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Resumão P2 – Imunologia Básica reconhece o antígeno associado a um a molécula do

complexo principal de histocompatibilidade (MHC)


Aula 6: Funções das Moléculas do Complexo Principal
de Histocompatibilidade e apresentação de A presença do MHC na membrana das células permite
antígenos para Linfócitos T. que linfócitos TCD4+ e TCD8+ reconheçam antígenos

Função das Moléculas do Complexo Principal de MHC Classe I: glicoproteína formada através dos
Histocompatibilidade (MHC): Expor na superfície da genes HLA – apresentação de peptídeos aos Linfócitos
célula peptídeos que foram produzidos em TCD8+ (citotóxico)
diferentes compartimentos celulares
MHC Classe II: glicoproteínas expressas nas APCs (nos
Reconhecimento antigênico por Linfócitos T: macrófagos, nos linfócitos B e nas células dendríticas)
e a principal função é a apresentação de peptídeos
Linfócitos T vão reconhecer o conjunto MHC +
antigênicos à linfócitos TCD4+ (auxiliar)
peptídeo – os linfócitos T reconhecem peptídeos
(sequência de aminoácidos) inseridos nas moléculas Propriedades Gerais do MHC I e II: o MHC é
de MHC – os linfócitos T só reconhecem antígenos polimórfico, ou seja, há múltiplas variantes alélicas de
apresentados por outras células, ou seja, não cada gene na população
reconhecem antígenos livres
Polimorfismo do MHC
Reconhecimento do próprio e do não-próprio
Desafios:
As Células Apresentadoras de Antígenos Profissionais
1. Alta taxa de replicação dos microrganismos
(APCs) ativam células T naive ou células T efetoras –
patogênicos, que permite alta taxa de
elas expressam Receptores de Reconhecimento de
mutação e consequente evasão à resposta
Padrões (RRPs) que medeiam o reconhecimento do
imune.
patógeno e estimulam a expressão de moléculas do
2. O número de moléculas do MHC em um único
MHC e coestimuladores, garantindo a apresentação
indivíduo é limitada.
antigênica e produzem citocinas que ajudam a
estimular as respostas de célula T Estratégias:
Células Apresentadoras de Antígenos: 1. Moléculas do MHC apresentam diversas
variantes;
2. Variantes não protegem o indivíduo, mas
protegem a espécie da extinção - Neutraliza a
flexibilidade dos patógenos

A variação entre os alelos do MHC ocorre


principalmente no sítio de ligação com os peptídeos

A expressão dos alelos do MHC é codominante.

A poligenia e polimorfismo do MHC assegura a


ligação de uma variedade imensa de peptídeos
distintos. Dessa maneira, contribui com a capacidade
de o sistema imune em responder a inúmeros
Células Dendríticas (DCs) são as mais efetivas para agentes patogênicos.
ativação de células T naive (iniciam as respostas de MHC é poligênico (vários genes do MHC de classes I e
células T.) II), polimórfico (há múltiplas variantes alélicas de
Macrófagos e linfócitos B apresentam antígenos para cada gene na população) e codominante (os dois
células T auxiliares CD4+ previamente ativadas alelos expressam-se em heterozigose e o fenótipo
apresenta características dos dois alelos).
Reconhecimento Antigênico por Linfócitos T:

Linfócitos T reconhecem e respondem aos antígenos


ASSOCIADOS as APCs e não antígenos solúveis; o TCR
Apresentação de Antígenos permite que os peptídeos sejam ligados às moléculas
do MHC.
Função das moléculas do MHC: levar para superfície
celular os peptídeos presentes nos diversos Aula 7: Ativação de Linfócitos
compartimentos da célula
Ativação de Linfócitos T
• MHC I leva peptídeos gerados no citoplasma
Ativação dos linfócitos T naive ocorre nos linfonodos,
• MHC II leva peptídeos gerados em
baço e tecidos linfoides de mucosa. Encontro dos
compartimentos vesiculares da célula
linfócitos naive com as APCs.
Derivados do citosol: associados às moléculas do MHC
A entrada dos linfócitos T nos linfonodos depende da
I, reconhecidos por linfócitos T CD8;
interação entre moléculas de adesão expressas nos
Derivados dos compartimentos vesiculares: linfócitos T virgens e nas HEV – A ativação dos
associados às moléculas do MHC II, reconhecidos por linfócitos T depende do contato com as células do
células T CD4. estroma tímico

Peptídeos produzidos no Citosol – Ligação MHC I Linfócitos naive entram nos linfonodos onde serão
ativados
Os proteossomas degradam substâncias presentes no
citosol, dando origem a peptídeos Sinais ativadores dos linfócitos T:

