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PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
NATAL-RN
2022
EVELLYN MONICK DE OLIVEIRA CABRAL ARAÚJO CAVALCANTI
JEAN DE FREITAS SILVA
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Profª. Ms. Mabelle Alves Ferreira de Lima
Orientadora
___________________________________________________
Profª. Drª. Fabiana Maria Coimbra de Carvalho Serquiz
Doutora
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecemos a Deus, por, ao longo de todo esse processo desafiador, nos
ter dado força e coragem nos momentos difíceis em que pensamos não conseguir. Aos nossos
familiares, somos gratos por todas as oportunidades ofertadas, pela paciência, apoio e
companheirismo. Aos nossos amigos que, ao longo desta etapa, nos encorajaram e apoiaram,
tornando esta uma das fases mais gratificantes das nossas vidas. Aos nossos queridos mestres
que nos acompanharam nessa jornada, em especial, a mestre Mabelle Alves Ferreira de Lima,
por todo apoio, atenção e dedicação ao nos orientar durante a elaboração desta monografia.
Você nos inspira a sermos pessoas e profissionais melhores a cada dia.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 7
2. OBJETIVOS 8
2.1 Objetivo geral 8
2.2 Objetivos específicos 8
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 8
3.1. População estudada 8
3.2 Coleta de dados 9
3.2.1 Antropometria 9
4. DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS 10
4.1 Variáveis de Identificação 10
4.2 Variáveis dependentes 10
4.3 Variáveis Independentes 11
4.4 Análise Estatística 11
5. REVISÃO DA LITERATURA 12
5.1 Câncer 12
5.2 Câncer infanto-juvenil 13
5.3 Avaliação do Estado Nutricional no câncer infanto-juvenil 13
6. RESULTADOS 15
7. DISCUSSÃO 18
8. CONCLUSÃO 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
APÊNDICES 26
RESUMO
O câncer é uma doença crônica multicausal que se caracteriza pela replicação anormal
do número de células que invadem órgãos e tecidos, determinando a formação de tumores
malignos. Diversos estudos relacionam o estado nutricional do paciente ao aumento da
morbidade ou mortalidade ocasionadas pelo Câncer. A desnutrição é um agravo comum nesta
enfermidade e está associada ao maior risco de complicações, especialmente no público infanto-
juvenil. A avaliação nutricional desses pacientes, seja no âmbito hospitalar, clínico ou
domiciliar, em qualquer faixa etária, é de grande importância para evitar casos de desnutrição
e melhorar a resposta do indivíduo ao tratamento. Assim, esse trabalho teve como objetivo
geral a identificação precoce do estado nutricional dos pacientes oncológicos pediátricos. Os
objetivos específicos foram verificar o perfil epidemiológico da população estudada, avaliar o
estado nutricional dos pacientes em tratamento oncológico e associar o estado nutricional e
antropométrico com o tratamento em vigor e as intercorrências clínicas. A pesquisa foi
desenvolvida sob a forma de um estudo transversal realizado com 16 pacientes do setor de
pediatria da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, por meio da aplicação de um
questionário com os pais ou responsáveis de crianças e/ou adolescentes na faixa etária de 1 a
18 anos, onde foram avaliados parâmetros antropométricos relacionados à estatura, peso e o
índice de massa corporal (IMC) relacionando-os aos padrões para a idade segundo critérios
adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas e o tratamento. Essas
informações resultaram em uma prevalência de neoplasias no público feminino, maior
frequência de baixo IMC por idade, náuseas como sendo o sintoma mais referido e a
quimioterapia como tratamento mais utilizado. Com base na análise dos dados, concluímos que,
há uma provável relação entre o declínio do estado nutricional, a doença, os sintomas e o
tratamento dos pacientes da presente amostra. Concluiu-se também o quão importante é a
terapia nutricional nesse tratamento, visando minimizar o declínio no estado nutricional do
paciente.
Câncer é o termo genérico conferido a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm
em comum o crescimento celular desordenado, rápido, agressivo e incontrolável com a
capacidade de alastrar-se para outras regiões do corpo, ocasionando transtornos funcionais
(INCA, 2022).
