Você está na página 1de 5

Os probióticos surgiram como uma alternativa para a prevenção e tratamento de muitas

doenças, uma vez que podem modular a resposta imune do hospedeiro e modificar a
modificação do microbioma. Bifidobacterium e Lactobacillus são os microrganismos
probióticos mais estudados, mas a levedura Saccharomyces cerevisiae e algumas espécies de
E. coli e Bacillus também foram investigadas. Estudos têm demonstrado eficácia probiótica
em favorecer a fagocitose inespecífica de macrófagos, sugerindo uma atividade sistêmica
secretando mediadores que estimulariam o sistema autoimune, atuando também no equilíbrio
da microbiota intestinal e levando a um aumento da resistência contra infecções . Como os
probióticos podem modular a resposta imune do hospedeiro, reduzindo a produção de
citocinas pró-inflamatórias e aumentando a produção de citocinas anti-inflamatórias , infere-
se que elas podem reduzir a reabsorção óssea. Os probióticos podem diminuir a quantidade de
macrófagos e a expressão do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina (IL) -1β e
ativador receptor do ligante kappa-B nuclear (RANKL), além de aumentar a produção de
osteoprotegerina (OPG ) e reduzir a quantidade de osteoclastos nos tecidos periodontais de
dentes com carga mecânica . Foi também demonstrada a capacidade dos probióticos de
aumentar a massa óssea em galinhas e impedir a perda óssea alveolar em ratos pelo aumento
da densidade óssea (Yara, Raquel .2019).

A utilização de probióticos tem ganhado mais destaque entre as alternativas de soluções de


problemas de saúde. Os probióticos são microrganismos vivos não patológicos, que quando
administrados em doses adequadas beneficiam o hospedeiro através da alteração e regulação
da microflora intestinal. Os microrganismos mais frequentemente usados nas preparações
probióticas incluem o Lactobacillus spp. e o Bifidobacterium spp., o Enterococcus spp., o
Streptococcus spp. e a levedura Saccharomyces boulardii (S. boulardii). Vários mecanismos
patofisiológicos poderão estar subjacentes ao possível papel positivo dos probióticos na
erradicação do H. pylori: por um lado, os probióticos podem competir diretamente com o H.
pylori, produzir substâncias antimicrobianas e modular a resposta imune; por outro, podem
levar a uma menor incidência de efeitos laterais e, consequentemente, a maior adesão
terapêutica.( Cristiana Sousa Pinto1, Patrícia Alves2, Joana Frasco3.2019)

Algumas cepas de Streptococcus salivarius são capazes de produzir bacteriocinas que inibem
o crescimento de Streptococcus pyogenes in vitro. O termo substância inibidora do tipo
bacteriocina (BLIS) é usado para descrever produtos bacterianos que têm efeitos inibitórios
como os das bacteriocinas, antes do isolamento e caracterização do agente ativo. A cavidade
oral é altamente seletiva para microrganismos, principalmente nos primeiros dias de vida.
Apesar das bactérias difundidas no ambiente, a boca do bebê recém-nascido permite a
colonização de apenas algumas espécies de microorganismos. O Streptococcus salivarius é
um dos colonizadores pioneiros mais importantes da superfície da mucosa oral neonatal e um
componente predominante da microbiota oral em humanos adultos. Embora sua presença
esteja associada à proteção contra bactérias patogênicas, informações sobre receptores nas
superfícies bacteriana e do hospedeiro ainda estão sendo pesquisadas.(vena, heloisa, Ana
lucia, 2019).

O comportamento dos consumidores em relação aos alimentos mudou, uma vez que os
consumidores estão mais preocupados com a relação entre dieta e saúde.Os laticínios
fermentados contendo probióticos têm grande popularidade entre o público em busca de
alimentos funcionais devido à presença de microorganismos viáveis que conferem benefícios
à saúde(³), Por exemplo o iogurte é obtido pela fermentação do leite inteiro, desnatado ou
padronizado, por meio da ação de Lactobacillus delbrueckii ssp bulgaricus e Streptococcus
thermophilus, que podem ser acompanhados por outras bactérias do ácido lático que conferem
características específicas ao produto final.(brasil, 2007)

Probioticos mesmo com tanta eficaficia no beneficiamento de pessoas na saude e no


tratamento de doenças, tem seus maleficios no caso do paciente masculino, um ano de idade
com síndrome de Down, em pós-operatório tardio de correção de defeito do septo
atrioventricular total, portador de hipotireoidismo e desnutrição crônica grave, internado em
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) desde os dois meses de vida, Após correção
cirúrgica da cardiopatia, evoluiu com dificuldade de realimentação e de recuperação
nutricional em razão de intolerância à dieta enteral e de múltiplas infecções relacionadas à
ventilação mecânica e a dispositivos invasivos, recebendo antibióticos de amplo espectro de
forma recorrente e prolongada. Por esses motivos, foi indicado o uso de probiótico
(Saccharomyces boulardii - cápsulas de 200 mg) por quatro dias na dose de 200 mg 12/12 h,
via sonda nasoenteral. Após a mudança do esquema terapêutico, houve piora clínica, o que
levou à ampliação empírica deste para Anfotericina B, Vancomicina e carbapenêmico, na
falta de novos resultados de hemoculturas. Com essa ampliação, houve melhora clínica e
laboratorial do quadro infeccioso. A identificação final nas hemoculturas colhidas de sítio
central e periférico ocorreu no sétimo dia de tratamento e revelou a presença de
Saccharomyces cerevisiae, sem a disponibilidade de antifungigrama. Tal resultado levou à
interrupção dos antibióticos no décimo dia de prescrição e à manutenção de Anfotericina B
até 14 dias após a obtenção de hemoculturas negativas, colhidas no início do esquema
antimicrobiano ampliado. O paciente possuía cateter venoso central e sonda nasoenteral, os
quais foram trocados após identificação do Saccharomyces cerevisiae. O cateter de diálise
peritoneal e a cânula de traqueostomia não foram trocados. Destaca-se que, na ocasião,
nenhum outro paciente internado na mesma unidade apresentou infecção por Saccharomyces
cerevisiae. O paciente seguiu estável hemodinamicamente, em terapia de recuperação
nutricional. O termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado pelo responsável pelo
paciente e o relato foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição.( Mariá
Ribas Romanio, 2017).