Chaperonas citoplasmáticas (TCP-1) protegem os 1. Reconhecimento do Antígeno


peptídeos recém produzidos da degradação. 2. Moléculas Co-Estimuladoras
Peptídeos grandes demais para se ligar ao MHC 3. Mediadores solúveis
podem ser clivados por aminopeptidades (ERAAP) no
O antígeno é o primeiro sinal necessário para a
RE ERAAP induzida por INF-γ
ativação dos linfócitos, garantindo que a resposta
TAP1 e TAP2 formam um transportador de peptídeos imune resultante seja antígeno-específica
na membrana do retículo endoplasmático
Adesão do linfócito a APCs:
Via MHC Classe II
A interação entre moléculas de adesão é importante
Os peptídeos que se ligam a moléculas do MHC II são para o reconhecimento do linfócito T e o complexo
degradados em endossomas acidificados MHC-peptídeo específico.

Direcionamento do MHC II para os compartimentos Formação da sinapse imunológica:


vesiculares
Ligação de TCR aos peptídeos associados ao MHC em
MHC II sintetizado no RE é transportado ao lisossomo uma APC = mobilização de proteínas de superfície e
com uma proteína de cadeia invariável (Li) associada, moléculas sinalizadoras intracelulares para o sítio de
que impede a ligação de peptídeo ao MHC – A Cadeia contato entre as células T e as APC - A sinapse forma
invariante (Li) e HLA estabiliza a molécula do MHC II um contato estável entre uma célula T antígeno
na ausência do peptídeo ligado. específica e uma APC, fazendo uma transferência
específica do conteúdo de grânulos secretórios e
Regulação da Expressão de Moléculas do MHC I e II citocinas da célula T para as APCs ou células que estão
expressão das moléculas do MHC de classe I e II é em contato com a célula T.
regulada por citocinas: Sinais ativadores dos linfócitos T:
1. IFN-α e o IFN-β aumentam a expressão de 1. Reconhecimento do Antígeno
moléculas do MHC I em todos os tipos de 2. Coestimulação: CD28, receptor da célula T,
células; que se liga às moléculas coestimuladoras B7-1
2. IFN-γ aumenta a expressão de moléculas do (2) expressas na superfície de APCs ativadas.
MHC I e II APCs não ativadas: baixa expressão de B7
Os interferons aumentam a função de apresentação APCs ativadas: alta expressão de B7
de antígeno das moléculas do MHC de classe I pela Células T CD4+ ativadas induzem aumento da
indução da expressão de componentes chave que expressão dos coestimuladores B7 nas APCs
feedback positivo para amplificar as respostas Linfócito Th1: produção de IFN-g (citocinas
das células T definidoras); células-alvo são os macrófagos, a
3. Inativadas ou em repouso, as APCs nos principal reação imune é a ativação dos macrófagos,
tecidos normais são capazes de apresentar voltada para patógenos intracelulares (vírus); e o
autoantígenos para as células T, mas como papel nas doenças é a autoimunidade e a inflamação
essas APCs teciduais apresentam baixa crônica (reações imunes inatas fortes)
expressão de coestimuladores, as células T
Linfócito Th2: produção de IL-4, IL-5 e IL-13 (citocinas
potencialmente autorreativas que
definidoras); células alvo são os eosinófilos, as
“percebem” os antígenos próprios não são
principais reações imunes são a ativação dos
ativadas e podem se tornar
eosinófilos e mastócitos e a ativação alternativa de
permanentemente irresponsivas
macrófagos; voltada para defesa de helmintos; e o
papel nas doenças é principalmente em reações
alérgicas (reconhecem quimiocinas altamente
expressas em sítios de infecção por helmintos ou de
reações alérgicas, em particular nos tecidos de
mucosa)

Relação da IL-13 com Ascaridíase: A infecção crônica


da ascaridíase induz forte resposta humoral do tipo
Th2, caracterizada por níveis elevados de anticorpos
específicos e não específicos de todos os isotipos e
subclasses de IgG; interleucinas IL-4, IL-5, e IL-13;

Linfócito Th17: produção de IL-17 e IL-22 (citocinas


definidoras); células alvo são os neutrófilos; as
Ativação de linfócitos T induz expressão de IL-2
principais reações imunes são o recrutamento e
IL-2 é um fator de crescimento, sobrevivência e ativação de neutrófilos; voltada para defesa contra
diferenciação de linfócitos T; Células T CD4+ secretam bactérias e fungos extracelulares, e o principal papel
IL-2 na sinapse imunológica; Ação autócrina e nas doenças é a autoimunidade e a inflamação
parácrina de IL-2.
Linfócito Treg: produção de TFG-Beta e IL-10; os
Mediante o sinal da IL-2, os linfócitos T proliferam Linfócitos T Reguladores (Treg) são importantes para
gerando progênie de linfócitos T com a mesma controlar a auto tolerância imunológica, inibindo a
especificidade. ativação ou função dos linfócitos T autorreativos, e
também para regular os processos inflamatórios, por
PAMPs ativam APCs e induzem produção de meio da produção de citocinas anti-inflamatórias (IL-
diferentes citocinas 10 e TFG-β).
Subpopulação de Linfócitos TCD4+ Diferenciação células T CD8+ em linfócitos
Linfócitos T CD4+ perfil Th1, Th2, Th17 e Treg citotóxicos

