Você está na página 1de 20

Revista Brasileira de Cunicultura, v. 5, n.

1, abril de 2014 – Disponível em


http://www.rbc.acbc.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=66&Itemid=77

Aditivos equilibradores de flora intestinal para coelhos

Aditivos balanceadores de la flora intestinal para conejos

Balancers additives to intestinal flora for rabbits

Camila Campos Gondim Martins Coelho1, Katiuscia Cristina das Neves Mota2, Felipe Norberto
Alves Ferreira2, Clarice Esperidião Silva Neta2, Luiz Carlos Machado3, Walter Motta Ferreira4

1
Doutoranda em Zootecnia pela EV-UFMG. E-mail: camilazootecnia@gmail.com
2
Alunos do curso de mestrado em Zootecnia pela EV-UFMG
3
Professor do IFMG Campus Bambuí
4
Professor Titular da EV-UFMG

RESUMO microrganismos que formam colônias


Para o ministério da Agricultura, ou outras substâncias definidas
Pecuária e Abastecimento tem-se por quimicamente que têm um efeito
aditivo destinado a alimentação animal positivo sobre a flora do trato
toda substância, micro-organismo ou digestório. A resistência microbiana tem
produto formulado, adicionado aumentado demasiadamente em todo
intencionalmente aos produtos, que não mundo, tanto nos animais como nos
é utilizada normalmente como humanos. Fato este, ficou mais evidente
ingrediente, tenha ou não valor nutritivo após o surguimento de bactérias
e que melhore as características dos superresistentes a terapêutica tradicional
produtos destinados à alimentação levando indivíduos a óbito. Dentres as
animal ou dos produtos animais, principais causas estão o uso indevido
melhore o desempenho dos animais dos antibióticos pelos humanos e o uso
sadios e atenda às necessidades de aditivos antimicrobianos na nutrição
nutricionais ou tenha efeito animal. Diante disso uso dos aditvos
anticoccidiano. Subdivide-se os aditivos equilibradores de flora cresceu
zootécnicos em três categorias: demasiadamente. Eles podem ser
digestivo, equilibradores de flora e dividios principalmente em probióticos,
melhoradores de desempenho. Os prebióticos, ácidos orgânicos e
equilibradores de flora são simbióticos. Para os probióticos, após a
revisão foi verificado que os estudos healthy animals and meets nutritional
não conseguem mostrar claramente a needs or has anticoccidial effect.
efetividade do uso de probióticos para Subdivided zootechnical additives into
coelhos. Para os prebióticos apesar de, three categories: digestive flora
na maioria dos trabalhos, a inclusão ter balancers and performance enhancers.
sido positiva não foi raro a ausência de The balancers flora are microorganisms
efeito sobre os parâmetros analisados. that form colonies or other chemically
Quanto aos trabalhos realizados com defined substances that have a positive
uso de ácidos orgânicos são poucos e effect on the flora of the digestive tract.
contraditórios, o mesmo ocorreu para os Microbial resistance is excessively
simbióticos. O uso de substâncias increased worldwide, both in animals
alternativas aos antibióticos tem se and in humans. This fact, became more
mostrado fundamental na manutenção evident after appear and super bacteria
da súde intestinal dos animais, no to conventional therapy leading
entanto, as pesquisas realizadas muitas individuals died. Dentres the main
vezes não retratam fielmente as causes are the improper use of
condições de campo mascarando antibiotics by humans and the use of
possíveis resultados benéficos. antimicrobial additives in animal
nutrition. Therefore use of balancers
Palavras chaves: ácidos orgânicos, additives flora grew too. They can be
melhoradores de desempenho, divided mainly probiotics, prebiotics,
probióticos, prebióticos, simbióticos and symbiotics organic acids. For
probiotics, upon review it was found
ABSTRACT that the studies fail to clearly show the
For the Ministry of Agriculture, effectiveness of probiotics for rabbits.
Livestock and Supply has a feed To prebiotics although, in most studies,
additive for all substance, micro - inclusion was positive it was not
organism or formulated product unusual for the lack of effect on the
intentionally added to products, which parameters analyzed. As for the work
is not normally used as an ingredient, carried out with the use of organic acids
whether or not nutritional value, and to are few and contradictory, the same
improve the characteristics of products happened for symbiotic. The use of
intended for animal feed or animal alternative antibiotic substances have
products, improve the performance of been shown to be critical in maintaining

2
intestinal animals, however, the studies aumentado demasiado en todo el
performed are often not accurately mundo, tanto en los animales como en
depict the conditions of field masking los humanos. Este hecho, quedó mas
possible beneficial results. evidente después del surguimiento de
bacterias superresistentes a la
Keywords: organic acids, performance terapeutica tradicional llevando
enhancers, probiotics , prebiotics, individuos a óbito. Entre las principales
symbiotic causas están el uso indevido de los
antibióticos pelos humanos y el uso de
RESUMEN aditivos antimicrobianos en la nutrición
Para el Ministerio de la animal. Ante eso, el uso de los aditivos
Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento, equilibradores de flora cresció
considérase aditivo destinado a la demasiado. Éstos pueden ser divididos
alimentación animal, toda substancia, principalmente en probióticos,
microorganismo o producto formulado, prebióticos, ácidos orgánicos y
adicionado intencionalmente a los simbióticos. Para los probióticos,
productos, y que no es utilizado después de la revisión foi verificado que
normalmente como ingrediente, tenga o los estudios no consiguen mostrar
no valor nutritivo y que mejore las claramente la efectividad del uso de
características de los productos probióticos para conejos. Para los
destinados a la alimentación animal o de prebióticos apesar de que en la mayoría
los productos animales, mejore el de los trabajos, la inclusión há sido
desempeño de los animales sanos y positiva, no fué rara la ausencia de
atienda a las necesidades nutricionales o efecto sobre los parámetros analizados.
tenga efecto anticoccidiano. Los En relación a los trabajos realizados con
aditivos zootécnicos subdivídense en el uso de ácidos orgánicos son pocos y
tres categorías: digestivo, equilibradores contradictórios, lo mismo ocurrió para
de flora y mejora del desempeño. Los los simbióticos. EL uso de substancias
equilibradores de la flora son alternativas a los antibióticos se mostró
microorganismos que forman colonias o fundamental en la manutención de la
otras substancias definidas salud intestinal de los animales, sim
químicamente que tienen un efecto embargo, las pesquisas realizadas
positivo sobre la flora del trato muchas veces no retratan fielmente las
digestivo. La resistencia microbiana há