Numa das fases de maior desenvolvimento do ser humano (infância e adolescência), é
a segunda principal causa de morte e uma das causas de maior morbimortalidade (AMERICAN
CANCER SOCIETY, 2021).
Inúmeros problemas secundários podem ser ocasionados aos pacientes durante o
processo de diagnóstico e tratamento da doença. O avanço das técnicas e medicamentos para o
tratamento do câncer infanto-juvenil ocorridos nos últimos anos, fez crescer a preocupação com
as terapias de suporte, visando promover uma melhor tolerância aos tratamentos
quimioterápicos intensivos (SANTOS et al., 2022)
Sabe-se que a desnutrição é um agravo comum na oncologia e que pode ser originária
do processo inflamatório decorrente da própria enfermidade, da debilidade metabólica causada
pelo tratamento adotado ou ainda ter origem prévia, como, por exemplo, a condição
socioeconômica do paciente, e ser agravada pela doença. As crianças e adolescentes estão
particularmente mais vulneráveis, já que estas fases da vida exigem uma elevada carga de
nutrientes e que a doença e as consequências do tratamento irão consumir parte da energia e
nutrientes provenientes da dieta (VIANI et al., 2017).
As fragilidades nutricionais podem ocasionar uma diminuição da resposta ao
tratamento, da qualidade de vida e da taxa de sobrevivência, além das dificuldades de atingir o
crescimento e desenvolvimento apropriados para as faixas etárias. Quando não tratadas, podem
gerar diversos danos ao organismo, morbidades e até ocasionar a morte (INCA, 2022).
Há estudos que demonstram a relação existente entre a otimização do estado nutricional
dos pacientes e o efeito positivo na sobrevida, livre de intercorrências, toxicidade do tratamento
e qualidade de vida. Sendo assim, para que se obtenha um melhor resultado clínico, é de suma
importância realizar a triagem nutricional do paciente logo após a conclusão do diagnóstico.
Com a correta identificação dos fatores associados ao estado nutricional e ao consumo
alimentar, será possível ofertar a terapia nutricional mais adequada às necessidades do paciente,
contribuindo de forma efetiva com o tratamento adotado (MAURINA et al., 2020).
7
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
8
tamanho amostral desta pesquisa foi definido conforme listagem fornecida pelo serviço de
pediatria da instituição e corresponde aos pacientes que estiveram em tratamento e que
aceitaram participar do estudo.
3.2.1 Antropometria
9
● Pedimos ao usuário que retirasse seus sapatos e roupas volumosas, além de
adereços da cabeça (quando houve);
● Utilizamos o estadiômetro vertical que estava acoplado à balança;
● Solicitamos que o usuário se posicionasse de costas para o equipamento, com os
pés paralelos e os tornozelos unidos;
● Nos certificamos que as nádegas e as costas não estivessem tocando o aparelho
(ou a parede) e que os braços estivessem caídos ao longo do corpo;
● Com a mão sob o queixo do usuário, posicionamos sua cabeça de forma que a
parte exterior da órbita ocular esteja no mesmo plano do orifício do ouvido (Plano de Frankfurt);
● Baixamos lentamente a haste móvel do estadiômetro, a travamos e solicitamos
que o paciente descesse da balança para realizar a aferição.
10
escore Z ≤+2), sobrepeso ( > +2 escore Z≤+3)e obesidade (escore Z >
+3);
● Para crianças de 5 a menos de 10 anos foram utilizados os
seguintes indicadores e seus respectivos pontos de corte:
Peso/Idade: muito baixo peso para idade (escore Z < -3), baixo peso
para idade (≥-3 escore Z <-2), peso adequado para idade (≥ -2 escore
Z ≤+2) e peso elevado para idade (escore Z > +2); Estatura/Idade:
muito baixa estatura para idade (escore Z < -3), baixa estatura para
idade (≥ -3 escore Z <-2), altura adequada para idade (escore Z ≥ -
2);
● Para os adolescentes de 10-19 anos foram utilizados os
indicadores: IMC/Idade: magreza acentuada (escore Z < -3), magreza
(≥ -3 escore Z <-2), eutrofia (≥ -2 escore Z ≤+1), sobrepeso (> +1
escore Z ≤+2), obesidade (> +2 escore Z≤+3) e obesidade grave (escore
Z > +3); Estatura/Idade: muito baixa estatura para idade (escore Z <
-3), baixa estatura para idade (≥ -3 escore Z <-2), altura adequada
para idade (escore Z ≥ -2).