Linfócitos T efetores atuam na defesa do hospedeiro Linfócitos citotóxicos (CTLs) atuam eliminando as
contra DIFERENTES PATOGENOS INFECCIOSOS e células infectadas por vírus ou células tumorais;
diferentes doenças autoimunes A respostas imunes inatas de killing são mediadas
pelas células NK e as respostas imunes adaptativas
pelos linfócitos T citotóxicos;

CTLs diferenciados apresentam lisossomos contendo


proteínas (granzimas e perforinas) utilizadas para
matar células; CTLs secretam INF-γ que ativa
fagócitos.
Sinais da Ativação dos Linfócitos T: Ativação de Linfócitos B:

Levando em consideração as células dendríticas como • Ativação de células B resulta em sua


principais ativadoras de Linfócitos T, são necessários proliferação e diferenciação em plasmócitos
alguns sinais para que as células T CD4+ virgens sejam secretores de anticorpo e células de memória;
ativadas. • O anticorpo secretado pelo plasmócito tem a
mesma especificidade que o receptor
1º Sinal: Ocorre a interação entre o peptídeo e o MHC
antigênico na superfície da célula B naive que
II com o TCR. Com isso, o TCR reconhece o antígeno e
o reconheceu;
se conecta ao MHC II. Esse mecanismo serve para
identificar se o TCR é específico para o antígeno que Ativação de Linfócitos B: T-dependentes (antígenos
está sendo apresentado pelo MHC II. Caso não ocorra peptídicos) e T-independentes (antígenos
o reconhecimento do antígeno ou a ligação entre TCR polivalentes)
e MHC II, não há 1º sinal.
Ativação de Linfócitos B T-Dependentes:
2º Sinal: Nesse sinal, com APC ativada, ocorre a
interação entre moléculas coestimuladoras: - Participação de Linfócitos T auxiliares;
- Troca de isotipo (troca de IgM por outro isotipo);
CD28: molécula constitutiva da célula T e B7.1 /CD80 - Células T auxiliares estimulam a produção de
e B7.2/CD86: moléculas da APC plasmócitos de vida longa e a geração de células B de
memória;
1º + 2º Sinais: Esses dois sinais culminam na expansão
- Respostas lentas e de alta afinidade;
clonal mediada por IL-2. Essa citocina é secretada pela
APC e é tanto secretada quanto captada pelas T CD4+ Etapas:
virgens. Desse modo, IL-2 desenvolve uma função
autócrina. IL-2 viabiliza a criação de diversos clones 1ª: Secreção de Anticorpos
por mitose que serão separados em 2 subtipos: 2ª: Troca de Classe (Isotipo)
Células TCD4+ de memória efetora e células TCD4+ de
memória central (para casos de reinfecções) 3ª: Maturação de Afinidade

3º Sinal: Nesse sinal, ocorre a secreção de citocinas, 4ª: Células B de memória


que dependem dos PAMPs e dos PRRs. Dessa forma, Moléculas co-estimuladoras e citocinas produzidas
dependendo do PRR que for ativado pela interação pelos linfócitos T são essenciais para ativação de B
com PAMPs, a célula dendrítica irá produzir e secretar
determinadas citocinas. Os antígenos proteicos reconhecidos por BCRs são
endocitados e processados para gerarem peptídeos
Após a devida ativação e diferenciação das células que se ligam a moléculas de MHC de classe II, e são
efetoras, elas irão deixar o linfonodo em direção ao apresentados às células T CD4+
sítio de infecção. Logo após, elas acessam os tecidos
através do mecanismo de diapedese, saindo da A célula T auxiliar ativada expressa CD40L e secreta
corrente sanguínea. citocinas

Diferenciação dos Naive para os Auxiliares (Efetores): Células B são ativadas pelo engajamento de CD40 e
citocinas
Através das Citocinas secretadas no 3º sinal de
diferenciação, com isso, dependendo da citocina que Ocorre a Proliferação e a diferenciação das células B
for produzida, Th0 adotará um fenótipo.
Estrutura dos BCR: característica da região constante
Ativação de Linfócitos B
As classes de anticorpos, ou isotipos, é determinada
Os linfócitos B saem da medula óssea e se distribuem pela estrutura de cadeia pesada CONSTANTE. Cadeias
pelos órgãos linfoides secundários pesadas designadas por α, δ , ε, γ, μ

