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MANEJO ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE ANIMAIS SELVAGENS


Para Centros de Triagem

24/03/2011
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS
Ana Raquel Gomes Faria
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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 03

2. CONCEITOS BÁSICOS EM NUTRIÇÃO ANIMAL 07

3. CONCEITOS BÁSICOS DE FISIOLOGIA DIGESTIVA 16

4. ANÁLISE DOS COMPONENTES DA DIETA 23

5. ARMAZENAMENTO E PREPARO DOS ALIMENTOS 24

6. APRESENTAÇÃO DA DIETA E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL 31

7. DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE ALIMENTO OFERECIDO 35

8. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA CARNIVORIA, HERBIVORIA 40

E ONIVORIA

9. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE RÉPTEIS 61

10. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE AVES 77

11. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE MAMÍFEROS 106

12. ELABORAÇÃO DE PLANILHAS DE ALIMENTAÇÃO 139

13. SUGESTÃO DE DIETAS – PARTE I 140

14. SUGESTÃO DE DIETAS – PARTE II 153

15. UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE NA ELABORAÇÃO DE DIETAS 154

16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 155

17. ANEXO 1 – RAÇÕES PARA ANIMAIS SELVAGENS 165

18. ANEXO 2 – ÍNDICE DE HÁBITOS ALIMENTARES POR ESPÉCIE 206

19. ANEXO 3 – TABELA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS 209

ALIMENTOS
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1. APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO

Anualmente cerca de 50.000 animais são encaminhados aos Centros de


Triagem em todo Brasil. Este número é uma mínima parte do que é efetivamente
apreendido pelos órgãos de fiscalização e, infelizmente, nas primeiras 48 horas,
estima-se que 30% desses animais venham à óbito.
Uma das maiores dificuldades na manutenção de animais em Cetas é a
alimentação. São inúmeras espécies que, por um curto período, estarão
recebendo dos técnicos do Cetas o atendimento que poderá fazer o diferencial no
processo de recuperação.
Para isso, o técnico deve conhecer, além dos hábitos alimentares de cada
espécie, os conceitos básicos em nutrição animal e as estratégias de
sobrevivência dos animais em vida selvagem, principalmente, as interações entre
o animal e o ambiente em que vive.
O conhecimento básico do requerimento nutricional – energia, proteína ou
aminoácidos, água, minerais, vitaminas e ácidos graxos essenciais – é possível a
partir de estudos existentes com espécies domésticas. Alguns requerimentos já
foram descritos para animais selvagens e podem ser utilizados mas, quando
tratamos de animais em Cetas, outros fatores relacionados como, por exemplo, a
necessidade de roer ossos pelos carnívoros para manter a saúde bucal, a
necessidade de ingestão de pedrinhas para auxiliar na digestão das aves, a
presença de compostos químicos nas plantas que podem, além de intoxicar,
impedir a absorção de alguns componentes essenciais da dieta, devem ser
considerados.
O direcionamento do manejo de animais selvagens é diferente do
encontrado em animais domésticos. Também, podemos diferenciar o manejo
alimentar de animais selvagens em Cetas daqueles praticados em Zooógicos,
Criadouros e Mantenedouros. Por sua própria definição, os Cetas são estruturas
preparadas para receber, triar e destinar animais selvagens provenientes de
apreensões ou entregas voluntárias. Apesar de alguns animais permanecerem
nos Cetas por longos períodos, o objetivo principal é manter os animais recebidos
por um curto espaço tempo, até que estejam aptos para a destinação mais
adequada.
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Neste contexto, a alimentação e a nutrição são ferramentas importantes que


irão, juntamente com um manejo adequado e cuidados médico veterinários,
proporcionar uma redução no tempo que o animal ficará no Cetas.
O conhecimento da nutrição da vida silvestre é o ponto central para a
sobrevivência e produtividade de todas as populações silvestres, estejam elas em
cativeiro ou em vida livre (ROBBINS, 1993).
Hábitos Alimentares Manejo Nutricional
70
Energia e Proteína Vitaminas e Minerais

60

50

40

30

20

10

0
Ano 1930 Ano 1940 Ano 1950 Ano 1960 Ano1970 Ano 1980 Ano 1990

Nos Estados Unidos, o estudo da nutrição de animais silvestres inciou-se


entre os anos de 1870 e 1880, quando biólogos decidiram por começar a estudar
hábitos alimentares da vida silvestre com o objetivo de interrelacioná-los com a
agricultura econômica (McATEE, 1933). No entanto, esses estudos só tiveram
avanços significativos em 1960. Analisando como um todo, o número de estudos
dobrou aproximadamente a cada 11 anos nos últimos 50 anos, o qual é similar ao
crescimento da ciência em geral (PRICE, 1975).
Embora a maior causa de mortalidade entre os animais mantidos em
cativeiro fosse o problema com o manejo e a contenção (75%), o
desconhecimento nutricional contribuía com, aproximadamente, 25% das causas
de óbitos (WALLACH, 1970). Durante este tempo, o principal objetivo da
manutenção de animais selvagens em cativeiro era o entretenimento. Mais
5

recentemente, devido ao declínio das populações de vida livre e à conseqüente


necessidade de reprodução desses animais em cativeiro, os Zoológicos colocaram
a conservação como seu objetivo principal (SCHMITT, 1988).

Em termos numéricos, vale ressaltar que os estudos de requerimentos,


ingestão e metabolismo da água representam 3% dos artigos publicados em
nutrição anualmente. Estudos com minerais e vitaminas contribuíram com cerca
de 4% e as análises de alimentos representaram, aproximadamente, 7%.
Requerimentos protéicos e energéticos corresponderam a uma média de 5% de
todos os estudos realizados entre os anos de 1935 e 1950, porém, aumentou
consideravelmente depois de 1950 e chegou a significar 20% entre os anos de
1955 e 1990 (ROBBINS, 1993). Esse aumento foi, basicamente, devido à
proliferação das pesquisas em bioenergética iniciadas por BRODY (1945) e
SCHOLANDER et al. (1950).

Em 1998, grupos de estudantes e profissionais interessados em nutrição de


animais silvestres, decidiram elaborar um questionário para saber a situação atual
de cada instituição com relação à nutrição dos animais. O questionário foi enviado
a 177 Zoológicos, 64 instituições de ensino e 48 indústrias de alimentos em 30
países europeus. Aproximadamente 50% dos Zoológicos, 11% das instituições e
13% das indústrias responderam ao formulário. Os resultados mais relevantes
foram (1) 20% dos Zoológicos empregam pelo menos um nutricionista de animais;
(2) 28% conduzem algum tipo de experimento com nutrição; (3) 75% dos
Zoológicos acham que ainda têm problemas com doenças nutricionais; (4) 83%
gostariam de possuir pesquisas adicionais para ajudar na elaboração de rações;
(5) 20% das dietas são registradas em computador; (6) 68% das dietas estão
escritas em papel, e (7) 12% das dietas não são especificadas em lugar algum
(NIJBOER et al. 1999).

Nos Estados Unidos, encontram-se cerca de 370 Zoológicos associados ao


American Zoo Association (AZA). Em 1960, foi criado o Nutrition Advisory Group
(NAG), com apenas nove membros, objetivando reunir o maior número de
informações e experiências em reuniões anuais sobre nutrição de animais
silvestres. Hoje, o grupo possui 60 membros, constituídos por nutricionistas de
Zoológicos e de indústrias alimentícias.
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No Brasil, são 120 Zoológicos cadastrados junto à Sociedade de Zoológicos


do Brasil (SZB, 1998). Ainda são poucos os profissionais especializados em
nutrição e/ou que diariamente se dediquem exclusivamente às dietas dos animais.
No entanto, os Zoológicos são fontes de informação importante para os Cetas.

A dificuldade dos estudos em nutrição começa com a avaliação dos


produtos que são adquiridos para alimentação dos animais. A análise de
nutrientes é o principal componente de um programa destinado a garantir o valor
nutricional e monitorar a composição de dietas utilizadas para animais em cativeiro
(BERNARD e DEMPSEY, 1999). No caso de hortigranjeiros e volumosos, fatores
ambientais como temperatura, luminosidade e maturação influenciam o
desenvolvimento do vegetal e, conseqüentemente, a sua qualidade. Os
volumosos, em particular o feno, são influenciados pela espécie da planta e pela
maturidade com conseqüências na composição química, na palatabilidade e na
digestibilidade (ULLREY, 1997).

Entendemos que o estudo em nutrição de animais selvagens ainda tem


muito para evoluir e muitos são os fatores que desanimam o técnico de aprofundar
o seu conhecimento na área, mas, a mensagem que fica, é a certeza de que com
o esforço de todos e a troca de informações entre os principais centros de
manutenção de animais selvagens em cativeiro, conseguiremos avançar nessa
área e oferecer, aos animais, as condições necessárias para a sua sobrevivência.

Este manual oferece ao técnico do Cetas um agregado de artigos, textos e


planilhas que subsidiarão na tomada de decisão no momento de elaborar a dieta
de um animal recém-chegado. Consiste, principalmente, na compilação de uma
série de informações teóricas e práticas, vividas por vários técnicos que dedicam
grande parte do seu tempo ao estudo da nutrição e do manejo alimentar.

Bom proveito!!

Ana Raquel Gomes Faria


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2. CONHECIMENTOS BÁSICOS DE NUTRIÇÃO

As necessidades nutricionais determinadas pelo Conselho Nacional de


Pesquisa (NRC) para animais domésticos e de laboratório podem ser consultadas
como guia de concentrações mínimas de nutrientes na dieta, embora não
forneçam informações sobre os tipos de alimentos e dietas utilizadas para animais
selvagens. A extrapolação dos requerimentos nutricionais de animais domésticos
de produção para animais selvagens deve ocorrer de forma criteriosa, evitando
assim, possíveis distúrbios fisiológicos.

Por exemplo, extrapolar as exigências nutricionais para galinhas poedeiras


para outras espécies de galiformes é um erro grave porque, diferente dos animais
de produção, os animais silvestres mantidos em cativeiros exigem quantidades
menores de nutrientes e energia. O ciclo de postura é reduzido e colocam ovos
apenas em determinadas épocas do ano. Por isso, não podem ser comparadas
com aves domésticas, melhoradas geneticamente, para manter a postura
diariamente ao longo do ano. Por outro lado, a determinação das exigências
mínimas nutricionais para animais de companhia, como cães e gatos, podem ser
extrapoladas com mais segurança para alimentação de alguns canídeos e
pequenos felídeos selvagens.

2.1 Considerações básicas sobre cada nutriente

Alimento: Tudo aquilo que se ingere com intuito de saciar a fome.

Nutriente: Substâncias contidas nos alimentos que desempenham função


específica no organismo (Carboidratos, Lipídios, Proteínas, Vitaminas e Minerais)

Os alimentos são classificados de acordo com os principais nutrientes que os


compõem. Os nutrientes podem ser divididos em:

Macronutrientes: São formados pelos nutrientes fornecedores de energia e


componentes estruturais ao organismo. São eles: Carboidratos, Lipídios e
Proteínas.
Micronutrientes: São biorreguladores. Atuam modulando processos metabólicos
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como parte de enzimas e coenzimas ou outras estruturas, porém não fornecem


energia.

2.1.1 Carboidratos

São as fontes de energia mais disponíveis na natureza e são também


chamados de poupadores de proteínas. São classificados de acordo com o
tamanho da cadeia de carbonos em simples ou complexos. Os carboidratos
simples são as menores unidades químicas incluindo diversos tipos de açúcares.
Aparecem na forma de mono ou dissacarídeos. Os carboidratos complexos
compreendem os oligossacarídeos e os polissacarídeos. As fibras são
carboidratos complexos que desempenham funções específicas de regularizar o
trânsito intestinal, manter a morfofisiologia da mucosa, prevenir transtornos
gastrointestinais. Em animais herbívoros, as fibras também são utilizadas como
fontes de energia.

SIMPLES
Monossacarídeos: Frutas (glicose e frutose)

Mel (frutose e outros açúcares)

Leite (galactose em forma combinada com a lactose)

Dissacarídeos: Açúcares em geral

Leite e preparações lácteas (lactose)


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COMPLEXOS:

Polissacarídeos: Cereais em geral, batata e mandioca e os não amiláceos,


constituídos pelos volumosos em geral.

Após a digestão e absorção, os carboidratos são utilizados na forma de glicose


pelo organismo.

2.1.2 Lipídios ou Gorduras ou Extrato Etéreo


Representam a principal forma de estocagem de energia no organismo.
Caracterizam-se pela insolubilidade em água e solubilidade em solventes
orgânicos. Por serem insolúveis em água, requerem condições especiais de
digestão e absorção, sendo a sua digestão a mais lenta entre os macronutrientes.
São classificados pela complexidade, pelo tamanho de cadeia e pelo grau de
saturação.

a) Complexidade:

Simples: Gorduras neutras (triglicerídeos)

Compostos: Fosfolipídios, Lipoproteínas, Glicoproteínas e outros

Derivados: Lipídios simples + compostos como ácidos graxos e colesterol

b) Tamanho da Cadeia: Triglicerídeos de cadeia curta, média e longa.

c) Grau de Saturação: Ácidos graxos saturados e insaturados.

As gorduras saturadas são encontradas na gordura visível das carnes, no


creme de leite e gordura do coco. As monoinsaturadas nas castanhas, amendoim
e abacate, enquanto que as poliinsaturadas nos óleos vegetais. Tradicionalmente,
o ácido graxo conhecido como essencial ao organismo e responsável pela
integridade das membranas celulares é o ácido linoleico. Esse ácido necessita ser
fornecido pela alimentação, pois não é sintetizado no organismo e é responsável
pela formação de outros dois ácidos graxos essenciais ao organismo: o ácido
linolênico e o ácido araquidônico. É certo que felinos não sintetizam o ácido
araquidônico a partir do linoléico, dependendo exclusivamente do seu
fornecimento por meio da dieta.
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Principais funções dos Lipídios:

• Armazenar e fornecer energia;


• Transportar as vitaminas dependentes (A, D, E e K);
• Proteger os órgãos contra choques mecânicos;
• Manter a integridade das membranas celulares;
• Modular respostas imunológicas.

2.1.3 Proteínas

A menor unidade das proteínas chama-se aminoácidos. São conhecidos 22


aminoácidos de importância na natureza, os quais, ligados entre si, dão origem
aos peptídeos e proteínas. Uma das classificações da proteína é feita de acordo
com as características dos aminoácidos presentes, que podem ser chamados de
(a) essenciais – quando o organismo não consegue sintetizar e não pode ser
substituído; (b) não essenciais – podem ser substituídos ou sintetizados pelo
organismo e, (c) condicionalmente essenciais – em condições normais são
sintetizados, mas, em condições especiais, as necessidades específicas
aumentam a tal ponto que a síntese orgânica é ineficiente, sendo necessária a
suplementação.

Para a proteína cumprir a sua função construtora e reparadora, os


aminoácidos essenciais deverão ser fornecidos em quantidades adequadas e
simultaneamente. Com isso, dá-se origem a outra classificação das proteínas, esta
seria em função da presença ou não de aminoácidos essenciais e em que
proporção eles aparecem nos alimentos.

Proteínas de alto valor biológico: melhor aproveitadas e de desempenho


mais eficiente nas funções de crescimento e manutenção do organismo.
Chamadas de proteínas completas, pois veiculam todos os aminoácidos
essenciais em adequadas proporções. Presentes nos alimentos de origem animal.

Proteínas de baixo valor biológico: são proteínas incompletas por


apresentarem ausência ou deficiência de certos aminoácidos essenciais.
Encontradas em alimentos de origem vegetal.
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Principais funções das Proteínas:

• Atuam como elemento construtor e reparador das células;


• Atuam como fonte energética na falta de outros nutrientes (função
indesejável);
• Repõem a albumina do soro e combate edemas carenciais;
• Atuam como constituinte importante de hormônios, enzimas e secreções;
• Auxiliam na função da defesa imunológica.

2.1.4 Vitaminas

São potentes compostos orgânicos que ocorrem em baixas concentrações nos


alimentos e desempenham funções vitais específicas nas células e nos tecidos.
São divididas em lipossolúveis e hidrossolúveis:

Lipossolúveis: Vitaminas A, D, E e K – caracterizam-se por depender das gorduras


para a sua absorção. São armazenadas no fígado em quantidades moderadas.

Hidrossolúveis: Vitaminas do Complexo B e C – não dependem das gorduras para


absorção e não são armazenadas no organismo. Por isso, obrigatoriamente,
precisam ser ingeridas diariamente.

Principais funções das vitaminas:

• Permitem o crescimento, reparação e manutenção dos tecidos em conjunto


com as proteínas e as fontes energéticas;
• Atuam como co-fatores de enzimas e outras proteínas especializadas.

Principais funções e Fontes de Vitaminas


LIPOSSOLÚVEIS

Vitamina A – Integridade dos tecidos, visão noturna, desenvolvimento dos ossos e


dentes e resistência a infecções.

Pré-formada (Retinol): Fígado, Rim, Leite Integral, Creme de Leite, Queijos,


Peixes e Gema de Ovo.
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Pro-vitamina (Caroteno): Vegetais folhosos, Legumes ou Frutos, Óleo de


Fígado de Bacalhau.

Vitamina D – Regula o metabolismo de Cálcio e Fósforo. Essencial para a


mineralização óssea e dos dentes. Encontrada no óleo de Fígado de Bacalhau,
Peixe, Fígado e Ovos.

Vitamina E – Reprodução, integridade dos músculos e nervos, antioxidante de


gorduras. Presente no Óleo de soja, Girassol, Amendoim, Milho, Gema de Ovo, e
Vegetais Folhosos.

Vitamina K – Coagulação sanguínea e metabolismo ósseo. Encontrada na Couve,


na Couve-flor, no Espinafre, no Fígado e no Leite de vaca. Em menor quantidade,
em cereais como trigo e aveia.

HIDROSSOLÚVEIS
Biotina – Atua no metabolismo dos açúcares e gorduras. Encontrada nas carnes
em geral, Gema de Ovo e Leguminosas.

Vitamina B1 – Atua no metabolismo energético e na integridade do sistema


nervoso e cardiovascular. Presente em Legumes, Raízes, Leite, Vísceras,
Pescado, Gema de Ovo, Amendoim e Cereais como Gérmen de Trigo e todos os
integrais.

Vitamina B2 – Atua na manutenção da pele e dos olhos. Atua também no


metabolismo energético. As principais fontes são: Carnes, Vísceras, Leite,
Queijos, Gema de Ovo, Vegetais Folhosos, Leguminosas e algumas Frutas.

Niacina – Atua no metabolismo energético. Encontrada em Carnes, Vísceras,


Pescado, Gema de Ovo, Leite, Amendoim e outras Leguminosas, Pimentão, e
algumas Frutas.

Vitamina B6 – Participa do metabolismo dos aminoácidos e no sistema nervoso.


Está em alimentos de origem animal e entre os vegetais, na Batata Inglesa, Aveia,
Banana, e Germen de Trigo.

Vitamina B12 – Síntese de DNA e formação das células vermelhas do sangue.


Presente nos alimentos de origem animal como Carne, Fígado, Rim, Gema de
Ovo, Leite, Queijos e Pescado.
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Ácido Fólico – Síntese de ácidos nucléicos, formação das células vermelhas do


sangue. Presente em Vegetais Folhosos, Fígado e Leveduras.

Ácido Pantotênico – Atua no metabolismo energético, síntese de colesterol, de


hemoglobina e de neurotransmissores. Encontrada em alimentos como Fígado,
Rim, Coração, Ovos, Leite, Trigo, Centeio, Soja e Brócolis.

Vitamina C – Participa da formação do colágeno e dos ossos, da cicatrização e no


aumento da resistência do organismo. Presente em alimentos como a Bertalha, o
Brócolis, a Couve, o Pimentão, o Caju, a Manga, o Agrião, a Goiaba e as Frutas
Cítricas.

2.1.5 Minerais

São nutrientes utilizados na forma original, com funções essenciais ao organismo,


principalmente como catalisadores em sistemas enzimáticos.

Macroelementos: Presentes em quantidades relativamente elevadas – Cálcio,


Fósforo, Potássio, Cloro, Enxofre, Magnésio e Sódio.

Microelementos: Presentes em quantidades relativamente baixas – Ferro, Iodo,


Cobre, Cobalto, Manganês, Zinco, Molibdênio, Flúor, Cromo e Selênio.

Principais Funções e Fontes de Minerais

MACROELEMENTOS
Cálcio: É o elemento mineral necessário em maior quantidade nas dietas.

Principais funções:

 Formação do esqueleto: 99% do Ca está presente nos ossos e


dentes
 Presente no sistema auditivo: ossos martelo, bigorna e estribo
 Formação dos dentes
 Presente no leite e na casca do ovo
 Processo de coagulação: Pro-trombina + Cálcio = Trombina
 Equilíbrio ácido-básico e pressão osmótica
 Processo de contração muscular
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Fósforo: É o elemento mineral mais abundante nos alimentos de origem animal e


vegetal.

 Formação do tecido ósseo: 80% do P orgânico


 Presente na composição dos dentes
 Componente dos fosfolipídios
 Equilíbrio ácido-básico
 Equilíbrio osmótico
 Metabolismo energético: ATP, ADP, AMP, GTP, GDP

FATORES QUE ALTERAM A ABSORÇÃO DO CÁLCIO E DO FÓSFORO:

 Relação Ca:P normal de 2:1 (igual ao conteúdo ósseo). Para aves


em fase de postura essa relação pode chegar até 3 ou 3,5:1
 Vitamina D3: relacionada à absorção de cálcio
 Elementos que reduzem a disponibilidade: Ferro, oxalatos, fitatos
 Hormônios circulantes: Estrogênio, calcitonina, tirocalcitonina

Deficiência de cálcio e fósforo

 Raquitismo e osteoporose
 Arqueamento
 Tetania (contração muscular)
 Apetite depravado
 Problemas reprodutivos

Principais Fontes: Leite e derivados, Vegetais Folhosos Escuros,


Fosfato bicálcico, Carbonato de Cálcio.

Magnésio: Participa da formação dos ossos, das reações metabólicas em nervos


e músculos. Presente na Soja e no Germen de Trigo.

Na, Cl e K: Participam de processos vitais. Responsáveis pelos mais diversos


processos metabólicos. Presente no Sal (Na e Cl), em Frutas e Vegetais Crús, no
Leite e seus derivados (K).
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Ferro: Elemento ativo na hemoglobina, no músculo e em vários processos


enzimáticos. Encontra-se em Alimentos de Origem Animal.

Zinco: Participa do crescimento e desenvolvimento sexual, resposta imunológica,


paladar, visão noturna, integridade da pele e outras funções vitais. Encontrado em
Carnes Vermelhas, Semente Girassol, Cereais Integrais e Leguminosas.

