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ARTIGO DE REVISÃO
1
Beatriz Ferreira Biangulo
1
Renata Costa Fortes RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
O câncer é uma doença crônica multicausal anos. Quase metade de todos os novos casos de
que resulta de complexas interações entre fato- neoplasias malignas é atribuível ao carcinoma
res ambientais e genéticos e se caracteriza pela de pulmão, mama, cólon, estômago e próstata3,4.
replicação anormal no número de células que
invadem órgãos e tecidos, determinando a for- Os fatores de risco modificáveis mais impor-
mação de tumores malignos1,2. tantes para o desenvolvimento do câncer são o
tabaco, sobrepeso e obesidade, hábitos alimen-
Estima-se que quase 11 milhões de pessoas no tares e o sedentarismo. Nos Estados Unidos, a
mundo recebem o diagnóstico de câncer a cada cada ano, mais de um terço das mortes causadas
ano e, aproximadamente, 25 milhões de pessoas pelo câncer podem ser atribuíveis a sobrepeso e
convivem com a doença. Dados recentes suge- obesidade, falta de atividade física e dieta ina-
rem que esse número irá dobrar nos próximos 50 dequada5.
Estudos demonstram uma associação positiva com significância estatística de 5%. Ao total fo-
entre desnutrição e morbidade ou mortalidade ram pesquisados 115 artigos. Destes, 67 (58,2%)
por câncer. A maior causa de perda involuntá- foram excluídos e 48 (41,7%) foram utilizados,
ria de peso em pacientes com câncer, em estágio sendo 25 (52%) artigos originais, 19 (39,5%) re-
avançado, é a caquexia, uma síndrome metabó- visão, 1 (2%) metanálise, 2 (4,1%) consensos, 1
lica complexa, acompanhada muitas vezes por (2%) diretriz.
anorexia, inflamação, resistência à insulina e
aumento da excreção nitrogenada6,7.
Alterações metabólicas e imunológicas no câncer
A desnutrição está associada a um risco maior
de complicações cirúrgicas de pacientes onco- A presença de um processo inflamatório crô-
lógicos, tanto no pré quanto no pós-operatório, nico, como observado no câncer, aumenta o
isso ressalta a importância da triagem nutri- catabolismo e altera significativamente o siste-
cional em pacientes hospitalizados7,8. Existem ma imunológico dos pacientes7. As substâncias
diferentes tipos de ferramentas de triagem nu- produzidas pelas células tumorais como, Fator
tricional validadas na literatura, sendo comum Mobilizador de Lipídios (LMF) e Fator Indutor
o uso e a comparação entre os diversos tipos de Proteólise (PIF) induzem a sinais catabólicos
existentes7,8. e estimulam a produção de citocinas pró-infla-
matórias e fatores de crescimento10.
A identificação precoce de risco nutricional,
realizado por meio de uma triagem adequada, As citocinas produzidas durante a inflamação
pode melhorar o prognóstico de pacientes hos- podem alterar diversas vias metabólicas. Algu-
pitalizados, evitando assim a instalação da des- mas dessas citocinas são conhecidas por terem
nutrição por meio de medidas preventivas8,9. efeito sobre o apetite, provocando anorexia,
Dentre os protocolos de triagem nutricional como o interferon gama (INF-g), Interleucina
utilizados para pacientes oncológicos destaca-
(IL) -1a, esta em particular está fortemente asso-
-se a Avaliação Subjetiva Global Produzida
ciada ao aparecimento da anorexia através do
Pelo Próprio Paciente (ASG-PPP).
bloqueio do Neuropeptídio Y (NPY), IL-1b e IL-6
O objetivo do presente estudo foi investigar, na que estimula a produção hepática de proteínas
literatura, os métodos subjetivos e objetivos de de fase aguda como Proteína C Reativa (PCR) e
avaliação do estado nutricional de pacientes fibrinogênio. O Fator de Necrose Tumoral alfa
oncológicos. (TNF-α) reduz a ação da lipase lipoproteica e
aumenta a lipólise11 (Tabela 1). Uma caracte-
rística fundamental das células cancerosas é a
MÉTODO sua capacidade em promover uma proliferação
crônica. Em tecidos normais existe um controle
Este estudo constitui-se de uma revisão da li-
na produção e liberação de sinais que promo-
teratura sobre o tema: “Métodos subjetivos e
vem o crescimento e divisão celular, porém, as
objetivos de avaliação do estado nutricional
células cancerosas desregulam esses sinais12.