3
condiciones de campo enmascarando d) Aditivos zootécnicos:
posibles resultados benéficos toda substância utilizada para influir
positivamente na melhoria do
INTRODUÇÃO desempenho dos animais;
Para o ministério da Agricultura, e) Anticoccidianos:
Pecuária e Abastecimento - MAPA substância destinada a eliminar ou inibir
(2004) tem-se por aditivo destinado a protozoários.
alimentação animal toda substância, Dentre os aditivos na nutrição
micro-organismo ou produto formulado, animal os aditivos zootécnicos, em
adicionado intencionalmente aos especial, os antimicrobianos ou
produtos, que não é utilizada promotores de crescimento e
normalmente como ingrediente, tenha anticoccidianos são os que apresentam
ou não valor nutritivo e que melhore as maiores risco à saúde humana. Esses
características dos produtos destinados à aditivos vêm sendo largamente
alimentação animal ou dos produtos utilizados na produção animal a mais de
animais, melhore o desempenho dos 50 anos.
animais sadios e atenda às necessidades Com o melhoramento genético e
nutricionais ou tenha efeito a intensificação dos sistemas produtivos
anticoccidiano. Ainda para o MAPA os aspectos sanitários se tornaram os
(2004) os aditivos se dividem e maiores entraves da produção dos
conceituam em: monogástricos. Para tanto, a
a) Aditivos tecnológicos: conservação da saúde intestinal dos
qualquer substância adicionada ao animais veio como um dos principais
produto destinado à alimentação animal desafios e a inserção de aditivos na
com fins tecnológicos; alimentação tornou-se inevitável a
b) Aditivos sensoriais: manutenção de resultados satisfatórios.
qualquer substância adicionada ao Inicialmente a dosagem dos
produto para melhorar ou modificar as antimicrobianos era baixa, mas com o
propriedades organolépticas destes ou avançar do tempo e o surgimento da
as características visuais dos produtos; resistência microbiana veio aumentando
c) Aditivos nutricionais: substancialmente sua inclusão na
toda substância utilizada para manter ou produção animal. Quando utilizado
melhorar as propriedades nutricionais inadequadamente o desenvolvimento de
do produto; resistência e a sua transferência à

4
população humana pode vir a ocorrer. (MAPA, 2004). Os principais utilizados
Em virtude disso, o uso de prebióticos, na nutrição de coelhos são os
probióticos e alguns ácidos orgânicos prebióticos, probióticos e suas
têm sido utilizado como alternativa ao associações e os ácidos orgânicos.
uso dos antimicrobianos. c) Melhoradores de desempenho
Portanto, será o objetivo dessa São substâncias definidas
monografia abordar os temas relativos quimicamente que melhoram os
ao uso de aditivos zootécnicos e parâmetros de produtividade (MAPA,
anticoccidianos na nutrição de coelhos e 2004). Para Soares (1996) um promotor
seus impactos no desempenho e na de crescimento ideal deve proporcionar
saúde dos animais. um aumento do desempenho, apresentar
um bom custo/benefício, ser atóxico,
REVISÃO DE LITERATURA não alterar drasticamente a microflora
Aditivos zootécnicos para coelhos intestinal, atuar exclusivamente ao nível
O MAPA (2004) subdivide os intestinal, não estar envolvido em
aditivos zootécnicos em três categorias: transferência de resistência, não possuir
digestivo, equilibradores de flora e resistência cruzada com outros
melhoradores de desempenho. Esses antibióticos (em especial os de uso na
aditivos visam primariamente à melhora terapêutica humana), não deixar
dos parâmetros zootécnicos obtido no resíduos na carcaça dos animais após
sistema produtivo da espécie. sua retirada e ser biodegradável. Ainda
a) Digestivo segundo o mesmo autor, os promotores
Substância que facilita a de crescimento proporcionam uma
digestão dos alimentos ingeridos diminuição do número de bactérias
atuando sobre determinadas matérias- aderidas à mucosa intestinal e a
primas destinadas à fabricação de diminuição de bactérias produtoras de
produtos para a alimentação animal toxinas e amônia, com isto, há uma
(MAPA, 2004). Como principal diminuição de células inflamatórias na
exemplo podemos citar as enzimas. parede intestinal e diminuição do grau
b) Equilibradores da flora de descamação e renovação das
Microrganismos que formam vilosidades, tornando a parede mais lisa
colônias ou outras substâncias definidas e delgada. Uma vez mantida ou
quimicamente que têm um efeito melhorada a saúde intestinal dos
positivo sobre a flora do trato digestório animais, a absorção dos nutrientes é

5
facilitada auxiliando assim na melhoria Atualmente o MAPA autoriza o
o aproveitamento do alimento ingerido. uso do Diclazuril (1,0 ppm), Lasolocida
Os promotores de crescimento, (125 ppm) e Cloridrato de Robenidina
de acordo com Benício (1996), não (50 a 66 ppm) como anticoccidianos
esterilizam o intestino, mas somente para coelhos.
manipulam a população de O trabalho realizado por
microrganismos e ainda explica que Vanparijs et al. (1989) demonstrou que
como as doses de promotores são baixas a administração de 1 ppm de diclaruzil
acredita-se que a pressão de seleção foi considerado a concentração ideal
sobre as populações bacterianas seja para 100% de efetividade no controle da
reduzida evitando-se o aparecimento de coccidiose em coelhos. A
bactérias resistentes. contaminação foi realizada pelas
Para coelhos a flavomicina, na espécies Eimeria flavescens, Eimeria
concentração de de 2 a 4 g/ton, é o intestinalis, Eimeria magna e Eimeria
único promotor com uso autorizado perforans. O diclazuril teve seu uso
pelo MAPA, no entanto, nenhuma das autorizado só no final de 2008 na
flavomicinas registradas possui o coelho França, Itália e Espanha. No MAPA não
como espécie com uso permitido. O uso há produto com essa substância para
para esse fim foi verificado no coelhos.
experimento de Haj Ayed e Ben Said A eficiência da lasalocida como
(2008) e Soliman et al. (2000). No anticoccionado para coelhos é
primeiro trabalho a flavomicina (4 questionável. No experimento
mg/kg) foi utilizada conjuntamente com conduzido por comparando a eficiência
a robenidina (66 mg/kg), no entanto, na entre a lasalocida, monensina e
média geral, não apresentou diferença salinomicina a 50 ppm para coelhos
quando comparada ao grupo que demonstrou que a lasalocida apresentou
recebeu Tiamulina (60 mg/kg) na dieta. os piores resultados de desempenho dos
Para o segundo trabalho foi verificado animais que a receberam na dieta
que o uso de probióticos substitui quando comparada às demais. No
satisfatoriamente o uso de drogas como entanto, não há no Brasil nenhum
a flavomicina (100 mg/kg) e a produto a base de lasalocida para
bacitracina de zinco (100 mg/kg) nas coelhos que possua registro.
rações para coelhos. A robenidina é tida como a mais
Anticoccidianos para coelhos eficiente dentre as citadas. Diversos

6
pesquisadores validaram seu uso e coli (Consejo Nacional de
eficiência em coelhos (Coudert, 1978; Investigación, 1999).
Peeters et al. 1979, 1980, 1983; Peeters Apesar do próprio Wordl Health
e Halen, 1980) e além disso, é a única Organizacion (1997) reconhecer que
que possui produto registro no Brasil. O uma parcela significativa da resistência
nível de uso inclusão sugerido pelo a antibióticos ocorra devido ao uso
MAPA condiz com o encontrado pelos inadequado dos mesmos na medicina
pesquisadores (50 a 66 ppm). humana, União Européia proibiu o uso
Aspectos regulatórios do uso de de antimicrobianos como aditivos aos
aditivos no Brasil animais, excetuando a sua utilização
A resistência microbiana tem para o tratamento de enfermidades
aumentado demasiadamente em todo específicas. Obviamente que adoção
mundo, tanto nos animais como nos dessa medida culminou com a queda
humanos. Fato este, ficou mais evidente dos índices produtivos e com aumento
após o surguimento de bactérias das patologias associadas ao sistema
superresistentes a terapêutica tradicional digestivo, em especial, do intestino.
levando indivíduos a óbito. Dentres as Atualmente o MAPA autoriza o
principais causas estão o uso indevido uso de antimicrobianos como aditivos
dos antibióticos pelos humanos e o uso melhoradores ou promotores de
de aditivos antimicrobianos na nutrição desempenho no Brasil, no entanto, suas
animal. associações não são permitas. Para fim
A resistência apresentada pelos de conclusão, na tabela abaixo apresenta
animais pode ser transmitida aos as drogas atualmente com uso proibido
humanos através do consumo dos como aditivos no Brasil e ato normativo
produtos de origem animal. Dentre os de referência.
microrganimos com maior potencial de
tramitibilidade estão as go gênero
Salmonella e a da espécie Escherichia