Iodo: Hormônios da tireóide. Peixes, Sal Iodado, Leite Fresco e derivados.


Cereais e Carne de Vaca.

Cobre: Reações metabólicas para manter o esqueleto, produção de células


vermelhas normais. Soja e Leguminosas.

Selênio: Interage com a vitamina E. Previne processos oxidativos. Peixes e


Carnes em Geral e Leguminosas.

Mn e Mo: Cofator de metaloenzimas. Co-fator de enzimas envolvidas em


reações de oxidação e redução. Grãos Integrais, Carnes e Leguminosas.
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3. FISIOLOGIA DIGESTIVA

Um ponto de partida para estudos na área de nutrição de animais selvagens


seria o conhecimento da fisiologia e anatomia digestiva das espécies, devido à
estreita relação entre o trato gastrointestinal (TGI) e a utilização dos alimentos e
nutrientes.

Os mamíferos podem ser classificados de acordo com as divisões


estomacais:

Animais de estômago simples (monogástricos)

Animais de estômago composto (poligástricos) – todos os animais


poligástricos são herbívoros.

Exemplos de poligástricos ruminantes: bovinos, caprinos, ovinos, bubalinos,


camelídeos (norte africanos – camelos e dromedários e sul americanos – alpacas
e vicuñas). Elandes, antílopes, cervos, alces, girafas, veados brasileiros
(catingueiro, mateiro, bororo, etc.).

Exemplos de poligástricos não-ruminantes: canguru, hipopótamo

Os monogástricos podem ser divididos em:

 Herbívoros: cavalo, zebra, coelho, lebre, rinoceronte, alguns primatas


(bugio, muriqui, uacari, macaco da noite, orangotango), urso-de-óculos,
preguiça.
 Onívoros: suínos, javali, cateto, queixada, lobo-guará, irara, guaxinim,
gambá, a maioria dos primatas, cachorro-do-mato, quati.
 Carnívoros: felinos, lontra, ariranha.
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Macaco da Noite: Felino: animal


animal mais estritamente
folívoro carnívoro

Nos herbívoros monogástricos ocorre uma considerável digestão


fermentativa – em maior ou menor grau, dependendo da localização das câmaras
de fermentação. Nos onívoros e carnívoros predomina a digestão enzimática, o
que não significa que não ocorra alguma digestão fermentativa.

Os herbívoros ainda podem ser divididos em:

Fermentadores pré-gástricos – ruminantes (veados) ou não ruminantes


(preguiça).

Fermentadores pós-gástricos (intestinais caudais) – fermentadores cecais:


coelhos, roedores. Fermentadores colônicos: cavalo, rinoceronte, primatas
folívoros, elefante, koala.

Alguns animais onívoros apresentam cólon saculado (cateto, queixada,


macacos do novo mundo, etc) e os carnívoros apresentam cólon não saculado.

As aves podem ser classificadas de diversas maneiras: frugívoras,


insetívoras, carnívoras, granívoras, etc. A grande maioria das espécies possui
alguma particularidade fisiológica e anatômica que as diferem dos mamíferos
monogástricos. Seriam elas: o papo ou englúvio, o pró-ventrículo e a moela, além
da presença de dois cecos. Algumas aves, como o pingüim, não possuem papo ou
moela. Todas essas estruturas estão diretamente relacionadas com o hábito
alimentar do animal.
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Os répteis também podem ser classificados como:

Carnívoros: ofídios em geral, crocodilianos e quelônios de água doce

Herbívoros: iguanas – quando jovem, a iguana é alimentar insetívora

Onívoros: jabutis

Iguana: animal herbívoro Destaque para a moela da ave ou estômago mecânico. Onde
quando adulto ocorre a trituração do alimento e a maior parte da quebra das
proteínas.

DIGESTÃO NOS MONOGÁSTRICOS

 Mecânica (mastigação, movimentos de contração)


 Química (enzimática)
 Microbiana (enzimática, realizada por bactérias e protozoários)
(a) Digestão na boca: principalmente mecânica pelos movimentos
mastigatórios. Para aves (ausência de dentes) e carnívoros (rápida deglutição)
não tem importância. A α-amilase presente na saliva, inicia a digestão enzimática
(ausente em eqüinos e carnívoros).

(b) Digestão no estômago: secreção de suco gástrico, constituído de água,


sais inorgânicos, muco, pepsinogênio, lípase, quimosina (renina) e ácido clorídrico
a 0,1N. A quimosina tem ação coaguladora do leite (importante para filhotes). A
lipase estomacal, se comparada à pancreática, tem pouca importância na digestão
das gorduras de animais adultos.
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(c) Digestão no Intestino Delgado: basicamente enzimática. Quatro


secreções estão presentes neste local: suco duodenal, bile, suco pancreático e
suco entérico.

(d) Digestão no Intestino Grosso: basicamente fermentativa, dependendo


da qualidade do material que chega ao IG, do tempo de retenção, da espécie
animal com seus respectivos sítios de fermentação. Nos herbívoros
monogástricos, esta fermentação tem grande significado energético e, nos
lagomorfas, podem contribuir, além da energia fornecida pelos ácidos graxos
voláteis (AGVs), fornecem um aporto considerável de proteínas, devido à ação
fisiológica de ingestão dos cecotrofos. Na capivara existem sugestões de
coprofagia. As vitaminas produzidas pelos microorganismos (vitaminas do
complexo B e vitamina K) podem ser parcialmente absorvidas e aproveitadas pelo
hospedeiro.

PARTICULARIDADES NA DIGESTÃO DE RECÉM-NASCIDOS E LACTENTES

Durante um curto período após o nascimento, o intestino do filhote é


permeável a proteínas colostrais, imprescindível para a transferência de
gamaglobulinas (anticorpos), via leite materno, para o recém-nascido. As
imunoglobulinas são absorvidas intactas para o sistema linfático. Ao nascimento, a
atividade da α-amilase, maltase e sacarase é pequena, enquanto que a da lactase
é alta, descrescendo muito com a maturidade do animal.

A capacidade de digerir gorduras em animais muito novos é relativamente


baixa (incluindo as aves). Isto deve-se, principalmente, à pequena capacidade do
fígado em produzir bile. No entanto, alguns psitacídeos alimentam seus filhotes
com uma dieta muito rica em lipídeos, chegando a 20% do total da dieta. A
digestão, nesses casos, é facilitada pelas enzimas contidas no bolo alimentar
regurgitado para o filhote.
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DIGESTÃO NOS RUMINANTES

(a) Digestão na boca: saliva abundante e contínua com ausência de


enzimas e com alto poder tamponante (sódio e potássio). Fonte de nutrientes para
os microorganismos do rúmen. A quantidade de saliva produzida está diretamente
relacionada com a matéria seca e a forma física da dieta (tamanho da fibra). Uma
dieta à base de volumosos é importante para aumentar a secreção de saliva e a
tamponamento ruminal.

(b) Digestão no estômago: estômago dividido em quatro compartimentos –


rúmen, retículo, omaso e abomaso. Os três primeiros não secretam enzimas e
precedem o estômago verdadeiro e glandular (abomaso). O rúmen funciona como
uma câmara de armazenamento e fermentação dos alimentos, produção de ácidos
graxos voláteis (acético, propiônico e butírico), proteína microbiana e outros
produtos.

Processo Fermentativo e Microbiota Ruminal

 A população microbiana é representada por bactérias e protozoários


(alguns estudos indicam a presença, mínima, de fungos e leveduras).
 O ambiente tem pouco O2, sendo predominantemente a fermentação
anaeróbia.
21

 As bactérias produzem enzimas capazes de degradar carboidratos


estruturais. Além destes, também degradam os carboidratos solúveis
(açúcares e amido).
 Como produtos da fermentação podem ser citados os ácidos graxos
voláteis (AGVs), com produção dos ácidos acético, propiônico e
butírico em maior quantidade, e dos ácidos valérico e isovalérico em
menor quantidade. Produzem ainda gases como o dióxido de
carbono, metano, hidrogênio, gás sulfídrico, monóxido de carbono,
etc.
 Os microrganismos sintetizam também vitaminas do complexo B e
vitamina K.
 As bactérias ruminais são capazes de combinar o nitrogênio
(proveniente da proteína alimentar ou de fontes não protéicas –
NNP) com esqueletos de carbono para formar sua própria proteína.
Após um período estes microrganismos são movidos para o TGI e
destruídos, constituindo-se em fonte protéica para o hospedeiro.

(c) Digestão específica no RUMÉN:

Carboidratos – os produtos finais mais importantes da fermentação dos


carboidratos são os ácidos graxos voláteis. A proporção de AGVs varia de acordo
com a composição da dieta. Dietas ricas em alimentos volumosos fornecem
maiores quantidades de acetato, enquanto dietas ricas em alimentos concentrados
(carboidratos simples) aumentam a proporção de propionato.

Dietas pobres em volumosos e ricas em concentrado, para a maioria dos


ruminantes, não estimulam uma produção de saliva suficiente para garantir o
tamponamento ruminal. Este fato associado a uma queda brusca no pH ruminal
pelo amido (presente nos carboidratos) causa um distúrbio metabólico chamado
de acidose que, dependendo do grau, pode levar o animal ao óbito.

Proteínas – as bactérias podem utilizar fontes protéicas e não protéicas


para sintetizar suas próprias proteínas. A extensão com que as bactérias utilizam a
proteína da dieta depende, basicamente, do grau de degradabilidade da mesma
no rúmen (ex. soja – mais degradável; farinha de peixe – menos degradável). A
22

capacidade das bactérias utilizarem o nitrogênio não-protéico (NNP) depende,


primeiramente, da quantidade de energia fornecida pelos carboidratos, da
degradabilidade e da capacidade de crescimento da população microbiana.

Lipídios – como as bactérias não são capazes de sintetizar ácidos graxos


poliinsaturados, limitando-se à síntese de ácidos graxos saturados e aos
ramificados, os ácidos graxos da dieta são hidrogenados (saturados) antes da
síntese e incorporação.

EXEMPLOS:
23

4. ANÁLISE DOS COMPONENTES DA DIETA

Os rotineiros problemas de alimentação em cativeiro estão relacionados,


principalmente, (a) à qualidade dos produtos oferecidos; (b) ao manuseio e
preparo da alimentação; (c) à adaptação do animal à dieta em cativeiro; e, (d) à
determinação da quantidade que cada animal irá consumir. Uma dieta mal
planejada, na maioria das vezes, ocasionará problemas extremos ligados à
subnutrição, seja por falta ou excesso de um determinado nutriente oferecido.

Classificação dos Alimentos

a) VOLUMOSOS – Nível de Fibra Superior a 18%, Ex. => Forragens secas: fenos,
palhadas, cascas de grãos, etc. Forragens aquosas: silagens, pastagens, raízes e
tubérculos

b) CONCENTRADOS – Nível de Fibra Inferior a 18%, Ex. => Energéticos: Nível de


proteína inferior a 16%. Protéicos: Nível de proteína superior a 20% podendo ser
de origem animal ou de origem vegetal.

c) SUPLEMENTOS – Minerais Vitaminas Aminoácidos

d) ADITIVOS – Promotores de crescimento: antibiótico, hormônios, probióticos.


Preservadores da qualidade: antioxidantes, antifúngicos, sequestrantes. Melhoram
a qualidade física do alimento: melaço, aglutinantes, flavorizantes, aromatizantes,
acidificantes.
24

5. ARMAZENAMENTO E PREPARO DOS ALIMENTOS

Parte do conteúdo deste capítulo foi retirada da Cartilha sobre boas práticas para
serviços de alimentação, publicada pela ANVISA, por meio da
Resolução-RDC nº 216/2004.
Trabalhar com produtos de época, além de favorecer o oferecimento de alimentos
variados e frescos ao longo do ano, minimiza o custo da dieta por animal. O
fornecimento de produtos hortifrutigranjeiros e carnes deve ser planejado de acordo
com a disponibilidade de espaço para um bom armazenamento.

(a) Armazenamento dos Alimentos


Compre os ingredientes em estabelecimentos limpos, organizados e
confiáveis. Armazene imediatamente os produtos congelados e refrigerados e depois
os produtos não-perecíveis. Os locais de armazenamento devem ser limpos,
organizados, ventilados e protegidos de insetos e outros animais.
As superfícies que entram em contato com os alimentos, como bancadas e
mesas, devem ser mantidas em bom estado de conservação, sem rachaduras, trincas
e outros defeitos. Nunca guarde os produtos de limpeza junto com os alimentos. Não
utilize produtos de limpeza clandestinos.
A limpeza do ambiente é importante para prevenir e controlar baratas, ratos e
outras pragas. Os venenos devem ser aplicados somente quando necessário e
sempre por empresa especializada.
Quanto ao local de armazenamento, em locais de clima muito quente, as
câmaras frigoríficas são a melhor solução. A temperatura interna das câmaras deve
ser ajustada para 10-12 oC para hortifrutigranjeiros e 5-8 oC para as carnes. Já em
locais de clima frio, os produtos hortifrutigranjeiros poderão dispensar esses
cuidados, mas, o armazenamento de carnes ainda deverá ser feito em algum tipo de
câmara fria. Em caso de armazenamento de carnes e pescados congelados,
recomenda-se que o tempo de congelamento não ultrapasse 03 meses.
Os alimentos congelados e refrigerados não devem permanecer fora do freezer
ou geladeira por tempo prolongado. Não descongele os alimentos à temperatura
25

Os alimentos congelados e refrigerados não devem permanecer fora do


freezer ou geladeira por tempo prolongado. Não descongele os alimentos à
temperatura ambiente. Deixe o alimento na geladeira até descongelar. As carnes
devem ser descongeladas dentro de recipientes.

Não use e não compre produtos com embalagens amassadas, estufadas,


enferrujadas, trincadas, com furos ou vazamentos, rasgadas, abertas ou com outro
tipo de defeito. Limpe as embalagens antes de abri-las. Os ingredientes que não
forem utilizados totalmente devem ser armazenados em recipientes fechados.

Quanto aos produtos industrializados, o planejamento das entregas deverá


respeitar o seu prazo de validade, a capacidade interna do almoxarifado e as
condições do local de armazenamento. Os sacos de ração deverão ser
empilhados sobre estrado suspenso do chão em, pelo menos, 25 cm. Os estrados
devem ser distribuídos de forma que fiquem afastados das paredes e próximos à
área de circulação de ar. Os sacos de ração devem estar dispostos de forma para
permitir a circulação de ar entre eles, respeitando o limite máximo de 10 sacos por
pilha.

Armazenamento de rações sobre estrados

Todos os produtos deverão ser armazenados em locais frescos, sem


excesso de umidade e livre do ataque de roedores e insetos. Os suplementos
minerais e vitamínicos precisam de salas próprias, refrigeradas e sem a incidência
de luz direta. O cuidado especial é necessário, visto que, são produtos de alta
perecibilidade e podem, com facilidade, perder suas características nutricionais.

(b) Manuseio e Preparo da Alimentação

Processos de Higienização e Desinfecção


26

Cuidados sanitários especiais são necessários para evitar que restos de


alimentos acumulem pelo chão e nos cantos da parede, contribuindo assim, para o
apodrecimento dos produtos e o aparecimento de insetos e roedores. Diariamente,
panos úmidos com desinfetante devem ser passados no chão e nas mesas após o
preparo do alimento e, no mínimo 01
vez na semana, todo o ambiente da
cozinha deve ser lavado.

O desinfetante mais eficiente


é o cloro. A diluição do cloro em
água serve para desinfecção do
ambiente, de utensílios, frutas e
verduras. O cloro é um desinfetante
de amplo espectro e pode ser
utilizado para uma série de propósitos dependendo da concentração utilizada,
além de permanecer estável durante 06 meses após o preparo, quando
corretamente armazenado.

a) solução 0,5% - Desinfecção rápida (05 minutos). Conveniente para


limpar superfícies após o preparo do alimento;

b) solução 0,2% - Desinfecção em médio prazo (02 horas). Imersão de


utensílios e alimentos;

c) solução 0,1% - Desinfecção em longo prazo (06 horas). Limpeza de


paredes, gaiolas e utensílios de alimentação.

Obs: Para perfeita eficiência do cloro é preciso que seja retirado todo o resíduo de
matéria orgânica dos utensílios – pré lavagem (restos de fezes ou de alimentos).
Alimentos como frutas, legumes e hortaliças devem ser higienizados. A correta
higienização elimina os micróbios patogênicos e os parasitas.

Para higienização de hortaliças, frutas e legumes:

1. Selecionar, retirando as folhas, partes e unidades deterioradas;

2. Lave em água corrente vegetais folhosos (alface, escarola, rúcula, agrião, etc.)
folha a folha, e frutas e legumes um a um;
27

3. Colocar de molho por 10 minutos em água clorada, utilizando produto adequado


para este fim (ler o rótulo da embalagem), na diluição de 200 ppm (1 colher de
sopa para 1 litro);

4. Enxaguar em água corrente vegetais folhosos folha a folha, e frutas e legumes


um a um;

5. Fazer o corte dos alimentos para a montagem dos pratos com as mãos e
utensílios bem lavados;

6. Manter sob refrigeração até a hora de servir.

Adaptado: BRASIL. CGPAN/SAS/Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a


População Brasileira: Promovendo a alimentação saudável, 2005.

Processos de Preparo da Alimentação

Quem é o manipulador de alimentos? É a pessoa que lava, descasca, corta,


rala, cozinha, ou seja, prepara os alimentos.

O que fazer?

1. Esteja sempre limpo;


2. Use cabelos presos;
3. O uniforme deve ser utilizado
somente na área de preparo do alimento;
4. Troque o uniforme diariamente, pois
ele deve estar sempre limpo e conservado;
5. Retire brincos, pulseiras, anéis,
aliança, colares, relógio e maquiagem;
6. Lave bem as mãos antes de preparar
os alimentos e depois de usar o banheiro, de atender ao telefone e de abrir
a porta;
7. Na área de preparo, a pia para lavar as mãos não deve ser a mesma para a
lavagem dos vasilhames;
8. Mantenha as unhas curtas e sem esmalte;
9. Preste atenção para não fumar, comer, tossir, espirrar, cantar, assoviar,
falar demais ou mexer em dinheiro durante o preparo dos alimentos;
28

10. Se estiver doente ou com cortes e feridas nas mãos, não manipule os
alimentos;
11. Faça sempre exames periódicos de saúde.
Para lavagem correta das mãos siga os seguintes passos:

• Utilize a água corrente para molhar as mãos;


• Esfregue a palma e o dorso das mãos com sabonete, inclusive as unhas e
os espaços entre os dedos, por aproximadamente 15 segundos;
• Enxágüe bem com água corrente retirando todo o sabonete;
• Seque-as com papel toalha ou outro sistema de secagem eficiente;
• Esfregue as mãos com um pouco de produto anti-séptico.
29

MODELO DE CRONOGRAMA UTILIZADO EM CETAS (MODELO CETAS RJ)

É importante que o técnico faça um roteiro simples e direto para que os tratadores
possam se orientar ao longo do dia sem esquecer itens importantes. O roteiro
deve ser colocado em local de fácil acesso e deve ser dividido de acordo com a
rotina de cada Cetas.

ROTEIRO DIÁRIO DA COZINHA DOS ANIMAIS

MEDIDAS DE HIGIENE

1. LAVAR AS MÃOS SEMPRE QUE MANIPULAR OS ALIMENTOS


2. LAVAR COM ÁGUA CLORADA TODAS AS FRUTAS, LEGUMES E
VERDURAS DO DIA
3. LAVAR OS VASILHAMES COM ÁGUA CLORADA E DETERGENTE
NEUTRO
4. LAVAR A COZINHA COM ÁGUA CLORADA E DETERGENTE NEUTRO
2X NA SEMANA
5. DIARIAMENTE, LAVAR BANCADAS COM ÁGUA CLORADA E
DETERGENTE NEUTRO

ALIMENTAÇÃO DA MANHÃ

1. PREPARAR A ALIMENTAÇÃO DE TODAS AS AVES E ANIMAIS


INTERNADOS (IMPORTANTE: Os animais internados devem ser tratados
separadamente)
2. PREPARAR A ALIMENTAÇÃO DO QUATI E DOS PRIMATAS MAIORES
3. PREPARAR A ALIMENTAÇÃO DOS RÉPTEIS (2a, 4a e 6a)

ALIMENTAÇÃO DA TARDE

1. COLOCAR OVOS PARA COZINHAR (2a e 4a)


2. COLOCAR ABÓBORA E BATATA-DOCE PARA COZINHAR (3a e 5a)
3. PASSAR A CARNE DO DIA SEGUINTE PARA A GELADEIRA
30

FLUXOGRAMA DE ENTRADA E SAÍDA DE ALIMENTOS


31

6. APRESENTAÇÃO DA DIETA E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL

Um dos fatores de maior relevância na elaboração de dietas para animais


selvagens é a apresentação da dieta. Fazer com que a alimentação atenda aos
anseios nutricionais, morfofisiológicos e psicológicos de cada animal. Os aspectos
morfofisiológicos estão relacionados com o tipo de dentição, a forma de apreensão
e a estrutura do aparelho digestivo. Comparando a dieta de uma Cutia e de um
Veado, observa-se que, para cutia, um típico roedor, os alimentos devem ser
abrasivos e ajudar no processo de desgaste dos incisivos, enquanto que para o
Veado, por não precisar do processo de desgaste dos dentes, os alimentos devem
ser preparados em cortes menores e, se possível, passados em processadores de
alimentos.

O hábito alimentar dos animais, relacionado com a estrutura


gastrointestinal, também fornece informações importantes sobre o tipo de corte e
tamanho dos alimentos fornecidos. É importante ressaltar que esses fatores
devem ser avaliados em conjunto. Retornando ao exemplo da cutia e do veado,
ambos são de hábito alimentar herbívoro, no entanto, devido às diferenças
morfológicas, devem ser alimentados de forma diferente.

Os fatores psicológicos estão relacionados com o “bem-estar” do animal.


Espécies mais inteligentes como primatas e psitacídeos, que utilizam o alimento
não apenas para saciar sua fome, mas também como uma forma de terapia
ocupacional, devem ser alimentadas várias vezes ao dia de forma criativa. É
comum encontrar papagaios arrancando as próprias penas e primatas em
verdadeiros ataques nervosos ou arrancando os pêlos do corpo, por problemas
relacionados ao estresse do cativeiro. Com isso, o alimento se torna um atrativo,
um momento de ocupação e diversão.

Diversificar e fracionar a alimentação, disponibilizar alimentos mais


trabalhosos, que exijam um desprendimento de tempo para consumo maior por
parte do animal, podem ser alternativas para minimizar o impacto do cativeiro.
Para psitacídeos, alimentos como coco seco, amendoim com casca (com
moderação), cana-de-açúcar e milho em espiga podem ser uma boa alternativa.