Linfócitos B naive entram nos linfonodos onde serão IgA: Imunidade das mucosas
ativados
IgD: receptor de linfócitos B naive
Linfócitos B no baço: Iniciam respostas imunes
IgE: defesa contra helmintos e hipersensibilidade
adaptativas a antígenos transportados pelo sangue.
imediata
IgG: opsonização, ativação do complemento, Moléculas co-estimuladoras produzidas pelos
citotoxidade mediada por anticorpo e imunidade linfócitos T são essenciais para ativação de B - os
neonatal centros germinativos não se desenvolvem na ausência
de CD40L, mostrando que a interação com os
IgM: receptor de linfócitos B naive, ativação do
linfócitos T é essencial.
complemento

IgM e IgD são as primeiras Igs a serem produzidas


Ativação de Linfócitos B T-Independentes:
Células B naive utilizam os dois primeiros genes da
região C e assim geram IgM e IgD - Respostas rápidas, IgM de baixa afinidade;
- Células B da zona marginal no baço, e B-1 de mucosa
Sob demanda de anticorpos, células B ativas passam a
e peritônio.
expressar um gene C diferente de μ e δ = TROCA DE
CLASSE. Antígeno apresentado às células B está em sua
conformação nativa, e não foi processado pelas APCs.
Ativação de Linfócitos B induz a troca de classe:
Ativação por açucares ou glicolipides (padrões
A troca de isotipo é um processo de recombinação de moleculares)
troca, em que o DNA da cadeia pesada de Ig nas
Plasmócito Produtor de Anticorpo IgM
células B é cortado e recombinado de modo que um
éxon VDJ previamente formado, codificador do Diferenciação de células B em plasmócitos
domínio V, é colocado adjacente a uma região C
Plasmócitos de vida curta: Geração T-independentes
downstream, e o DNA interveniente é removido
e no início das respostas T-dependentes. Encontradas
em órgãos linfoides secundários e tecidos periféricos
não linfoides.

Plasmócitos de vida longa: Geração no centro


germinativo de forma T-dependentes a antígenos
proteicos. Encontrados principalmente na circulação e
passam a residir na medula óssea, onde se
diferenciam em plasmócitos de vida longa.

Mudança do isótipo de IgM para IgG é influenciada


por INF-γ (Th1) Mecanismos efetores da reposta imune celular e
humoral
Mudança do isótipo de IgM para IgE é influenciada
por IL-4 (Th2) Imunidade Adquirida: Imunidade Celular mediada por
linfócitos T e Imunidade Humoral Mediada por
Mudança do isótipo de IgM para IgA é influenciada Anticorpos
por TGF-β (Treg)