Tabela 1. Lista de aditivos antimicrobianos e anticoccidianos com uso proibido no


Brasil (MAPA, 2013).
Aditivo Legislação de referência
Avoparcina Of. Circ. DFPA nº 047/1998
Arseniacais e amoniacais Portaria nº 31, 29/01/2002
Cloranfenicol e Nitrofuranos IN nº 09, 27/06/2003

7
Hormônios como aditivos para aves IN nº 17, 18/06/2004
Olaquindox IN nº 11, 24/11/2004
Carbadox IN nº 35, 14/11/2005
Violeta genciana IN nº 34, 13/09/2007
Anfenicóis, tetraciclinas, beta lactamicos, IN nº 26, 9/07/2009 (revoga Portaria 193/1998)
quinolonas e sulfonamidas sistêmicas
Anabolizantes para bovinos IN nº 55, 01/12/2011 (revoga IN nº 10/2001)
Espiramicina e eritromicina IN nº 14, 17/05/2012
Fonte: www.agricultura.gov.br

EQUILIBRADORES DE FLORA E Diversos microrganismos são


SEUS EFEITOS EM COELHOS utilizados como probióticos, em geral,
Os aditivos equilibradores de são cepas de bactérias gram-positiva
flora vêem sendo utilizado na nutrição dos gêneros Bacillus (B. cereus, var.
de coelhos em substituição aos toyoi, B. licheniformis, B. subtilis) que
antimicrobianos e anticoccidianos. Estes são utilizados combinados, isolados ou
aditivos são substâncias naturais que as vezes associados a leveduras,
quando adicionados a dieta dos coelhos enzimas e outros agentes, com a
possuem a capacidade de controlar finalidade de auxiliar as bactérias
bactérias patogênicas típicas do trato produtoras de ácido lático na sua
gastrointestinal. Dentre eles estão, colonização; Enterococcus (E. faecium)
principalmente, os probióticos, microrganismo bastante agressivo e um
prebióticos e ácidos orgânicos e uma pouco mais resistente a altas
séries de compostos ainda em teste. temperaturas do que os Lactobacilus;
Probióticos Lactobacillus (L. acidophilus, L. casei,
Os probióticos são suplementos L. farciminis, L. plantarum, L.
alimentares compostos por rhamnosus) são bactérias produtoras de
microrganismos vivos que quando ácido lático, habitantes naturais do trato
ingeridos afetam beneficamente o gastrintestinal e que agem efetivamente
hospedeiro através do balanceamento da como probióticos, aderindo ao epitélio
flora intestinal (Fuller, 1989). Já intestinal e colonizando o
Hamilton et al. (2003) definem como tratointestinal; Pedicoccus (P.
um preparado de microrganismos que acidilactici) e Streptococcus (S.
quando administrados em dosagens infantarius). Algumas leveduras e
adequadas melhoram a saúde das fungos também são utilizados,
pessoas e dos animais. prevalecendo o uso da Saccharomyces

8
cerevisae (Guillot, 2001; Maertens, Um fator importante a ser citado é
2011; Falcão-e-Cunha et al., 2007; sobre o nível de inclusão na dieta. Uma
Abdel-Khalek, 2007; Combes et al., bactéria somente terá ação efetiva no
2012) intestino se a concentração for
Apesar do uso dos probióticos excepcional, ou seja, em grande
estar bem fundamentado tanto para número, de modo a produzir
homens como para animais seus quantidades significativas de
mecanismos de ação são amplos e está aminoácidos, vitaminas e substâncias
correlacionado com o microrganismo anti-microbianas e subsequentemente
utilizado. Os modos de balanceamento produzir um efeito (Ducluzeau e
da flora intestinal mais comumente Raibaud, 1979). Considere-se que
citados são competição por sítios de qauntidades inferiores a 106 a 107 ufc/g
ligação, exclusão competitiva não são efetivas para produção de ações
(acidificação do meio), estimulação do desejáveis no hospedeiro (Guillot,
sistema imune, produção de vitaminas e 2001)
de substâncias anitmicrobianas, Os trabalhos realizados sobre a
estimulação da produção de enzimas e influência dos probióticos nos
redução na produção de substâncias coeficientes de digestibilidade são
tóxicas (enterotoxinas) (Macari e poucos. No trabalho conduzido por
Furlan, 2005; Falcão-e-Cunha et al., Zanato et al. (2008), Michelan et al.
2007; De Blas e Wiseman, 2010). (2002) e Hollister et al. (1989) não
Guillot (2001) resume melhor os foram encontradas diferenças
mecanismos de ação dos probióticos, estatísticas entre o grupo controle e
para ele existe um efeito nutricional e aquele que recebeu o probiótico na
um efeito sanitário. Como resultado do dieta. Os pesquisadores dos trabalhos
efeito nutricional observa-se a redução explicam a não diferença na ausência de
de reações metabólicas produzida por desafio sanitário provocado pelas
substâncias tóxicas, a estimulação de condições experimentais.
enzimas endôgenas e produção de Já nos trabalhos Yamani et al.
vitaminas ou de substâncias (1992), Zoccarato et al. (1995) e Kamra
antimicrobianas. O efeito sanitário et al. (1996) encontraram valores
residiria sobre o aumento da resistência superiores da digestibilidade da fibra
à colonização de bactérias patogênicas e bruta; matéria seca e matéria orgânica; e
estimulação da resposta imunitária. proteína bruta para as dietas que

9
receberam probiótico na dieta. Diversos interessa aos pesquisadores é se a
fatores (nível de inclusão, desafio diferença se apresentará sobre o
sanitário e condições experimentais) desempenho dos animais, tal apanhado
podem ter causado estas divergências de é demonstrado na tabela 2.
resultados. Mas na verdade, o que mais

Tabela 2. Influência da adição de probióticos sobre parâmetros de desempenho.


Autor Cepa predominante Inclusão Ganho de Cosumo Conversão
peso médio alimentar
diário diário (g)
(g/d)
Trocina et al. (2003) Bacillus cereus var. toyoi Controle 38,2a 137 3,63b
200 ppm 40,0b 138 3,47a
1000 ppm 39,6ab 137 3,52ab
Michelan et al (2002) Bacillus subtilis Controle 27,53 112 4,13
0,03% 27,64 110 4,05
Eiben et al. (2008) Bacillus subtilis e Controle* 35,1ab 121 4,57
licheniformis 0,1%* 33,1a 132 421
Kamra et al. (1996) Lactobacillus acidophilus e Controle 7,96 37,1** 4,66
Saccharomyces cerevisiae L. acidophilus 8,12 38,5** 4,74
L. acidophilus + 8,24 36,9** 4,72
S. cerevisiae
Ewuola et al. (2011) Lactobacillus acidophilus, Controle 13,37 94,7 7,08
Saccharomyces cerevisiae e 500 ppm 13,37 94,47 7,07
Saccharomyces boulardii
L’ubica Chrastinová et al. Enterococcus faecium Controle 39,5b - 3,59
(2010)
500µ/animal/dia 40,33a - 3,43
Amber et al. (2004) Lactobacillus acidophilus Controle 28,2b 109 3,87b
0,5 mg/kg 30,9a 112 3,62a
Matusevicius e Jeroch Bacillus cereus var. toyoi Controle 31,6 123 3,90
(2009)
100 mg/kg 33,4 124 3,73
Kritas et al. (2008) Bacillus licheniformis e B. Controle 30a - 4,01a
subtilis 400 ppm 33b - 3,65b
Wang Zhiheng et al. Bacillus subtilis Controle 18a 117,8 6,54b
(2008)
2×106/l *** 20,7b 118,2 5,71a
*
Animais entre 49 e 63 dias de idade.
**Valores expressos na matéria seca.
*** Aditivo foi adicionado à água.