Para primatas, espalhar pelo recinto sementes de arroz com casca,


abóbora seca sem sal, rações secas ou outros alimentos não perecíveis para que
32

eles passem boa parte do tempo procurando o alimento pelo recinto. Muitas
vezes, medidas de adequação dos recintos resolvem o problema de estresse em
cativeiro. Essas medidas consistem na adequação de poleiros, melhora da
ambientação, disponibilização de pontos de fuga, tocas, abrigos, etc. O conceito
“enriquecimento ambiental” está bem difundido e existem disponíveis diversas
técnicas para manutenção de animais em cativeiro.

Adaptação à dieta

Nenhum alimento é nutricionalmente completo. No momento da escolha, os


alimentos devem contribuir com o fornecimento dos principais nutrientes:
Carboidratos, Proteínas, Gorduras, Fibras, Minerais e Vitaminas. Por isso, a dieta
deve ser diversificada, sempre utilizando uma boa ração comercial como base.

Existe uma série de vantagens e desvantagens na utilização dos alimentos


naturais e das rações, o que torna a sua utilização conjunta necessária e
vantajosa para o animal. As proporções dos alimentos na dieta variam de acordo
com o hábito alimentar da espécie, o que será discutido posteriormente. Para
saber o conteúdo nutricional dos alimentos, tabelas de composição química dos
alimentos devem ser consultadas (ver anexo).

Uma vez elaborada a dieta, qualquer alteração deve ser gradativa. Para
animais recém-chegados existem dois tipos de adaptação à dieta: daqueles
animais que chegaram de algum cativeiro e daqueles que chegaram da natureza.
Os animais provenientes de cativeiro normalmente estão acostumados aos itens
33

alimentares disponíveis no centro de triagem. No entanto, é importante que o


maior número de informações sobre esse animal seja fornecida, principalmente
com relação à alimentação.

Em um primeiro momento, deve-se satisfazer o animal, fornecendo


alimentos que ele está acostumado a consumir. Esse momento pode durar dias ou
até semanas, dependendo da sua adaptação ao novo ambiente. A partir do
momento que o animal estiver ambientado, inicia-se o processo de adaptação à
dieta balanceada.

Para os animais com procedência de natureza, a adaptação precisa ser


imediata, uma vez que, dificilmente existem esses itens alimentares disponíveis
em quantidade suficiente para supri-los. Nesses casos, o cuidado deve ser
redobrado. Os alimentos devem ser fornecidos frescos, várias vezes ao dia, em
pequenas quantidades, dispostos individualmente na vasilha. Para algumas
espécies de carnívoros, é comum que passem alguns dias sem se alimentar antes
de aceitar a alimentação de cativeiro. O importante é deixar uma solução
hidratante disponível para o tempo inteiro e fornecer diariamente a alimentação até
a habituação do animal.

Durante a fase de adaptação, os alimentos devem ser quantificados e


distribuídos individualmente nas vasilhas. As sobras devem ser recolhidas e
quantificadas diariamente para controle da ingestão. Os alimentos devem ser
alternados ao longo da semana para observação das preferências. Com esses
dados, o técnico terá condições de elaborar uma dieta apropriada para o animal.

Espécies com hábitos alimentares mais específicos (ex. tamanduás e


preguiças) necessitam de maiores cuidados. Para mantê-los em cativeiro é
necessário que sejam oferecidos, em dias alternados, os alimentos que essas
espécies estão habituadas a consumir na natureza. O importante é que a nova
dieta esteja sempre à disposição e que seja trocada diariamente, mesmo que não
haja consumo.

A suplementação mineral e vitamínica deve ser realizada com muita


cautela. Algumas vitaminas, como as lipossolúveis (A, D, E e K) e os minerais,
quando oferecidos em excesso, podem causar danos tão graves quanto à
deficiência. Por isso, as suplementações devem ser recomendadas com base na
34

análise nutricional do alimento para corrigir deficiências específicas e para suprir


alguma exigência de determinado nutriente de algumas espécies (ex. V it D3 para
calitriquídeos sem exposição ao sol, Cálcio para dietas à base de músculo bovino
ou insetos, Vit K para tamanduás, Tiamina e Vit E para pescados congelados,
etc.).

De posse desses dados conclui-se que a dieta perfeita deverá ser:


palatável, livre de microorganismos, em quantidade e qualidade suficiente,
digestível, de fácil obtenção e o mais econômica possível.

Em Centros de Triagem, é normal que os animais cheguem com um alto


nível de estresse. Nesses casos, a hidratação é o fator mais importe. Por isso, nas
primeiras duas horas após o recebimento dos animais, verifique se todos estão
com acesso a um soro caseiro ou soro fisiológico, acrescidos de um pouco de mel.
35

6. Determinação da quantidade de alimento oferecido


ENERGIA

Independente da finalidade – manutenção, reprodução ou produção – os


animais necessitam primariamente da energia obtida a partir da oxidação de
alguns nutrientes. Toda substância contendo carbono e hidrogênio pode ser
oxidada fornecendo energia. No entanto, nem toda energia bruta fornecida pela
oxidação das substâncias pode ser aproveitada pelos animais (ex. óleo mineral).

Partição da energia: A energia não é um nutriente, é uma entidade química


que pode ser mensurada, ou seja, a quantidade de calor que os alimentos
desprendem quando oxidados. A energia desprendida da queima total dos
alimentos é denominada ENERGIA BRUTA (EB). A EB presente nos alimentos
pode ou não ser aproveitada pelo animal. A energia aproveitada pelos animais
pode ser mensurada diminuindo da EB a energia perdida pelas fezes – ENERGIA
DIGESTÍVEL (ED), ou ainda, diminuindo da ED a energia perdida pela urina e os
gases – ENERGIA METABOLIZÁVEL (EM), ou ainda, diminuindo da EM a energia
perdida pelo incremento calórico – ENERGIA LIQUIDA (EL). A EL pode ainda ser
dividida em EL de mantença e EL de produção. Para as aves, determina-se
diretamente a EM, uma vez que não é possível separar as fezes da urina.

Uma outra forma de obter a EB dos alimentos é por meio de cálculos


diretos, baseados na energia de cada nutriente.

Nutrientes % Kcal/g E.B. (Kcal)

Umidade 10 - -

Proteína Bruta 9 5,65 50,85

Extrato Etéreo 4 9,40 37,60

Fibra Bruta 5 4,15 20,75

Cinzas 5 - -

ENN* 67 4,15 278,05

TOTAL 100 387,25

* ENN = 100 – (% Umidade + % PB + % EE + % FB + % Cinzas)


36

A unidade de medida da energia é chamada caloria. Caloria é a quantidade


de calor necessária para elevar a temperatura de 1g de água de 14,5oC para
15,5oC.

1 Kcal = 1.000 calorias

A quantidade de alimento que uma determinada espécie irá consumir


diariamente dependerá, exclusivamente, do gasto energético necessário para sua
manutenção em cativeiro. Para isso, torna-se necessário conhecer o seu peso
metabólico por meio do seu metabolismo basal, isto é, a energia mínima
despendida pelo animal em jejum, descansado e em repouso.

O metabolismo basal está relacionado com perdas de energia radiante por


meio da pele, portanto com superfície corporal. Esta, por sua vez, relaciona-se
com o peso vivo. Dessa maneira, relaciona-se o ganho corporal às necessidades
energéticas do animal, por modelos matemáticos.

Y = a. Xb

onde:
X = peso vivo
b = 0,75 (constante)
a = valor variável de acordo com a produção ou trabalho exercido pelo animal.

Desta forma, teríamos um modelo matemático não linear, expresso pela equação
acima.

Xb = PV0,75 = Peso Metabólico


(P0,75 equivale à raiz quarta do peso elevado ao cubo)

O uso do peso metabólico permite comparações entre animais de pesos e


tamanhos diferentes e mesmo entre espécies diferentes. Esta taxa pode sofrer
alterações de acordo com as espécies. Roedores e carnívoros desérticos
apresentam taxas menores, enquanto mamíferos marinhos, mustelídeos e
37

lagomorfas apresentam taxas maiores. De uma maneira geral, a taxa metabólica


basal para a maioria dos mamíferos placentários é: 70 Kcal x (PV0,75).

Prioritariamente, o animal utiliza a energia para manutenção de sua própria


vida, ou seja, para o funcionamento normal de seu organismo. Após atingidas
essas necessidades, o animal dispensará energia para a produção e, finalmente,
em caso de excessos, para estocagem em depósitos corporais na forma de
gordura.

Em caso de déficit energético, o primeiro reflexo negativo ocorre na


produção e deposição de tecidos corporais. As aves interrompem a postura, os
animais jovens reduzem ou interrompem o crescimento, fêmeas gestantes
abortam. Se a energia ingerida for suficiente para a manutenção, nenhum sintoma
ocorrerá além da interrupção de ações extras relativas à produção. No entanto, se
o déficit for alto e por tempo prolongado, o animal entra em um processo de
catabolismo na tentativa de repor a energia para os processos metabólicos vitais.
Este catabolismo segue uma ordem:

 Utilização de reservas de glicogênio hepático e muscular (somente o


glicogênio cardíaco é poupado). Estas reservas são pequenas,
servindo como fonte de energia por um curto prazo.
 Utilização das reservas de gordura – quase todos os lipídios são
utilizados, com exceção dos lipídios estruturais.
 Utilização das proteínas tissulares para manutenção da glicose
sangüinea e outras atividades básicas.
38

Sugere-se que os animais dos Cetas sejam mantidos com as fórmulas utilizadas
para manutenção de acordo com a tabela abaixo extraída do Tratado de Animais
Selvagens – seção 6.

De posse da quantidade de energia que a espécie necessitará, a determinação da


quantidade de alimentos deverá com cautela seguindo os seguintes critérios:

Dominância: Quando os animais estão em grupos, a quantidade de alimento


deverá se acrescida de, pelo menos, 20% para proporcionar igualdade de
consumo para todos.
Temperatura: Ao contrário dos répteis que aumentam o consumo de alimentos
durante os períodos mais quentes do ano, alguns mamíferos e aves em geral
39

diminuem o consumo. As rações para aves devem ser balanceadas de forma que,
mesmo com consumo inferior, a demanda de nutrientes seja adequada. Para
primatas, frutas aquosas e verduras devem fazer parte do cardápio e alimentos
mais gordurosos devem ser evitados. No entanto, para os répteis, os alimentos
devem fornecer um estoque de energia necessário para sua manutenção nos
períodos mais frios do ano.

Enfermidades: Como grande parte dos casos de enfermidades em animais


selvagens estão relacionados com a alimentação, é natural que se faça um maior
aporte de nutrientes nessa fase. Para isso, os alimentos devem contribuir com
altos níveis de energia para que não seja necessário um grande consumo por
parte do animal. Normalmente, multiplica-se a TMB requerida pela espécie por 4
ou 5 dependendo da gravidade da enfermidade.

Tipo de recinto: Quanto maior o recinto maior a probabilidade do animal se


exercitar e com isso, gastar energia. Nesse caso, a exigência de energia poderá
ser maior.

Características da espécie: Existem espécies naturalmente de metabolismo mais


lento, que passam a maior parte do tempo em repouso (felinos). Em contrapartida,
existem aquelas mais ativas que despendem maior energia ao longo dia (primatas
onívoros). A quantidade de energia requerida aumentará de acordo com o grau de
atividade do animal. Espécies que reduzem sua atividade metabólica em
determinadas épocas do ano necessitam de um aporte maior de energia para
acumularem gordura necessária para longos períodos de jejum.

Estado fisiológico: Refere-se à idade do animal, período reprodutivo, estágio de


lactação e etc. Animais mais velhos tendem a utilizar uma quantidade inferior de
energia quando comparados com animais mais jovens, em crescimento. Animais
em período reprodutivo e fêmeas em lactação necessitam de um maior aporte
energético.
40

8. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ALIMENTAÇÃO DE CARNÍVOROS,


HERBÍVOROS E ONÍVOROS

Basicamente, os animais necessitam de uma dieta composta por três itens


principais: água, energia e nutrientes. A água é considerada o componente mais
importante de qualquer dieta. A energia, como foi visto, é fornecida principalmente
pelos carboidratos e gordura. Os principais nutrientes são a proteína
(aminoácidos), vitaminas e minerais. A principal preocupação do técnico deve ser
em fornecer os principais nutrientes para atender às necessidades de
manutenção, crescimento e reprodução das espécies.

Dessa forma, a dieta deve ser balanceada para cada ciclo de vida do animal
e deve conter os ingredientes corretos para compor a necessidade básica de
nutrientes e energia. È possível inferir que as semelhanças entre as exigências
nutricionais das diferentes espécies de animais são muito maiores do que as
exceções. Por exemplo, a exigência relativa ao cálcio e ao fósforo é a mesma para
quase todas as espécies. Também deve-se considerar que a diferença existentes
dentro de um grupo constituído de indivíduos de uma mesma espécie ação de
uma são, muitas vezes, maiores do que as diferenças que ocorrem entre as
espécies.

Outra semelhança considerável é que a digestão e a assimilação de energia


e nutrientes têm 80 a 90% de chance de ocorrer no intestino delgado,
independente se é uma espécie herbívora, carnívora ou onívora. O intestino
delgado é, portanto, o componente mais importante do trato digestivo e é
semelhante em todas as espécies. Além disso, órgãos como o fígado e o pâncreas
são extremamente adaptáveis.

Independente da dieta fornecida seja volumoso (capim), frutas ou carne, o


que muitas vezes é ignorado é a forma de apreensão de cada espécie que, por
sua vez, define o que o animal consome e se essa digestão será lenta ou rápida.
No entanto, apesar das semelhanças entre os animais, diferenças consideráveis
existem.

As aves, por exemplo, apresentam adaptações físicas, fisiológicas e


comportamentais específicas que indicam como esses animais se alimentam.
Bicos especializados, garras, tipo de língua, etc que mostram que, à medida que
41

se aprofunda o conhecimento, aparecem muitas peculiaridades nutricionais. Por


exemplo, o excesso de ferro para tucanos pode levar ao óbito por uma doença
chamada hemocromatose.

Para que um animal possa digerir um alimento é preciso, em primeiro lugar,


retirar a água da dieta. No entanto, a maioria das dietas consiste de teores
altíssimos de água coloidal, ou seja, presa aos alimentos. Altos índices de
umidade na dieta podem diluir os nutrientes oferecidos e, conseqüentemente,
inviabilizar a ingestão por parte dos animais. É o caso de dietas ricas em frutas e
legumes. Por outro lado, se a base da dieta são rações secas, a água deve estar
disponível o tempo inteiro para melhorar o consumo. Um erro muito comum é
alimentar um animal considerado frugívoro com uma dieta rica em frutas
convencionais, dessas destinadas à alimentação humana.

Os frutos na natureza são ricos em matéria seca e nutrientes específicos


que sustentam nutricionalmente essas espécies e a maior parte dos frutos
consumidos por nós, seres humanos, são ricos em carboidratos e água.

Outro fator importante que influencia diretamente o conteúdo nutricional da


dieta é a relação “emocional” que envolve, principalmente, técnicos, tratadores e
os animais. Quando a dieta é controlada pela emoção há a tendência de oferecer
apenas o que animal deseja e ingere mais. Muitas vezes esse padrão espalha-se
42

pelos demais animais e, em pouco tempo, as dietas estarão desbalanceadas


nutricionalmente e os animais mantidos sob um regime monótono diário.

Na natureza, os animais dispõem de uma grande variedade de itens na


dieta e passam a maior parte do tempo forrageando. A sazonalidade dos
alimentos impõe uma necessidade de diversificação da dieta e,
conseqüentemente, os animais são confrontados com a necessidade de
programar o seu ciclo de vida de acordo com a disponibilidade de energia e
proteína dos alimentos. Por isso, algumas espécies programam o nascimento de
seus filhotes para épocas de maior abundância de alguns nutrientes que serão
importantes para o crescimento e perpetuação da espécie.

Os animais em cativeiro, independente se onívoros, carnívoros ou


herbívoros dependem, exclusivamente, daquilo que oferecemos diariamente. Isso
não impede que algumas características possam surpreender como as fêmeas de
sagüis, por exemplo, que em épocas de reprodução em cativeiro procuram itens
mais ricos em cálcio e, se for fornecido um suplemento de cálcio avulso, elas
procurarão avidamente por esse suplemento.

Essa seleção pelos animais também pode ser prejudicial porque os


alimentos normalmente fornecidos são muito palatáveis e existe a tendência de
desenvolver algum tipo de preferência ao longo do tempo. Por isso, a dieta deve
ser o mais uniforme possível e a ração, como alimento principal, deve ser
fornecida separada dos demais itens da dieta.

De acordo com Robbins (1993), nutrição animal é o processo no qual o


animal procura e processa porções do seu ambiente químico externo para manter
funcionando seu metabolismo interno. Nesse sentido, considera-se que a
alimentação deve fazer parte de um processo de estímulos (apetite x saciedade)
que podem ou não oferecer os nutrientes em quantidade e qualidade adequados
para manter em funcionamento seu metabolismo interno. Por isso, os
conhecimentos básicos sobre cada nutriente e sua interação metabólica são
fundamentais para elaboração de uma dieta apropriada.
Quanto mais elaborado é o alimento, mais complexa é a digestão. A
saciedade e o apetite estão diretamente relacionados com o esvaziamento
43

gástrico. Quanto mais tempo o alimento permanecer no trato gastrointestinal mais


tempo levará o organismo para sentir “falta” de novos alimentos.
A digestibilidade, por sua vez, está diretamente relacionada ao conteúdo
nutricional dos alimentos. Quanto mais gorduroso o alimento, mais tempo levará
para ser digerido. Carboidratos estruturais (forragens) dependem de
microorganismos, presentes no TGI de animais herbívoros, para obtenção dos
nutrientes. Já os carboidratos simples (açúcares) são mais facilmente digeridos.

Dietas peletizadas melhoram a digestibilidade da matéria orgânica, energia, cinzas


e proteína. A peletização melhora a eficiência alimentar devido à combinação de
umidade, calor e pressão, que gelatinizam ou rompem a estrutura das partículas
de alimentos, melhorando a utilização dos nutrientes. Nos carboidratos ocorre a
desagregação dos grânulos de amilose e amilopectina facilitando a ação
enzimática, e nas proteínas ocorre uma alteração nas estruturas terciárias
facilitando a digestão das mesmas.

Fatores externos como alta temperatura, reduzem o apetite e,


conseqüentemente, o consumo de alimentos. Os estímulos são importantes
porque intensificam sensações importantes para conferir uma maior aceitabilidade
da dieta:
Estímulo auditivo: normalmente desenvolvido em cativeiro, quando existe uma
determinada rotina de manejo, com horários pré-estabelecidos (som da porta do
cambiamento abrindo, da vasilha...)

Estímulo visual: alguns animais apreciam cores de determinados alimentos.


Iguanas e Jabutis têm preferência pela cor vermelha/alaranjada. É um ótimo
estímulo acrescentar beterraba, cenoura ou tomate ao alimento.

Estímulo gustativo: normalmente, os alimentos fornecidos para animais selvagens


em cativeiro são muito palatáveis. As frutas, carnes e rações oferecidas em
cativeiro são ricas em açúcares e gorduras que conferem maior palatabilidade.

Estímulo olfativo: alguns animais, como felinos, são extremamente estimulados


pelo cheiro do alimento. Isso influencia no manejo alimentar desses animais que
devem ter as rações trocadas diariamente.
44

Esses estímulos são importantes na fase de adaptação da dieta porque


podem ajudar o técnico a balancear melhor a dieta oferecida. Por exemplo,
acrescentar produtos de cor alaranjada para jabutis e iguanas pode estimulá-los a
ingerir a dieta. Produtos palatáveis como o mel pode ajudar na administração de
medicamentos e suplementos vitamínicos-minerais.

Outro fator relevante que deve ser considerado é a manutenção de grandes


grupos no mesmo recinto com características nutricionais diferentes. Isso
acontece muito com as aves. Além de prejudicar o balanceamento nutricional da
dieta, o estabelecimento de uma hierarquia entre indivíduos do mesmo grupo
influencia no consumo de cada um.

Essa prática pode ocasionar, inclusive, obesidade nos indivíduos que estão
no topo hierárquico porque tendem a consumir mais e consumir os produtos mais
palatáveis da dieta. Enquanto isso, os menos agressivos e submissos podem
passar fome. Por isso, a distribuição proporcional de comedouros e o fornecimento
do principal item alimentar separado dos demais é tão importante.

Preparar uma dieta não é tão simples quanto parece. Deve-se admitir que
não é possível esperar que os animais em cativeiro não são capazes de equilibrar
a sua própria dieta e que diversos fatores do manejo influenciam diretamente o
teor nutricional da dieta. Isso leva tempo e conhecimentos especializados. Por
isso, em um Cetas, o importante é recuperar o animal e destiná-lo o mais rápido
possível para que, em cativeiro ou na natureza, os animais possam receber dietas
nutricionalmente balanceadas ao longo da sua vida. Quanto mais tempo
permanecer no Cetas, maior a possibilidade de desenvolver problemas
45

nutricionais e, conseqüentemente, maior a necessidade de balancear as dietas e


estabelecer um manejo diferenciado que garanta de ingestão de nutrientes.

A seguir, como complemento ao estudo de nutrição, alguns conceitos


importantes sobre a evolução de carnívoros e herbívoros.

8.1. CARNÍVOROS

A história evolutiva dos vertebrados consiste em uma seqüência de


adaptações, cujo principal objetivo é a sobrevivência. Todo o animal necessita de
energia para seu crescimento, manutenção e reprodução. A evolução é um
processo oportunístico e, nessa perspectiva, a ordem Carnívora está relacionada à
predação, incluindo uma grande variedade de espécies, de tamanhos e pesos
distintos, adaptadas à ingestão de presas de diferentes tamanhos. Isso não
significa que todas as espécies integrantes dessa Ordem se alimentem
exclusivamente de presas.

A Ordem Carnívora compreende todos os mamíferos que, originalmente,


evoluíram como predadores, porém, as diversas adaptações ocorridas resultaram
em um número distinto de linhagens – as Famílias – cada qual com suas próprias
características relacionadas ao próprio habitat, ao modo de vida, ao tipo de
alimentação e às técnicas de captura. Algumas vezes, dentro de uma mesma área
geográfica, são encontrados animais de diferentes famílias consumindo os
mesmos itens alimentares, indicando que a base ecológica e geográfica foi
fundamental para determinar os hábitos alimentares e separar as espécies em
famílias distintas:

Família 1 – Canidae – cães doméstico e selvagens, lobos e raposas.