- A ativação das células T ocorre nos órgãos linfoides


secundários
- As células T naive que foram geradas na medula
óssea e completaram seu processo de
amadurecimento no timo, circulam até encontrar o Principal função de linfócitos Th2 é estimular reações
antígeno, elas apresentam TCR e só conseguem mediadas por IgE, mastócitos e eosinófilos para
reconhecer o antígeno quando ele é apresentado por erradicar as infecções helmínticas e promover o
uma célula apresentadora de antígeno reparo tecidual
- A TCD4 reconhece o antígeno apresentado via MHC
Respostas Mediadas por Células Th17:
classe II, enquanto a TCD8 reconhece o antígeno via
MHC classe I A diferenciação em células Th17 efetoras é estimulada
- Esse processo de apresentação envolve o por muitas bactérias e fungos extracelulares;
reconhecimento e uma serie de moléculas,
especialmente as co-estimuladoras, após a interação • IL-1, IL-6 e IL-23 produzidas por DCs
com as moléculas co-estimuladoras, a TCD4 estimulam a diferenciação;
dependendo do contexto de citocinas, vão se • TGF-β (anti-inflamatório) estimula
diferenciar em células efetoras, e a TCD8 também se desenvolvimento de linfócitos Th17 na
diferenciam presença de IL-1 e IL-6;
- Uma vez que se tornaram efetoras, elas precisam • Diferenciação em Th17 é inibida por IFN-γ e
sair dos órgãos linfoides secundários e vão migrar IL-4.
para a circulação e entrar nos tecidos que contenham Diferenciação células T CD8+ em linfócitos
infecção, onde precisa ser eliminado o agente citotóxicos
patogênico, ocorre o processo de recrutamento
(inflamação, rolamento, adesão, migração) quando Função dos TCD8+ Citotóxicos: participam da
entram no tecido precisam encontrar novamente uma eliminação de patógenos intracelulares e células
apresentadora de antígeno, APC apresenta MHC transformadoras (tumorais)
classe II para uma célula T efetora e o MHC classe I
Linfócitos citotóxicos atuam eliminando as células
para uma célula T citotóxica, agora elas podem
infectadas por patógenos intracelulares ou células
exercer o seu efeito
tumorais;
Resposta Mediada por Th1:
• A respostas imunes inatas de killing são mediadas
A diferenciação em células Th1 efetoras é estimulada pelas células NK e as respostas imunes adaptativas
por muitas bactérias intracelulares, alguns parasitas e pelos linfócitos T citotóxicos;
vírus;
• CTLs diferenciados alta expressão de lisossomos
• IL-12 produzidos por DCs induz diferenciação contendo proteínas (granzimas e perforinas) utilizadas
em Th1; para matar células
• Th1 diferenciada produz INF-γ que reforça • CTLs secretam INF-γ que ativa fagócitos.
diferenciação em Th1 (feedback positivo);
• INF-γ inibe diferenciação de CD4+ em Th2 e Funções dos Anticorpos na Imunidade de Mucosas:
Th17;
IgA – se liga a micro-organismos e toxinas,
• INF-γ principal citocina ativadora de neutralizando e bloqueando sua entrada no
MACRÓFAGOS. hospedeiro. É a imunidade protetora induzida por
A principal função das células Th1 é ativação de vacinas orais (pólio).
fagocitose mediada por macrófagos para destruição Imunidade Neonatal: Anticorpos IgG passam através
de microrganismos da placenta; IgG e IgA (leite materno) neutralizam
Resposta Mediada por Th2: micro-organismos que tentam colonizar o intestino do
bebê; IgG ingerida também pode ser transportada
A diferenciação em células Th2 efetoras é estimulada através do epitélio intestinal para circulação
por helmintos e alérgenos; (imunidade protetora sistêmica)
• IL-25 e IL-33 produzida por células epiteliais
danificadas e IL-4 produzida por mastócitos
induzem diferenciação para Th2;
• Th2 diferenciada produz IL-4 que que reforça
diferenciação em Th2 (feedback positivo);
Aula 10: Regulação das Respostas Imunes e O Pode acontecer no final de uma resposta
Sistema Imune das Mucosas inflamatória, onde a APC não está mais tão ativada e
aí não são necessários mais a produção de tantos
Regulação das Respostas Imunes
clones de célula T, aí diminui o processo de ativação
Imunoregulação: equilíbrio imunológico entre da resposta imunológica
ativação e repressão do sistema imune sem que
Anergia: Ausência da Estimulação do Segundo Sinal
ocorra prejuízo para o hospedeiro.
Células T ativadas expressam CTLA-4 (regulação da
Importância da regulação das respostas
produção de IL-2)
imunológicas:
Inibição pelo CTLA-4: competição pelo B7 e bloqueio
- Evitar ativação excessiva dos linfócitos os quais
da sinalização – regulação da resposta inibitória
podem causar danos teciduais durante o
O CTLA- 4 (cytotoxic T-lymphocyte-associated
curso da resposta protetora contra infecções;
protein 4) inibe a ativação precoce das células T
- Impedir reações inapropriadas contra antígenos
citotóxicas nos gânglios linfáticos, diminui a
próprios (auto-tolerância);
atividade das células T helper e aumenta a atividade
- Falha nesses mecanismos de controle podem levar a
imunossupressora das células T reguladoras
doenças inflamatórias mediadas pelo sistema
imunológico. Regulação por Linfócitos T:

Regulação da Resposta Imune: Seleção negativa: durante a maturação no timo,


células T imaturas que reconhecem antígenos
1. Regulação pelas APCs
próprios com alta afinidade são eliminadas por
2. Regulação pelos Linfócitos T
apoptose (deleção clonal).
3. Regulação por anticorpos e células B
4. Redes neuroimunoendócrinas e outros TCD4+ Reconhecimento moderado = desenvolvimento
de Treg
Regulação Pelas APCs:
Citocinas Imunossupressoras:
Para haver ativação dos linfócitos T é preciso que
esses reconheçam o antígeno apresentado via MHC IL-10: inibe a função de macrófagos e Dcs (↓TNF,
classe I ou II e eles reconhecem via TCR (primeiro sinal ↓expressão de MHC e co-estimuladores)
de ativação)
TGF-β: inibe as respostas de linfócitos e macrófagos
Ligação entre as moléculas co-estimuladoras (segundo (bloqueia a produção de citocinas, divisão celular)
sinal)
Resultado: Bloqueiam a ação e a função efetora das
Após o segundo sinal ocorre uma sinalização positiva, células T
que mediante o terceiro sinal (mediado por citocinas
Múltiplas Ações das Treg: Inibição da resposta
e dependendo de qual citocina for, a diferenciação vai
inflamatória e bloqueio da função efetora
ser uma), esses linfócitos TCD4 especifico para o
antígeno apresentado se diferenciam, se ativam e se Regulação por linfócitos B:
tornam células T efetoras (processo natural de
ativação) Inibição das células T regulam a produção de células B