de pacientes oncológicos”, por meio de artigos
científicos publicados em revistas indexadas
Alterações no metabolismo dos macronutrien-
em Pubmed/Medline, Lilacs/Bireme e SciE-
tes ocorrem para favorecer a proliferação e
LO, com ênfase nos últimos cinco anos (2007-
sobrevivência da célula tumoral. Essas célu-
2012), nos idiomas português, inglês e espanhol,
las metabolizam preferencialmente a glicose
utilizando-se os descritores: neoplasias, estado
como fonte energética, e evitam a fosforilação
nutricional, caquexia, avaliação nutricional e
triagem, contidos no vocabulário estruturado oxidativa, mesmo quando há oxigênio dispo-
e trilíngue DeCS - Descritores em Ciências da nível. Esse processo ainda é insuficiente para
Saúde (http://decs.bvs.br/). geração de energia, levando essas células a au-
mentarem a produção de glicose e acelerar sua
Selecionou-se estudos clínicos randomizados, conversão em lactato para maior geração de
observacionais, revisão, metanálises e coorte, ATP, consequentemente elevando a produção
Tabela 1.
Principais substâncias produzidas pelas células tumorais
PIF Estimula a proteólise e inibe a síntese protéica. Induz à grande perda de peso.
TNF-αα Efeito direto sobre o crescimento de células tumorais. É fortemente associado com a caquexia.
tos ao sistema de saúde, pois, aumenta o tempo com câncer. O método consiste em um questio-
de internação e eleva as taxas de morbidade e nário de rápida e fácil execução composto por
mortalidade26. Em 2001, o Inquérito Brasileiro dados que descrevem a perda de peso nos úl-
de Avaliação Nutricional Hospitalar (IBRA- timos seis meses e alterações nas duas últimas
NUTRI), estudo brasileiro realizado com 4.000 semanas, presença de sintomas gastrintestinais,
doentes hospitalizados na rede pública, mos- capacidade funcional, demanda metabólica e
trou que a desnutrição estava presente em exame físico do paciente30. Como todo método
66,4% dos pacientes com câncer, sendo 45,1% subjetivo a ASG tem sua precisão diagnóstica
de grau moderado e 21,3% desnutrição grave27. dependente da experiência do observador, sen-
do esta sua principal desvantagem.
A avaliação nutricional é o primeiro passo da
assistência nutricional ao paciente, objetivan- Dentre os diversos tipos de protocolos de tria-
do identificar problemas relacionados à nu- gem nutricional utilizados para pacientes on-
trição. Existem vários métodos de avaliação cológicos, destaca-se a Avaliação Subjetiva Glo-
nutricional utilizados na prática clínica, com bal Produzida Pelo Paciente (ASG-PPP), uma
diferentes especificidades e sensibilidades, no ferramenta de avaliação nutricional validada
entanto, todos eles apresentam limitações. Não e específica para oncologia, que se constitui de
há uma técnica “padrão ouro” de triagem, sendo um questionário auto-aplicativo dividido em
comum o uso e a comparação entre os diversos duas partes. Na primeira parte é o próprio pa-
tipos existentes7,8,16. ciente quem responde às questões como altera-
ção de peso, da ingestão alimentar, capacidade
A triagem nutricional é recomendada princi- funcional. A segunda parte é completada pelo
palmente nos casos onde a desnutrição é asso- profissional por meio da avaliação de fatores
ciada a um risco maior de complicações, como associados ao diagnóstico que aumentam a de-
é o caso de pacientes oncológicos cirúrgicos. manda metabólica, por exemplo, estresse, febre,
Como não há uma técnica “padrão ouro” de estádio do tumor e exame físico semelhante à
triagem nutricional é de suma importância a Avaliação Subjetiva Global (ASG). A ASG-PPP
obtenção do maior número possível de dados classifica o estado nutricional dos pacientes em
relacionados ao paciente como a história clíni- três níveis: bem nutrido, moderadamente des-
ca e dietética, exame físico, medições antropo- nutrido (ou suspeita de ser) e gravemente des-
métricas e laboratoriais7,8. nutrido28.
