenças do complexo imune tendem a ser pelas células T CD4+ ou por morte de células
sistêmicas e manifestam-se como vasculites, hospedeiras por CTLs CD8+.
artrites e nefrites generalizadas. As células T CD4+ podem reagir contra antígenos
Etiologia das doenças mediadas por anticorpos teciduais ou celulares e secretar citocinas que
Os autoanticorpos podem se ligar a autoantígenos induzem inflamação local e ativam os macrófagos.
em tecidos ou podem formar imunocomplexos com Células Th1 – fonte de interferon-y, a principal
autoantígenos circulantes. | Menos citocina ativadora de macrófagos.
frequentemente, específicos para antígenos Células Th17 – são responsáveis pelo recrutamento
externos. de leucócitos, incluindo os neutrófilos.
Mecanismos de lesões teciduais e doenças Reação típica mediada por citocinas de células T –
Inflamação – anticorpos contra antígenos teciduais hipersensibilidade do tipo tardia – ocorre de 24h a
e complexos imunes induzem a inflamação por 48h após um indivíduo sensibilizado ser desafiado
atrair e ativar os leucócitos. | IgG1 e IgG3 – ligam- com o antígeno. | O atraso ocorre porque levam
se aos neutrófilos e receptores de Fc de macrófagos horas para linfócitos T efetores circulantes
e ativam estes leucócitos. Os mesmos anticorpos e migrarem para o local de confronto com o antígeno,
IgM ativam o sistema complemento pela via responderem e secretarem citocinas que induzem
clássica, resultando na produção de produtos do uma reação detectável.
complemento que induzem a inflamação. Síndromes clínicas | Terapia
Ativação de leucócitos em locais de deposição de Distúrbios geralmente crônicos e progressivos, em
anticorpo – liberação de ERO e enzimas lisossomais parte devido às reações de células T terem
que danificam os tecidos adjacentes. tendência à progressividade e autoperpetuação.
Opsonização e fagocitose – a ligação de anticorpos Expansão do epítopo – indica que a resposta imune
às células (p. ex., eritrócitos e plaquetas) resulta na contra um ou alguns epítopos de antígenos próprios
opsonização e ingestão pelos fagócitos do pode expandir para incluir respostas contra muitos
hospedeiro. mais autoantígenos.
Respostas celulares anormais – anticorpos podem Terapia – projetada para reduzir a inflamação e
causar doenças sem induzir diretamente o dano inibir as respostas das células T.
tecidual.
Síndromes clínicas | Terapia
o Anemia perniciosa;
o Febre reumática;
o Lúpus eritematoso sistêmico;
o Glomerulonefrite pós-estreptocócica.
Terapia – destinada para limitar a inflamação e
suas consequências prejudiciais, com a utilização
de fármacos, como corticosteroides.
Hipersensibilidade tipo IV – reações resultantes dos
linfócitos T, muitas vezes contra os autoantígenos
nos tecidos.
Causas – autoimunidade e respostas exageradas ou
persistentes a antígenos ambientais.
Reações autoimunes mediadas por células T –
tendência à limitação a alguns órgãos e geralmente

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