Carnívoros de médio porte. Alimentam-se principalmente de tecido muscular
(presas), mas não exclusivamente. Possuem dentes molares adaptados à
ingestão de material vegetal. Os dentes caninos são desenvolvidos, mas não tão
especializados.

Família 2 – Ursidae – Ursos. São extremamente onívoros e, mesmo com


seu grande tamanho, alimentam-se de frutos, nozes, tubérculos e insetos, além de
algumas presas de diferentes tamanhos.
46

Família 3 – Procionidae – 2 subfamílias – mão pelada, quati, jupará.


Animais onívoros, restritos ao Novo Mundo (exceto pandas).

Família 4 – Mustelidae – 5 subfamílias – irara, ariranha. De porte pequeno


a médio, são mais estritamente carnívoros que os canídeos.

Família 5 – Viverridae – 6 subfamílias – suricatas. Similares aos


mustelídeos no processo adaptativo e hábito alimentar. Animais de porte pequeno.

Família 6 – Hyaenidae – 2 subfamílias – hienas. Animais de grande porte,


alimentam-se de tecido muscular e material em decomposição. Dentes pré-
molares pesados e mandíbulas fortes.

Família 7 – Felidae – gatos doméstico e selvagens. Estritamente carnívoros.


Material vegetal compõem pequena parte da dieta. Mandíbulas pequenas e dentes
caninos extremamente adaptados.

A predação não está relacionada apenas à disponibilidade de alimentos.


Existem dois fatores que interferem na escolha da presa. O primeiro fator: a
palatabilidade. Não é possível considerar que todas as presas são igualmente
atrativas ao predador. O segundo fator é a experiência. A experiência conduz ao
aperfeiçoamento de técnicas capazes selecionar as presas. Gatos domésticos
ilustram bem esse fator. A maioria dos gatos possui dificuldade em predar aves,
porém, uma vez apreendida a técnica, tornam-se verdadeiros caçadores.
47

As diferenças entre as espécies facultativas ou estritamente carnívoras


podem ser ilustradas pela comparação do cão doméstico e do gato doméstico.
Muitos canídeos são onívoros, incluindo uma variedade de frutas e vegetais em
suas dietas. Em contraste, os felinos não demonstram nenhuma tendência
onívora, e todos são essencialmente predadores. Assim, estudos comprovam e
indicam diferenças marcantes nos requerimentos nutricionais dessas espécies e
no metabolismo dos nutrientes.

A diferença mais marcante ocorre no metabolismo do nitrogênio e


aminoácidos. Felinos em crescimento parecem requerer altos níveis de
aminoácidos essenciais e não-essenciais para compensar sua alta obrigatoriedade
em perdas de nitrogênio. Os felinos também são especialmente sensíveis à
deficiência de arginina, a qual produz rápida elevação dos níveis de amônia e
conseqüente nível tóxico. Essas particularidades metabólicas do gato parecem
adaptações à dieta natural, com elevados níveis de proteína.

A requisição relativamente alta dos níveis de metionina (e cistina) pelos


felinos reflete, em parte, a necessidade de precursores para a síntese de
aminoácidos sulfurados. Felinos possuem reduzida capacidade de sintetizar
taurina, freqüentemente excretam altas taxas de taurina na bile (como sais biliares
conjugados). Uma deficiência de taurina leva à degeneração da retina. Estudos
48

indicam que a taurina é um aminoácido essencial para tamanduás também. Em


ambiente natural, os felinos raramente encontram carboidratos em sua presa, por
isso, gatos domésticos não possuem enzima hepática glicolítica (glicoquinase),
presente em animais onívoros. Gatos podem digerir e utilizar carboidratos solúveis
por outras vias, essas espécies derivam a maior parte da glicose sanguínea por
meio de aminoácidos específicos, via gliconeogênese.

Felinos também requerem vitamina A pré-formada em sua dieta porque não


podem converter os carotenóides (b-caroteno) em vitamina A. Esta vitamina tem
relação estreita com a visão e a sua função fisiológica é claramente definida.
Quando a forma aldeído 11-cis-retinal combina-se com a b-opsina, produz a
rodopsina, que desempenha o processo de visão como resultado de uma reação
fotoquímica. A energia derivada desta reação é transportada para o cérebro via
nervos ópticos, sendo de intensidade proporcional à quantidade de luz captada
pelos olhos.

Dessa forma, a deficiência de vitamina A resulta em lenta adaptação ao


escuro e posterior cegueira noturna, devido à insuficiência dessa vitamina para a
ressíntese de rodopsina. A deficiência severa dessa vitamina pode causar
elevadas perdas de opsina que, associada a uma capacidade regenerativa, pode
levar a um dano irreversível nas células visuais, causando cegueira total. Outros
sinais clínicos variam entre as espécies, sendo comum a incidência da xeroftalmia
(olho seco) caracterizada pela secura da conjuntiva, inflamação córnea e
ulceração ocular. Além desse papel, a vitamina A está envolvida no
desenvolvimento ósseo, desempenho reprodutivo e queratinização dos tecidos
epiteliais.

Uma fonte dietética de niacina também é fundamental. Em outras espécies


de mamíferos estudadas, a conversão metabólica do aminoácido triptofano em
niacina pode suprir parcialmente seus requerimentos, no entanto, em felinos, essa
conversão não ocorre. A quantidade requerida de triptofano para a síntese de
niacina depende, primeiramente, da quantidade de triptofano na dieta e,
posteriormente, da eficiência de conversão. O status nutricional de proteína,
energia, vitamina B6, riboflavina e hormônios afetam um ou mais passos da
seqüência. A principal atuação da niacina está na forma de nicotinamida: NAD e
NADP, envolvidas na síntese e degradação de aminoácidos. Enzimas contendo
49

NAD e NADP são importantes elos nas séries de reações associadas com o
metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios e, especialmente importantes
nas reações metabólicas que fornecem energia para os animais. Como agentes
transferidores de hidrogênio, possui papel importante nas reações metabólicas
que fornecem energia para os animais.

Os mamíferos são capazes de obter gordura da dieta e sintetizar a maioria


dos ácidos graxos necessários. Contudo, eles não são capazes de sintetizar todos
os ácidos graxos insaturados, denominados essenciais e que devem ser obtidos
pela dieta, uma vez que, são necessários para uma função fisiológica normal. O
ácido graxo linoleico (ou ômega-6) e seus derivados são considerados como
essenciais, porque o seu derivado ácido araquidônico é precursor de
prostaglandinas e leucotrienos, diretamente envolvidos na resposta inflamatória.

Outro ácido, alfa-linoleico (ou ômega-3) também resulta em resposta


inflamatória, de maneira menos intensa. Ambas as rotas bioquímicas utilizam as
mesmas enzimas, no entanto, a intensidade da resposta inflamatória é
dependente das quantidades relativas de ácidos graxos dos tipos ômega-6 ou
ômega-3, predomínios dos ácidos do tipo 6 resultará em uma condição pré-
inflamatória. À medida que a concentração de ácidos ômega-3 aumenta, a
resposta inflamatória tende a diminuir. Os gatos não podem fazer a conversão final
para araquidônico, por não possuírem as enzimas necessárias. A proporção ideal
de ácidos graxos do tipo 6 e 3 é de 5:1 a 7:1, respectivamente.

A descrição sobre a carnivoria pode ser extrapolada para aves e répteis.


Embora os estudos não estejam bem definidos, as deficiências marcantes de uma
dieta estritamente à base de carne, atingem qualquer animal que se alimente dela.
Por isso, a suplementação, o oferecimento de vísceras e presas inteiras é
fundamental para equilibrar a dieta de qualquer animal carnívoro.

8.2 HERBÍVOROS

Em razão de a energia disponível para os microrganismos do trato


gastrointestinal corresponder a uma porção significativa da energia contida nas
plantas, os herbívoros desenvolveram diferentes estratégias digestivas para
conseguir aproveitar essa energia. Essas estratégias envolveram principalmente
adaptações quanto aos padrões de comportamento alimentar, à morfologia do
50

aparelho bucal e às glândulas salivares (VAN SOEST, 1994). Paralelamente, as


plantas evoluíram através da obtenção de estruturas mais rígidas, pela variação
na composição química e distribuição espacial da parede celular nos tecidos
(JUNG e ALLEN, 1995), gerando componentes secundários como os taninos, os
glicosídeos, os alcalóides e os nitratos; tentativas encontradas pelas plantas em se
defenderem da apreensão seletiva por parte dos herbívoros.

Baseado no comportamento de pastejo, HOFFMAN (1989) propõe a


classificação dos ruminantes em três categorias: seletivos, não seletivos e os
intermediários entre essas duas categorias. Das, aproximadamente, 150 espécies
de ruminantes (incluindo as seis espécies domésticas), apenas 25% são do tipo
não seletivo. As espécies seletivas caracterizam-se por consumirem
principalmente plantas dicotiledôneas. Por possuírem maior quantidade de
bactérias não fibrolíticas, esses animais estão mais adaptados a consumir
alimentos ricos em conteúdo celular, enquanto os não seletivos podem consumir
alimentos com maior teor de parede celular, caracterizando uma predominância de
bactérias fibrolíticas.

Limitações na digestibilidade foram e são importantes, já que a maioria das


fontes vegetais contêm proporções variáveis de nutrientes não disponíveis. Esse é
um dos fatores principais que impõem mudanças adaptativas no comportamento e
nas estratégias nutricionais dos ruminantes. A disponibilidade de energia na planta
e a quantidade de alimento ingerido são processos interativos e competitivos, que
levam ao binômio tempo de retenção e eficiência de extração (VAN SOEST,
1995). Os ruminantes silvestres são adaptados a quase todos os biomas do
mundo e, apesar de existir uma pressão seletiva para que animais de pequeno
51

porte sejam mais seletivos que animais de grande porte, a massa corporal não é
indicativa do hábito alimentar da espécie (HOFMANN, 1991).

MYSTERUD (1998) estudou 18 ruminantes, entre silvestres e domésticos,


avaliando o tamanho do animal e o tipo de alimentação com o grau de atividade de
cada animal. O grau de atividade reduz alometricamente com o aumento do peso
vivo, sendo também uma maneira de influenciar o tipo de alimentação. Os
seletivos e os não seletivos apresentaram a mesma atividade, sendo que os
intermediários foram mais ativos que os dois, provavelmente pela possibilidade de
variar o tipo de alimentação. GRAND (1997) relacionou massa muscular com
habitat, especialização da dieta e estrutura social, mostrando algumas diferenças
entre as espécies com hábitos alimentares diferentes.

8.2.1 Não seletivos

A base para a classificação dos ruminantes foi elucidada através do estudo


morfofisiológico clássico de HOFMANN (1989) onde, baseado no
comportamento de pastejo, propõe a divisão dos ruminantes nas categorias
seletivos, não seletivos e os intermediários entre elas. As espécies dessa
categoria pouco seletiva, adaptada ao consumo de forrageiras grosseiras e de
52

baixo valor nutricional, são encontradas, na sua grande maioria, na Europa e Ásia,
sendo em menor número na região Africana (HOFMANN, 1989).

Os animais não seletivos possuem grande capacidade digestiva (rúmen-


retículo ocupa cerca de 25% do peso vivo). O focinho largo e os incisivos planos
permitem ingerir elevadas quantidades de forrageiras em qualquer época do ano.
As glândulas salivares são menores e a saliva não se liga a taninos complexos. A
forma dos molares acomoda maior quantidade de alimento friccionando-o
enquanto consumido.

Ruminantes não seletivos alternam longos períodos de pastejo com longos


períodos de ruminação, alimentando-se cerca de 3 vezes ao dia, o que confere
também uma medida de segurança em vida livre, uma vez que as forrageiras,
apesar de abundantes, não oferecem proteção contra predadores. A taxa de
passagem dos alimentos é lenta para um melhor aproveitamento dos nutrientes.
São bons digestores do amido encontrado nos grãos (sementes das forrageiras), o
que pode ter um efeito positivo na digestão da fibra, especialmente quando a esse
carboidrato é adicionada uma boa fonte de proteína degradável; o omaso é
evidente, tendo função ativa na
absorção de água e eletrólitos; a
produção de HCl no abomaso é
pequena, se comparada aos
animais seletivos, e o intestino
grosso é pequeno e com pouca
ação fermentativa (HOFMANN,
1989).

8.2.2 Seletivos

Os seletivos constituem 40% das


espécies ruminantes e são encontrados, em sua grande maioria, no leste Africano
(HOFMANN, 1989). No entanto, todos os herbívoros ruminantes da fauna
brasileira são considerados seletivos. De uma forma geral, são adaptados à
digestão de nutrientes solúveis, isto é, basicamente os carboidratos de reserva
encontrados nas forrageiras; o focinho é longo e estreito e os dentes incisivos e
molares facilitam a apreensão dos alimentos. A posição dos molares não permite
53

que haja acúmulo de alimento na boca e, por isso, a frequência circadiana alterna
períodos curtos de pastejo e ruminação, podendo o animal se alimentar até 18
vezes ao dia. Isso é possível, porque, ao contrário dos animais não seletivos, se
alimentam em vida livre, em áreas protegidas contra os predadores.

Altas taxas de produção de ácidos graxos voláteis (AGV) no rúmen desses


animais seletivos estão associadas à alta superfície absortiva do rúmen e a uma
intensa atividade das glândulas salivares. Essas glândulas podem ser
consideradas como necessárias para tamponar uma grande produção de AGV,
mas também representam uma adaptação especial na ligação com taninos, que
ocorrem em muitas plantas ingeridas. FICKEL et al. (1999) encontraram um novo
método de avaliação da capacidade relativa de formação de pontes com o tanino
das proteínas salivares. Com isso, foram capazes de observar que cerca de 50%
do complexo tanino-proteína é destruído quando entra em contato com a saliva
serosa.
O omaso diminui em peso e eficiência absortiva, à medida que o animal
passa de não seletivo para seletivo; conseqüentemente, observa-se uma redução
na capacidade e no peso do estômago, uma subdivisão menor e uma taxa maior
de passagem do alimento. No rúmen, a capacidade absortiva tende a aumentar,
uma vez que a retenção do alimento, nesse compartimento, é curta; não possuem
acesso aos grãos e, por isso, podem apresentar problemas ao digeri-los. No
entanto, são excelentes digestores de açúcares simples.

No inverno, os ruminantes seletivos adaptam-se a digerir fibras de pior


qualidade, porém, o sítio principal de digestão dessas forragens é o intestino
grosso e não o rúmen. Com isso, o abomaso possui maior atividade como digestor
químico. Maior quantidade de HCl é produzida para (1) neutralizar a alcalinidade
da saliva, carreando a passagem de nutrientes solúveis; (2) digerir microrganismos
ruminais; (3) providenciar pH adequado para a atividade da pepsina; (4) solubilizar
Ca e P provenientes das plantas; (5) quebrar o complexo tanino-proteína,
protegendo as proteínas vindas de processos adaptativos das plantas e, (6)
solubilizar a hemicelulose ingerida (HOFMANN, 1989).

O intestino grosso propicia o tempo necessário para retenção da matriz


fibrosa e absorção de água e eletrólitos. Como as funções são mais definidas, as
54

mucosas, tanto do abomaso como do intestino, tendem a ser mais densas que nos
animais não seletivos.

8.2.3 Intermediários ou Oportunistas

Os 35% restantes dos ruminantes, representam os intermediários que, na


sua maioria, marcam seu grau de seletividade de acordo com a qualidade da
forragem existente. Podem ser encontrados em grandes quantidades nos
continentes europeu, asiático e africano. São chamados de oportunistas, porque
podem variar suas exigências nutricionais de acordo com a sazonalidade do ano,
podendo “programar” as melhores épocas para reprodução e lactação. Quando as
pastagens lignificam, passam a consumir flores, frutos e sementes, reduzindo seu
metabolismo, assim como a ingestão de alimentos. Durante o ano, enquanto as
forragens são de boa qualidade, aumenta sua capacidade rumino-reticular em até
300%. Ingerem até 15% do peso vivo, para acumular a gordura necessária para
sobreviverem na época de escassez de alimento. Nessa época, a superfície
absortiva do rúmen reduz de 30 a 50%, e contam com um depósito de gordura
corporal de cerca de 15 a 20% (HOFMANN, 1989).

Crescimento microbiano em ruminantes


55

A complexidade do aparelho digestivo dos ruminantes torna esses animais


de grande interesse para o ser humano, especialmente pelo seu potencial em
aproveitar alimentos pouco usuais na alimentação de animais não ruminantes e do
próprio homem. Isso se deve a uma adaptação evolutiva desses herbívoros para
digerir carboidratos estruturais fibrosos, que não podem ser degradados com
eficiência pelas enzimas gástricas e intestinais dos mamíferos. Em função desta
adaptação, eles se utilizam da população microbiana do rúmen por um processo
simbiótico, na preparação dos alimentos para a digestão química enzimática, que
ocorre no abomaso e no intestino delgado. Em razão desse mecanismo simbiótico,
o fornecimento de rações para esses animais deve ter como objetivo propiciar um
ambiente ruminal, que permita maximizar o crescimento microbiano (ALDRICH e
AKEY, 1997) e, consequentemente, permitir o melhor desempenho animal.

Existem três ambientes ruminais interrelacionados, nos quais os


microrganismos estão localizados. O primeiro ambiente é a fase líquida, onde
grupos de microrganismos livres no fluído ruminal se utilizam de carboidratos e
proteínas solúveis como substrato, correspondendo a, aproximadamente, 25% da
biomassa microbiana. No segundo, cerca de 5% dos microrganismos estão
aderidos às células do epitélio ruminal e aos protozoários. O terceiro e último
ambiente é a fase sólida, onde grupos de microrganismos associados ou aderidos
às partículas de alimento digerem polissacarídeos, como amido e celulose, assim
como proteínas menos solúveis, correspondendo a cerca de 70% da biomassa
microbiana (ISHLER et al., 1996).

O crescimento microbiano é função, primeiramente, da quantidade e da


taxa de digestão de carboidratos no rúmen (HOOVER e STOKES, 1991), pois
vários estudos (McCARTHY et al., 1989, HERRERA-SALDAÑA et al., 1991,
ALDRICH et al., 1993) têm demonstrado que o crescimento microbiano aumenta
com o fornecimento de carboidratos de fácil fermentação comparativamente ao
uso de carboidratos de fermentação lenta. Entretanto, a redução do pH, como
consequência do uso de carboidratos de fermentação rápida, é tido como um dos
principais fatores a influenciar no crescimento (SNIFFEN e ROBINSON, 1987) e
na composição (ISHLER et al., 1996) da microbiota ruminal.

As bactérias precisam de um tempo de geração menor que a taxa de


renovação da digesta ruminal, para que a população seja mantida no rúmen
56

(CHURCH, 1988). Uma vez que a taxa de passagem da fase sólida é muito menor
que a da fase líquida no rúmen, as espécies de crescimento lento têm que se
aderir às partículas do material, para que não sejam removidas do rúmen (VAN
SOEST, 1994). Isso tem especial importância para dietas à base de forragens,
cujo tempo de permanência no rúmen é maior. A permanência maior facilita a
colonização e a digestão da parede celular (BONDI, 1988), sendo a taxa de
passagem, portanto, um importante fator a afetar o crescimento microbiano.

O crescimento microbiano também sofre influência da fonte de nitrogênio,


posto que bactérias celulolíticas necessitam de amônia como fonte desse nutriente
em níveis adequados, para garantir máximo crescimento da microbiota (MEHREZ
et al. 1977). Além de nitrogênio, o crescimento microbiano eficiente exige um
adequado suprimento de energia, fósforo e enxofre (ØRSKOV, 1988).

8.3. Considerações práticas sobre a dieta de Primatas Onívoros

A alimentação de primatas onívoros na natureza é caracterizada pela


variedade de itens alimentares, de origem animal e vegetal, que participam da
dieta diária dos animais. Analisando o comportamento de 131 espécies de
primatas na natureza, Harding (1981) observou que 90% das espécies consumiam
frutos, 79% folhagens novas, 65% invertebrados, 41% sementes e 37%
consumiam alimentos de origem animal, incluindo ovos. Pequenos primatas do
gênero Callithrix caracterizam-se por uma dieta rica em invertebrados e goma.
Fisiologicamente são adaptados para esse tipo de dieta. Auricchio (1995)
observou que a dieta desses animais na natureza é composta de 45% goma, 35%
frutos e sementes e 15% de alimentos de origem animal (vertebrados e
invertebrados).
57

É importante ressaltar que a goma é um polissacarídeo rico em cálcio


utilizado pelos sagüis, principalmente, em época de escassez de alimento, que
complementa a dieta à base de invertebrados, que são pobres em cálcio. Essa
observação é importante porque em cativeiro muitos animais recebem
quantidades elevadas de insetos em suas dietas sem qualquer suplementação.
Uma alternativa para suplementação desses invertebrados é submete-los à uma
dieta rica em cálcio (ração para aves postura + carbonato de cálcio até atingir o
nível de 8% de cálcio na mistura) dois dias antes do oferecimento aos sagüis,
dessa maneira, o cálcio se concentrará no tubo digestivo e os animais estarão
com sua relação cálcio:fósforo aceitável para o consumo dos sagüis.
58

Os frutos consumidos na natureza pelos animais possuem composição


nutricional diferente daqueles que são utilizados em cativeiro. Na natureza os
frutos são mais protéicos e mais fibrosos ao contrário dos utilizados em cativeiro,
ricos em açúcar. Por isso, recomenda-se uma utilização limitada das frutas em
cativeiro. A alteração de algumas frutas constantemente é bastante apreciada
pelos animais, assim como, a utilização de legumes como cenoura, beterraba,
vagem, abóbora, berinjela, etc.

Os primatas são bastante seletivos. A recomendação para amenizar essa


seletividade é o fornecimento de alimentos mais uniformes e nutritivos logo pela
manhã, horário em que eles estão mais receptivos ao alimento.
59

A apresentação dos alimentos também é fator importante, uma vez que os


Callithrix não gostam de “sujar” as mãos com alimentos muito úmidos. Tendo
problemas de aceitação da vitamina, deve-se oferecer um substrato como o pão
integral para que facilite a apreensão. Muito não apreciam as frutas e legumes
misturados, uma alternativa é oferecer os alimentos separados em bandejas para
que os animais possam “escolher”.

O item mais importante na elaboração de uma dieta é o acompanhamento.