11
4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
5. REVISÃO DA LITERATURA
5.1 CÂNCER
12
Para Rivas et al., (2007), os danos provocados ao DNA durante o processo de divisão
celular, quando não corrigidos, acarretam mutações que juntamente com a exposição à fatores
ambientais (radiação ultravioleta, tabagismo, alcoolismo) e das falhas decorrentes dos
processos de envelhecimento, podem levar ao surgimento de tumores cancerosos.
No Brasil, em 2021, foram diagnosticados mais 533 mil novos casos de câncer, segundo
o Painel Oncologia Brasil do Ministério da Saúde, sendo o câncer de próstata o mais presente
no sexto masculino e o de mama entre as mulheres.
Para o público infanto-juvenil, o câncer é a maior causa de morte (8% do total) por
doença. Devido aos avanços no tratamento do câncer nos últimos anos, 84% das crianças
sobrevivem 5 anos ou mais, tendo a maioria uma boa qualidade de vida após o tratamento
adequado. E essa taxa pode variar muito dependendo do tipo de câncer, diagnóstico precoce e
tratamento em centros especializados. Para detecção precoce do câncer infantil, indica-se o
conhecimento da sintomatologia (INCA, 2022).
13
neuropsicomotor humano (SILVA et al., 2022). Além de acarretar os maiores graus de
mortalidade, também eleva o grau de morbidade em pacientes em idade escolar.
14
de a terapia adotada no tratamento; da fase de diagnóstico do tumor; tipo e localização; e as
condições socioeconômicas do paciente.
A avaliação do estado nutricional é fundamental para reduzir quadro de debilidade
nutricional, como desnutrição e caquexia, e intercorrências decorrentes dessas deficiências, e
deve ser realizada desde o diagnóstico e durante todo o tratamento. Além da avaliação
nutricional, a avaliação específica ao paciente oncológico, objetivando o diagnóstico precoce
do estado nutricional para que haja adequada intervenção e acompanhamento nutricional
também é de extrema importância (LIMA; PONTES; MIRANDA, 2018).
Com base nessas informações, observa-se que o risco nutricional se refere ao aumento
da morbimortalidade em decorrência do estado nutricional (RASLAN et al., 2008). Dessa
forma, podemos determinar que o estado nutricional do paciente está diretamente ligado ao grau
de morbimortalidade observado. Ainda segundo RASLAN et al., (2008), tão importante quanto
diagnosticar desnutrição é avaliar o risco de deterioração nutricional naqueles pacientes em
situações que podem estar associadas a problemas nutricionais. A avaliação nutricional do
paciente deve ser contínua, durante todo o tratamento a fim de evitar intercorrências
nutricionais.
6. RESULTADOS
Variáveis n = 16
Sexo
Masculino, n (%) 7 (44%)
Feminino, n (%) 9 (56%)
Idade 10 ± 4,58
15
Fonte: Autores
Variáveis n = 16
Classificação pelo IMC
Baixo IMC para a idade, n (%) 6 (37%)
IMC adequado para a idade, n (%) 5 (31%)
Sobrepeso, n (%) 3 (19%)
Obesidade, n (%) 2 (13%)
Fonte: WHO (2007)
A altura para a idade também foi avaliada. Esse indicador pode demonstrar se o
consumo de macro e micronutrientes importantes para o processo de crescimento e
desenvolvimento estão adequados. Na faixa etária de 0 a 19 anos foram observados os seguintes
números:
Tabela 4. Avaliação da estatura para idade
Variáveis n = 16
Altura x Idade
Baixa estatura para a idade, n (%) 2 (13%)
Estatura adequada para a idade, n (%) 12 (74%)
Estatura elevada para a idade, n (%) 2 (13%)
Fonte: Autores
16
Os sintomas relatados foram avaliados. Tal indicador pode estar relacionado ao peso
inadequado, uma vez que interferem diretamente no consumo alimentar do paciente e na
absorção e aproveitamento dos nutrientes. Identificou-se que 12 (74%) relataram sintomas.
