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Causas das Doenças de Hipersensibilidade – Resposta patológica exacerbada contra antígenos próprios

ou estranhos, sejam microbianos ou não (alergias)

Mecanismos e Classificação das Reações de Hipersensibilidade - são classificadas de acordo

com o tipo de resposta imune e o mecanismo efetor responsável pela lesãocelular e tecidual

Hipersensibilidade imediata (tipo I) - causada por anticorpos IgE específicos para antígenos ambientais e
é o tipo mais prevalente de doença de hipersensibilidade;

Hipersensibilidade mediada por anticorpos (tipo II). Anticorpos IgG e IgM específicos para antígenos da
superfície celular ou da matriz extracelular podem causar lesão tecidual ativando o sistema
complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas funções celulares normais

Hipersensibilidade mediada por células T (tipo IV). Nesses distúrbios, a lesão tecidual pode ser causada
por linfócitos T que induzem inflamação ou matam diretamente as células-alvo. Em muitas dessas
doenças, o principal mecanismo envolve a ativação de células T auxiliares CD4 + , as quais secretam
citocinas que promovem inflamação e ativam leucócitos, principalmente neutrófilos e macrófagos. Os
linfócitos T citotóxicos
as doenças mediadas por imunocomplexos tendem a ser sistêmicas e afetam múltiplos órgãos e tecidos,
embora alguns sejam particularmente suscetíveis, como os rins e as articulações.

Doenças Causadas por Anticorpos contra Células Fixas e Antígenos Teciduais Os anticorpos contra
antígenos de tecidos produzem doença por três mecanismos principais (Fig. 19.2): • Opsonização e
fagocitose. Os anticorpos que se ligam a antígenos da superfície celular podem opsonizar diretamente as
células ou ativar o sistema complemento, resultando na produção de proteínas do complemento que
opsonizam as células. Essas células opsonizadas são fagocitadas e destruídas pelos fagócitos que
expressam receptores para a porção Fc dos anticorpos IgG e receptores para proteínas do complemento.
Esse é o principal mecanismo de destruição celular na anemia hemolítica autoimune e na
trombocitopenia autoimune, nas quais anticorpos específicos para hemácias ou plaquetas,
respectivamente, levam à opsonização e remoção dessas células da circulação. O mesmo mecanismo é
responsável pela hemólise nas reações transfusionais (Capítulo 17). • Inflamação. Os anticorpos
depositados nos tecidos ativam o complemento, levando à liberação de produtos de clivagem, como o
C5a e o C3a, que recrutam neutrófilos e macrófagos. Esses leucócitos expressam receptores para Fc e
receptores paracomplemento que ligam anticorpos ou proteínas ligadas do complemento. Os leucócitos
são ativados pela sinalização dos receptores (particularmente receptores Fc), enquanto produtos de
leucócitos (incluindo enzimas lisossomais e espécies reativas de oxigênio) são liberados e produzem
lesão tecidual. A glomerulonefrite é um exemplo de inflamação mediada por anticorpos e ativação
leucocitária que causam lesão tecidual. • Funções celulares anormais. Os anticorpos que se ligam a
receptores celulares normais ou outras proteínas podem interferir com as funções desses receptores ou
proteínas e causar doença sem inflamação ou dano tecidual. Por exemplo, anticorpos específicos contra
o receptor do hormônio estimulador da tireoide ou contra o receptor nicotínico da acetilcolina provocam
anormalidades funcionais que levam à doença de Graves e à miastenia grave, respectivamente (Fig.
19.2C). Os anticorpos específicos para o fator intrínseco, necessário para a absorção de vitamina B12,
causam anemia perniciosa. Anticorpos específicos para citocinas são causas conhecidas de
imunodeficiências, ainda que raras

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