Sem haver o segundo sinal, não há o estimulo positivo Medula: Linfócitos B imaturos que reconhecem Ags
para a ativação e diferenciação, há um sinal negativo próprios são eliminados ou mudam sua especificidade
para o linfócito T e ele se torna anérgico, ele não é (edição de receptor, reativação de RAG-1 e RAG-2)
capaz de reconhecer mais o antígeno Periferia: Linfócitos B maduros que reconhecem Ags
Isso pode acontecer quando a APC apresenta um próprios na ausência de células T CD4+ tornam-se
antígeno próprio pra célula T e se ela tiver um TCR anérgicas ou morrem por apoptose.
especifico para o antígeno próprio, ela não deve ser Imunidade das Mucosas
ativada, mecanismo de evitar clones de células T auto
reativas. O sistema Imune das mucosas está localizado próximo
às superfícies onde a maioria dos patógenos invade.
O sistema imune das mucosas desenvolveu Ação do IgA na lâmina própria e epitélio:
mecanismos para distinguir patógenos de antígenos
Neutralização de patógenos e toxinas
alimentares ou da microbiota normal
Neutralização de Antígenos internalizados
Sistema Imune das Mucosas – TGI:
Transporte de toxinas e patógenos da lâmina própria
Presença de uma camada espessa de muco no epitélio
para o lúmen
intestinal: dificulta a passagem de microrganismos do
lúmen para a lâmina própria; A deficiência de IgA é compensada pela IgM
secretada; a deficiência no receptor poli-Ig aumenta a
Produção de peptídeos antibióticos pelas células
suscetibilidade à infecções de mucosa
epiteliais: matam patógenos presentes no lúmen;
• Nas mucosas, células epiteliais atuam na
Produção de IgA que auxilia na neutralização dos
defesa contra patógenos - Produção de
patógenos no lúmen.
citocinas inflamatórias, quimiocinas e outros
Intestino: mediadores → ativação de neutrófilos,
macrófagos e DCs
Captação de antígeno por células M e captação de
antígeno por células dendríticas – DCs se estendem Microbiota intestinal exerce importante papel na
para capturar antígenos diretamente do lúmen manutenção da saúde:
Sistema Imune das Mucosas: 1. Metabolismo de constituintes da dieta;
Manter um balanço entre imunidade protetora e 2. Produção de vitaminas (ex. Vitamina K) e co-
homeostasia para um amplo número de antígenos fatores;
estranhos
3. Competição por espaço e nutrientes com bactérias
Tolerância Oral: Mecanismo regulatório e protetor patogênicas;
do organismo. Ausência de resposta imune a maioria
4. Inibem diretamente vias de sinalização pró-
dos antígenos alimentares que chegam as mucosas e
inflamatórias estimuladas nas células epiteliais,
bactérias comensais - Quebra dessa tolerância causa
essenciais para invasão.
doenças (doença celíaca)
Bactérias Comensais:
1. Anergia ou deleção de células T específicas para o
antígeno; Inibem diretamente vias de sinalização pró-
inflamatórias estimuladas nas células epiteliais,
2. Produção de células T reguladoras (TGF-β).
essenciais para invasão.
Os mecanismos de tolerância periférica são
Na presença de BACTÉRIAS COMENSAIS o epitélio
responsáveis pela tolerância periférica aos antígenos
produz TGF-β → DCs com baixos níveis de moléculas
próprios dos tecidos que não foram encontrados em
co-estimuladoras → DCs apresentam antígeno e
altas concentrações no timo. Os mesmos mecanismos
induz a produção de células T reguladoras.
podem estar envolvidos na tolerância aos antígenos
estranhos. Na presença de Bactérias Patogênicas (contexto
inflamatório) → Células epiteliais ativadas e
Mecanismo de Tolerância Oral:
produzem citocinas inflamatórias → APCs ativas, com
TGF-Beta = regula o reparo (ação sobre macrófagos e moléculas coestimuladoras e ativação de linfócitos.
fibroblastos); induz a produção de anticorpos IgA Resposta protetora
(responsável pela imunidade das mucosas); inibe a
proliferação e função efetora de linfócitos T e
macrófagos; regula a diferenciação ou sobrevida de Aula 11: Hipersensibilidade
células T reguladoras e pode bloquear o
desenvolvimento de Th1 e Th2 O que acontece se os mecanismos de regulação da
resposta imunológica não funcionam
A classe dominante de anticorpos no sistema adequadamente?
imunológico das mucosas é a IgA, produzida por
plasmócitos presentes na mucosa. Doenças de hipersensibilidade ou reações alérgicas:
doença ou lesão causada por mecanismos
imunológicos. A resposta imune que normalmente é resposta efetora e ideal para a eliminação de
benéfica, torna-se a causa da doença. helmintos e patógenos grandes não
fagocitáveis
Os mecanismos de lesão tecidual são os mesmos que
• No entanto, se essa reação acontecer em
normalmente participam da eliminação de agentes
resposta ao pólen das flores, a proteína nas
infecciosos e incluem as respostas imunes inatas e
fezes do acaro, ao pelo de gato, e se
adaptativas
formarem anticorpos IgE específicos contra
essas moléculas, quando o indivíduo entrar
em contato novamente com esse antígeno,
esses mastócitos serão rapidamente ativados
• Os mastócitos ativados liberam então seus
grânulos e eles contem histamina, reação
imediata e rápida, produzem mediadores
lipídicos que também aumentam a
permeabilidade vascular e vasodilatação
(nariz entupido)
Hipersensibilidade do Tipo I ou Imediata: • Reação mais tardia: provocadas pelas
citocinas, os mastócitos ainda ativados
- Início imediato (segundos a minutos após contato produzem citocinas que amplificam essa
com o antígeno); resposta, gerando inflamação e amplificando
a resposta
- Produção de anticorpos específicos para antígenos
ambientais inócuos = SENSIBILIZAÇÃO; Conteúdo dos Grânulos: Aminas (histamina –
vasodilatação); enzimas e proteoglicanos (produção
- Ativação de células Th2 (IL-4, IL-5 e IL-13) e de muco)
produção de anticorpos IgE;
Mediadores Lipídicos: prostaglandina (vasodilatador e
- Ativação de mastócitos e eosinófilos que induzem bronco constritor); leucotrienos (bronco constrição
inflamação. prolongada) e PAF
Alergia ou Atopia Citocinas: Contribuem para a inflamação alérgica (fase
Sequência de Eventos: tardia) - TNF, IL-1, IL-4, IL-5, IL-6, IL-13, MIP-1ALFA,
MIP-1BETA
• APC ativada devem apresentar os antígenos
para os linfócitos T CD4 naive que tem o TCR Eosinófilos: São ativados por citocinas Th2 para locais
especifico para esse antígeno, que inflamatórios na reação de fase tardia: IL-5: potente
reconhecem o antígeno via MHC classe II ativador de eosinófilos e IL-4: aumenta a expressão de
• Quando a APC está ativada ela expressa moléculas de adesão para eosinófilos
moléculas co-estimuladoras e essas Eosinófilos produzem: Grânulos tóxicos para parasitas
interagem com o CD28 e essa ligação helmintos e tecido normal e Mediadores lipídicos
corresponde ao segundo sinal
• Mediante ausência de IL-12 e presença de IL- Tratamentos das reações de hipersensibilidades do
4, os linfócitos T CD4 naive se diferenciam Tipo I: anti-histamínico; corticoides (bloqueiam a
em Th2, essas produzem citocinas cascata do ácido araquidônico – prostaglandina
leucotrieno) e epinefrina (broncodilatador e
Ativação dos Mastócitos: relaxamento brônquico)
• As células B passam a produzir bastante IgE
para aquele antígeno que induziu a resposta
imunológica
• Quando os mastócitos que estão nos tecidos
e estão sensibilizados com a IgE encontrarem
o antígeno vai ocorrer uma ligação cruzada
de moléculas vai haver um sinal positivo para
os mastócitos que vão se ativar, essa é a
Exemplos de doenças: Lúpus eritematoso sistêmico
(doença autoimune por quebra de tolerância,
antiproteínas nucleares). Nefrite, artrite e vasculite;