Dentre eles, os mais frequentes foram: náuseas com 7 (59%) ocorrências, inapetência com 4
(33%), dor de qualquer espécie, com 4 (33%) ocorrências, xerostomia 3 (25%) ocorrências) e
vômito, 2 (17%) ocorrências.
Outro dado importante é que 4 (25%) dos entrevistados relataram ausência de qualquer
tipo de sintomas. Houve casos em que o mesmo paciente referiu mais de um dos sintomas
mencionados acima.
Variáveis n = 12
Sintomas
Náuseas, n (%) 7 (58%)
Dores de qualquer espécie, n (%) 4 (33%)
Xerostomia, n (%) 3 (25%)
Vomito, n (%) 2 (17%)
Inapetência, n (%) 4 (33%)
Fonte: Autores
Variáveis n = 16
Terapias
Quimioterapia, n (%) 16 (100%)
Radioterapia, n (%) 1 (6%)
Fonte: Autores
17
7. DISCUSSÃO
18
Salientamos que houve casos de pacientes com peso adequado para a idade, com sobrepeso e
obesidade infantil em quantidades significantes. Diferente deste estudo, Lemos et al., (2014)
avaliaram 1.154 pacientes no Instituto de Oncologia Pediátrica da Universidade Federal de São
Paulo, com a faixa de idade entre 10 e 24 anos, os dados antropométricos revelaram que 11%
apresentavam IMC por idade abaixo do adequado. Entretanto, os autores não apresentaram
dados sobre os tipos de tratamentos aplicados, sintomas ou capacidade de ingestão oral.
Ao avaliarmos o IMC segundo as faixas etárias utilizadas pela Organização Mundial da
Saúde, constatamos que todos os pacientes da faixa etária entre 0 e 5 anos, estavam com baixo
peso para a idade. Nas faixas etárias dos de 0 a 10 anos e dos 5 aos 19 anos, observou-se maior
prevalência de pacientes com peso adequado para a idade.
Desta forma, ao avaliarmos isoladamente o IMC por idade, concluímos que, em média,
quanto maior a idade, melhor a relação IMC x Idade. Sabemos que pacientes acometidos por
algum tipo de neoplasia tendem, geralmente apresentam baixo peso, porém os com idade
inferior aos 5 anos são os mais afetados pela inadequação do estado nutricional, provavelmente
pelo fato de já haver, naturalmente, uma ingesta alimentar menor, além da seletividade
alimentar ser comum nesse público. Entretanto, outras variáveis como tipo do tumor, situação
socioeconômica e tempo de diagnóstico, são fatores que também podem interferir nessa relação.
Diferente do que se observou aqui no que se refere ao IMC por idade, um estudo
realizado por Sousa et al., (2016) constatou que há prevalência de eutrofia entre as crianças
avaliadas.
Com relação à estatura para a idade na faixa etária de 0 a 18 anos, revelou-se a
prevalência de pacientes com estatura adequada para a idade. Araújo et al., (2012) também
utilizaram o método transversal para avaliar o estado nutricional de 30 pacientes oncológicos
menores de 18 anos, em tratamento quimioterápico, obteve resultado semelhante ao que foi
encontrado, segundo os indicadores de altura/idade.
Vale ressaltar que os parâmetros antropométricos para a avaliação do estado nutricional
de crianças e adolescentes, recomendados pela OMS traduzem a situação atual da condição
antropométrica. Parâmetros mais sensíveis para a identificação do risco para desenvolvimento
de desnutrição, como a perda de peso que, embora não avaliada neste estudo, foi relatada por
todos os entrevistados, fosse somada às alterações na capacidade de assimilação de nutrientes
ocasionadas pela ocorrência de sintomas gastrointestinais e pela condição inflamatória da
doença, poderíamos embasar de forma mais robusta, os processos de desnutrição oncológica.
Com relação aos sintomas, as náuseas, inapetência e dor, xerostomia e vômitos foram
os mais relatados. São queixas importantes que estão frequentemente associadas às terapias
19
antitumorais e podem contribuir para a diminuição da ingestão alimentar que, em contraposição
ao gasto energético elevado ocasionado pela enfermidade, reforça o risco de desnutrição.
