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Treinamento para as provas discursivas

Treinamento para
Provas Discursivas
de Enfermagem
Senado Federal e
Rede SARAH
Correção: 31/10/2022, às 20h.
Orientações Gerais / Padrão FGV
1. As questões discursivas deste simulado abordam os conhecimentos específicos de Enfermagem, e
devem ser respondidas em até 20 (vinte) linhas cada, valendo 40 (quarenta) pontos cada questão.
2. A Prova Discursiva deverá ser manuscrita de forma legível, sendo obrigatório o uso de caneta
esferográfica de tinta azul ou preta, fabricada em material transparente, e a resposta definitiva
deverá ser, obrigatoriamente, transcrita para a folha de textos definitivos.
3. Na avaliação da Prova Discursiva, serão considerados os acertos das respostas dadas, o grau de
conhecimento do tema demonstrado pelo candidato e a fluência e a coerência da exposição. A nota
será prejudicada proporcionalmente caso ocorra abordagem tangencial, parcial ou diluída em meio
a divagações, e/ou colagem de textos e/ou de questões apresentadas na prova.
4. As questões serão avaliadas, adicionalmente, quanto ao domínio da modalidade escrita culta da
língua portuguesa, considerando-se os aspectos de natureza gramatical, tais como ortografia,
morfossintaxe e adequação vocabular. Será descontado 0,1 ponto para cada erro, até o limite
máximo de 4 pontos (40 erros).
5. Será atribuída nota zero à questão da Prova Discursiva que: a) for escrita de forma diversa daquelas
especificadas no item 2 em parte ou em sua totalidade; b) estiver em branco; e/ou c) apresentar
letra ilegível.
6. Assine no campo indicado. Não assine a prova em nenhum outro local deste caderno, nem por
qualquer forma a identifique. A identificação implica na anulação da prova. É vedado o uso de lápis,
lapiseira, marca-texto ou borracha. O caderno não deve ser desgrampeado. Nenhuma folha do
caderno deve ser destacada.
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QUESTÃO 1:
Você é enfermeiro da equipe multidisciplinar do ambulatório de insuficiência cardíaca (IC) e é responsável pelas consultas de
enfermagem para o fortalecimento da autogestão da saúde dos usuários. O senhor J.F.O. solicitou uma antecipação da sua
consulta de rotina devido à piora do seu quadro clínico. Nessa ocasião, ele apresentou os exames que realizou há menos de 1
semana. Depois da coleta de dados de enfermagem, o usuário foi encaminhado ao serviço de emergência. Considerando os
dados do histórico de enfermagem dispostos no quadro a seguir:
a. Defina IC e sua provável etiologia no caso do senhor J.F.O.
b. Quais os sinais e sintomas de gravidade manifestados pelo senhor J.F.O. que justificaram a sua transferência para o
serviço de emergência?
c. Elabore um plano assistencial com o(s) diagnóstico(s) prioritário(s), resultado(s) e intervenções de enfermagem.

SITUAÇÃO CLÍNICA: IC descompensada com classificação funcional NYHA classe III e classificação evolutiva AHA classe C.

IDENTIFICAÇÃO: J. F. O., 58 anos, homem cisgênero, heterossexual, preto, baixa escolaridade (ensino fundamental incompleto), pedreiro.

QUEIXA PRINCIPAL: dispneia aos pequenos esforços e tosse seca com piora progressiva na última semana.
HISTÓRICO FAMILIAR: pai faleceu aos 45 anos de acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh) e mãe possui hipertensão arterial
sistêmica (HAS).
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: há 1 semana evoluiu com cansaço aos mínimos esforços (caminha menos de uma quadra sem esforço),
ganho súbito de peso (3 kg), redução do volume urinário durante o dia, alteração do padrão de sono, pois levanta-se de 2 a 3 vezes à noite
para urinar e mesmo utilizando 2 travesseiros não obtém alívio da dispneia. Apresenta anorexia associada à sensação de plenitude gástrica.
Relata ausência de dejeções intestinais há 5 dias.