A avaliação das sobras, preferências alimentares, consistência das fezes, brilho do
pêlo e peso, são fundamentais para avaliação da dieta oferecida, por isso,
recomenda-se observações e anotações diárias.
60
61

9. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE RÉPTEIS

A classe dos Répteis pode ser dividida em 3 ordens: Squamata, Chelonia e


Crocodylia. Na ordem Squamata há 2 subordens. Na subordem Sauria, estão os
lagartos, teiús e iguanas. A alimentação é extremamente variada porque existe uma série
de fatores que influenciam o consumo. O comportamento alimentar varia de acordo com a
temperatura, a umidade e a incidência de luz que pode, estimular ou não o apetite e,
conseqüentemente, o consumo e a ingestão de nutrientes essenciais. Outra característica
é a alteração da alimentação de acordo com a idade (variação ontogênica). O exemplo
mais clássico é a Iguana comum (Iguana iguana) que, quando filhote, possui hábito
alimentar carnívoro/insetívoro e, quando adulta, passa à herbivoria. Essa alteração pode
estar associada com demandas maiores de proteína na dieta durante a fase de
crescimento. A subordem Ophidia (serpentes) compreende animais estritamente
carnívoros, no entanto, existe uma variedade de itens na dieta relacionada diretamente ao
ambiente onde esses animais vivem

A ordem Quelonia (Cágados, Jabutis e Tartarugas) compreende hábitos


alimentares diversos. A maior parte dos quelônios que chegam aos Cetas são jabutis
(Geochelone) e cágados (Trachemys, Hydromedusa, Phrynops e Podocnemis). Os jabutis
e os cágados se alimentam de uma grande variedade de itens na natureza e, em
cativeiro, é necessário oferecer, uma boa variedade de itens alimentares.

A ordem Crocodylia é composta por espécies estritamente carnívoras e oportunistas.


62

9.1. ORDEM SQUAMATA – SUBORDEM SAURIA

9.1.1. FAMÍLIA IGUANIIDAE

Iguanas são estritamente herbívoras e


dependem da fermentação microbiana no intestino
grosso para a digestão de material vegetal. Quando
jovens, as iguanas necessitam de cerca de 2x mais
energia e mais proteína do que as adultas e
possuem alta taxa de passagem do alimento pelo
trato gastrointestinal.

Um dos fatores mais importantes no fornecimento de uma dieta bem equilibrada é


a manutenção de uma relação (Ca: P) de 2 para 1. Outro fator importante é a exposição
dos animais à luz solar. Os raios UV são necessários para utilização do cálcio proveniente
da dieta. As iguanas produzem a vitamina D3 quando expostas a quantidades adequadas
dos raios UV e é essa vitamina D3 que auxilia na absorção do cálcio.

O que oferecer:

% Alimentos
40 – 45 Vegetais verdes: couve, chicória, mostarda, agrião, acelga
40 – 45 Outros vegetais: nabo, abóbora, abobrinha, brócolis, cenoura,
vagem, quiabo, batata doce, pimentão, cebola, ervilha, vagem,
pimentão, brotos, ervilhas
5 – 10 Ração peletizada para coelhos, grãos cozidos (arroz, feijão)
< 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, etc.
<5 Suplemento protéico: pellet de alfafa (alimento para coelhos)
<5 Alimentos ocasionais (ver item sobre cuidados)

Freqüência: Diária, de preferência, pela manhã. Para iguanas jovens – 2x ao dia. Iguanas
adultas – 1x ao dia. A temperatura do ambiente ideal para otimizar a ingestão e a digestão
dos alimentos é de, aproximadamente, 29,5º.

Tipo de Corte: Iguanas não mastigam, rasgam o alimento. Os alimentos podem ser
ralados.
63

Apresentação da dieta: os alimentos devem ser misturados para evitar a seleção de


itens específicos. As iguanas tendem a apreciar alimentos de cor alaranjada ou vermelha,
por isso, acrescentar tomate ou cenoura ou beterraba (ocasionalmente) à dieta pode ser
um bom estímulo ao apetite. Fornecimento deve ser feito em pratos ou vasilhames rasos.

Cuidados: Alguns alimentos contêm oxalatos e fitatos. São substâncias que se ligam
com o cálcio, inibindo-o de ser bem utilizado pelo organismo. Apesar de não existir
estudos da influência desses compostos na absorção de cálcio por iguanas, sugere-se
que não sirvam de base para a dieta. Ex. Espinafre, beterraba, folhas de beterraba, grãos
integrais, talo de aipo, couve, cenoura.

Outro cuidado importante é com os vegetais crucíferos que, quando oferecidos crus,
possuem substancias bociogências que interferem na absorção do iodo. Os principais
são: brócolis, repolho e couve-flor.

Não fornecer: Frutas cítricas (normalmente não são apreciadas), folhagens e flores não
cultivadas (exceto quando se tem pleno conhecimento da ingestão dessas plantas na
natureza). Para o animal adulto – proteína de origem animal (ovos, leite e derivados,
carne bovina, frango, insetos, etc.). Para o filhote, insetos podem ser oferecidos.

Suplementação: Se o animal tomar sol adequadamente e a dieta for bem variada, não há
necessidade de suplementação. Em alguns casos, uma suplementação com cálcio e
vitamina D3 pode ser necessária.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das condições
do ambiente. Difícil mensurar a necessidade energética. Fórmula padrão NEM = 32 x (PC)
0,77

Filhotes: A mesma dieta para adultos pode ser fornecida aos


filhotes aumentando a proporção de proteína na dieta com
insetos e ovo cozido. O aquecimento é extremamente
necessário nessa fase para otimizar a digestão dos
alimentos. O fornecimento deve ser diário, no mínimo, 2x ao
dia, em pequenas porções.
64

9.1. ORDEM SQUAMATA – SUBORDEM SAURIA

9.1.2. FAMÍLIA TEIIDAE

Teiús são onívoros. Estudos mostram uma grande


variedade de itens alimentares encontrados no
estômago de animais livres. Em um estudo específico
sobre frugivoria e dispersão de sementes por teiús,
Castro (2004) indica que Tupinambis merianae tem
potencial para agir como dispersor de sementes,
sendo muito provável ocorrer dispersão e germinação
de algumas espécies em ambientes naturais,
sugerindo uma maior atenção ao papel desses animais como dispersores de sementes
nas regiões tropicais. No entanto, Parry (2009), em um estudo específico sobre o
desempenho desta mesma espécie com uma alimentação à base de carboidratos, sugere
que a onivoria do teiú é mais oportunista e que a classificação mais indicada para a
espécie seria a de um onívoro limitado com tendência a carnivoria.

Estes estudos indicam que ainda estamos longe de conhecer a real necessidade
nutricional desses animais, no entanto, é necessário que a dieta seja fornecida de forma
mais diversificada possível.

O que oferecer:

% Alimentos
40 – 45 Produtos origem animal: carne bovina, frango e ovo (cozido)
20 – 25 Ração para gatos domésticos
20 – 25 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, etc.
5 Suplemento cálcio para a carne
5 – 10 Animais de biotério
10 – 15 Outros vegetais: nabo, abóbora, abobrinha, brócolis, cenoura,
vagem, quiabo, batata doce, pimentão, cebola, ervilha, vagem,
pimentão, brotos, ervilhas

Freqüência: Diária, de preferência, pela manhã. A temperatura do ambiente ideal para


otimizar a ingestão e a digestão dos alimentos é de, aproximadamente, 29,5º.
65

Tipo de Corte: Pequenos pedaços

Apresentação da dieta: os alimentos devem ser misturados para evitar a seleção de


itens específicos. Fornecimento deve ser feito em pratos ou vasilhames rasos.

Cuidados: Com a desproporção dos alimentos e a temperatura do ambiente no momento


da alimentação.

Não fornecer: Ovo cru. A clara de ovo contém uma proteína chamada de avidina, que se
liga a biotina muito fortemente (muito ativamente). O cozimento da clara de ovo desnatura
a avidina e abole a atividade de ligação à biotina.

Suplementação: Carbonato de cálcio – 15g/kg carne oferecida.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das condições
do ambiente. Difícil mensurar a necessidade energética. Fórmula padrão NEM = 32 x (PC)
0,77

Filhotes: A mesma dieta para adultos pode ser fornecida aos filhotes aumentando a
proporção de proteína na dieta com ração para filhotes de gato e ovo cozido. O
aquecimento é extremamente necessário nessa fase para otimizar a digestão dos
alimentos. O fornecimento deve ser diário, no mínimo, 2x ao dia, em pequenas porções.
66

9.2. ORDEM SQUAMATA – SUBORDEM OPHIDIA

A subordem Ophidia (serpentes) compreende


animais estritamente carnívoros, no entanto, existe
uma variedade de itens na dieta relacionada
diretamente ao ambiente onde esses animais
vivem. Animais de hábitos semi-aquáticos terão em
sua dieta presas como peixes, aves, mamíferos e
répteis. O exemplo mais comum é o da sucuri
(Eunectes sp.). As espécies com hábitos mais arborícolas alimentam-se mais de aves e
assim por diante. Em geral todas aderem bem à dieta em cativeiro (biotério). As espécies
que mais preocupam são àquelas com hábitos alimentares altamente especializados
como: Xenodon (anfíbios), Micrurus (ofiógadas) e Sibynomorphus e Dypsas (moluscos).
No caso de impossibilidade de soltura em um curto espaço de tempo, a alimentação por
sonda pode ser necessária.

O que oferecer:

% Alimentos
100 Animais de biotério, preferencialmente adultos

Freqüência: Semanal ou quinzenal, dependendo da idade do animal. Quanto mais jovem


maior a demanda por alimento em menor intervalo de tempo. Animais mais velhos podem
se alimentar a cada 3 semanas. Caso a serpente regurgite, aguardar cerca de 3 a 4 dias e
tentar novamente. Nesses casos, é importante observar a temperatura do ambiente.
Mesmo que a serpente se alimente em dias quentes, mudanças bruscas de temperatura
podem fazê-la regurgitar por não ter condições metabólicas para digerir o alimento.

Tipo de Corte: Presa inteira, preferencialmente em peso equivalente à quantidade ideal


para a alimentação. Lembre-se que os répteis precisam economizar “energia” e o ato de
se alimentar demanda grande parte dessa energia. É preciso otimizar esse momento
fornecendo presas apropriadas em peso e tamanho para cada espécie de serpente.

Apresentação da dieta: A presa deve ser fornecida individualmente. As serpentes devem


ser separadas no momento da alimentação.

Cuidados: Principalmente com o manejo alimentar. Se a serpente não ingerir o alimento


em 10 a 15 minutos, a presa deve ser retirada e oferecida em outra oportunidade.
67

Ferimentos graves por mordidas podem acometer as serpentes ao deixar a presa no


recinto. Caso, em um prazo de 1 a 2 semanas, a serpente continuar sem se alimentar,
algo pode estar errado.

Outra consideração importante é com relação ao estado de saúde dos animais


mantidos no biotério. A saúde da serpente está intimamente relacionada à saúde do
biotério. Por isso, exames periódicos, limpeza diária e alimentação adequada dos animais
de biotério são medidas preventivas importantes.

Não fornecer: Animais muito jovens, exceto para jovens serpentes. Os maiores
problemas de desnutrição com serpentes podem estar associados ao tipo de presa que
eles consomem. Se a serpente se alimenta exclusivamente de aves, oferecer codornas é
uma melhor alternativa ao pintinho. Neonatos estão em formação e possuem diferenças
significativas nos teores nutricionais.

Suplementação: Quando necessário, administrar na presa antes do fornecimento.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das condições
do ambiente. Em média, 10% PV. Difícil mensurar a necessidade energética. Fórmula
padrão NEM = 32 x (PC) 0,77

Valores nutricionais das principais presas oferecidas:


68

9.3. ORDEM QUELÔNIA

9.3.1. Quelônios terrestres (Gênero Geochelone)

Jabutis são preferencialmente herbívoros com


pequenas quantidades de proteína animal na dieta.
Possuem fermentação microbiana no intestino grosso
(cólon) para a digestão de material vegetal. Na
natureza, alimentam-se de folhas, flores, frutos,
gramíneas, invertebrados, carcaças e outros
alimentos que encontram no solo. A dieta em cativeiro
deve conter um alto teor de fibra, baixo teor de gordura, além de boas fontes de proteína
animal e cálcio. Alimentos muito gordurosos e protéicos podem causar, em longo prazo,
doenças nutricionais como a lipidose hepática e gota úrica. Necessitam de exposição à
luz do sol para produção da vitamina D. A coprofagia é um comportamento comum e não
significa, necessariamente, uma carência nutricional. Os filhotes precisam de maior
quantidade de energia, proteína, cálcio e fósforo na dieta.

O que oferecer:

% Alimentos
40 – 45 Vegetais verdes: couve, chicória, mostarda, agrião, acelga
30 – 35 Outros vegetais: nabo, abóbora, abobrinha, brócolis, cenoura,
vagem, quiabo, batata doce, pimentão, cebola, ervilha, vagem,
pimentão, brotos, ervilhas, etc.
10 – 15 Ração própria para Jabutis. A ração para coelhos pode ser
utilizada caso não seja possível fornecer a ração para Jabutis.
10 - 15 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, tomate, laranja, etc.
<5 Suplemento protéico: ovo cozido e carnes magras

Freqüência: Diária, de preferência, pela manhã. Para jabutis jovens – 2x ao dia. Jabutis
adultos – 1x ao dia. A temperatura do ambiente ideal para otimizar a ingestão e a digestão
dos alimentos é de, aproximadamente, 29,5º.

Tipo de Corte: Jabutis não mastigam, rasgam o alimento. Os alimentos podem ser
ralados.
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Apresentação da dieta: os alimentos devem ser misturados para evitar a seleção de


itens específicos. Os Jabutis tendem a apreciar alimentos de cor alaranjada ou vermelha,
por isso, acrescentar tomate ou cenoura ou beterraba (ocasionalmente) à dieta pode ser
um bom estímulo ao apetite. Fornecimento deve ser feito em pratos ou vasilhames rasos.

Cuidados: Alguns alimentos contêm oxalatos e fitatos. São substâncias que se ligam
com o cálcio, inibindo-o de ser bem utilizado pelo organismo. Apesar de não existir
estudos da influência desses compostos na absorção de cálcio por jabutis, sugere-se que
não sirvam de base para a dieta. Ex. Espinafre, beterraba, folhas de beterraba, grãos
integrais, talo de aipo, couve, cenoura.

Outro cuidado importante é com os vegetais crucíferos que, quando oferecidos crus,
possuem substancias bociogências que interferem na absorção do iodo. Os principais
são: brócolis, repolho e couve-flor.

Não fornecer: Excesso de proteína animal e alimentos gordurosos como ração para cães
ou gatos. Grande quantidade de alimentos ricos em potássio (p.ex. banana). Abaixo, um
experimento mostrando o desenvolvimento de dois indivíduos de jabutis criados com
dietas ricas e pobres em potássio. Claramente, o crescimento do filhote foi afetado pela
dieta rica em potássio (filhote à direita)

Suplementação: Se o animal tomar sol adequadamente e a dieta for bem variada, não há
necessidade de suplementação. Em alguns casos, uma suplementação com cálcio e
vitamina D3 pode ser necessária. Uma deficiência nutricional comum em quelônios é a
70

hipovitaminose A, causando problemas oftálmicos, respiratórios ou renais. Nesses casos,


a suplementação é necessária.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das condições
do ambiente. Difícil mensurar a necessidade energética.

Fórmula padrão NEM = 32 x (PC) 0,86

Filhotes: A mesma dieta para adultos pode ser


fornecida aos filhotes aumentando a proporção
de proteína na dieta com ração para aves em
crescimento e ovo cozido. O aquecimento é
extremamente necessário nessa fase para
otimizar a digestão dos alimentos. O
fornecimento deve ser diário, no mínimo, 2x ao
dia, em pequenas porções.
71

9.3. ORDEM QUELÔNIA

9.3.2 Quelônios aquáticos onívoros (Gêneros Trachemys, Podocnemis e


Kinosternon)

A dieta de Quelônios aquáticos onívoros


deve conter itens equilibrados de origem animal e
vegetal. Em vida livre, alimentam-se de plantas
aquáticas, folhas, flores, frutos, invertebrados e
peixes. A dieta em cativeiro deve uma boa fonte
de proteína animal, cálcio e quantidades
moderadas de gordura. Necessitam de exposição
à luz do sol para produção da vitamina D. Os
filhotes precisam de maior quantidade de energia, proteína, cálcio e fósforo na dieta.
Existe uma grande dificuldade em alimentar os animais na água, por isso, as rações
próprias para quelônios aquáticos são a melhor opção para manter uma dieta equilibrada.

O que oferecer:

% Alimentos
85 – 100 Ração própria para Quelônios aquáticos
>5 Gammarus ou carne crua bovina ou frango
10 – 15 Vegetais verdes: chicória, couve, acelga, bertalha, mostarda
5 – 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, tomate, laranja, etc.

Freqüência: Diária, de preferência, pela manhã e à tarde. A temperatura do ambiente


ideal para otimizar a ingestão e a digestão dos alimentos é de, aproximadamente, 29,5º.

Tipo de Corte: Quelônios não mastigam, rasgam o alimento. Frutas e verduras podem
ser fornecidas em pedaços médios.

Apresentação da dieta: as frutas e as carnes podem ser colocadas em pedaços


pequenos próximos à água e as folhagens colocadas inteiras na água. A ração pode ser
distribuída diretamente na água, assim como o gammarus.

Cuidados: Se a dieta contiver grande quantidade de frutas, verduras e carnes, observar a


troca de água sempre que o animal acabar de comer. Caso não tenha disponibilidade de
conseguir a ração própria para quelônios aquáticos, pequenas quantidades de ração
canina podem ser fornecidas, 2x na semana. Neste caso, aumenta-se a proporção dos
72

demais itens na dieta e a suplementação com carbonato de cálcio na carne torna-se


essencial.

Não fornecer: Excesso de alimentos. O ideal é que não sobre alimentos para que as
sobras não fiquem depositadas no fundo do lago.

Suplementação: Se o animal tomar sol adequadamente e a dieta for bem variada, não há
necessidade de suplementação. Em alguns casos, uma suplementação com cálcio e
vitamina D3 pode ser necessária. Uma deficiência nutricional comum em quelônios é a
hipovitaminose A, causando problemas oftálmicos, respiratórios ou renais. Nesses casos,
a suplementação é necessária. Se a base da proteína animal for carne bovina ou frango,
adicionar 15g de carbonato de cálcio/ kg de carne e nunca jogar a carne dentro da água
para que a suplementação não se perca.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das condições
do ambiente. Difícil mensurar a necessidade energética.

Fórmula padrão NEM = 32 x (PC) 0,86

Filhotes: A mesma dieta para adultos pode ser fornecida


aos filhotes aumentando a proporção de proteína na dieta
com ração própria para filhotes. Caso a ração fornecida seja
de cães, substituir por cães filhotes 3x na semana e
aumentar a proporção de carnes suplementadas. O

aquecimento é extremamente necessário nessa fase para


otimizar a digestão dos alimentos. O fornecimento deve ser
diário, no mínimo, 2x ao dia, em pequenas porções.

- Filhote de Trachemys com hipovitaminose A


73

9.3. ORDEM QUELÔNIA

9.3.3. Quelônios aquáticos carnívoros (Gêneros Acantochelys, Chelus,


Hydromedusa, Phrynops e Rynoclemys)

Quelônios aquáticos carnívoros, como o


próprio nome indica, necessitam em sua
dieta de quantidades elevadas de
proteína animal. A dieta em cativeiro
deve uma boa fonte de proteína animal,
cálcio e quantidades mais elevadas de
gordura. Necessitam de exposição à luz
do sol para produção da vitamina D. Os
filhotes precisam de maior quantidade de energia, proteína, cálcio e fósforo na dieta.
Existe uma grande dificuldade em alimentar os animais na água, por isso, as rações
próprias para quelônios aquáticos são a melhor opção para manter uma dieta equilibrada.

O que oferecer:

% Alimentos
80 – 90 Ração própria para Quelônios aquáticos
10 – 20 Gammarus ou carne crua bovina ou frango

Freqüência: 4 a 5 vezes na semana. A temperatura do ambiente ideal para otimizar a


ingestão e a digestão dos alimentos é de, aproximadamente, 29,5º.

Tipo de Corte: Pedaços médios. Ração inteira.

Apresentação da dieta: as carnes podem ser colocadas em pedaços médios próximos à


água. A ração pode ser distribuída diretamente na água, assim como o gammarus.

Cuidados: Se a dieta contiver grande quantidade de carnes, observar a troca de água


sempre que o animal acabar de comer. Caso não tenha disponibilidade de conseguir a
ração própria para quelônios aquáticos, sugere-se a ração para gatos domésticos que
podem ser fornecidas, 2x na semana. Neste caso, aumenta-se a proporção dos demais
itens na dieta e a suplementação com carbonato de cálcio na carne torna-se essencial.

Não fornecer: Excesso de alimentos. O ideal é que não sobre alimentos para que as
sobras não fiquem depositadas no fundo do lago.
74

Suplementação: Se o animal tomar sol adequadamente e a dieta for bem variada, não há
necessidade de suplementação. Em alguns casos, uma suplementação com cálcio e
vitamina D3 pode ser necessária. Uma deficiência nutricional comum em quelônios é a
hipovitaminose A, causando problemas oftálmicos, respiratórios ou renais. Nesses casos,
a suplementação é necessária. Se a base da proteína animal for carne bovina ou frango,
adicionar 15g de carbonato de cálcio/ kg de carne e nunca jogar a carne dentro da água
para que a suplementação não se perca.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das condições
do ambiente. Difícil mensurar a necessidade energética. Fórmula padrão NEM = 32 x (PC)
0,86

Filhotes: A mesma dieta para adultos


pode ser fornecida aos filhotes
aumentando a proporção de proteína na
dieta com ração própria para filhotes.
Caso a ração fornecida seja de gatos,
substituir por gatos filhotes 3x na
semana e aumentar a proporção de
carnes suplementadas. O aquecimento
é extremamente necessário nessa fase
para otimizar a digestão dos alimentos.
O fornecimento deve ser diário, no mínimo, 2x ao dia, em pequenas porções.
75

9.4. ORDEM CROCODYLIA

Jacarés são estritamente


carnívoros. Em vida livre, são
considerados predadores
oportunistas e alimentam-se de
qualquer animal vivo. Os filhotes
alimentam-se de crustáceos,
gastrópodes, répteis menores,
pequenos peixes e, principalmente
insetos, demonstrando preferência
por alimento vivo. A dieta em
cativeiro não precisa ser composta por presas vivas, mas deve uma boa fonte de proteína
animal, cálcio e quantidades moderadas de gordura.

O que oferecer (Laboratório de Ecologia Animal da ESALQ/USP):

% Alimentos
50 Carne bovina
35 Frango
15 Peixe

Freqüência: Filhotes – diariamente. Jovens – a cada 2 dias. Adultos – de 1 a 2x na


semana. O horário deve ser alternado de acordo com a temperatura do ambiente. A
temperatura do ambiente ideal para otimizar a ingestão e a digestão dos alimentos é de,
aproximadamente, 29,5º.

