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VAN CLEEF, H. ERIC1 M.Sc, PATIÑO, P. RENÉ2 Dr, NEIVA JR, P. ARNALDO3 Dr,
SERAFIM, S. RENATA4 Dr, REGO, C. ANIBAL5 M.Sc, GONÇALVES, S.
JOSEMIR6 M.Sc.
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Doutorando Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus
Jaboticabal - SP, 2Profesor Faculdade de Ciências Agropecuarias Universidade
de Sucre, Colômbia, 3Departamento de Zootecnia Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, Campus de Rio Pomba, IF –
SEMG, 4Professor Faculdades Associadas de Uberaba – FAZU - MG,
5
Doutorando Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus
Jaboticabal - SP, 6Professor Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA –
PA.
Correspodência: ericvancleef@gmail.com
Resumo
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Resumen
Abstract
In the “top” cattle farming, the metabolic problems are frequent due to the
necessity of getting an animal that presents a high performance. One of the main
problems found in this type of activity is the extreme concentration of food supply.
Among the main metabolic disorders are ruminal acidosis, bloat, ketosis and
hepatic lipidosis. The metabolic disorders’ damages are rarely visible because,
most of times, these illnesses don’t show clinical signals. There are ways to
manipulate the rumen to minimize the metabolic disorders that can be at the
animal level, the diet or rumen microorganisms, such as the use of residues and
by-products from the agro-industry in the animal feeding. More researches are
necessary to completely understand the influence of the nutrition handling on the
metabolic disorders.
Introdução
A busca pela melhoria das condições de criação para que os animais possam
expressar seu potencial genético é um dos maiores objetivos de todos os
profissionais envolvidos na cadeia de produção de ruminantes.
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Acidose ruminal
A acidose ruminal é uma doença metabólica de evolução aguda ou crônica,
causada pela ingestão abrupta, sem prévia adaptação de alimentos ricos em
carboidratos, os quais, fermentados no rúmen, produzem grandes quantidades de
ácido lático, provocando inicialmente acidose ruminal e atonia neste órgão,
seguida de acidose sistêmica, desidratação, prostração, coma e, freqüentemente,
morte (MARUTA e ORTOLANI, 2002).
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Timpanismo
O timpanismo é um transtorno digestivo que acomete os ruminantes. É causado
por uma excessiva retenção de gases da fermentação microbiana, que provoca
uma distensão anormal do retículo-rúmen, causando perdas econômicas
significativas já que ocorre perda de produção e elevada mortalidade de animais
gravemente afetados (BAVERA e PEÑAFORT, 2007).
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animal, com a cabeça distendida, boca aberta, língua protrusa e olhos dilatados. A
morte ocorre após algumas horas do início dos sintomas (HOWARTH et al., 1986).
O tipo de tratamento a ser feito varia de acordo com o tipo de timpanismo e o grau
de severidade do caso. Muitas vezes, os sintomas só são observados em
condições avançadas, quando se torna necessário o uso de medidas de
emergência para que se consiga salvar o animal. O tratamento do timpanismo de
origem alimentar é feito com substâncias que facilitam a expulsão dos gases
retidos (substâncias antiespumantes), devendo-se retirar o alimento causador do
problema da dieta alimentar até sua recuperação. Os antiespumantes existentes
no comércio são, na sua maioria, à base de silicone, podendo ser usados puros ou
diluídos em água morna (MAJAK et al., 1995). A sonda pode ser utilizada para o
tratamento do timpanismo gasoso (SPRINKLE, 1999).
Cetose
Os sistemas de produção que objetivam a maximização da produção individual do
animal têm-se deparado, na última década, com o desafio de alimentar um animal
de extrema capacidade produtiva, sobretudo nos primeiros meses de lactação. O
aumento da demanda energética no final da gestação, uma maior predisposição a
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Vacas de qualquer idade podem ser acometidas, mas a doença progride de uma
baixa prevalência no primeiro parto até um pico no quarto parto. Entretanto, a
cetose e a esteatose hepática não é comum em novilhas de primeira lactação
(DUFFIELD et al., 1999).
FLEMING (1993) descreveu como sinais clínicos fezes secas e firmes, depressão
moderada e, por vezes, relutância em se movimentar. A motilidade ruminal poderá
estar reduzida se o animal estiver anoréxico há vários dias. Pode-se observar
depravação do apetite. O odor de corpos cetônicos poderá ser detectado na
respiração, no leite e na urina. Sinais clínicos nervosos como cambaleio e
cegueira eventualmente poderão ocorrer em alguns períodos da doença.