Hipersensibilidade Mediada por Linfócitos T ou tipo


IV

Mecanismo Imunológico: inflamação mediada por


citocinas de linfócitos TCD4+ ativados, principalmente
Th1 e Th17 e citólise mediada por CTLs

Inflamações crônicas observadas em reações alérgicas


Hipersensibilidade mediada por anticorpos ou tipo II:
mediadas por IgE (Tipo I) estão relacionadas a
Mecanismo Imunológico – anticorpos IgM e IgG – hipersensibilidade do tipo IV
anticorpos se ligam a antígenos da superfície da célula
Exemplos:
ou componentes da matriz PRÓPRIOS
- Diabetes Melitos Tipo I – destruição das células β
Anticorpos que causam lesão podem ser de duas
produtoras de insulina no pâncreas por CTLs e
fontes:
inflamação
1. Autoanticorpo produzido em uma resposta
- Esclerose múltipla- células T reagem contra mielina
autoimune contra antígenos próprios (falha
(Th1 e Th17)
nos mecanismos de tolerância central e
periférica) - Artrite reumatoide – células T específica para
2. Mimetismo molecular: anticorpos produzidos colágeno articular
contra um antígeno estranho que tem reação
cruzada contra antígeno próprio - Sensibilidade ou dermatite de contato –
neoantígenos
Exemplos de doenças:
- Formação de granulomas
- Anemia hemolítica autoimune (opsonização e
fagocitose dos eritrócitos);

- Púrpura trombocitopênica autoimune (opsonização Aula 12: Imunodeficiências


e fagocitose das plaquetas); Definição: são defeitos em um ou mais componentes
- Febre reumática aguda (infecção por estreptococos, do sistema imunológico. Podem levar a distúrbios
mimetismo molecular) – miocardite e artrite graves e até fatais.