Tipo de Corte: Pedaços médios a grandes. Adequado ao tamanho do animal.

Apresentação da dieta: Jacarés alimentam-se dentro da água, em pedaços grandes,


mas, para garantir a ingestão do alimento e a suplementação, você pode acostumá-lo a
buscar o alimento próximo da água.

Cuidados: Se o animal é alimentado com peixe congelado, cuidado com a Tiaminase.


Esta enzima destrói a Vitamina B1 (tiamina). Pescados com elevado teor de gordura
podem induzir a deficiência de Vitamina E (esteatite).

Não fornecer: Excesso de alimentos. O ideal é que não sobre alimentos para que as
sobras não fiquem depositadas no fundo do lago. Na alimentação de filhotes, não fornecer
76

insetos com exoesqueleto rígido (p.ex. grilos pretos). O sistema digestivo dos filhotes é
muito frágil e pode ocorrer obstrução porque a quitina não é facilmente quebrada.

Suplementação: Se o animal tomar sol adequadamente e a dieta for bem variada, não há
necessidade de suplementação. Em alguns casos, uma suplementação com cálcio e
vitamina D3 pode ser necessária. Se a base da proteína animal for carne bovina ou
frango, adicionar 15g de carbonato de cálcio/ kg de carne e nunca jogar a carne dentro da
água para que a suplementação não se perca. Lembre-se de suplementar o peixe
congelado com Vitamina B1 (p.ex. levedo de cerveja) e colocar uma boa fonte de
Vitamina E (p.ex. óleo de fígado de bacalhau), caso o pescado seja mais gorduroso.

Para garantir a ingestão do suplemento, coloque a suplementação em um único


peixe e ofereça antes de colocar a alimentação completa.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das condições
do ambiente. Em geral ingerem 6,65% a 7,39% do Peso Vivo. Difícil mensurar a
necessidade energética. Fórmula padrão NEM = 32 x (PC) 0,77

Filhotes: A mesma dieta para adultos pode ser fornecida aos filhotes aumentando a
freqüência no fornecimento semanal.
77

10. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE AVES

10.1. ORDEM STRUTHIONIFORMES (Ema)

Os representantes brasileiros dessa ordem, as


emas, são essencialmente herbívoras e,
fisiologicamente, possuem fermentação
microbiana no ceco bifurcado. Em vida livre,
consomem além de gramíneas e leguminosas
rasteiras, insetos e pequenos vertebrados como
lagartixas, rãs, preás e ratos. As exigências
nutricionais são pouco conhecidas, mas, por
causa do apelo para criação comercial, os
estudos com a espécie podem avançar.

O que oferecer:

% Alimentos
40 - 50 Vegetais verdes: couve, chicória, mostarda, agrião, acelga.
Gramíneas oferecidas para cavalos podem ser oferecidas
(p.ex. coast-cross, tifton)
50 Ração para emas e avestruzes. Caso não seja possível,
oferecer ração para aves em crescimento, peletizada, na
proporção de 30% da dieta.
< 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana,
maçã, uva, manga, etc.

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. Pela manhã, oferecer as


verduras ou gramíneas e, após, aproximadamente, 1 hora, oferecer a ração. As
frutas podem ser oferecidas na parte da tarde.

Tipo de Corte: Verdura picada, frutos corte médio.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade média.
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Cuidados: Em razão da baixa velocidade da passagem do alimento pelo intestino,


é importante que as mudanças de dietas sejam realizadas lentamente. Sugere-se
período de adaptação entre 8 e 15 dias.

Não fornecer: Ração farelada – as emas têm um hábito de bicar a ração


bruscamente e o pó pode irritar os seus olhos. Ração de cachorro – o excesso de
gordura na dieta provoca a ligação do cálcio a um complexo saponificado
tornando-o indisponível. Ração para aves em postura – níveis elevados de cálcio
podem interferir na absorção de outros minerais como o zinco e o magnésio, além
de desequilibrar a relação Cálcio:Fósforo.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Filhotes: Oferecer rações


específicas para ratitas em
crescimento com verduras cruas
tenras e frutos picados. As emas
filhotes estão sempre em bando
de diferentes tamanhos e os mais
velhos ensinam os mais jovens a
se alimentar. Se o filhote estiver
com dificuldade para comer
sozinho, juntar um pintinho de granja é uma boa opção. Manter os filhotes em
substrato macio, seco e limpo, com aquecimento e água à vontade em vasilhames
pequenos para evitar que o filhote se molhe.
79

10.2. ORDEM TINAMIFORMES (Macuco, Inhambu, Perdiz)

Os representantes desta ordem são onívoros. A alimentação dos


tinamídeos consiste de grãos e sementes variadas, flores, brotos, frutos carnosos,
raízes, tubérculos, além de pequenos animais como artrópodes, anelídeos, etc.
Penha (1990), em análise do conteúdo estomacal de R. rufescens, constatou que
em 70,5% do total de peso das amostras foram encontrados itens de origem
vegetal e apenas 2% de origem animal. O restante (26,7%) foram pedras e outros
itens de origem mista. Alguns autores atribuem o aumento no consumo de itens
vegetais na época de escassez de insetos (inverno).

Na procura de alimento, revolvem a porção de folhas mortas que recobre o


solo, bem como a camada superior com o bico, não utilizando os pés como os
galináceos. As espécies campestres (perdizes) alimentam-se preferencialmente de
alimentos de origem animal, consumindo vegetais em épocas determinadas do
ano (inverno). São muito fáceis de adaptação em cativeiro.

Dentre os itens alimentares de origem animal consumidos pelos tinamídeos


estão os insetos (formigas, cupins, besouros, gafanhotos, borboletas e lagartas),
helmintos, pequenos gastrópodes, incluindo pequenos vertebrados como anfíbios,
répteis e até pequenos mamíferos.

O que oferecer:

% Alimentos
40 – 45 Vegetais verdes: couve, chicória, mostarda, agrião, acelga
40 – 45 Ração para faisões ou codorna. É possível oferecer ração para frango
de corte. PB 15% para animais adultos.
10 – 20 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, etc.
5 – 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido, sementes (milho, painço, alpiste,
etc)
80

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. Pela manhã, oferecer as


verduras com a ração. As frutas podem ser oferecidas na parte da tarde. As
sementes podem ser misturadas à ração ocasionalmente. Os alimentos ocasionais
devem ser fornecidos, no máximo, 2x na semana.

Tipo de Corte: Verdura picada, frutos corte pequeno.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade média.

Cuidados: Tamanho dos pellets oferecidos às espécies de menor porte. As


perdizes preferem grãos maiores e são atraídas pelas cores amarela, vermelha e
verde.

Não fornecer: Ração para aves em postura – níveis elevados de cálcio podem
interferir na absorção de outros minerais como o zinco e o magnésio, além de
desequilibrar a relação Cálcio:Fósforo.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Filhotes: Ração para aves em crescimento com ovo cozido picado e verduras
cortadas bem fininhas. Importante manter os filhotes aquecidos em ambiente
ventilado e limpo.
81

10.3. ORDEM GALLIFORMES (Mutum, Jacu, Jacutinga, Aracuã, Uru)

Os representantes desta ordem


também são onívoros. Em um
estudo realizado por Bertsch (2008)
com mutuns em floresta tropical,
observou-se a predominância de
frutas na dieta desses animais (cerca
de 50% do conteúdo estomacal),
seguido por sementes e folhas e, por
último, pequenas concentrações de
minerais (pedras e terra), flores, raízes, fungos e invertebrados (ordem
Coleoptera).

Em geral as espécies
terrícolas alimentam-se de
frutas e sementes caídas no
solo, enquanto as espécies
arborícolas permanecem nas
árvores para se alimentar de
frutos. As espécies menores
(gêneros Ortalis e Penelope)
preferem consumir mais folhas,
sementes e pequenos
invertebrados, enquanto as espécies maiores (Aburria, Crax, Nothocrax e Pauxi)
preferem frutas, sementes e brotos (BROOKS & STRAHL, 2000, citado pelo Plano
Nacional para Conservação de Cracídeos).

© Copyright Tom Stephenson, 2006

Os Odontophoridae ingerem pequenos invertebrados, sementes e bagas


caídas no solo. Os urus afastam o folhiço do solo com os pés, ciscando como
fazem as galinhas. Algumas espécies (Aburria, Penelope) pousam sobre cachos
de palmeiras para se alimentar de coquinhos, regurgitando ou dispersando as
sementes por meio das fezes após digerir as partes moles.
82

As folhas, na alimentação de Ortalis canicollis, podem chegar a uma


proporção de 37%, sendo um recurso disponível o ano todo, enquanto as frutas
perfazem cerca de 25% da dieta (CAZIANI & PROTOMASTRO, 1994, citado pelo
Plano Nacional para Conservação de Cracídeos).

O que oferecer:

% Alimentos
40 – 45 Vegetais: couve, chicória, mostarda, agrião, acelga, maxixe, pepino,
couve-flor, brócolis, repolho, pimentão, etc.
40 – 45 Ração galliformes ou faisões ou codorna. É possível oferecer ração
para frango de corte. PB 15-16% para animais adultos.
10 – 20 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, etc.
5 – 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido, sementes (milho, soja, lentilha,
etc)

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. Pela manhã, oferecer as


verduras com a ração. As frutas podem ser oferecidas na parte da tarde. As
sementes podem ser misturadas à ração ocasionalmente. Os alimentos ocasionais
devem ser fornecidos, no máximo, 2x na semana.

Tipo de Corte: Verdura picada, frutos corte pequeno.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade média.

Cuidados: Excesso de frutas na dieta.

Não fornecer: Ração para aves em postura – níveis elevados de cálcio podem
interferir na absorção de outros minerais como o zinco e o magnésio, além de
desequilibrar a relação Cálcio:Fósforo. Ração para cachorros.

ementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75
83

Filhotes: Ração para aves em crescimento com ovo cozido picado e verduras
cortadas bem fininhas. Importante manter os filhotes aquecidos em ambiente
ventilado e limpo.

10.4. ORDEM ANSERIFORMES (Pato, Ganso, Marreco)

Essencialmente herbívoros, os representantes consomem sementes,


raízes e folhas e, no período reprodutivo, tendem a ampliar o seu apetite para
larvas de insetos, pequenos peixes e crustáceos. Possuem característica de filtrar
a água por meio das lamelas localizadas no bico.

O que oferecer:

% Alimentos
40 – 50 Vegetais verdes: couve, chicória, mostarda, agrião, acelga
40 – 50 Ração para patos e marrecos
5 – 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. Oferecer as verduras com a


ração. Os alimentos ocasionais devem ser fornecidos, no máximo, 2x na semana.
84

Tipo de Corte: Verdura picada.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade média próximos à água
para facilitar a ingestão da ração.

Cuidados: Ração seca. Os animais possuem o hábito de filtrar o alimento na


água. Dietas muito protéicas (gota úrica). Para filhotes, é necessário triturar a
ração peletizada.

Não fornecer: Evitar ração para galiformes em qualquer fase. Caso precise
fornecer, optar pela ração de crescimento ou corte e aumentar a proporção de
verduras para 70%.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Filhotes: Ração para aves em crescimento com verdura picada bem fininha.
Mantê-los em ambiente aquecido com substrato macio, limpo e seco. Os filhotes
assim que nascem são capazes de se alimentar, mergulhar e nadar normalmente,
mas, quando órfãos, é necessário mantê-los em um ambiente seco e só permitir o
nado em momentos específicos sob supervisão técnica.
85

10.5. ORDEM PICIFORMES (Tucano, Araçari e Pica-pau)

São aves onívoras. Araçaris são mais


vegetarianos quando comparados aos tucanos,
mas ambos alimentam-se de pequenos frutos
(figueira, goiaba, imbaúba, palmito e outros),
invertebrados (aranhas, grilos, cigarras, cupins
e outros insetos alados) e capturam ovos e
filhotes de passeriformes. O consumo de proteína animal parece ser maior quando
estão criando seus filhotes. Apreendem pequenos pedaços com o bico triturando o
alimento com repetidas compressões. As dietas em cativeiro devem conter baixo
teor de ferro (50 a 80 ppm) porque são suscetíveis a hemocromatose. Os níveis
recomendados de Fe para aves predispostas ou
acometidas por hemocromatose devem ser inferiores
a 50ppm, ou a absorção diária do referido mineral
deve corresponder entre 4 a 6mg/Kg de peso da ave
por dia. Fisiologicamente, não possuem papo ou
inglúvio, nem ceco.
A dieta dos pica-paus consiste de insetos,
frutos, sementes, mel e resina de árvore. Perfuram a
casca de árvores na busca de larvas de insetos e
outros invertebrados. Em cativeiro, necessitam de mais proteína do que tucanos e
araçaris.
O que oferecer (tucanos e araçaris):

% Alimentos
40 – 50 Frutos diversos sem casca: banana, maçã, mamão, uva,
goiaba, melão, melancia, manga, etc.
15 – 20 Legumes cozidos: abóbora, batata doce, abobrinha,
cenoura
5 – 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido (só a clara), neonatos
25 – 30 Ração para tucanos
Chá verde
86

O que oferecer (pica-pau):

% Alimentos
20 – 30 Frutos diversos sem casca: banana, maçã, mamão, uva,
goiaba, melão, melancia, manga, etc.
30 – 40 Alimentos ocasionais: ovo cozido inteiro, neonatos e insetos
(grilos, tenébrios, baratas, etc)
30 – 40 Ração para pássaros insetívoros.

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. Oferecer as verduras com a


ração. Os alimentos ocasionais devem ser fornecidos, no máximo, 2x na semana
se a ração fizer parte da dieta. Na falta da ração, podem ser oferecidos até 5x na
semana. A dieta pode ser complementada com chá verde para reduzir a absorção
de ferro pelo organismo 2x na semana.

Tipo de Corte: Cortes pequenos.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade média.

Cuidados: Higiene e sanidade dos roedores de laboratório, pois podem ser fonte
de infecção para a pseudotuberculose (Yersinia pseudotuberculose) e outras
doenças.

Não fornecer: Para Tucanos e Araçaris – Ração para cães ou gatos (excesso de
ferro). Frutas ácidas ou cítricas como a laranja, o abacaxi e o tomate (favorecem a
absorção do ferro). Gema de ovo (excesso de ferro).

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.


Caso não seja fornecida a ração própria pra tucanos, acrescentar a gema de ovo
cozida 1x na semana para tucanos e araçaris.

Alimentos ricos em tanino, fosfato, oxalato, fitato e fibras são desejáveis,


pois estes agentes combinam-se com o ferro e reduzem sua absorção no
intestino. Chá verde (Camellia sinensis) e frutas ricas em tanino (uva, manga,
maçã e banana verde) são quelantes naturais que ajudam a reduzir a absorção de
ferro.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75
87

Filhotes: Na ausência de rações próprias


para tucanos, podem ser utilizadas rações
para filhotes de psitacídeos, que contem
enzimas digestivas e possuam, em sua
composição, a adição de prebióticos e
probióticos que facilitam a digestão e
favorecem a colonização do sistema
digestivo. Apesar de possuir necessidades
nutricionais diferentes, na prática, a ração
mostra-se apropriada para o bom
desenvolvimento do filhote. O preparo da papa deve ser com água mineral ou
fervida. Recomenda-se aquecer a papa de 37 a 38oC.

A alimentação pode ser oferecida com sonda flexível feita com tubo de
látex. O alimento deve ser administrado diretamente no estômago porque essas
aves não possuem inglúvio. Nos primeiros dias de vida são fornecidas pequenas
quantidades de alimento em intervalos curtos para não sobrecarregar o estômago.
O abaulamento do abdomen indica que o estômago está repleto. Filhotes
empenados podem receber alimentos pastosos em colher ou bisnagas e alimentos
sólidos cortados em pequenos pedaços e oferecidos com uma pinça.

Nas primeiras semanas de vida, os filhotes devem ser mantidos em estufas,


unidades de tratamento de pequenos animais (UTA) ou sala aquecida de 28 a
37oC. Quanto mais jovem, mais próxima aos 37oC deve estar a temperatura do
ambiente. A pesagem diária é fundamental para verificar a evolução do filhote.
Dentre as indicações de que os filhotes estão saudáveis destacam-se o reflexo ao
ser tocado, hidratação, corpo aquecido, presença de reflexo de ingestão de
alimentos, vocalização, ausência de ecto e endoparasitas.
88

10.6. ORDEM PSITACIFORMES (Arara, Papagaio e Periquito)

Os psitacídeos do Brasil caracterizam-se por aves comedoras de sementes


(granívoras), embora constem outros itens em sua alimentação como frutos e
flores, incluindo pétalas e néctar. Para os pequenos psitacídeos alguns autores
consideram o consumo de insetos. As aves da espécie Anodorhynchus
hyacinthinus são especializadas em comer nozes do fruto de duas palmeiras: acuri
(Schellea phalerata) e bocaiúva (Acrocomia aculeata), as araras-azuis têm sua
ocorrência e distribuição limitada por estas duas Palma e no Pantanal (Guedes,
citado por Cardoso et al, 2000).

Fotos retiradas do site: www.projetoararaazul.org.br


89

Com base em uma alimentação rica em sementes oleaginosas, muitos


técnicos passaram a elaborar dietas com altas densidades energéticas, sem
considerar o grau de atividades dessas aves em cativeiro e a disponibilidade do
alimento (Saad et al, 2007b). Em cativeiro, as aves fazem grandes esforços físicos
para obtenção do alimento e esse excesso é acumulado em gordura nos seus
organismos podendo gerar doenças como também comprometer o processo de
reprodução (Saad et al, 2007a)
Em um estudo realizado com papagaios, Saad et al (2007b) mostra que, os
esses animais apresentam alta digestibilidade para alimentos como milho
gelatinizado, gema de ovo, semente de girassol, aveia, ovo integral, milho moído,
mamão e banana. No entanto, alimentos como a polpa cítrica e o farelo de girassol
apresentaram baixa digestibilidade aparente, e devem ser utilizados em baixos
níveis e com moderação na formulação de rações para estas aves (Saad et al,
2007b).
Outro erro grave é fornecer uma alimentação única e exclusiva à base de
sementes, em especial o girassol. As sementes (em especial o girassol), como já
visto, são ricas em gordura e deficientes em uma série de vitaminas e aminoácidos
essenciais, além de totalmente desbalanceadas em relação ao cálcio e ao fósforo.
Além disso, o armazenamento inadequado torna esse alimento altamente
suscetível à proliferação de fungos.
O que oferecer (papagaios):

% Alimentos
20 – 30 Frutos diversos com casca: banana, maçã, mamão, uva, goiaba,
melão, melancia, manga, etc.
15 – 20 Legumes e Verduras: abóbora, abobrinha, cenoura, vagem, couve,
chicória, brócolis, couve-flor, jiló, pepino, berijela, etc.
5 – 10 Alimentos ocasionais: milho em espiga e coco
25 – 30 Ração para papagaios
5 – 10 Mistura de sementes
O que oferecer (araras):

% Alimentos
20 – 30 Frutos diversos com casca: banana, maçã, mamão, uva,
goiaba, melão, melancia, manga, etc.
15 – 20 Legumes e Verduras: abóbora, abobrinha, cenoura, vagem,
couve, chicória, brócolis, couve-flor, jiló, pepino, berijela, etc.
5 – 10 Alimentos ocasionais: milho em espiga e coco
25 – 30 Ração para araras
5 – 10 Mistura de sementes
90

O que oferecer (periquitos):

% Alimentos
20 – 30 Frutos diversos com casca: banana, maçã, mamão, uva,
goiaba, melão, melancia, manga, etc.
15 – 20 Legumes e Verduras: abóbora, abobrinha, cenoura,
vagem, couve, chicória, brócolis, couve-flor, jiló, pepino,
berijela, etc.
5 – 10 Alimentos ocasionais: milho em espiga e coco
25 – 30 Ração para periquitos
5 – 10 Mistura de sementes

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. Oferecer pela manhã somente a


ração para ter a certeza que todas as aves terão acesso ao alimento mais
completo da dieta. Os alimentos ocasionais devem ser fornecidos, no máximo, 2x
na semana no caso de periquitos e papagaios e, 3x na semana, no caso de
araras.

Tipo de Corte: Cortes pequenos, médios ou grandes (dependendo do tamanho da


ave). Lembrar que essas aves apreciam a manipulação de alimentos. Oferecer o
coco com a casca e o milho em pedaços maiores pode ser uma boa distração.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade média em material
resistente para que as aves não destruam e ingiram partes da vasilha.
91

Cuidados: Excesso de sementes e frutas na dieta.

Não fornecer: Ração de gato e cachorro (excesso de gordura).

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta. Na


falta da ração, aumenta-se um pouco a proporção de sementes e inclui na
alimentação grãos como feijão, lentilha, grão de bico e soja, sempre cozidos. A
gema de ovo cozida pode ser uma boa fonte de proteína de alto valor biológico
para complementar os aminoácidos ausentes nos grãos (2x na semana). Os
brotos (alfafa, feijão, girassol) são excelentes fontes de proteína e podem ser
feitos no próprio Cetas pela germinação das sementes.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Filhotes (parte do conteúdo retirado do site: www.saudeanimal.com.br): Há


fórmulas comerciais desenvolvidas especialmente para filhotes de psitacídeos.
Caso não seja possível a compra dessa fórmula, a própria ração para psitacídeos
batida com frutas, ovo cozido e neston, pode ser uma boa alternativa. Na falta da
ração, será necessário improvisar. Pode usar como alimento base de proteína
isolada de soja, neston, ovo cozido e suplemento mineral-vitaminico e de
aminoácidos (Aminomix, Glicopan). Suplementos nutricionais para uso humano
podem ser adicionados, para tornar o alimento mais forte.

As quantidades precisariam ser calculadas para se saber a quanto fornecer


exatamente, normalmente eleva-se ao dobro a exigência energética. A
consistência da papa é mais aguada nos primeiros dias de vida, depois adquire a
consistência de yogurte. A papa pode ser fornecida com uma colherzinha, seringa
ou sonda diretamente no papo. O importante é manter o filhote sempre hidratado.

A freqüência da alimentação é a cada 3 ou 4 horas, após o papo esvaziar.


Se o papo não estiver esvaziando (está duro), o filhote pode estar desidratado ou
mantido em temperatura ambiente inadequada, ou com infecção no papo ou
apresenta outros problemas.