Indiscutivelmente a cepa mais resistência dos esporos durante o


utilizada é do gênero Bacillus spp. armazenamento e processamento de
Segundo Abdel-Khalek (2007) o fato alimentos. Segundo o autor, tem sido
ocorre devido a suplementação de demonstrada uma competição entre o
Bacillus ser mais fácil de se realizar Bacillus spp. e da flora patogênica no
quando comparada a outros trato gastrointestinal o que pode ajudar
microrganimsos, isto ocorre devido à

10
na manutenção de uma flora benéfica e condições ótimas de produção. Além
das boas condições de saúde do animal. disso, os microrganismos presentes nos
Uma vez que os probióticos probióticos devem ser capaz de suportar
podem influenciar a microbiota as condições de processamento e de
intestinal, vários autores analisaram conservação do alimento.
seus efeitos sobre a microbiota ceco, ou
através da contagem de bactérias Prebióticos
(Âmbar et al., 2004) ou os seus Em 1995, Gibson e Roberfroid
produtos, em particular os ácidos graxos definiram o termo prebiótico como um
voláteis - AGV (Maertens et al., 1994). ingrediente alimentar capaz de
No estudo do Âmbar et al. (2004), o influenciar positivamente quem o
probiótico aumentou significativamente ingerisse para a estimulação selectiva de
as contagens de bactérias celulolíticas crescimento e para a atividade de uma
(ufc / ml), enquanto que, ao mesmo ou de um número limitado de bactérias
tempo que diminui as contagens de uns no cólonimplicando na melhora da
ureolítica. saúde. São geralmente definidos como
Como verificado na tabela 2, os ingredientes alimentares não digereis
estudos não conseguem mostrar que estimulam seletivamente o
claramente a efetividade do uso de crescimento e/ou atividade de bactérias
probióticos para coelhos. Cita Falcão-e- que potencialmente melhoram a saúde
Cunha et al. (2007) que a mortalidade se intestinal (Maertens, 2011).
apresentada como diferença absoluta, Prebióticos podem ser extraídos a
em pontos percentuais, entre um partir de fontes naturais como plantas,
tratamento que recebeu o probiótico leveduras e leite ou ser produzidos por
contra o grupo controle correspondente. hidrólise ácida ou enzimática parcial de
Para Maertens (2011) os resultados polissacáridos, ou por reacções de
inconsistentes com os probióticos não transglicosilação (Oku, 1996). Os
são surpreendentes dada a probióticos possuem duas vantagens
complexidade do ecossistema intestinal. claras em relação aos probióticos: uma é
Segundo ele, os estudos que a tecnológica, uma vez que não há
demonstram a relação direta entre a problemas críticos com o tratamento
adição do probiótico e saúde digestiva térmico da alimentação e das condições
em coelhos são extremamente ácidas do estômago, e a outra é a de
necessários no intuito de se melhorar as segurança, porque eles não introduzam

11
espécies microbianas estranhos no com correspondente mecanismo de
intestino (Falcão-e-Cunha et al., 2007). ação.
Outro importante atributo dos Os manoligossacarídeos (MOS)
probiótico reside sobre a imunidade, seu são derivados da parede da levedura
uso aumenta a imunidade específica e Saccharomyces serivisae e seu
não específica na qual está relacionada mecanismo de ação se resumiria na
com o estímulo de microrganismos aderência das bactérias patogênicas aos
benéficos (Dubert-Ferrandon et al. manoligossacarídeos aos invés da
2008). Uma das principais funções dos mucosa intestinal e esta aderência seria
prebióticos é a ativação e regulação de possível às bactérias com fribilas, em
mecanismos imunológicos, neste especial Escherichia coli e Salmonella
sentido, elas impedem a colonização de spp. (Abdel-Khalek, 2007). Já o
patógenos através do bloqueio de mecanismo de ação do
adesão e a superfície intestinal, estimula frutoligossacarídeos e
as células imuno-competentes glucoligossacarídeos seria baseado no
intestinais, associadas aos linfonodos; fato de servirem de substrato para a
tonificar o sistema imunológico através bactérias benéficas (Newman, 1994;
da ativação de macrófogos e favorece os Huyghebaert, 2003).
altos níveis de imunoglobulina (local e Os frutoligossacarídeos (FOS) são
sistémica)(García-Curbelo et al, 2012). polissacarídeos ricos em frutose,
Os manoligossacarídeos, podendo ser naturais, derivados de
frutoligossacarídeos e plantas (inulina e seu produto de
glucoligossacarídeos são os principais hidrólise parcial oligofrutose) ou
prebióticos em estudo para coelhos e sintéticos, resultantes da polimerização
serão os aboradados nessa revisão. de frutose sendo resistentes ao ataque
Todos eles são oligossacarídeos, enzimático da α-amilase, sacarase e
carboidratos de cadeia curta, formados maltase produzida por mamíferos
por 2 a 10 monômeros de açúcar unidos (Menten, 2001).
por ligações glicosídicas que ocorrem Um importante efeito do uso do
pela eliminação de n-1 moléculas de FOS está na diminuição da
água(Lehninger e Nelson, 2002). Vale concentração de glucose no sangue.
ressaltar que apesar de serem Segundo Delzenne e Kok (2001) a
prebióticos são substâncias dieferentes e ingestão de frutanos estimula o
desenvolvimento do intestino células da

12
mucosa da região do ceco-cólon onde N-acetilglucosamina (Furlan et al.,
ocorre uma maior síntese de células 2004). O mecanismo de ação dos
endócrinas L que são capazes de manoligossacarídeos e dos
sintetizar o péptido 1 tipo glucagon glucoligossacarídeos são assemelhados.
(GLP-1) que por sua vezé parte A tabela 3 apresenta um apanho
integrante do controlo do metabolismo dos trabalhos realizados com coelhos e
da glicose uma vez que estimula a o uso de prebióticos. Apesar de, na
secreção de insulina em células maioria dos trabalhos, a inclusão de
pancreáticas β e inibi a síntese de prebióticos ter sido positiva não foi raro
glucagon em células α. a ausência de efeito sobre os parâmetros
Os glucoligossacarídeos (GUS) analisados. Tudo isto reforça o já citado
também são oriundos de parede celular anteriormente: condições experimentais
de leveduras e consiste principalmente em que o desafio sanitário é nulo não
de proteína e carboidrato, a qual contém propiciará o aparecimento dos efeitos
os dois principais açúcares (glucose e benéficos do uso tanto de probióticos
manose) em proporções semelhantes e como de prebióticos.