A quimioterapia foi a terapia antineoplásica relatada pela totalidade da mostra. Houve
ainda um caso em que há a associação dela com a radioterapia. Avaliando a relação entre efeitos
colaterais ocasionados pelas drogas antineoplásicas, observamos que eles têm grande potencial
de impactar negativamente na assimilação de nutrientes contribuindo para a desnutrição, uma
vez que prejudicam a ingestão alimentar.
De acordo com Coradine (2014), o acompanhamento do estado nutricional de pacientes
oncológicos deve objetivar uma intervenção nutricional precoce assim que detectada alguma
alteração. Portanto, é fundamental que haja o estabelecimento de um diagnóstico nutricional o
mais breve possível, objetivando contemplar os fatores que venham a colocar o paciente em
risco nutricional, incluindo a perda de peso (relatada pela maioria dos entrevistados nesta
amostra), além de sintomas que interfiram na ingestão e/ou o aproveitamento de nutrientes.
Sem esse diagnóstico, há sérios riscos de haver deterioração nutricional dos pacientes,
impactando negativamente na resposta aos tratamentos utilizados, promovendo menor
tolerância por aumento de toxicidade das terapias, na qualidade de vida e na própria sobrevida
desta população.
O nutricionista é o profissional responsável pela avaliação, definição da intervenção e
acompanhamento da evolução nutricional do paciente, desde a internação e durante todo o
tratamento. As técnicas alimentares devem estar associadas a uma alimentação balanceada que
satisfaça o paciente, respeitando suas preferências, condições socioeconômicas e culturais, além
de estar adequada para manutenção ou recuperação do estado nutricional (MELLO;
BOTTARO, 2010).
Nota-se que, possivelmente, os pacientes em tratamento com quimioterapia
ambulatorial, ou seja, aqueles que não permanecem internados (apenas realizam a
quimioterapia e retornam aos seus domicílios), não estão sendo acompanhados
nutricionalmente, seja pela falta de informação ou de interesse dos mesmos e/ou de seus
responsáveis, pela dificuldade de acesso à alimentação adequada ou ao profissional de nutrição.
A intervenção nutricional individualizada e intensiva com base em aconselhamento
nutricional melhora o estado nutricional e acelera a recuperação do paciente. Os sintomas e
complicações presentes nos pacientes oncológicos, antes ou durante tratamento quimioterápico,
podem interferir no apetite do paciente, na habilidade de se alimentar ou de digerir os alimentos,
existindo uma correlação entre a quantidade destes sintomas com o declínio do estado
nutricional (OMLIN et al., 2013).
20
O suporte nutricional correto promoverá a manutenção do peso e da composição
corporal, o crescimento linear adequado e melhora a tolerância ao tratamento. Isso poderá
refletir positivamente no prognóstico de sobrevida do paciente (CORADINE, 2014). Logo, a
melhor via de terapia nutricional está condicionada à situação fisiológica da criança e do
adolescente, aos fatores socioeconômicos, ao acesso e interesse em buscar auxílio profissional.
8. CONCLUSÃO
21
de minimizar sintomas, melhorar a resistência e diminuir o declínio no estado nutricional do
paciente oncológico.
Destacamos que durante a coleta de dados, alguns pacientes e familiares recusaram-se
a participar desta pesquisa, dificultando uma melhor avaliação da população estudada.
Por fim, esse trabalho não visa esgotar a busca ou o estudo acerca deste assunto. Pela
relevância do tema, é importante que novos estudos sejam realizados, com populações maiores
e avaliando outros dados, para que se possa identificar de forma mais precisa o quantitativo de
pacientes acometidos com câncer que têm seu estado nutricional afetado pela doença, a fim de
oferecer um suporte nutricional seguro e eficaz.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN CANCER SOCIETY (org.). Key Statistics for Childhood Cancers, 2021.
Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/cancer-in-children/key-statistics.html.
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68, n. 6, p. 394-424, nov. 2018.
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23
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adolescentes com leucemia durante a fase de indução da quimioterapia. (Dissertação de
Mestrado), p. 65., 2016.
OMLIN, A.; BLUM, D.; WIERECKY, J.; HAILE, S. R.; OTTERY, F. D.; STRASSER, F.