HISTÓRIA DA SAÚDE PREGRESSA: foi diagnosticado com HAS aos 25 anos, tem dislipidemia e obesidade grau I (IMC = 30,5), evoluiu com
infarto agudo do miocárdio (IAM) há 3 anos, ocasião na qual precisou ficar internado na unidade de terapia intensiva cardiológica por 3
semanas, após procedimento de angioplastia coronariana transluminal percutânea com colocação de stent. Nega diabetes mellitus (DM).

AUTOGESTÃO DO REGIME TERAPÊUTICO: uso irregular dos seguintes medicamentos: enalapril 20 mg/dia, furosemida 60 mg/dia
(fracionado em 40+20 mg), AAS 100 mg, carvedilol 25 mg/2x ao dia e sinvastatina 40 mg/dia. Refere que não tem medo de morrer, pois “se
não morreu quando infartou, não seria dessa vez que bateria as botas” (sic). Afirma que não sabe o que é exatamente a IC, nem as suas
consequências. Vive sozinho e não tem suporte da família, pois quando se casou com sua ex-esposa, os seus laços familiares foram
interrompidos. Alimenta-se com uma dieta predominantemente baseada em carboidratos simples, com baixo consumo de fibras, alta ingestão
de ultraprocessados, não respeitando a recomendação da dieta hipossódica e restrição hídrica de 1.000 mL/dia.

EXAMES COMPLEMENTARES: ureia = 70 mg/dL, creatina = 1,8 mg/dL, potássio (K+) = 3 mEq/L, sódio (Na+) = 145 mEq/L, hemoglobina
(Hb) = 11 g/dL, hematócrito (Ht) = 36%, colesterol total = 260 mg/dL, HDL-c = 32 mg/dL, LDL-c = 180 mg/dL, triglicérides = 450 mg/dL, glicemia
= 200 mg/dL, albumina sérica = 1,82 g/dL, transferrina sérica = 132 mg/dL, radiografia de tórax mostra cardiomegalia e congestão pulmonar,
eletrocardiograma com ritmo irregular, ausência de ondas P (fibrilação atrial) com FC = 140 bpm, fração de ejeção (ecocardiograma) = 39%.

SSVV: PA = 90x60 mmHg, FC = 140 bpm, FR = 28 irpm, Tax = 37,3 ºC, Dor = 0/10, SpO2 = 90%.

EXAME FÍSICO: apresenta-se letárgico a maior parte do tempo com alternância de agitação psicomotora/ansiedade, orientado em tempo e
espaço, verbalizando coerentemente. Pálido, anictérico, acianótico, afebril, hipotenso, taquicárdico, taquidispneico. Pele fria, sudoreica,
pegajosa e íntegra. Conjuntivas hidratadas e hipocoradas. Mucosa oral íntegra, dentição incompleta, higiene oral precária e língua saburrosa.
Ausência de contraturas em pescoço, traqueia centralizada, tireoide não palpável, distensão de jugular persistente em decúbito > 45º. Tórax
simétrico, com expansibilidade reduzida e desconforto respiratório ao ventilar em ar ambiente. Frêmitos toracovocais diminuídos. Ictus cordis
palpável no sexto espaço intercostal na linha axilar anterior esquerda. À ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares diminuídos, presença de
estertores em ambas as bases pulmonares que não cessam após a tosse de característica úmida (expectoração espumácea e rósea). À
ausculta cardíaca: bulhas hipofonéticas, irregulares, em três tempos (presença de B3 – galope), sem sopros. Abdome globoso às custas de
líquido ascítico com ruídos hidroaéreos hipoativos. Presença de macicez móvel, sinal de piparote positivo e semicírculo de Skoda. Fígado
palpável a 6 cm abaixo do rebordo costal. Refluxo hepatojugular e sinal de Kussmaul positivos. Extremidades frias, pulsos filiformes e
simétricos, presença de baqueteamento digital, edema em membros inferiores, sinal de Godet (cacifo 4+/4+) e enchimento capilar lento (>
3s).