Para impulsionar a piscicultura, é necessário aperfeiçoar as técnicas de produção no que se diz


respeito ás áreas de melhoramento genético, nutrição, manejo, sanidade e bem-estar animal,
mediante a necessidade de se produzir mais em espaços cada vez menores com duração do
ciclo de produção o mais reduzido possível. Com isso, inúmeros problemas têm surgido,
principalmente no que se diz respeito à sanidade e ao bem-estar desses animais. Tornando os
aditivos zootécnicos como alternativas para garantir a sanidade desses animais, sendo que os
probióticos vêm se destacando dentre esses aditivos. Os probióticos são aditivos zootécnicos à
base de micro-organismos vivos capazes de colonizar, estabelecer-se e multiplicar-se no
intestino do hospedeiro e promover o equilíbrio da microbiota, com benefícios para o
hospedeiro. Esses benefícios são decorrentes da inibição da proliferação de agentes
prejudiciais ao epitélio de revestimento da mucosa intestinal e por tanto há evidências da
melhora no desempenho zootécnico devido à melhor digestibilidade e absorção dos
nutrientes(²)

Essas pesquisas acerca do efeito de culturas probióticas na melhoria dos sintomas de


intolerância à lactose demonstram efeitos positivos para muitas pessoas. Certas cepas de
probióticos teriam capacidade de diminuir a quantidade de enzimas fecais envolvidas no
câncer de cólon enquanto outras teriam efeito antidiarréico, embora a quantidade utilizada, as
causas do problema e a sub-população envolvida tenham que ser claramente definidas. Há
ainda algumas indicações de que os probióticos possam melhorar a regularidade intestinal. Os
resultados de estudo são conflitantes encontrados sugerem que ainda é prematuro fazer
alegações de efeitos hipocolesterolêmicos e anticarcinogênicos associados às culturas
probióticos. No século XX, o bacteriologista russo Eli Metchnikoff (Instituto Pasteur, França)
foi o primeiro a dar uma explicação científica para os efeitos benéficos das bactérias láticas
presentes em leites fermentados (SHAH, 2007). Ele associou a saúde e a longevidade dos
Búlgaros com o alto consumo desses produtos. Na Sua teoria, denominada “Teoria da
Longevidade”, tinha como princípio a ação inibitória das bactérias láticas sobre as bactérias
produtoras de toxina normalmente presentes no intestino, resultando em um aumento no
tempo de vida da população.
As culturas probióticas De acordo com Fooks, Fuller e Gibson (1999); Schrezenmeir e Vrese
(2001) e Shah (2007), o termo probiótico tem origem grega significando “pró-vida”. A
definição atualmente aceita é que os probióticos são microrganismos vivos que conferem
efeito benéfico ao indivíduo, quando consumidos em quantidades adequadas (FAO / WHO,
2001), sendo geralmente bactérias gram-positivas e incluídos basicamente em dois gêneros:
Lactobacillus e Bifidobacterium. No microorganismos necessitam possuir algumas
características para poderem ser classificados como probióticos, a saber: ausência de
toxicidade ou patogenicidade; propriedades adequadas a fim de que sejam produzidos e
incorporados 
em alimentos sem perder sua viabilidade e funcionalidade; viabilidade durante a vida útil do
produto; habilidade de sobreviver às defesas inatas do corpo no trato gastrintestinal superior.

Absorção de lactose é uma condição na qual o principal carboidrato do leite não é


completamente hidrolisado aos seus monossacarídeos, glicose e galactose, devido à ausência 
da enzima lactase no intestino de algumas pessoas, que em caso de má digestão da lactose, a
lactose não digerida permanece no lúmen intestinal e, quando chega ao cólon, é fermentada
pelas bactérias colônicas. Metabólitos desse processo incluem ácidos graxos de cadeia curta
como lactato, butirato, acetato e propionato. Esses ácidos graxos se associam a eletrólitos e
conduzem a uma carga osmótica que pode induzir a diarréias. Sintomas de intolerância à
lactose incluem também: inchaço, flatulência e dores abdominais, sendo a severidade 
relacionada à quantidade de lactose consumida; o grau de deficiência da lactase; à adaptação
da microbiota colônica e à presença de fontes alternativas de lactase (SANDERS, 1994).
Alívio da intolerância à lactose é provavelmente o benefício à saúde mais aceito relacionado
aos probióticos

Metodologia

Trata-se de uma revisão sistemática cuja pesquisa foi realizada na base de dados SciELO
utilizando a combinação dos descritores “benefícios dos probióticos” , “general benefits of
probiotics” e “общие преимущества пробиотиков”, no período de publicação entre janeiro
de 2010 e dezembro de 2019.

Objetivos

Você também pode gostar