Os métodos de triagem devem ser capazes de Cabe ressaltar que a ASG-PPP foi validada em
identificar situações onde, a perda de massa 1995 por Ottery et al devido a necessidade de
magra e/ou deficiência de micronutrientes, um método fácil e de baixo custo que pudesse
estejam associados a uma frequência maior de ser utilizado em pacientes oncológicos ambu-
complicações. Vários métodos ou marcado- latoriais. A ASG-PPP é uma forma modificada
res têm sido utilizados para detectar o risco de da Avaliação Subjetiva Global (ASG) e possui
complicações relacionadas à desnutrição7. a vantagem de fazer com que o paciente sinta-
-se mais participativo, possui um alto grau de
A Avaliação Subjetiva Global (ASG) é um mé- especificidade e sensibilidade29, sendo conside-
todo clínico de avaliação do estado nutricional rada técnica padrão para avaliação nutricional
que foi desenvolvido por Detsky et al.34. Por ser de pacientes oncológicos30,31. Com o objetivo
um método simples e de fácil execução se tor- de avaliar o uso da ASG-PPP como ferramenta
nou o método de escolha em diversas situações nutricional em pacientes oncológicos, Bauer et
clínicas. Originalmente desenvolvida e valida- al.32 em seu estudo comparativo entre a ASG
da para pacientes cirúrgicos é atualmente um e ASG-PPP verificaram uma sensibilidade de
dos protocolos mais utilizados e descritos na li- 98% e uma especificidade de 82%, asseguran-
teratura, com valor prognóstico para pacientes do sua validade. Já Ravasco et al33 avaliaram
pacientes oncológicos por meio da ASG-PPP, ASG. O estudo demonstrou que todos os méto-
% perda de peso e IMC. A ASG-PPP apresentou dos concordaram entre si com exceção do IMC e
alta sensibilidade e especificidade, com valores IRN. A sensibilidade e especificidade do MUST
de 80% e 89%, respectivamente. Na qual indi- versus ASG foi de 95%.
ca uma ótima capacidade de detectar pacientes
com alto risco nutricional. A Mini Avaliação Nutricional (MAN) foi de-
senvolvida para avaliação nutricional de ido-
A NRS-2002 é um método de triagem nutricio- sos. É sensível em identificar o risco nutricional
nal que tem como diferencial considerar a ida- e desnutrição em estágio inicial, sendo um indi-
de do paciente. Consiste de pontuação nutricio- cador prognóstico significativo para morbida-
nal e pontuação de acordo com a gravidade da de e mortalidade. Inclui aspectos físicos e men-
doença e um ajuste por idade para os pacientes tais que frequentemente atinge o idoso, além de
com mais de 70 anos. O risco nutricional é ava- utilizar parâmetros antropométricos, laborato-
liado pela combinação de estado nutricional riais e hematológicos39.
atual e gravidade da doença, sendo composto
pelas variáveis: IMC, perda de peso recente e
Métodos Objetivos de Avaliação Nutricional
ingestão alimentar na semana que antecedeu
a internação hospitalar30,35. Com o objetivo de Uma avaliação nutricional bem detalhada,
avaliar o risco nutricional de pacientes hospita- além de analisar a ingestão alimentar, com-
lizados por meio da Mini Avaliação Nutricional posição corporal, capacidade funcional, ana-
(MAN) e NRS-2002, Ócon-Bretón et al36 avalia- lisa também dados bioquímicos. Por meio de
ram 57 pacientes internados na clínica médica parâmetros laboratoriais é possível avaliar a
e cirúrgica de um hospital, a prevalência de pa- condição de reserva das proteínas viscerais, so-
cientes em risco nutricional foi de 38,6% com máticas e competência imunológica. Exames
o NRS-2002 e 49,1% com a MAN, a sensibilida- laboratoriais simples são eficazes em rastrear
de para prever complicações foi de 81,8% para e acompanhar pacientes. Proteínas plasmáticas
como a albumina, pré-albumina e a transferri-
NRS 2002 e 72,7% com o MAN e a especificida-
na podem ser utilizadas para avaliação do es-
de foi de 71,7% e 56,5%, respectivamente.
tado nutricional e monitoração da eficácia da
O Malnutrition Universal Screening Tool terapia nutricional11,39.