- Síndrome de Guillain Barré (anticorpos contra Primárias ou congênitas: defeitos genéticos que
infecções virais, mimetismo molecular) – bainha de levam a susceptibilidade à infecção.
mielina Secundárias ou adquiridas: desnutrição, câncer
Hipersensibilidade Mediada por Imunocomplexo ou disseminado, tratamento com imunossupressores ou
tipo III infecção (HIV).

Mecanismo Imunológico – depósito de Pacientes imunodeficientes, com defeitos na


imunocomplexos → complexos formados pela ligação imunidade celular apresentam infecções por
de anticorpos ligados a antígenos circulantes próprios microrganismos que seriam eficientemente
ou estranhos eliminados nas pessoas saudáveis – Infecções
Oportunistas
Mecanismo de Lesão: mecanismos inflamatórios que
envolvem o recrutamento e a ativação de leucócitos Imunodeficiências Congênitas:
mediados por receptor Fc e complemento – de Doenças raras
desenvolve no local onde o Imunocomplexo é
depositado e não pela fonte do antígeno - Susceptibilidade a infecções: dependente do
componente do sistema imune que está defeituoso
- Susceptibilidade a câncer: frequente em CXCR4 ou CCR5 (receptor de quimiocinas)
imunodeficiências de células T
Duas fitas de RNA (codificam as proteínas do vírus)
- Aumento na incidência de autoimunidade: Perda dentro de um capsídeo viral.
parcial de RAG-1/2 = falha na tolerância de células B
Bicamada fosfolipídica derivada da membrana da
Tipos: célula hospedeira e proteínas de membrana virais

1. Defeito em componentes da imunidade inata Invasão viral: Glicoproteínas GP120 e GP41 do


envelope viral
2. Defeitos combinados da imunidade inata e
adaptativa (SCID) Replicação viral: transcriptase reversa, integrasse e
protease
3. Defeito da imunidade celular
Interação GP120 com DC4 leva a mudança
4. Defeito da imunidade humoral
conformacional e ligação a CXCR4 ou CCR5 = fusão da
Imunodeficiências congênitas: defeitos na imunidade membrana do linfócito com HIV
inata: Infecções recorrentes por defeitos na ativação
A infecção das células pelo HIV inicia-se pela ligação
das fases efetoras da imunidade adaptativa
de GP120 do envelope viral a CD4 e um receptor de
Imunodeficiências combinadas graves (SCID, severe quimiocina expresso (CXCR4 ou CCR5) na célula
combined immunodeficiency) - Afetam tanto a hospedeira.
imunidade humoral como a imunidade mediada por
Mecanismo de Imunodeficiência pelo HIV:
células - Infecções recorrentes em crianças durante o
primeiro ano de vida – GRAVE Efeitos diretos sobre as células TCD4+: Constante
perda de membrana plasmática leva a alterações no
Tratamento envolve transplante de medula óssea
fluxo de íons e lise da célula; Síntese de proteínas
para repopulação de células imunes sem mutação
virais pode interferir com a síntese de proteínas
Imunodeficiências congênitas: imunidade celular – essenciais para a célula, indução de apoptose;
defeitos na ativação e função dos linfócitos T Expressão de GP120 e GP41 na superfície celular pode
levar à formação de sincícios; Linfócitos pouco
Imunodeficiências Adquiridas: funcionais e suscetíveis à morte.
- Imunossupressão como uma complicação biológica Efeitos indiretos sobre as células TCD4+: Destruição
de outro processo patológico; de células infectadas por linfócitos T citotóxicos;
- Imunodeficiências iatrogênicas: complicações da Anticorpos contra proteínas do vírus expressos na
terapia de outras doenças; membrana da célula infectada. Citotoxidade
dependente de anticorpo (ação de células NK)
- Imunodeficiência como resultado de uma infecção
Devido aos efeitos deletérios, o número de linfócitos
às células do sistema imune, HIV.
T CD4+ em pacientes infectados pelo HIV
Imunodeficiência Adquirida: HIV gradualmente diminui
HIV: vírus da imunodeficiência humana Janela imunológica: período entre a exposição do
HIV e o surgimento de marcadores detectáveis de
AIDS: síndrome da imunodeficiência adquirida – é o
resposta do organismo.
estágio mais avançado da infecção por HIV

Biologia do HIV:

O HIV infecta células que expressam a molécula CD4:

• Linfócitos T CD4+ naive

• Th1, Th2, Th17, Treg

• Linfócitos T CD4 de memória

• Macrófagos e células dendríticas.

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