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Nutricional De Crianças E Adolescentes Em Início De Tratamento Oncológico Em Um
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RIVAS, M. P.; PIRES, S. F.; AGUIAR, T. F. M. Criança também tem câncer? Genética na
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ZACHARY, J. W.; SIM, J. M.; BHACKTA, N.; FRAZIER, L. A.; GIRARDI, F.; ATUN, R.
Estimando a incidência total de câncer infantil global: uma análise baseada em simulação.
The Lancet Oncology. 20: 483-493, 2019.
25
YORUK, M. A.; DURAKBASA, C.; TIMUR, C.; SAHIN, S. S.; TASKIN, E. C. Assessment
of Nutritional Status and Malnutrition Risk at Diagnosis and Over a 6-Month Treatment
Period in Pediatric Oncology Patients With Hematologic Malignancies and Solid Tumors.
Journal of Pediatric Hematology/Oncology, v. 41, n. 5, p. e308–e321, jul. 2019.
APÊNDICES
26
sigilosas, digo em segredo, e que seu nome em nenhum momento será divulgado. Caso o seu
filho (a) se sinta constrangido (a) em participar de qualquer etapa da coleta de dados ele/ela terá
todo o direito de interrompê-la. Assim como tem todo o direito de não querer participar desta
pesquisa. Por ocasião de nós pesquisadores nos deslocarmos ao local da pesquisa (hospital), no
dia da consulta, não haverá despesas extras oriundas da pesquisa para o senhor ou seu filho (a)
enquanto participante da mesma. Todavia, se houver qualquer tipo de despesa referente à
participação na pesquisa, essa será prontamente ressarcida. Este projeto será avaliado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, sediado na Av.
Miguel Castro, 1355, Nazaré – Natal/RN, CEP 59062-000 - e-mail: cep@liga.org.br -
Telefones: (84) 4009-5597 e (84) 99463-3048 (WhatsApp). Informações adicionais podem ser
obtidas pelo telefone 4009 – 5494.
Natal,____de______________202___.
Eu portador do RG Nº , estou
ciente das explicações de riscos e benefícios da pesquisa: “Avaliação do consumo alimentar de
pacientes oncológicos pediátricos atendidos pela Liga Norte Riograndense contra o câncer”
fornecidas pelos pesquisadores responsáveis. Concordo com os termos a mim fornecidos e, em
resposta, permito que meu(s) filho(s)
participem) consciente(s) do questionário apresentado.
27
2. Termo de Assentimento Livre e Esclarecido para o participante
Olá! Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa. Seu nome é “Avaliação
do consumo alimentar de pacientes oncológicos pediátricos atendidos pela Liga Norte
Riograndense Contra o Câncer”. Ela é coordenada por uma nutricionista chamada Lidiane de
Lima Fernandes Oliveira. E seus pais permitiram que você participasse.
Queremos saber como é a sua alimentação e como ela está durante o seu tratamento. E
também como você está se sentindo.
Você só precisa participar da pesquisa se quiser, é um direito seu e não terá nenhum
problema se desistir.
As crianças e os adolescentes que irão participar desta pesquisa têm de 1 ano a 19 anos
de idade.
A pesquisa será feita na Policlínica (Liga Norte Riograndense Contra o Câncer), onde
as crianças serão pesadas e suas alturas serão mediadas, e responderão perguntas sobre o
tratamento, a doença, o que sentem que têm atrapalhado o momento de comer e também sobre
a alimentação.
As informações fornecidas poderão melhorar a alimentação das crianças que, como
você, precisam estar internadas no hospital neste momento.
Caso queira comunicar ou reclamar de algo, você pode pedir para os seus pais ou
responsáveis entrarem em contato pelos telefones (84) 4009-5597 e (84) 99463-3048
28
(WhatsApp); ou pelo e-mail: cep@liga.org.br.
Ninguém saberá que você está participando da pesquisa: não falaremos a outras pessoas,
nem daremos a estranhos as informações que você nos passar. Elas serão usadas para que outros
profissionais e estudantes da área da saúde aprendam a melhor forma de ajudar as crianças a se
alimentarem melhor durante o seu tratamento contra o câncer.
