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Interações microbiológicas frente ao uso de probióticos

Priscilla Cortizo Costa1, Patrícia do Rosário Rodrigues2, Maritza Pataro Lima Gurgel2, Júlia
Gazzoni Jardim3, Bruno Borges Deminicis4
1
Médica Veterinária, Mestranda do Programa de Pós Graduação em Ciências Veterinárias –
PPGCV/CCA/UFES. priscillacortizo@hotmail.com
2
Discentes do curso de Zootecnia do Centro de Ciências agrárias da Universidade Federal do
Espírito Santo.
3
Zootecnista, Mestranda do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal da Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – CCTA/UENF.
4
Zootecnista, professor titular do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do
Espírito Santo.

O uso de probióticos tornou-se uma alternativa interessante, visto que, possuem características
de promotores de desempenhos químicos e também por se ajustarem às tendências
“naturalistas” do mercado consumidor.
Os probióticos são adicionados na alimentação dos animais possibilitando o aumento da
viabilidade principalmente rações com elevada porcentagem de concentrados permitindo
maiores ganhos produtivos. Esses ganhos podem ser justificados pelas substâncias produzidas
e liberadas pelos microrganismos adicionados à dieta e que influenciam no modo de ação da
microbiota ruminal.
Alimentos concentrados são ricos em amido fator importantes como fonte de energia para
manutenção e crescimento das bactérias ruminais, mas a síntese de ácidos graxos voláteis
(AGVs) pode ser superior a capacidade de absorção da câmara fermentativa. Observando essa
propensão é importante se manter atento às alterações do trato gastrointestinal, pois o animal
pode sofrer uma série de distúrbios metabólicos (acidose ruminal, acidose metabólica,
laminite, timpanismo entre outros) e o uso de probióticos possui essa característica de atenuar
esses efeitos.
A acidose ruminal é uma doença de elevada proporção em rebanhos confinados devido à
maior capacidade fermentativa do concentrado quando comparado com volumoso, de forma
que as produções de AGVs e ácido lático podem ser superiores a capacidade de absorção pela
parede do rúmen. No entanto as reações quanto ao uso de microrganismos vivos dependem da
quantidade e qualidade dos mesmos fornecidos no trato desses animais. E diante da variedade
quanto à espécie da cepa resta adequar escolher o melhor aditivo microbiológico a dieta. O
mesmo pode promover o aumento de bactérias celulolítícas, consumidoras de ácido lático que
diminui variações de pH e redução de bactérias patogênicas devido a produção de bactérias
antibióticas.
Aditivos microbianos também são empregados com o objetivo de restabelecer a flora normal
do intestino de animais que passaram por algum distúrbio gástrico intestinal, provocado por
uma adaptação alimentar incoerente ou por uma contaminação indesejável.

Palavras-chave: dieta; distúrbios metabólicos; probióticos; rúmen.

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