Tabela 3. Trabalhos sobre o uso dos prebióticos em coelhos e os resultados


apresentados.
Autores Prebiótico Níveis de inclusão Resultado
Aguilar et al (1996) FOS 0,24% Melhora no ganho de peso, sem efeito na conversão
alimentar e aumento o pH do conteúdo cecal
Morisse et al. (1992) FOS 0,25% Melhora no peso vivo, diminuiução pH cecal e NH3 e
aumento da produção de AGV
Mourão et al. (2004) FOS 0,36 g/kg Sem efeito sobre cura da diarreia ou produção de AGV
Eiben et al. (2008) FOS 0,3% Melhora no ganho de peso e conversão alimentar
Ewuola et al. (2011) FOS + ácidos 4 kg/ton Melhora no ganho de peso e conversão alimentar e no
orgânicos coeficiente de digestibilidade da proteína bruta
Gidenne (1995) GUS - Sem efeito sobre o ganho de peso e conversão alimentar
e produção AGV
Radwan e Abdel- GUS 0,5% Melhora no ganho de peso e conversão alimentar, sem
Khalek (2007) efeito sobre a produção de AGV ou pH do ceco
Pinheiro et al (2004) MOS 1,0, 1,5 ou 2,0 g/kg Aumento das vilosidades, da área de absorção e AGV;
de ração diminuição do pH cecal em comparação com o controle.
Fonseca et al. (2004) MOS 0,2%, entre 28 a 46 Redução da taxa de mortalidade, melhor conversão de
dia e 0,1% a 47 a 70 ração e o ganho de peso.
dias
Radwan e Abdel- MOS 0,5% Melhor ganho de peso e conversão alimentar e sem
Khalek (2007) afetar produção de AGV ou pH cecal
Ismail et al (2004) MOS 0,5, 1,0 ou 1,5 g/kg Sem efeito sobre o desempenho
de ração
Tazzoli et al. (2012) MOS 400 e 800 mg/kg Sem efeito sobre a digestibilidade, desempenho e
atividade fermentativa cecal
Zanato et al. (2007) MOS 0,15% Melhora no coeficiente de digestibilidade da matéria
seca e fibra detergente ácido

13
Zanato et al. (2009) MOS 0,15% Sem efeito sobre desempenho, pH cecal e intestinal

Ácidos Orgânicos ácidos graxos e aminoácidos da


O uso de ácidos orgânicos iniciou- estrutura geral R-COOH. Nem todos
se quando foi verificado que eles estes ácidos têm efeitos sobre a
poderiam compensar a baixa produção microflora do intestino, no entanto, os
de ácido cloríddrico pelo estômago dos ácidos monocarboxílicos ou simples,
leitões. Posteriormente, pesquisadores tais como os ácidos fórmico, acético,
encontraram resultados benéficos propiónico e butírico, ou os ácidos
quando prolongaram seu uso às demais carboxílicos, tais como os ácidos
fases produtivas (Partanen e Mroz, láctico, málico, tartárico e cítrico
1999; Diebold e Eidelsburger, 2006). demonstram ter benefícios sobre o
Os ácidos orgânicos atuam diminuindo desempenho. Outros ácidos, tais como
o pH intestinal e melhorando a atividade ácidos sórbico e ácido fumárico,
da pepsina do estômago (Michelan et al, possuem atividade antifúngica. Os
2002). Com a redução do pH intestinal, ácidos orgânicos são ácidos fracos e são
diminui também a proliferação de E. parcialmente dissociados. A maioria dos
coli e outros microrganismos patógenos, ácidos orgânicos com atividade
os quais competiriam com o animal antimicrobiana tem um pKa (pH no qual
pelos nutrientes, além de causarem metade do ácido é dissociada) entre 3 e
inúmeros distúrbios no trato 5. A tabela 4 trás os principais ácidos
gastrointestinal (Cromwell, 1989). orgânicos e seus respectivos pKa.
Dibner e Buttin (2002)
descrevem os ácidos orgânicos como
qualquer ácido carboxílico incluindo

Tabela 4. Ácidos orgânicos e suas características químicas.


Ácido Nomeclatura química Peso molecular pKa
Fórmico Ácido fôrmico 46,03 3,75
Acético Ácido acético 60,05 4,76
Propiônico Ácido 2-propanóico 74,08 4,88
Butírico Ácido butanóico 88,12 4,82
Lático Ácido 2-hidroxipropanóico 90,08 3,83
Sórbico Ácido 2,4-hexadienóico 112,14 4,76
Fumárico Ácido 2-butenóico 116,07 3,02
MHA ácido 2-hidróxi-4-metil-tio-butanóico 149,00 3,86
Málico Ácido hidroxi metil butenodióico 134,09 3,40
Tartárico Ácido 2,3-dihidroxi butanodióico 150,09 2,93
Cítrico Ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico 192,14 3,13

14
Fonte: Dibner e Buttin (2002).

Os ácidos orgânicos também são aumento do comprimento de cadeia e o


vastamente utilizados na preservação grau de insaturação (Partanen e Mroz,
dos alimentos e seu mecanismo de ação 1999; Falcão-e-Cunha et al., 2007).
na redução ou equilíbrio da flora Os trabalhos realizados com uso
intestinal é semelhante. Para que o de ácidos orgânicos são poucos e
ácido orgânico apresente seus efeito é contraditórios. No trabalho conduzido
necessário que o meio esteja com pH por Scapinello et al. (1998) testando
reduzido, isto porque, o ácido orgânico níveis de ácido fórmico (0,5, 1,0, 1,5,
se encontrará na forma não dissociada. 2,0%) e ácido acético (0,5, 1,0, 1,5,
A forma não dissociada dos ácidos 2,0%) e como resultado verificaram que
orgânicos é lipofílica e podem se a inclusão dos ácidos fumáricos e
difundir pela membrana celular dos acéticos não influenciaram o
microrganismos (bactéria e fungos) desempenho de coelhos em
(Mroz, 2000; Partanen, 2001). Ao crescimento. Em outro experimento,
chegar ao citoplasma, o ácido não Scapinello et al. (2001) utilizando o
dissociado encontrará um pH mais ácido fórmico (1,5%) e um composto de
elevado que implicará na dissociação do ácidos orgânicos composto por ácido
ácido e consequentemente na redução sórbico, ácido fosfórico, ácido lático,
do pH dos conteúdos das células. Esta ácido fumárico, ácido propiônico,
redução no pH do citoplasma irá calcário e silicato de alumínio (0,15%)
perturbar as reacções enzimáticas e os também não encontraram diferenças
sistemas de transporte de nutrientes significativas entre o grupo controle e
(Cherrington et al., 1991). Na tentativa os que continham os ácidos orgânicos.
de aumentar o pH, a célula libera No trabalho realizado por Michelan et al
prótons para fora da célula, no entanto, (2002) incluindo 1,5% de ácido
este processo demanda energia e com fumárico foi verificada a não influência
isso, a célula fica sem energia para sobre a utilização digestiva dos
proliferação causando um efeito nutrientes e nem as características
bacteriostático sobre a célula (Dibner e morfométricas do jejuno, contudo, os
Buttin, 2002). Os ácidos de pKa mais coelhos que receberam as dietas
elevados tendem a ser mais eficazes e a suplementadas com ácido fumárico
eficácia antimicrobiana dos ácidos isolado, ou combinado com bacitracina
orgânicos tende a aumentar com o de zinco, apresentaram os melhores