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QUESTÃO 2:
D.V.N., 13 anos, gênero masculino, comparece à classificação de risco do serviço de urgência acompanhado por sua genitora,
queixando-se de náuseas associadas a vômitos volumosos e abdominalgia intensa. Sua genitora refere que nos últimos 3 meses
tem evoluído com polidipsia, polifagia, poliúria, perda de peso inexplicada, adinamia e astenia e subsequentes episódios de
náuseas e êmeses iniciadas há menos de 24 horas na vigência de uma tonsilite bacteriana em uso de antibioticoterapia. Nega
comorbidades, alergias, cirurgias e hospitalizações pregressas. Sinais vitais: FC = 120 bpm; FR = 28 irpm; PA = 60 x 40 mmHg;
Tax = 38,2 ºC; Dor = 9; Glicemia capilar = HI. Ao exame físico, apresenta-se emagrecido, descorado, anictérico, acianótico, febril,
taquicárdico, hipotenso, taquipneico com padrão ventilatório de Kussmaul, desidratado, turgor cutâneo reduzido, hálito cetônico,
com expressão facial de dor intensa, hipoativo, pouco contactuante, pele fria, sudoreica e pegajosa, pulsos filiformes e retardo
do tempo de enchimento capilar. Conjuntivas hipocoradas e secas. Presença de placas de pus em tonsilas palatinas. Linfonodos
de cadeia cervical anteriores aumentados e dolorosos à palpação. Abdome escavado, doloroso à palpação profunda em
hipocôndrio direito. Diante dos sinais de gravidade, o enfermeiro da classificação de risco encaminhou o paciente à avaliação
médica imediatamente. O paciente foi diagnosticado com cetoacidose diabética e transferido para o eixo crítico da instituição.
Diante do caso exposto, responda à questão considerando os seguintes itens:
a. O que é cetoacidose diabética e a qual tipo de diabetes ela está relacionada?
b. Qual é o tipo de insulina que deve ser administrada e qual é a via de administração?
c. Elabore um plano assistencial com o(s) diagnóstico(s) prioritário(s), resultado(s) e intervenções de enfermagem.

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QUESTÃO 3:
G.A.S., 70 anos, mulher, apresenta diagnósticos clínicos de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), obesidade e osteoporose. Encontra-
se em pós-operatório mediato de osteossíntese de fêmur. O diagnóstico de enfermagem Risco de trombose é uma das
prioridades do plano de cuidados da Sra. G.A.S. e a administração da enoxaparina consiste em uma das intervenções de
enfermagem prescritas. Considerando este cenário, responda às seguintes questões:
a. Qual é a classe farmacológica da enoxaparina e o seu mecanismo de ação?
b. Qual é a via e os cuidados específicos para a administração desse medicamento?
c. Cite 3 sinais de alerta que a equipe de enfermagem deve monitorar no contexto da assistência de pacientes com risco
de eventos tromboembólicos.

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QUESTÃO 4:
A enfermeira do núcleo de educação permanente identificou a necessidade de atualização sobre aspectos da terapia tópica no
manejo de lesões por pressão da unidade de clínica médica. Durante o primeiro treinamento com a equipe da unidade, a
enfermeira abordará a importância do desbridamento para o preparo do leito das lesões.
a. Defina desbridamento.
b. Cite os tipos de desbridamento que podem ser empregados no gerenciamento do leito da ferida.