O sucesso para o maior aproveitamento do alimento está na combinação de


quantidade e freqüência de administração, que varia conforme a espécie.
Criadores experientes costumam ter definidos estes critérios para as suas
92

espécies. A cada alimentação o filhote


consome cerca de 10 a 12 % de seu peso
corporal.

Experiência e cuidados do tratador


são fundamentais no manejo alimentar
dos delicados filhotes. Para evitar o risco
de contaminação, é muito importante a
limpeza criteriosa de todo o material de
preparo e fornecimento da papa, como
tigelas, sondas e seringas.

Cuidados com a temperatura: Evitar usar


água com temperatura superior a 50 ºC
durante o preparo da papa, para não
comprometer a atividade de alguns

componentes. Observar com rigor a


temperatura de fornecimento da papa,
cerca de 38 ºC, que deve ser homogênea
em toda a mistura. Quando o tempo de
alimentação for relativamente longo
(vários filhotes), cuidar para que a
temperatura de fornecimento seja
mantida. Pode-se usar uma estrutura do
tipo “banho Maria”.

Cuidar para não superalimentar os filhotes. Algumas aves costumam ainda


demonstrar interesse pelo alimento, mesmo já tendo esgotada sua capacidade de
ingestão. Nestes casos há risco de regurgitação e inalação do alimento, com
conseqüentes problemas respiratórios, como pneumonia.

Não reaproveitar papa preparada para alimentação anterior. Preparar a


quantidade necessária para cada administração e descartar eventuais sobras.
Após a alimentação, havendo restos de alimento no bico, remover com água
morna. Pingar algumas gotas de água dentro no bico, para limpeza interna.
93

Manter os filhotes em vasilhames plásticos revestidos com fralda


descartável ou papel toalha ou outro material macio absorvente para as fezes e
urina. Podem ser mantidos individualmente ou, no máximo, em pares,
preferencialmente do mesmo tamanho. Se os animais forem de procedência
diferente e chegarem separados, mantê-los separados e não usar a mesma colher
ou seringa ou sonda para alimentar todos. Separar materiais até que exames
sejam realizados descartando a possibilidade de contaminação.
94

10.7. ORDEM FALCONIFORMES E STRIGIFORMES (Águia, Gavião, Coruja)

Essencialmente carnívoros ou
insetívoros, os representantes desta ordem
precisam de elevadas quantidades de
proteína e gordura animal na dieta. A maior
parte dos rapinantes diurnos é
exclusivamente carnívora, com alguns dos

representantes sul-americanos consumindo


ocasionalmente sua alimentação com frutas
e outros vegetais (gêneros Elanoides,
Buteogallus, Daptrius, Milvago,
Phalcoboenus, Coragyps e Cathartes). Já
os estrigiformes, em virtude de seus hábitos
crepusculares, baseiam boa parte de sua
alimentação em insetos e outros
invertebrados, independente do seu tamanho (de caburés a murucututus).
Pequenas corujas (gêneros Otus, Glaucidium e Aegolius) podem capturar
pequenos mamíferos, anfíbios, répteis e pássaros, enquanto espécies de porte
maior (gêneros Pulsatrix e Bubo) são capazes de caçar marsupiais, morcegos,
lagartos e até mesmo aves de médio porte (p.ex. filhotes de falcão peregrino).
Espécies dos gêneros Pandion e Busarellus são psicívoras.

Conhecer a ecologia alimentar dessas espécies é fundamental para mantê-


las no Cetas. Por isso, é preciso um bom biotério incluindo a criação de insetos
(tenébrios, grilos e baratas), aves (codornas e pintinhos) e mamíferos
(camundongos, coelhos, hamster e porquinho da índia). O ideal é alternar porções
de carne bovina e frango com os animais do biotério. Uma alternativa para
algumas regiões é fazer parcerias com granjas de frango e codornas que,
freqüentemente, descartam parte dos filhotes e animais adultos e podem fornecer
ovos também. Parcerias com universidades e centros de pesquisa que utilizam
camundongos, ratos, coelhos e preás, também é muito útil pelos mesmos motivos.
95

O que oferecer:

% Alimentos
40 – 50 Carne bovina
40 – 50 Frango com moela e fígado
100 Ou 100% presa recém-abatida

Freqüência: 6x na semana com 1 jejum semanal. 1x ao dia, de acordo com o


horário de maior atividade da ave.

Tipo de Corte: Sempre picado, de acordo com o porte. A carne moída pode
grudar no palato superior da ave (principalmente corujas).

Apresentação da dieta: Vasilhames rasos

Não fornecer: Excesso de alimentos. O fornecimento de pombos não é


aconselhável devido às inúmeras enfermidades fatais que esse grupo pode
carrear às aves de rapina (herpesvírus, tricomoníase, candidíase, etc.)

Cuidados: Alimentação exclusiva à base de insetos (relação cálcio:fósforo


irregular) ou neonatos de aves ou mamíferos (animais em formação). Verificar
composição nutricional no capítulo sobre serpentes.

Suplementação: 15g de carbonato de cálcio para cada kg de carne. Em caso de


alimentação exclusiva com animais de biotério, vertebrados adultos, a
suplementação não é necessária. Para os insetos de biotério, aconselhável
colocá-los sobre um substrato composto de ração de aves em postura triturada
(50%) + carbonato de cálcio (50%) cerca de 2 horas antes da alimentação. O
cálcio preencherá o tubo digestivo dos insetos tornando-os mais balanceados.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo.
96

Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Categorias Consumo Opções para cativeiro (presas)


de Peso (g) diário (% PV)
100 – 200 18 – 25 larvas, grilos, baratas, camundongos,
hamsters, gerbos e pintinhos
200 – 800 11 – 19 grilos, baratas, camundongos, hamsters,
gerbos, pintinhos, ratos e codornas
800 – 1200 7 – 11 camundongos, gerbos, hamsters, ratos,
pintinhos, codornas, porquinhos da índia
4000 – 3,5 – 6 ratos, pintinhos, codornas, porquinhos da
14000 índia, galinha, coelho
Fonte: PEREIRA (2007) – capítulo 17 do Tratado de Animais Silvestres

Filhotes: A partir do momento que o filhote ingerir o saco vitelínico (de 1 a 2 dias
após o nascimento), fornecer pequenos pedaços de músculo, fígado, coração e
cérebro moídos, provenientes de codornas ou
ratos de laboratório. Em alguns casos, acrescenta-
se um pouco de ração para felinos para otimizar o
ganho de peso e garantir uma suplementação
adequada de nutrientes. Após o 3º dia fornecer a
carcaça inteira triturada de codorna ou rato (sem
pele, penas, pêlos, patas e intestinos) com um
pouco de água filtrada. Após chegar perto ao peso
máximo, oferecer a carcaça inteira recém abatida,
aberta, para estimular o animal ao consumo total
do alimento.

Recomenda-se não juntar filhotes de acipitrídeos e falconídeos na mesma


incubadora devido à agressividade dos acipitrídeos para estabelecer uma
hierarquia. A temperatura do ambiente deve ficar entre 32 e 36oC.
97

10.8. ORDEM COLUMBIFORMES (Pomba, Rolinha, Avoante, Juriti)

A maior parte das espécies é granívora e


algumas consomem frutos em sua dieta. Há
diferenças anatômicas e fisiológicas que
caracterizam o hábito alimentar dessas
espécies. Nas pombas granívoras
predominam as cores cinza e marrom com
áreas de iridescência. Já as pombas
frugívoras possuem a coloração das penas
muito variada, colorida, com predominância
da cor verde. Internamente, as pombas
granívoras possuem o aparelho digestivo
com musculatura mais desenvolvida, com
presença de pedras para trituração.
Intestino é mais longo e o esôfago menos
elástico. As representantes frugívoras dessa
ordem possuem uma musculatura de moela
delgada, intestino mais curto e esôfago mais elástico.

O que oferecer (pombas granívoras):

% Alimentos
30 – 40 Mistura de sementes para pássaros granívoros
40 – 50 Ração para pássaros granívoros (canário)
5 – 10 Farinhada para pássaros granívoros
O que oferecer (pombas frugívoras):

% Alimentos
30 – 40 Ração para pássaros frugívoros e insetívoros
20 – 40 Farinhada para pássaros frugívoros e insetívoros
10 – 20 Frutos diversos com casca: banana, maçã, mamão, uva,
goiaba, melão, melancia, manga, etc.
98

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. A dieta seca pode ser colocada


1x ao dia.

Tipo de Corte: As frutas podem ser dispostas no viveiro em pedaços grandes nos
poleiros das aves

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames rasos.

Cuidados: Com a disposição dos comedouros. Devem estar próximos aos


poleiros e permitir que a ave fique confortável no momento de se alimentar. Os
comedouros não devem permitir que a ave entre com o corpo inteiro para comer e
nem devem estar dispostos abaixo dos poleiros.

Não fornecer: apenas frutas.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo.

Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Filhotes: As condições de manejo são muito semelhantes para todas as aves. Os


filhotes devem ser mantidos aquecidos, em incubadora ou ambiente que
proporcione essa temperatura. A limpeza é fundamental, tanto do substrato quanto
do filhote, em especial o bico (parte externa e interna). Os filhotes de
columbiformes nascem de olhos fechados que abrem-se no 3º ou 4º dia de vida.

Para filhotes de columbiformes recomenda-se 50% da papa de filhotes de


psitaciformes para garantir o aporte de enzimas, prebióticos e probióticos e 50%
da ração para aves em crescimento para reduzir um pouco o aporte de gordura e
proteína. A mistura deve ser feita com água mineral ou fervida.

O manejo é semelhante aos tucanos e psitacídeos.


99

10.9. ORDEM CICONIIFORMES (Garça, Guará, Colhereiro, Socó)

São essencialmente piscívoros.


A família Ardeidae, representada
pelas garças e socós são
palidícolas, sendo observadas
também em regiões salobras.
Alimentam-se de pequenos
peixes, insetos aquáticos,
caranguejos, moluscos, anfíbios e répteis. A família Ciconiidae é mais onívora e a
família Threskiornithidae, que inclui na alimentação pequenos crustáceos que
caracterizam a sua cor avermelhada. A família Cochleariidae, representada pelos
arapapás, possui hábito crepuscular e alimentam-se de pequenos peixes, anfíbios,
crustáceos e insetos. Em cativeiro, algumas espécies aceitam bem a ração
misturada ao peixe (guarás, p.ex.).

Parceria com criadores de rãs é uma opção para diversificar a alimentação


dessas aves.

O que oferecer:

% Alimentos
80 – 100 Peixe/ Rã
10 – 20 Ração para Guarás e similares (MegaZoo)

Freqüência: Diária, 1x ao dia.

Tipo de Corte: Se o peixe for pequeno (p.ex. manjubinha) pode ser inteiro, se for
do tamanho de uma sardinha adulta algumas espécies aceitam inteiro, para outras
é preciso picar o peixe. As rãs devem ser fornecidas na fase juvenil ou girino ou
abatida em pedaços.
100

Apresentação da dieta: O peixe deve ser fornecido manualmente,


individualmente, no momento da suplementação e depois estimula-se a
alimentação livre e a competição pelo alimento. Animais em fase de reabilitação
devem ser alimentados individualmente e separadamente. Algumas vezes, é
necessária a alimentação forçada.

Cuidados: Com a quantidade de ração misturada ao peixe. É importante


monitorar para não fermentar a ração e estragar o peixe. O resto de alimento deve
ser retirado assim que as aves pararem de se alimentar.

Suplementação: Não há Necessidade se a dieta estiver na proporção correta e se


o peixe for fresco. Caso o peixe seja congelado por muito tempo é necessário
suplementar com tiamina (vitamina B1) na dosagem de 25 a 35mg/kg de
alimento/dia e vitamina E (óleo de milho, óleo de girassol, óleo de fígado de
bacalhau), na dosagem de 100UI/kg de alimento/dia. Todos esses itens devem ser
colocados em um único peixe e oferecidos cerca de 1 hora antes da alimentação
normal, para assegurar a absorção do suplemento.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Filhotes: Devem ser alimentados com ração para guarás amolecida com água
mineral ou fervida, batida com peixe sem espinha (filé) e rã (ricos em cálcio). A
proporção é de 50% de ração para guarás para 25% de peixe e 25% de rã.
Considerando que os cinonídeos são aves nidícolas com crescimento rápido dos
ossos longos e, portanto, necessitando de fontes prontas de cálcio, a ração para
guarás pode ser substituída por ração para aves em crescimento 50%, ração de
gatos à base de peixe (25%), que deve ser batida, pelo menos, com o filé de peixe
(25%). O nível de cálcio na dieta deve chegar próximo de 4%.
101

10.10. ORDEM SPHENISCIFORMES (Pinguim)

Alimentam-se na natureza de peixes,


cefalópodes e crustáceos. São classificados
como predadores pelágicos ativos.

O que oferecer:

% Alimentos
100 Peixe
Freqüência: Diária, 2x ao dia.

Tipo de Corte: Peixe inteiro.

Apresentação da dieta: O peixe deve ser


fornecido manualmente, individualmente, no
momento da suplementação e depois estimula-
se a alimentação livre e a competição pelo alimento. Animais em fase de
reabilitação devem ser alimentados individualmente e separadamente. Algumas
vezes, é necessária a alimentação forçada.

Cuidados: Monotonia alimentar. Espécies de peixes que podem ser utilizadas na


alimentação dos pingüins: corvina (Micropogonias furnieri), pescada branca
(Cynoscion guatucupa), sardinha (Sardinella brasiliensis) e maria-luiza
(Paralonchorus brasiliensis). Tamanho médio do peixe: 15 cm, com a cavidade
oral fechada e opérculo ósseo íntegro, para melhor ingestão e manuseio.

Suplementação: Caso o peixe seja congelado por muito tempo é necessário


suplementar com tiamina (vitamina B1) na dosagem de 25 a 35mg/kg de
alimento/dia e vitamina E (óleo de milho, óleo de girassol, óleo de fígado de
bacalhau), na dosagem de 100UI/kg de alimento/dia. Quando mantidos em água
doce, é necessário o fornecimento de 0,5 a 1g de sal por animal/dia (cloreto de
sódio). Todos esses itens devem ser colocados em um único peixe e oferecidos
cerca de 1 hora antes da alimentação normal, para assegurar a absorção do
suplemento.
102

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 130 – 160 x (PC) 0,75

Em percentual do PV, de uma forma geral, as espécies de maior porte consomem


de 2 a 3% da massa corporal e, para as espécies menores (pingüim de
magalhães) pode ser oferecido entre 10 e 20% do PV. O consumo aumenta
durante a pré muda e reduz durante a muda. Durante o período de muda, podem
perder até 50% do peso.

Sugestão de Purê de Peixe para animais em fase de reabilitação (alimentação


forçada) – Protocolo para aves contaminadas por petróleo do Centro de
Recuperação de Animais Marinhos (CRAM)

Bater no liquidificador: pescado com vísceras com água mineral ou soro fisiológico
em quantidade suficiente para cobrir o pescado. Coar o conteúdo e adicionar ¼ de
comprimido de cloridrato de tiamina, vitamina E (100UI/peixe) e algum derivado de
cálcio. Acrescentar 1 colher de sopa de creme de leite ou de algum óleo de peixe
para cada quilo de peixe da receita, com o objetivo de aumentar o número de
calorias por mililitro de purê.

As duas primeiras administrações deverão ser de 60ml e, a partir da


terceira, passar para 120ml, intercalando com a hidratação oral a cada 2 horas,
aproximadamente. Todas as soluções administradas por via oral devem ser
aquecidas de 36 a 39oC em banho Maria. A solução aquecida deve ser
administrada com sondagem gástrica somente se o animal conseguir manter a
cabeça levantada. Se o animal estiver prostrado há necessidade de administração
de soro fisiológico subcutâneo e demais cuidados veterinários.

A alimentação forçada deve ser mantida, mas sempre se deve estimular


que o animal se alimente sozinho. A quantidade de peixe deve ser aumentada
gradativamente até 300g, 3x ao dia. Duas hidratações orais diárias devem ser
mantidas enquanto a alimentação forçada for utilizada.

A sugestão do purê de peixe pode ser fornecida aos filhotes.


103

10.11. ORDEM PASSERIFORMES (Pássaro preto, Canário, Saíra, Gralha)

Uma grande variedade de hábitos alimentares pode ser


encontrada dentro dessa ordem e a forma do bico e
outras características podem ser importantes no
momento de decidir sobre a base da alimentação do
pássaro. Curiós (Oryzoborus angolensis), canários,
coleiros, tico tico e bicudo alimentam-se de sementes
duras, têm bicos curtos e cônicos, conseguindo assim
quebrar a casca das sementes de que se alimentam. A
seguir removem habilmente a semente. O melro-preto
(Turdus merula) tem um formato de bico que é partilhado
por milhares de espécies de aves de tamanho. É afilado
para que o animal possa apanhar sementes, mas o seu
comprimento permite à ave apanhar presas maiores,
como minhocas.

O gaturamo (Euphonia violácea) tem um bico delgado


próprio para ingestão de frutos. Consome insetos
raramente. Com bico semelhante, mas um pouco mais
delgado, estão as saíras cuja alimentação consiste de
frutos, néctar e insetos. Também com o bico fino, mas
bem alongado estão os passeriformes como o
corrupião (Icterus jamaicaii) e o xexéu. Seu bico
permite, além da ingestão de frutos, a apreensão de
insetos e néctar. Alimentam-se de um vasto cardápio -
cocos maduros de buriti, seiva das flores do ipê
amarelo, das flores do mandacaru (cacto típico do
Nordeste brasileiro) e dos seus grandes e vermelhos
frutos, das flores de várias espécies de bromélias,
cactáceas e de frutas de pomar. Portanto, é insetívoro,
frugívoro e nectarívoro. Outro passeriforme com bico
alongado e fino é a sabiá laranjeira (Turdus rufiventris).
Ela alimenta-se de várias espécies de frutos carnosos.
Gostam muito de furar as laranjas maduras em busca
do seu suco. Buscam alimentos vivos como insetos,
moluscos e minhocas. Essencialmente onívoro, o
trinca-ferro (Saltator similis) exibe um bico
extremamente robusto, típico de aves que consomem
sementes, frutos, insetos, flores e folhas.
104

O que oferecer (passeriformes granívoros):

% Alimentos
30 – 40 Mistura de sementes para pássaros granívoros
40 – 50 Ração para pássaros granívoros (canário)
5 – 10 Farinhada para pássaros granívoros
5 – 10 Vegetais (chicória, couve, repolho, brócolis, jiló, maxixe,
quiabo, pepino)

O que oferecer (passeriformes frugívoros):

% Alimentos
10 – 20 Mistura de sementes mais macias (painço e linhaça)
30 – 40 Ração para pássaros frugívoros e insetívoros
10 – 20 Farinhada para pássaros frugívoros e insetívoros
10 – 20 Frutos diversos com casca: banana, maçã, mamão, uva,
goiaba, melão, melancia, manga, etc.

O que oferecer (passeriformes onívoros):

% Alimentos
10 – 20 Mistura de sementes
30 – 40 Ração para pássaros frugívoros e insetívoros
10 – 20 Farinhada para pássaros frugívoros e insetívoros
10 – 20 Frutos diversos com casca: banana, maçã, mamão, uva,
goiaba, melão, melancia, manga, etc.
5 - 10 Vegetais (chicória, couve, repolho, brócolis, jiló, maxixe,
quiabo, pepino)

Freqüência: Diária, preferencialmente 2x ao dia. A dieta seca pode ser colocada


1x ao dia.

Tipo de Corte: As frutas podem ser dispostas no viveiro em pedaços grandes nos
poleiros das aves
105

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames rasos.

Cuidados: Com a disposição dos comedouros. Devem estar próximos aos


poleiros e permitir que a ave fique confortável no momento de se alimentar. Os
comedouros devem evitar que as aves entrem com o corpo inteiro para comer e
nem devem estar dispostos abaixo dos poleiros. Como a maioria dos Cetas
mantém os passeriformes em viveiros grandes, misturando as espécies, cuidar
para que todos os animais tenham acesso aos alimentos aumentando a
quantidade de cochos.

Não fornecer: apenas frutas.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 200 – 250 x (PC) 0,75

Filhotes: Os filhotes de passeriformes podem ser alimentados com a papa para


psitacídeos, feita da mesma forma (ver capítulo sobre psitacídeos). Para os
pássaros mais insetívoros, acrescentar ovo cozido à mistura para aumentar a
quantidade disponível de proteína na dieta. Controlar a ingestão pela observação
do papo.
106

10. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE MAMÍFEROS

10.1. ORDEM MARSUPIALIA (Gambá, Cuíca)

Os representantes brasileiros dessa ordem possuem hábitos alimentares


diversificados, mas, praticamente todos, consomem boa parte da sua dieta em
insetos. Na tabela abaixo, modificada de MALTA & LUPPI (2007) – capítulo 23 do
Tratado de Animais Selvagens estão especificados os gêneros, peso médio e
alimentação na natureza.

Gênero Peso (g) Alimentação


Marmosa Macho 60 – 130 Insetos, frutas, pequenos roedores,
Fêmea 40 – 70 lagartos e ovos
Monodelphis Macho 90 – 150 Insetos, frutas, pequenos roedores,
Fêmea 80 – 100 sementes e carniça
Lestodelphis Principalmente carnívoro (roedores
e aves)
Metachirus 800 Insetos, frutas, pequenos animais e
ovos
Didelphis 2.000 – 5.500 Onívoros
Philander 240 – 400 Insetos, frutas, pequenos animais,
crustáceos e ovos
Lutreolina 200 – 540 Pequenos mamíferos, aves, répteis,
peixes e insetos
Chironectes 604 – 790 Peixe, crustáceos, vegetação
aquática e frutas
Caluromys 200 – 500 Insetos, frutas, pequenos animais,
sementes, folhas e carniça
Caluromysiops Insetos, frutas, pequenos animais,
sementes, folhas e carniça
Glironia Provavelmente insetos, ovos,
sementes e frutas
Caenolestes Macho 25 – 40,8 Mais insetívoros
Fêmea 16,5 – 25,4
Rhyncholestes Fêmea 21 Mais insetívoros
Dromiciops Fêmea 16,7 – 31,4 Insetos, invertebrados e lagartos
107

O que oferecer (para gambás):

% Alimentos
30 - 40 Ração canina
20 - 30 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, etc.
15 - 20 Carne bovina ou Frango
5 - 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido, insetos, neonatos

O que oferecer (para cuícas):

% Alimentos
30 - 40 Ração felina
30 - 40 Carne bovina ou Frango ou Peixe (verificar hábito alimentar)
15 - 20 Complemento de acordo com o hábito alimentar: frutos,
vegetais, ovos, insetos, etc

Freqüência: Diária, 1x ao dia, no final da tarde. Alimentos ocasionais: 2 a 3x na


semana.