15
resultados de desempenho, no período simbióticos (nas mesma inclusões) em
total do experimento (35 a 75 dias de coelhos. Os autores observaram que os
idade). Estas mesmas dietas também tratamentos que continham o prebiótico
foram as que proporcionaram os e o simbióitico tiveram melhores
melhores resultados de peso e resultados de ganho de peso e conversão
rendimento de carcaça. alimentar. No aproveitamento do
alimento, os autores verificaram
Simbióticos melhora no coeficiente de
Simbióticos nada mais são do que digestibilidade da matéria seca, proteína
a utilização associada entre probióticos bruta, matéria mineral e extrativo não
e prebióticos. A combinação entre nitrogendo quando comparado ao grupo
probiótico e prebiótico poderia melhorar controle.
a sobrevivência do primeiro, pela Outros
disponibilidade do seu substrato. Isto No trabalho realizado por L’ubica
resultaria em vantagens para o Chrastinová et al. (2010) os
hospedeiro, tanto pela presença da flora pesquisadores avaliaram parâmetros de
benéfica quanto pela fermentação. desempenho, de metabolismo cecal e de
No trabalho conduzido por Zanato qualidade de carne em animais
et al. (2008) e Zanato et al. (2009) alimentados com extrato de Sálvia
cerificando o uso de prebiótico e (Salvia officinalis 10 μl/animal/dia
probiótico isoladamente ou em conjunto ofertado via água) e Ginseng
foi verificado que os simbióticos não (Eleutherococcus senticosus - 30g/100
afetaram significativamente os kg). Os pesquisadores não encontraram
coeficientes de digestibilidades diferença entre o grupo controle e os
avaliados nem sobre os índices de grupos que receberam sálvia e ginseng
desempenho, da carcaça nem sobre o para os parâmetros avaliados.
pH cecal e intestinal de coelhos em A yucca schidigera foi avaliada
crescimento. por Amber et a. (2004) em comparação
Ewuola et al. (2011) avaliando o ao uso de probióticos e e a um grupo
uso de prebióticos (FOS e ácidos controle. Os tratatamentos receberam
orgânicos - 4kg/ton), probióticos 250mg/kg de yucca schidigera e 0,5
(Lactobacillus acidophilus, mg/kg de probiótico (Lactobacillus
Saccharomyces cerevisiae e acidophilus). Quando comparado ao
Saccharomyces boulardiie – 500 g/ton) grupo controle os coelhos que

16
receberam tanto a yucca schidigera influenciaram no desempenho dos
quando o probiótico obteve melhores animais.
resultados de ganho de peso diário e Ao avaliar o extrato alcóolico de
conversão alimentar. Outro importante própolis para coelhos nas concentrações
resultado foi sobre alguns parâmetros de 0,1, 0,2 e 0,3%, Garcia et al. (2004)
cecais e sanguíneos. Os coelhos que observaram que a inclusão de 0,1% de
receberam a yucca schidigera tiveram extrato demonstrou-se efetiva sobre o
menor concentração de uréia e amônia desempenho dos animais, tendo
tanto no sangue como no ceco. Vale melhorado o ganho de peso dos mesmos
lembrar que a amônia é produto e sua conversão alimentar. Os autores
resultante do metabolismo microbiando ainda comentam que em níveis mais
e sua alta concentração é prejudicial a elevados (0,3%), a adição apresentou
saúde do animal. influência negativa sobre o
Testando um composto que desempenho, embora não tenha
continha mistura de algas, ervas e provocado alterações bioquímicas
especiarias (manjericão, funcho, alho e séricas importantes que pudessem
canela) e os óleos essenciais (anis, indicar reações adversas à sua
tomilho), Matusevicius e Jeroch (2009) administração. Coloni et al. (2007)
observaram uma piora no ganho de peso avaliando o mesmo composto nas
e na conversão alimentar do grupo que concentrações 0,8 e 1,5 ml/animal/dia
recebeu os compostos na dieta quando não observaram efeito do extrato de
comparado ao grupo controle. Já nos própolis sobre os parâmetros de
estudos de Botsoglou et al. (2004) a desempenho e do pH cecal.
inclusão de óleo essencial de oregano
nos níveis de 100 e 200 mg/kg não
CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, a realização de pesquisas que
O uso de substâncias alternativas aos realmente venham a comprovar que os
antibióticos tem se mostrado fundamental na prebióticos, probióticos, simbióticos e
manutenção da súde intestinal dos animais, no compostos que possam exercer a mesma a
entanto, as pesquisas realizadas muitas vezes função são de fundamental importância para a
não retratam fielmente as condições de campo substituição de antimicrobianos e
mascarando possíveis resultados benéficos. anticoccidianos por estes. Ato válido não
Fato este, unânime entre os pesquisadores. somente para a saúde animal como também
para a saúde humana.

17
DIEBOLD G., EIDELSBURGER U. Acidification of
diets as an alternative to antibiotic growth promoters. In
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS D. BARUG, J. DE JONG, A. K. KIES, M. W. A.
VERSTEGEN (Eds.) Antimicrobial Growth
ABDEL-KHALEK, A.. M. Safe alternative additives to Promoters. Wageningen Academic Publishers, The
antibiotics in rabbit nutrition: probiotics and prebiotics. Netherlands, 311-327, 2006.
58th Annual EAAP Meeting, 2007, Dublin DUBERT-FERRANDON, A., NEWBURG, D. Y
AGUILAR J.C.; ROCA T., SANZ E. Fructo-oligo- WALKER, A. Immune Functions and Mechanisms in
saccharides in rabbit diet. Study of efficiency in the Gastrointestinal Tract. Hanbook of prebiotic. Ed.
suckling and fattening periods. In Proc.: 6th World Gibson, G. y Roberfroid. Pp. 115-128, 2008.
Rabbit Congress, Toulouse, France, 73-77, 1996. DUCLUZEAU, R., RAIBAUD, P. Ecologie
AMBER K.H., YAKOUT H.M., HAMED RAWYA S. Microbienne du Tube Digestif. Masson, Paris. 1979.
Effect of feeding diets containing yucca extract or EIBEN, C; GIPPERT, T.; GÓDOR-SURMANN, K.;
probiotic on growth, digestibility, nitrogen balance and KUSTOS, K. Feed additives as they affect the fattening
caecal microbial activity of growing new zealand white performance of rabbits. 9th World Rabbit Congress –
rabbits. In Proc.: 8th World Rabbit Congress, Puebla, June 10-13, 2008 – Verona – Italy, 2008.
México, 737-741, 2004. EWUOLA, E. O.; AMADI, C. U.; IMAM, T. K.
BENÍCIO, L. A. S. Restrições e uso de aditivos Performance evaluation and nutrient digestibility of
(promotores de crescimento) em ração de aves. Visão rabbits fed dietary prebiotics, probiotics and symbiotics.
da indústria. In: Conferência APINCO 1996 de International Journal of Applied Agricultural and
Ciência e Tecnologia Avícolas, Curitiba, 15 a 17 de Apicultural Research (IJAAAR 7): 107-117, 2011.
outubro de 1996. p.17-26. FALCÃO-E-CUNHA L., CASTRO-SOLLA L.,
BOTSOGLOU N.A., FLOROU-PANERI P., MAERTENS L., MAROUNEK M., PINHEIRO V.,
CHRISTAKI E., GUIANNENAS I., SPAIS A. B. FREIRE J., MOURÃO J.L. Alternatives to antibiotic
Performance of rabbits and oxidative stability of muscle growth promoters in rabbit feeding: a review. World
tissues as affected by dietary supplementation with Rabbit Sci. 15: 127 – 140, 2007.
oregano essential oil. Archives of Animal Nutrition, FONSECA A.P., FALCÃO-E-CUNHA L., KOCHER
v.58, n.3, p.209-218, 2004. A., SPRING P. Effects of dietary mannan
CHERRINGTON, C. A., M. HINTON, G. C. MEAD, I. oligosaccharide in comparison to oxytetracyclin on
CHOPRA. Organic acids: chemistry, antibacterial performance of growing rabbits. In Proc.: 8th World
activity and practical applications. Adv. Microb. Rabbit Congress, Puebla, México, 915-921, 2004.
Physiol. 32:87–108, 1991. FULLER, R. Probiotics in man and animal. A review. J.
COLONI, R. D.; LUI, J. F.; DOS SANTOS, E.; Appl. Bacteriology, 66: 365-378, 1989.
CAVALCANTE NETO, A.; ZANATO, J. A. F.; DA FURLAN, R. L.; MACARI, M.; LUQUETTI, B. C.
SILVA, L. DA P. G.; MALHEIROS, E. B. Extrato Como avaliar os efeitos do uso de prebióticos,
etanólico de própolis sobre o ganho de peso, parâmetros probióticos e flora de Exclusão Competitiva. In: 5°
de carcaça e pH cecal de coelhos em crescimento. Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e
Biotemas, 20 (2): 59-64, junho de 2007. Nutrição. Anais... Balneário Camboriú, p. 6-28, 2004.
COMBES S., FORTUN-LAMOTHE L., CAUQUIL L., GARCIA, R. C.; DE SÁ, M. E. P.; LANGONI, H.;
GIDENNE T. Controlling the rabbit digestive FUNARI, S. R. C. Efeito do extrato alcoólico de
ecosystem to improve digestive health and efficacy. própolis sobre o perfil bioquímico e o desempenho de
Proceedings 10th World Rabbit Congress – September coelhas jovens. Acta Scientiarum – Animal Sciences,
3 - 6, 2012– Sharm El- Sheikh –Egypt, 475- 494, 2012. 26 (1): 57-67, 2004.
CONSEJO NACIONAL DE INVESTIGACIÓN (NRC, GARCÍA-CURBELO, Y; LÓPEZ, M. G.; BOCOURT,
EUA). Crean resistencia los antibióticos? Industria R.; RODRÍGUEZ, Z.; SAVÓN, L. Prebiotics in the
Avicola, v.46, n.3, p. 42-46, Marzo, 1999. feeding of monogastric animals. Cuban Journal of
COUDERT P. Evaluation comparative de l’efficacité de Agricultural Science, Volume 46, Number 3, 2012
10medicaments contre 2 coccidioses graves du lapin. GIDENNE T. Effect of fibre level reduction and
Comm. No.31, Journées de la Recherche Cunicole, glucooligosaccharide addition on the growth
Toulouse, avril 1978. performance and caecal fermentation in the growing
CROMWELL, G.L. 1989. Nuevos aditivos rabbit. Anim. Feed Sci. Techn., 56, 253-263, 1995.
alimenticios. Ind. Porcina, 9(6):25-36. WANG ZHIHENG, GU ZILIN, HUO YANMING,
DE BLAS, C.; WISEMAN, J. Nutrition of the rabbit. CHEN BAOJIANG, LIU YAJUAN, ZHAO ZHUJUN,
2nd Edition, 2010, CAB International. ZHANG GUOLEI. Effects of probiotics and nanometer
DELZENNE, N.; KOK, N. Effects of fructans-type implement on growth performance of rex rabbit. 9th
prebiotics on lipid metabolism, Am. J. Clin. Nutr. World Rabbit Congress – June 10-13, 2008 – Verona
456:73, 2001. – Italy, 2008.
DIBNER, J. J.; BUTTIN, P. Use of Organic Acids as a GUILLOT J.F. Consequences of probiotics release in
Model to Study the Impact of Gut Microflora on the intestine of animal. In J. Brufeau (Ed.) Feed
Nutrition and Metabolism. J. Appl. Poult. Res. 11:453– Manufacturing in the Mediterranean Region
463, 2002.