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GONZÁLEZ e CAMPOS (2003), apontaram que o leite tem sido muito utilizado
para o diagnóstico de cetose. No entanto, os autores ressalvam que a cetose é
uma doença que se desenvolve sem um diagnóstico seguro, já que a maioria dos
casos são apresentados na forma subclínica, podendo chegar a 34% dos casos,
enquanto que os clínicos apresentam-se em média de 7%. Estes autores
apresentaram um amplo estudo para testes de detecção de cetose subclínica,
utilizando tiras ou tabletes tanto no leite como no sangue para detectar
acetoacetato, β-hidroxibutirato e acetona. A dosagem do β-hidroxibutirato no leite
mostrou sensibilidade e especificidade na detecção de cetose em vacas leiteiras.
Parte dos corpos cetônicos pode ser utilizada como forma de energia pelos
diversos tecidos, inclusive o renal. Cerca de 10% dos corpos cetônicos são
excretados pela urina, leite e ar exalado. Pequenas quantidades de corpos
cetônicos no sangue não chegam a alcançar a urina, pois mesmo sendo filtrados
pelos glomérulos, em seguida são reabsorvidos pelos túbulos renais. Em altas
concentrações, os corpos cetônicos ultrapassam os limiares renais, sendo
excretados em abundância (principalmente acetona e acetoacetato). Para quatro
moles de corpos cetônicos na urina encontra-se 1 no sangue e 0,5 no leite. Em
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Segundo TEIXEIRA (1997) o tratamento da cetose pode ser feito através de:
glicose intravenosa (embora seja um processo difícil em condições de campo);
hormônios (o efeito benéfico de glicocorticóides parece ser devido ao aumento de
glicose no sangue através da estimulação da gliconeogenese de aminoácidos). O
propilenoglicol é convertido à glicose no fígado. A vantagem dos produtos orais é
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que uma fonte de glicose exógena é fornecida sem um nível moderado por um
período prolongado (TEIXEIRA, 1997).
AROEIRA (1998) citou que o aumento dos corpos cetônicos no leite está
associado a uma diminuição da produção de 1 a 1,4 kg de leite/dia e as perdas
totais de 233 kg de leite nos primeiros cem dias de lactação.
Lipidose hepática
Esta doença é provocada pelo desequilíbrio entre a captação hepática dos ácidos
graxos e sua utilização (AROEIRA, 1998). A presença excessiva de lipídios dentro
do fígado é denominada de lipidose hepática ou degeneração gordurosa e ocorre
quando o índice de acumulação de triglicerídios excede seus índices de
degradação metabólica ou liberação como lipoproteínas. As principais doenças
que podem causar lipidose hepática são: síndrome da vaca gorda, toxemia da
prenhez em vacas de corte, toxemia da prenhez em ovelhas e cabras e cetose
dos bovinos (MACLACHLAN e CULLEN, 1998).
O fígado utiliza a β-oxidação dos AGL e dos ácidos de cadeia longa (AGCL) para
obtenção de energia. Dois ácidos de dois carbono convertidos até acetil-CoA
combinam com o oxaloacetato, para ingresso no ciclo de Krebs. Parte do ácido
oxaloacético pode ser usado para a gluconeogênese, limitando a quantidade de
acetil-CoA derivada da β-oxidação, que pode ingressar no ciclo de Krebs
(PEARSON e MAAS, 1993).
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Existem métodos para que haja uma intervenção no nível animal. Entre eles se
destacam: uso de substâncias que estimulam o aumento na ingestão de
alimentos, como os subprodutos e resíduos (BAILE e McLAUGHLIN, 1978); uso
de substâncias que proporcionam aumento na produção salivar, como a
pilocarpina (NARAGAJA, 2007b) e o uso de substâncias que influenciam nas
atividades funcionais do estômago, tais como motilidade retículo-ruminal e funções
metabólica e absorvente do epitélio ruminal, conseguidas através de estimulação
química (RUCKEBUSH et al., 1985).
Várias são as substâncias que podem ser utilizadas para intervir na população e
atividade microbiana, entre eles: compostos tampão, como NaHCO3, CaCO3 e
MgO (RUSSELL et al., 1979); antibióticos ionóforos, como monensina, lasalocida;
antibióticos não-ionóforos, como tilosina e virginamicina (RUSSELL et al., 1987);
suplementos gordurosos (HEGARTY, 1999) e ácido málico (MARTIN, 1998).
Conclusões
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Referências
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