(MUST) foi desenvolvido por um grupo mul-
A albumina é a proteína mais abundante no
tidisciplinar para aplicação entre diferentes
plasma e um marcador frequentemente uti-
profissionais da saúde, podendo ser aplicada a
lizado para avaliação do estado nutricional,
uma variedade de pacientes com o objetivo de
atualmente, tem sido utilizada como método
detectar a desnutrição protéico-energética e o prognóstico, refletindo mais a gravidade da
risco de desenvolvimento de desnutrição, mos- doença. A sua utilização como parâmetro nutri-
trando os parâmetros de identificação de risco cional é questionada, pois sua concentração no
nutricional, percentual de perda de peso nos úl- soro pode sofrer influência de diversos fatores
timos seis meses, IMC e ingestão alimentar ina- como estresse metabólico, hidratação corporal,
dequada por mais de cinco dias. A MUST possui desnutrição, infecções, traumas, dentre outros.
validade satisfatória e excelente reprodutibili- A IL-6, produzida pelo tumor, estimula a pro-
dade entre os entrevistadores8,37. Em seu estudo, dução hepática de proteínas de fase aguda, re-
Almeida et al.38 objetivando selecionar o méto- duzindo a concentração de albumina no soro.
do de triagem mais consistente para integração Por outro lado, o TNF-α pode aumentar a per-
efetiva na prática clínica das enfermarias ci- meabilidade da microvasculatura, permitindo
rúrgicas, avaliaram 300 pacientes na admissão assim uma perda maior de albumina, portanto,
utilizando o IMC; perda de peso > 5% nos seis com o avançar da doença os níveis de albumina
meses anteriores; NRS-2002; MUST; Índice de caem significativamente servindo como bom
Risco Nutricional (IRN) em comparação com a preditor do prognóstico do câncer (Tabela 2)11,39.
Santos et al.48 ao avaliarem 28 pacientes com cân- 5. Kushi LH, Doyle C, Mccullough M, Rock
cer do trato gastrointestinal de um hospital públi- CL, Demark-Wahnefried W, Bandera EV
co do Distrito Federal verificaram uma prevalên- et al. American Cancer Society Guidelines
cia de desnutrição em 82,1% (n=23) dos pacientes on Nutrition and Physical Activity for
por meio da ASG e em 85,7% (n=24) dos pacientes Cancer Prevention. Ca cancer j clin 2012;
pela ASG-PPP. Constatou-se, neste estudo, que 62(1):30-67.
ambas as avaliações apresentaram resultados se-
melhantes na classificação do estado nutricional. 6. Blum D, Omlin A, Baracos VE, Solheim
TS, Tan BHL, Stone P et al. Cancer cachex-
ia: A systematic literature review of items
CONCLUSÃO and domains associated with involuntary
weight loss in cancer. Crit Rev Oncol/He-
Os estudos analisados demonstram concordân- matol 2011; 80(1)114-144.
cia entre os diversos protocolos de avaliação do
estado nutricional, sendo ferramentas essen- 7. Antoun S, Rey A, Béal J, Montange F, Pres-
ciais para detecção precoce da desnutrição e soir M, Vasson MP et al. Nutritional Risk
dos distúrbios nutricionais, direcionando dessa Factors in Planned Oncologic Surgery:
forma, uma adequada intervenção nutricional What Clinical and Biological Parameters
com o intuito de melhorar o prognóstico dos Should Be Routinely Used? World J Surg
pacientes. As diferenças metodológicas dos 2009; 33(12)1633–1640.
estudos analisados constituem uma das limi-
tações encontradas no presente estudo, bem 8. Raslan M, Gonzales MC, Dias MCG,
como a falta de um tratamento estatístico para Paes-Barbosa FC, Cecconello I, Waitzberg
comparação dos resultados encontrados e a he- DL. Aplicabilidade dos métodos de triagem
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