18
Improving Safety: from feed to food. Zaragoza Instução Normativa 13, de 01 de dezembro de 2004.
CIHEAM-IAMZ, 17-21, 2001. Disponível em:
HAJ AYED, M.; BEN SAID, B. Effect of tiamulin or http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/det
rescue-kit® on diet utilisation, growth and carcass yield alhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&chave=
of growing rabbits. World Rabbit Sci. 16: 183 – 188, 133040692.
2008. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
HAMILTON-MILLER J.M.T., GIBSON G.R., BRUCK ABASTECIMENTO. Lista de substâncias proibidas e
W. Some insights into the derivation and early uses of legislação correspondente. Atualizado em 06/05/2013.
the word “probiotic”. Brit. J. Nutr., 90, 845, 2003. Disponível em:
HOLLISTER, A. G.; CHEEKE, P. R.; ROBINSON, K. http://www.agricultura.gov.br/animal/alimentacao/aditi
L. Effects of water-administered probiotics and acidiers vos/aditivos-proibidos. Acessado em 08/06/2013.
on growth, feed conversion and enteritis mortality of MATUSEVICIUS, P.; JEROCH, H. Efficacy of
weaning rabbits. Journal of Applied Rabbit Research, probiotic “ToyoCerin®” and phytobiotic “Cuxarom
12: 143-147, 1989. Spicemaster” on growing rabbits. Lohmann
HUYGHEBAERT, G. Replacement of antibiotics in Informations. Vol. 44 (2), Page 34, Oct. 2009.
poultry. Eastern Nutrition Conference, Québec, MICHELAN, A. C.; SCAPINELLO, C.; NATAL, M.
Canada, pp. 55-78, 2003. R. M.; FURLAN, A. C.; SAKAGUTI, E. S.; FARIA, H.
ISMAIL, F.; RABIE, M. AND ABDEL-KHALEK, E. G.; SANTOLIN, M. L. R.; HERNANDES, A. B.
Effect of some sources of yeast cultures as feed Utilização de probiótico, ácido orgânico e antibiótico
additives on growth performance of New Zealand em dietas para coelhos em crescimento: ensaio de
White rabbits. Egypt. J. Rabbit Sc., 14 (2): 101- 116, digestibilidade, avaliação da morfometria intestinal e
2004. desempenho. Revista Brasileira de Zootecnia, 31:
KAMRA, D. N.; CHAUDHARY, L. C.; SINGH, R.; 2227-2237, 2002.
PATHAK, N. N. Influence of feeding probiotics on MORISSE J.P., MAURICE R., BOILLETOT E.,
growth performance and nutrient digestibility in rabbits. COTTE J. P. Assessment of the activity of a fructo-
World Rabbit Science, 4: 85-88, 1996. oligossaccharides on different caecal parameters in
KRITAS, S. K.; PETRIDOU, E.; FORTOMARIS, P.; rabbit experimentally infected with E. coli 0.103. Ann.
TZIKA, E.; ARSENOS, G.; KOPTOPOULOS G. Effect Zootech., 42, 81-87, 1992.
of inclusion of probiotics on micro-organisms content, MOURÃO J.L., ALVES A., PINHEIRO V. Effects of
health and performance of fattening rabbits: 1. Study in fructooligosaccharides on performances of growing
a commercial farm with intermediate health status. 9th rabbits. In Proc.: 8th World Rabbit Congress, Puebla,
World Rabbit Congress – June 10-13, 2008 – Verona México, 915-921, 2004.
– Italy, 2008. MROZ, Z. Supplementary organic acids and their
L’UBICA CHRASTINOVÁ, MÁRIA CHRENKOVÁ, interactive effects with microbial phytase in diets for
ANDREA LAUKOVÁ, MÁRIA POLÁCIKOVÁ, pigs and poultry. Page 1 in Proc. Annu. Conf. Phytase
MONIKA SIMONOVÁ, RENÁTA SZABÓOVÁ, in Anim. Nutr., Lublin, Poland., 2000.
VIOLA STROMPFOVÁ, L’. ONDRUŠKA, I. NEWMAN, K. Mannan-oligosaccharides: Natural
CHLEBEC, V. PARKÁNYI, J. RAFAY1, ZUZANA polymers with significant impact on the gastrointestinal
VASILKOVÁ. Influence of selected phytoadditives microflora and immune system. in: Biotechology in the
and probiotics on zootechnical performance, caecal Feed Industry: Proc. Alltech’s Tenth annual
parameters and meat quality of rabbits. Archiva Symposium (T.P.Lyons and K.A. Jacqes, eds),
Zootechnica 13:2, 30-35, 2010. Nottingham Univ. Press, Nottingham, UK, pp.167-174,
LEHNINGER, A.L.; NELSON, D.L.; COX, M.M. 1994.
Lehninger: Princípios de bioquímica. 3. ed. São Paulo: OKU T. Oligosaccharides with beneficial health effects:
Sarvier, 2002. a Japanese perspective. Nutr. Rev., 54 (11): s59-s66,
MACARI, M.; FURLAN, R.L. Probióticos. 1996.
Conferência de Ciência e Tecnologia Avícolas, PARTANEN K.H., MROZ Z. Organic aids for
Santos, SP. Anais... Facta, v. 1, p.53-72, 2005. performance enhancement in pig diets. Nutr. Res. Rev.,
MAERTENS L., VAN RENTERGHEM R., DE 12, 117-145, 1999.
GROOTE G.. Effects of dietary inclusion of Paciflor® PARTANEN, K. Organic acids—Their efficacy and
(Bacillus CIP 5832) on the milk composition and modes of action in pigs. Page 201 in Gut Environment
performances of does and on caecal and growth of Pigs. A. Piva, K. E. Bach Knudsen, and J. E.
parameters of their weanlings. World Rabbit Sci., 2, Lindberg, eds. Nottingham University Press,
67-73, 1994. Nottingham, UK, 2001.
MAERTENS, L. L. C. Strategies to Reduce Antibiotic PEETERS J.E., GEEROMS R., VAWERYCK H.,
Use in Rabbit Production. Journal of Agricultural BOUQUET Y., LAMPO P., HALEN P. Immunity and
Science and Technology (2011) 783-792, 2011. effect of clopidol/methylbezo-quate and robenidine
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E before and after weaning on rabbit coccidi-osis in the
ABASTECIMENTO. Regulamento técnico sobre field. Res. Vet. Sci. 35: 211–216, 1983.
aditivos para produtos destinados à alimentação animal.