CONSENTIMENTO PÓS INFORMADO
Eu aceito participar
da pesquisa. Entendi como tudo será: o que vai ser perguntado e as medidas que vão tirar de
mim. Entendi que posso dizer “sim” e participar. Mas que, a qualquer momento, posso dizer
“não” ou desistir que ninguém vai ficar com raiva de mim. Os pesquisadores tiraram minhas
dúvidas e conversaram com os meus responsáveis. Recebi uma cópia deste termo de
assentimento e li e concordo em participar da pesquisa.
Natal, de de 202__.
29
3. Termo de Consentimento Esclarecido Lúdico
30
33
34
35
36
5. Curvas de avaliação antropométrica
PACIENTE 1
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 05/12/2019
Altura: 1,0 m
Peso: 11,4 Kg
PESO x COMPRIMENTO
PESO x IDADE
37
COMPRIMENTO x IDADE
IMC x IDADE
38
PACIENTE 2
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 04/08/2019
Altura: 1,30 m
Peso: 17,2 Kg
Peso x Altura: Não definido
PESO x IDADE
COMPRIMENTO x IDADE
39
IMC x IDADE
40
PACIENTE 3
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 17/06/2017
Altura: 1,28 m
Peso: 28,8 Kg
PESO x IDADE
COMPRIMENTO x IDADE
41
IMC x IDADE
42
PACIENTE 4
Sexo: Masculino
Data de nascimento: 03/10/2006
Altura: 1,8 m
Peso: 52,7 Kg
COMPRIMENTO x IDADE
IMC x IDADE
43
PACIENTE 5
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 10/03/2016
Altura: 1,28 m
Peso: 22 kg
PESO x IDADE
COMPRIMENTO x IDADE
44
IMC x IDADE
45
PACIENTE 6
Sexo: Masculino
Data de nascimento: 07/08/2015
Altura: 1,20 m
Peso: 24 Kg
PESO x IDADE
COMPRIMENTO x IDADE
46
IMC x IDADE
47
PACIENTE 7
Sexo: Masculino
Data de nascimento: 04/06/2015
Altura: 1,33 m
Peso: 35 Kg
PESO x IDADE
COMPRIMENTO x IDADE
48
IMC x IDADE
49
PACIENTE 8
Sexo: Masculino
Data de nascimento: 12/07/2014
Altura: 1,24 m
Peso: 23,1 Kg
PESO x IDADE
COMPRIMENTO x IDADE
50
IMC x IDADE
51
PACIENTE 9
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 14/06/2014
Altura: 1,2 m
Peso: 18,8 Kg
PESO x IDADE
COMPRIMENTO x IDADE
52
IMC x IDADE
53
PACIENTE 10
Sexo Masculino
Data de nascimento 17/09/2012
Altura: 1,4 m
Peso: 47 Kg
PESO x IDADE
IMC x IDADE
54
PACIENTE 11
Sexo: Masculino
Data de nascimento: 12/04/2011
Altura: 1,42 m
Peso: 40,9 Kg
PESO x IDADE: Não há curvas para a idade.
COMPRIMENTO x IDADE
IMC x IDADE
55
PACIENTE 12
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 24/09/2009
Altura: 1,71 m
Peso: 64,9 Kg
PESO x IDADE: Não há curvas para a idade
COMPRIMENTO x IDADE
IMC x IDADE
56
PACIENTE 13
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 17/10/2009
Altura: 1,60 m
Peso: 51,6 Kg
COMPRIMENTO x IDADE
IMC x IDADE
57
PACIENTE 14
Sexo: Masculino
Data de nascimento: 24/07/2008
Altura: 1,33 m
Peso: 45 Kg
PESO x IDADE: Não há curvas para a idade.
COMPRIMENTO x IDADE
IMC x IDADE
58
PACIENTE 15
Sexo: Feminino
Data de nascimento: 05/07/2005
Altura: 1,61 m
Peso: 57,5 Kg
PESO x IDADE: Não há curvas para a idade.
COMPRIMENTO x IDADE
IMC x IDADE
59
PACIENTE 16
Sex: Feminino
Data de nascimento: 20/09/2004
Altura: 1,62 m
Peso: 87 Kg
PESO x IDADE: Não há curvas para a idade.
ALTURA x IDADE
IMC x IDADE
60