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QUESTÃO 5:
M.J.A.P., 68 anos, homem, comparece à consulta de enfermagem na Unidade Básica de Saúde em busca de tratamento para
uma úlcera em membro inferior que não cicatriza há 3 meses. Refere ter hipertensão, diabetes e dislipidemia, porém não adere
ao regime medicamentoso, nem realizou as mudanças de estilo de vida orientadas pela equipe de saúde da família. Queixa-se
de dor ao caminhar mais de uma quadra ou ao subir dois lances de escada. Você é o enfermeiro da unidade e deverá realizar a
anamnese e o exame físico abrangentes, a fim de identificar se a lesão está relacionada a problemas venosos ou arteriais.
Diante deste cenário, responda as questões a seguir:
a. Quais as causas e os fatores de risco das úlceras venosas e arteriais?
b. Ao exame físico, como as úlceras venosas e arteriais poderiam ser diferenciadas?
c. Considerando as informações expostas no enunciado, qual tipo de úlcera M.J.A.P. apresenta?

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QUESTÃO 6:
Você é enfermeiro do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). No início do seu plantão noturno, surge um chamado
da central de regulação. Trata-se de um caso de colisão moto x poste ocorrida em rodovia distante do centro de trauma. A vítima
é um homem jovem, de aproximadamente 20 anos, encontra-se torporoso, apresentando abertura ocular mediante estímulo
doloroso, discurso com palavras inapropriadas, retirada de membro ao estímulo álgico, laceração extensa de couro cabeludo
com sangramento ativo, sinal de Battle positivo, equimose periorbital, escoriações em membros inferiores. Pupilas reativas e
isocóricas. Os sinais vitais foram coletados depois da avaliação primária, no interior da viatura: FC = 50 bpm; PA = 200x90
mmHg; FR = 30 irpm; SpO2 = 89%.
a. Qual é a classificação do traumatismo cranioencefálico baseado no escore da Escala de Coma de Glasgow?
b. Por se tratar de transporte prolongado, quais sinais de agravamento do quadro clínico devem ser observados?
c. Quais cuidados de enfermagem intra-hospitalar deverão ser implementados pela equipe intra-hospitalar para o
manejo da hipertensão intracraniana?

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QUESTÃO 7:
L.R.A.S., 76 anos, mulher, comparece ao serviço de hemodinâmica para realizar uma intervenção coronariana percutânea.
Apresenta histórico de hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia. Faz uso de captopril (25 mg), anlodipino (2,5 mg),
dapagliflozina + metformina (5 mg + 1.000 mg), rosuvastatina (10 mg) e ácido acetilsalicílico (100 mg). O procedimento foi
realizado sem intercorrências, porém, durante o período de observação, a paciente evoluiu com oliguria e aumento absoluto de
0,5 mg/dl da sua creatinina sérica basal. Isto posto, L.R.A.S. precisou ser internada e ser submetida à hemodiálise devido à
lesão renal aguda. Diante deste cenário, responda às questões a seguir:
a. O que é lesão renal aguda e como ela pode ser classificada?
b. Considerando as informações expostas no enunciado, qual é a potencial etiologia da lesão renal aguda e quais são os
fatores de risco aos quais L.R.A.S. estava suscetível.

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QUESTÃO 8:
O senhor José Inácio, 65 anos, possui hiperplasia prostática benigna e evoluiu nos últimos 3 dias com distensão da bexiga, jato
urinário enfraquecido e disúria. A enfermeira Ana Paula chegou à conclusão diagnóstica de Retenção urinária (NANDA-I 00023).
Em seu plano assistencial, decidiu implementar a intervenção Cateterismo vesical (NIC 0580) para modificar o resultado de
enfermagem de Eliminação urinária (NOC 0503). Considerando o contexto de cuidados de enfermagem relacionados ao
cateterismo vesical de demora, elabore a sua resposta a partir das questões a seguir:
a. A enfermeira Ana Paula poderá delegar o cateterismo ao técnico de enfermagem da sua equipe? Por quê?
b. Idealmente, qual seria o calibre adequado do cateter, a solução e o respectivo volume necessário para o enchimento
do balonete?
c. Quais cuidados de enfermagem a enfermeira deverá prescrever para a prevenção de infecção de trato urinário
associada ao cateter?

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