19
PEETERS J.E., HALEN P. Field trials with the Berlim, Germany, 13-14. p.1-24. Disponível em:
coccidiostaticsmetichlorpindol and robenidine in a http://www.who.int/emc.html. October, 1997
rabbit farm. Ann. Rech. Vét, .11: 49–55, 1980. YAMANI, K. A.; IBRAHIM, H.; RASHWAN, A. A.
PEETERS J.E., JANSSEN-GEEROMS R., HALEN P. Effects of a pelleted diet supplemented with probiotic
Effet des an-ticoccidians Coyden 25, Cycopstat et (Lacto-Sacc) and water supplemented with a
Whytsin 10 sur l’excréti-on oocystale dans l’élavage combination of probiotic and acidi er (Acid Pak-4-
cunicole industriel. Rév. Agric. 33:845–855, 1980. Way) on digestibility, growth, carcass and physiological
PEETERS J.E., HALEN P., MEULEMANS G. Efficacy aspects of weanling New Zealand White rabbits.
of robe-nidine in the prevention of rabbit coccidiosis. Journal of Applied Rabbit Research, 15: 1087-1100,
Br. Vet. J. 135:349–354, 1979. 1992.
PINHEIRO V., ALVES A., MOURÃO J.L., GUEDES ZANATO, J. A. F.; LUI, J. F.; OLIVEIRA, M. C.;
C.M, PINTO L., SPRING P., KOCHER A. Effect of CAVALCANTE-NETO, A.; JUNQUEIRA, O. M.;
mannan oligosaccharides on the ileal morphometry and MALHEIROS, E. B.; SCAPINELLO, C.
cecal fermentation of growing rabbits. In Proc.: 8th Digestibilidade de dietas contendo antibiótico,
World Rabbit Congress, Puebla, México, 936-941, probiótico e prebiótico para coelhos em crescimento.
2004. Biotemas, 21 (4): 131-136, dezembro de 2008.
RADWAN, NADIA; ABDEL-KHALEK, A. Response ZANATO, J. A. F.; LUI, J. F.; OLIVEIRA, M. C.;
of summer stressed growing rabbits to some dietary JUNQUEIRA, O. M.; MALHEIROS, E. B.;
growth promoters. Proc. 13th International Congress SCAPINELLO, C.; CAVALCANTE-NETO, A.
in Animal Hygiene, Tartu, Estonia, pp. 535-543, 2007. Desempenho, carcaça e ph cecal e intestinal de coelhos
SCAPINELLO C., GARCIA DE FARIA H., FURLAN alimentados com dietas contendo probiótico e/ou
A.C., MICHELAN A.C. Efeito da utilização de prebiótico. Biociências, Porto Alegre, v. 17, n. 1, p. 67-
oligossacarídeo manose e acidificantes sobre o 73, dez. 2009.
desempenho de coelhos em crescimento. Rev. Bras. ZOCCARATO, I.; BARBERA, S.; TARTARI, E.
Zootec., 30, 1272-1277, 2001. Effetto dell’impiego di mangine contenente
SCAPINELLO, C., FARIA, H.G., FURLAN, A.C.; um’associazione antibiotico-probiotico sulle
Pedro, M. R. S. Influencia de diferentes níveis de ácido performance del coniglio all’ingrasso. Zootecnica e
fumárico ou ácido acético sobre o desempenho de Nutrizione Animal, 21: 297-304, 1995.
coelhos em crescimento. Rev. Bras. Zootec.,
27(5):935-940, 1998.
SOARES, L. L. P. Restrições e uso de aditivos
(promotores de crescimento) em ração de aves. Visão
do fabricante. In: Conferência APINCO 1996 de
Ciência e Tecnologia Avícolas, Curitiba, 15 a 17 de
outubro de 1996. p.27-36, 1996.
SOLIMAN, A.; EL-KADY, R.; EL-SHAHAT, A. AND
SEDIK, M. Effect of some commercial growth
promoters on the growth performance and caecum
microbiology of growing New Zealand White rabbits.
Egypt. J. Rabbit Sci., 10 (2): 239.252, 2000.
TAZZOLI, M.; XICCATO, G.; TROCINO, A.;
MAJOLINI, D.; EL ABED, N.; GARCÍA, J.; ERAS,
M. A.; CARABAÑO, R. Dietary supplementation with
mannanoligosaccharides and Β-glucans in growing
rabbits. 1. Growth performance, health status and
carcass traits. Proceedings 10th World Rabbit
Congress – September 3 - 6, 2012– Sharm El- Sheikh –
Egypt, 547 – 551, 2012
TROCINO, A.; XICCATO, G.; CARRARO, L. AND
JIMENEZ, G. Effect of diet supplementation with
Toyocerin®(Bacillus cereus var. toyoi) on performance
and health of growing rabbits. World Rabbit Sci.,
13:17-28, 2005.
VANPARIJS, O.; DESPLENTER, L.; MARSBOOM,
R. Efficacy of diclazuril in the control of intestinal
coccidiosis in rabbits. Vet Parasitol, Dec, v. 34(3), p.
185-90, 1989.
WHO – WORD HEALTH ORGANIZATION. The
medical impact of antimicrobial use in farm animals.
WHO/EMC/ZOO/97.4, Report of a WHO Meeting,

20

Você também pode gostar