Tipo de Corte: Frutas cortes pequenos. Carne picada ou moída.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade rasa.

Cuidados: Os animais que se alimentam de folhas e frutos tendem a ser


sedentários.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.


Animais suscetíveis à osteodistrofia fibrosa provocada pela deficiência de cálcio ou
pelo desbalanceamento cálcio:fósforo.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 49 x (PC) 0,75

Filhotes: Sucedâneos de leite para cães e gatos, sem lactose. Oferecer de 10 a


20% do peso vivo a cada 2 ou 3 horas, aumentando gradativamente. As mesmas
recomendações para filhotes de carnívoros podem ser adaptadas.
108

10.2. ORDEM PRIMATES (Sagui, Macaco prego, Macaco aranha, Bugio)

Os primatas são onívoros. No entanto, a


proporção de alimentos que compõe a sua
dieta varia consideravelmente entre os gêneros.
Dentre os calitriquídeos encontramos
representantes mais predadores (Saguinus e
Leontopithecus) e grandes comedores de goma
e exsudatos (Cebuella e Callithrix), como
complemento de suas dietas ricas em frutos,
insetos e outras presas. Alguns gêneros são
considerados mais folívoros como Allouatta,
Cacajao, Lagothrix e Brachyteles, mas, em
épocas de escassez, consomem grandes
quantidades de frutos. O gênero Ateles é mais
frugívoro. Todas essas informações fazem muita diferença no momento da
elaboração da dieta. A ração pode ter a mesma base, mas os complementos
alternam de acordo com o hábito alimentar.

O que oferecer (primatas mais folívoros):

% Alimentos
20 - 30 Ração para primatas
30 - 40 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, bertalha,
cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela, pepino,
pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, etc.
15 - 20 Frutos com casca: mamão (limitar), melão, melancia, banana,
maçã, uva, manga, coco, tomate, frutos de época etc.
5 - 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido, pão integral, mel, iogurte,
gelatina sem sabor, brócolis, couve-flor, couve, flores e folhas
de hibisco, sementes de abóbora, amendoim, girassol, etc.

O que oferecer (primatas mais frugívoros/onívoros):

% Alimentos
20 - 30 Ração para primatas
15 - 20 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, brócolis,
couve-flor, couve, cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha,
berinjela, pepino, pimentão, vagem, ervilha, milho, etc.
30 - 40 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
5 - 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido, insetos, pão integral, mel,
iogurte, gelatina sem sabor, flores e folhas de hibisco,
sementes de abóbora, amendoim, girassol, etc.
109

Freqüência: Diária, 2x ao dia, manhã/tarde. Alimentos ocasionais: 2 a 3x na


semana, mantendo sempre uma fonte de proteína animal/vegetal + fonte de
vegetais (p.ex combinação 1 de ovo cozido, pão integral, mel e iogurte ou
combinação 2 insetos, gelatina, flores e folhas de hibiscos ou combinação 3 mel,
iogurte, amendoim e semente de abóbora, e assim por diante).

Tipo de Corte: De acordo com o tamanho do animal, normalmente em rodelas


mais finas ou mais grossas, com casca. Para sagüis, evitar cortar muito miúdo.
Primatas apreciam manusear o alimento.

Apresentação da dieta: Oferecer o alimento seco separado do úmido para evitar


fermentação do alimento. Vasilhames de profundidade média.

Cuidados: Os primatas mais folívoros tendem a ser sedentários, controlar o peso.


Quando alimentados em grupos fornecer primeiro a ração para que todos tenham
acesso ao alimento principal. Acrescentar de 10 a 20% na quantidade total de
alimentos se o grupo for muito grande e tiver forte hierarquia entre os indivíduos.

Não fornecer: Primatas folívoros: leite de vaca in natura. Limitar os vegetais


brássicos como couve, couve-flor e brócolis.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.


Saguis, quando não expostos ao sol, necessitam de suplementação de vitamina
D3 na dieta. Todos os primatas não sintetizam vitamina C e podem precisar de
suplementação na dieta.
110

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75. Para sagüis NEM =
145 x (PC) 0,75

Filhotes: O melhor leite para primatas é o sucedâneo para leite infantil (NAN ou
NESTOGENO). A proporção na 1ª semana de vida é de 1 medida para 60 ml de
água fervida ou mineral, na 2ª semana 1 medida para 45 ml e, a partir da 3ª
semana a diluição é de 1:30 ml. O leite
deve ser aquecido e fornecido em
mamadeiras para pet. Para prevenção da
diarréia, 10% da quantidade de leite em
lactobacilos (Yakult ou similar) pode ser
administrado juntamente com 1 gota de
aderogil D3 e 1 gota de redoxon. Os filhotes
devem ser mantidos aquecidos e agarrados
em um bicho de pelúcia ou pedaço de pano. A freqüência inicial das mamadas é a
cada 2 horas, aumentando gradativamente à medida que crescem. Se o filhote
estiver com fome após a mamada, concentrar um pouco mais o leite. Evitar
oferecer grandes quantidades de leite de uma só vez para não sobrecarregar o
aparelho digestivo. O desmame é gradativo e lento. Reduza a freqüência do leite
inserindo papinhas de frutas com neston ou creme de arroz aos poucos, insetos,
até que o filhote passe a se alimentar sozinho. É normal que, mesmo comendo
sozinho, haja necessidade de 1 ou 2 mamadeiras diárias para suplementação. O
importante é observar.

- FILHOTE DE

SAGUI COM OSTEODISTROFIA POR FALTA DE VITAMINA D3


111

10.3. ORDEM XENARTHRA (Tamanduá, Tatu, Preguiça)

Apesar de estarem na mesma ordem,


tamanduás, tatus e preguiças são animais
de hábitos alimentares completamente
diferentes. Mesmo entre as preguiças
existe uma diferença significativa no hábito
alimentar. Enquanto a preguiça do gênero
Bradypus é mais folívora com fermentação
pré-gástrica em estômago parcialmente
compartimentado e o gênero Choloepus tem uma alimentação mais diversificada e
pode ser considerado um animal onívoro porque em sua dieta constam brotos,
folhas, frutos e cocos de palmeira. A imbaúba é a folha predileta da preguiça
Bradypus e pode ser fornecida, mesmo em cativeiro.

A adaptação da preguiça Choloepus é mais fácil porque aceitam bem ração


comercial, ovo cozido, frutas, legumes e folhas convencionais. Já a preguiça
Bradypus é de difícil adaptação e é mais fácil mantê-la com alimentos naturais
(Euphorbiaceae e Moraceae). O ideal é que permaneçam no Cetas o tempo
suficiente para recuperação e sejam liberadas na natureza o mais rápido possível.
Para incentivar o consumo de água, deve-se borrifar água nas folhas oferecidas e,
para o gênero Choloepus a água pode ser fornecida em vasilhame comum.

Os tamanduás são essencialmente insetívoros, alimentando-se


basicamente de formigas e cupins. Os frutos são muito ocasionais e contribuem
com muito pouco na sua dieta. Em média, consomem 15% do peso vivo em
insetos. A composição nutricional desses insetos é praticamente gordura (10 –
50%) e proteína (30 – 65%). A dieta em cativeiro consiste de uma papa à base de
leite com baixa lactose, frutas, carne, gema de ovo, suplemento de vitamina K,
iogurte, etc. A adaptação em cativeiro de animais provenientes de vida livre é um
desafio. O ideal é fornecer cupinzeiros inteiros para animais recém-chegados e,
diariamente, fornecer a papa juntamente com um pouco de carne moída misturada
com gema de ovo. A partir do momento que o animal aceitar a dieta, reduzir os
demais ingredientes deixando 100% de papa. Em vários zoológicos internacionais,
a dieta de tamanduás é composta por uma ração própria triturada e este é o futuro
da alimentação de tamanduás no Brasil.
112

Algumas espécies de tatu são onívoras e outras insetívoras. Animais do


gênero Cabassous alimentam-se de formigas e cupins. O tatu-peba é onívoro e os
alimentos vegetais compõem uma grande parte da sua dieta. O gênero Dasypus é
onívoro. A análise do conteúdo estomacal de um exemplar de tatu-quinze-quilos
encontrou 14% de vertebrados e 86% de invertebrados. Aceitam bem a dieta em
cativeiro composta por ração comercial, frutos, carnes e insetos.

O que oferecer (gênero Bradypus):

% Alimentos
70 - 80 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, bertalha,
cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela, pepino,
pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, brócolis,
couve-flor, couve, flores etc. FOLHAS DE IMBAÚBA
5 - 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
5 - 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido

O que oferecer (gênero Choleopus):

% Alimentos
50 - 60 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, bertalha,
cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela, pepino,
pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, brócolis,
couve-flor, couve, flores etc. FOLHAS DE IMBAÚBA
20 - 30 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
5 - 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido

O que oferecer (Tamanduás):

% Alimentos
70 - 100 Papa com leite baixa lactose ou leite de soja (50%), iogurte (5%),
ração para felino (20%), frutas (10%) como banana, mamão e
maçã, verduras (5%) espinafre, couve ou vegetais bem verdes,
gema de ovo (5%), carne moída (5%).
10 - 30 Carne moída com suplemento de carbonato de cálcio (15g/kg)
5 Gema de ovo

Obs: A carne moída e a gema de ovo podem ser fornecidas na época de


adaptação
113

O que oferecer (gênero Dasypus):

% Alimentos
20 - 30 Ração cães filhotes
40 - 50 Vegetais cozidos: cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha,
berinjela, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, brócolis, couve-
flor, couve, flores etc.
20 - 30 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
5 - 10 Alimentos ocasionais: ovo cozido, tenébrios, grilos e baratas

O que oferecer (gênero Priodontes e Cabassous):

% Alimentos
40 - 50 Ração gatos
10 - 20 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
15 - 30 Carne bovina, frango, ovo cozido, tenébrios, grilos e baratas
Freqüência: Diária, 1x ao dia, preferencialmente na parte da tarde, nos horários
mais frescos do dia. Alimentos ocasionais: 2 a 3x na semana.

Tipo de Corte: Para tatus, cortes pequenos. Para preguiças, cortes compridos
para facilitar a apreensão. Tamanduás, carne moída e papa batida no
liquidificador.

Apresentação da dieta:
Oferecer o alimento
misturado. Vasilhames rasos.

Cuidados: Fermentação dos


alimentos porque são
misturados, principalmente a
papa do tamanduá. Devem
ser fornecidos e mantidos no recinto o tempo suficiente para o consumo e
retirados logo em seguida.

Não fornecer: Leite com lactose.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.


Cuidar com a vitamina K e a taurina para tamanduás.
114

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75

Filhotes: Para preguiças – sucedâneo de leite para crianças sem lactose. Iniciam
a ingestão de alimento sólido bem cedo, logo na 1ª semana. Além do leite, podem
ser oferecidas algumas verduras e frutas. Molhar as verduras no soro fisiológico
para manter o filhote bem hidratado. Para tamanduás e tatus – sucedâneo de leite
para cães e gatos. Todas as fórmulas devem ser amornadas para facilitar a
digestão. A ingestão é cerca de 10 a 20% do peso vivo diariamente e a freqüência
das mamadas a cada 3 horas inicialmente. Da mesma forma que os primatas,
para preguiças e tamanduás é preciso oferecer algo onde o filhote possa se
agarrar (bicho de pelúcia, pedaço de pano amarrado, etc.). Mantê-los sempre
aquecidos.
115

10.4. ORDEM LAGOMORPHA (Coelho, Lebre)

São herbívoros especializados que, na


natureza, se alimentam desde
folhagens suculentas, capim, grama e
botões de flores, até materiais mais
duros como casca de árvores e folhas.

Em cativeiro, facilmente aceitam uma


dieta rica em vegetais folhosos,
algumas frutas e ração comercial para
coelhos (ver linha natural Purina).

Fisiologicamente são ceco funcionais e praticam a coprofagia


(cecotrofagia). Pela fermentação da matéria digerível a flora cecal produz
aminoácidos, ácidos graxos e vitaminas do complexo B e K. Na composição dos
cecotrófos estão aminoácidos, nitrogênio, fibra, vitaminas do complexo B e
eletrólitos.

O que oferecer:

% Alimentos
60 - 70 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, bertalha,
cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela, pepino,
pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, brócolis,
couve-flor, couve, flores etc.
5 - 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
20 - 30 Ração para coelhos

Freqüência: Diária, 1x ao dia.

Tipo de Corte: Cortes grandes. As verduras podem ser fornecidas inteiras.

presentação da dieta: Oferecer a ração seca separada dos outros itens para
evitar fermentação. Vasilhames de profundidade média. Os vegetais crus podem
ser substituídos ou complementados por grama, capim, folha de bananeira,
laranjeira, amendoeira, romãzeira, etc.

Cuidados: Com a proporção dos vegetais.


116

Não fornecer: Só ração ou só fruta.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75 ou, em média, 4% do
Peso Vivo.

Filhotes: O ideal, se possível, é que coelhos órfãos sejam alimentados por uma
fêmea com ninhada. Se os filhotes estiverem no mesmo tamanho, a aceitação é
melhor. A aplicação de uma gota de óleo com cheiro de pinho nas narinas da mãe
adotiva ajuda a reduzir as chances de rejeição. Ficam independentes com a partir
de 18 ou 21 dias de idade.

A criação artificial é difícil. Recém-nascidos devem ser alimentados com 1 a


4 ml de um substituto ao leite materno (ver fórmula abaixo), no máximo, a cada 12
horas. Preferencialmente 1x ao dia. O filhote deve ser seguro com o dorso voltado
para a palma da mão, como se estivesse dentro de uma xícara para estimular a
amamentação em sua posição natural. O erro mais comum é alimentar o órfão
com grandes quantidades de leite, várias vezes ao dia.

Composição do Leite de Lagomorfos:

Sólidos Totais % Componentes Sólidos


Gordura Proteína Carboidratos
Coelhos 36,1 50,7 38,5 5,8
Lebres 40,8 34,1 58,1 4,2

Fórmulas Substitutas do Leite Materno:

Fórmula 1 Fórmula 2
1 gema de ovo 120 ml de leite em pó reconstituído
240 ml de leite em pó reconstituído 120 ml de água
240 ml de água 15 ml de karo
5 ml de mel 1 gema de ovo
5 ml de polivitamínico
117

10.5. ORDEM ROEDORES (Capivara, Cutia, Paca, Ouriço)

São essencialmente herbívoros, alimentando-se


folhas, frutos, raízes, plantas aquáticas (Myocastor
coypus e Hydrochaeris hydrochaeris). À
semelhança dos lagomorfos, muitos roedores,
especialmente os eminentemente vegetarianos
praticam a coprofagia. Esse comportamento
otimiza o aproveitamento da celulose por meio da
digestão mediada por microrganismos simbióticos que residem nos grandes
cecos. Há também um enriquecimento nutricional, especialmente de vitaminas do
complexo B.

O que oferecer:

% Alimentos
60 - 70 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, bertalha,
cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela, pepino,
pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, brócolis,
couve-flor, couve, flores etc.
5 - 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
20 - 30 Ração para coelhos

Freqüência: Diária, 1x ao dia.

Tipo de Corte: Cortes grandes. As verduras podem ser fornecidas inteiras.

presentação da dieta: Oferecer a ração seca separada dos outros itens para
evitar fermentação. Vasilhames de profundidade média. Os vegetais crus podem
ser substituídos ou complementados por grama, capim, folha de bananeira,
laranjeira, amendoeira, romãzeira, etc.

Cuidados: Com a proporção dos vegetais.

Não fornecer: Só ração ou só fruta.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75
118

Filhotes: Não há muito mistério na alimentação porque, precocemente, passam a


ingerir alimentos sólidos. Uma sugestão é o fornecimento de queijo petit suisse na
primeira semana. Entende-se por queijo "Petit Suisse", o queijo fresco, não
maturado, obtido por coagulação do leite com coalho e/ou de enzimas específicas
e/ou de bactérias específicas, adicionado ou não de outras substâncias
alimentícias.

O alimento pastoso pode ser oferecido diretamente na boca com uma


seringa sem agulha. As formulações pediátricas sem lactose apresentam boa
aceitação.

A freqüência varia de acordo com a quantidade de alimento oferecido que


não deve ultrapassar 20% do peso vivo. A média de consumo é de 10 a 20% do
peso vivo e a média de fornecimento é de 2 a 3 vezes por dia. Mamadeiras
pequenas ou seringas sem agulhas podem ser utilizadas.

É muito importante que a administração do substituto ao leite materno com


a seringa seja feita sempre pelo canto da boca do filhote, controlando o fluxo com
o dedo polegar, para evitar que grandes quantidades saiam de uma só vez
diretamente na garganta, possibilitando engasgo e uma falsa via – se o leite cair
no pulmão, mesmo que em pequenas quantidades, em médio prazo, o filhote pode
apresentar um quadro de pneumonia.
119

10.6. ORDEM CARNÍVORA – Canidae (Lobo-guará, Cachorro-do-mato,


Raposa-do-campo)

A história evolutiva dos canídeos sugere uma


dieta mais onívora na natureza, quando
comparados aos felídeos, que por sua vez são
carnívoros restritos. Os canídeos,
fisiologicamente e anatomicamente, possuem
melhor adaptação e, conseqüentemente, maior
tolerância a carboidratos na dieta – não possuem
amilase salivar, mas possuem amilase pancreática eficiente. De uma forma geral,
os canídeos possuem o trato gastrointestinal relativamente curto, sendo o intestino
grosso caracterizado por um pequeno ceco e
cólon simples (Stevens e Hume, 1995).

A dieta na natureza é muito variada.


Enquanto os lobos-guarás (Chrysocyon
brachyurus) são basicamente onívoros, mas,
em determinadas épocas do ano chegam a
consumir quase 60% da dieta de um único fruto chamado lobeira (Solanum
lycocarpum), os cachorros-do-mato e raposas-do-campo são onívoros compondo
grande parte da sua dieta com matéria de origem animal. O mais adaptado à
carnivoria é o cachorro-vinagre (Speothos venaticus).

O cachorro-do-mato-vinagre é considerado um carnívoro diurno, que tem


como hábito alimentar crustáceos, cutias e pacas, sendo que em grupo caçam
animais maiores como capivaras e emas jovens. A paca é considerada como sua
principal presa (Nowak, 1991; Ewer, 1998).

De acordo com o Protocolo para Conservação do Lobo-Guará, a dieta


deve ser planejado de modo que:

• possua um conteúdo protéico baixo a moderado, entre 20-25% de proteína,


DMB (base de matéria seca) para reduzir a quantidade de cistina que os
rins podem excretar.
• promova saúde oral (comida seca vs. suave).
120

• resulte em fezes bem formadas (refeição de soja pode exacerbar a


dissolução das fezes).
• resulte em urinas mais alcalinas (comidas com alto carboidrato, baixa
proteína animal promoverão urina alcalina).

O que oferecer (Lobo-guará):

% Alimentos
20 - 30 Frutos com casca e vegetais: mamão, melão, melancia, banana,
maçã, uva, manga, coco, tomate, frutos de época, cenoura,
beterraba, vagem, abobrinha, abóbora, etc.
5 - 10 Carne, frango, ovo, animais de biotério
50 - 70 Ração para cães

O que oferecer (Cachorros-do-mato e Raposinha-do-campo):

% Alimentos
10 - 20 Frutos com casca e vegetais: mamão, melão, melancia, banana,
maçã, uva, manga, coco, tomate, frutos de época, cenoura,
beterraba, vagem, abobrinha, abóbora, etc.
20 - 30 Carne, frango, ovo, animais de biotério
40 - 50 Ração para cães

O que oferecer (Cachorro-vinagre):

% Alimentos
5 - 10 Frutos com casca e vegetais: mamão, melão, melancia, banana,
maçã, uva, manga, coco, tomate, frutos de época, cenoura,
beterraba, vagem, abobrinha, abóbora, etc.
40 - 50 Carne, frango, ovo, animais de biotério
40 - 50 Ração para cães

Freqüência: Diária, 1x ao dia, à tarde.

Tipo de Corte: Cortes médios. Para cachorro-vinagre o corte deve ser bem
menor, proporcionalmente, ao corte para lobo-guará.

Apresentação da dieta: Para facilitar a aceitação, sugere-se misturar todos os


ingredientes na fase de adaptação. Após a fase de adaptação, oferecer a ração
seca separada dos outros itens para evitar fermentação. Vasilhames de
profundidade média.
121

Cuidados: Para lobo-guará – cuidado com o excesso de proteína animal na dieta.


Essa espécie apresenta uma redução, aparentemente genética, na taxa de
reabsorção tissular de cistina e outros aminoácidos dibásicos, levando a cistinúria
e formação de cálculos urinários. Em um trabalho realizado com lobos-guarás em
cativeiro, constatou-se que grande parte dos animais estava com excesso de
cistina circulante, indicando que grande parte da dieta era constituída de carnes.

Outro grande cuidado é com a obesidade. Dependendo do tempo que o


animal permanece no Cetas, é importante adequar a quantidade dos alimentos
fornecidos ao grau de atividade dos animais e tamanho do recinto. Cachorros-do
mato, Raposas-do-campo e Cachorro-vinagre são muito suscetíveis a obesidade.

Não fornecer: Só carnes. Ovo cru. A clara de ovo contém uma proteína chamada
de avidina, que se liga a biotina muito fortemente (muito ativamente). O cozimento
da clara de ovo desnatura a avidina e abole a atividade de ligação à biotina.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.


Para as carnes, acrescentar 15g de Carbonato de cálcio por kg carne.

Quantidade: Variável de acordo com o


peso e o tamanho do animal, além das
condições de manejo. Fórmula padrão NEM =
140 x (PC) 0,75

Filhotes: O melhor leite para fornecer aos


animais carnívoros são os sucedâneos para
filhotes de cães e gatos. Podem ser fornecidos

Posição correta de amamentar de acordo com as recomendações constantes no


Fonte: www.dkimagens.com
rótulo. Além do leite, alguns cuidados
importantes com o manejo. Massageie
gentilmente a barriguinha do filhote para
estimular o trânsito intestinal. Com um algodão
limpo embebido em água morna, esfregue
gentilmente a região genital e anal. Com isso
você imita a mamãe cadela, que lambe essas
regiões para estimular a micção e a defecação

Estímulo para defecar e urinar


Fonte: www.dkimagens.com
122

nos bebês. Quando o filhote completar três semanas de vida, você pode começar
a adicionar um pouco de aveia cozida e um pouquinho de fígado, rim ou coração
moído à fórmula. A partir da 4ª semana promova o desmame.

Manejo desenvolvido pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da


Universidade de São Paulo (USP)

Até o desmame (ao redor da 6a semana de vida) a alimentação deve se basear,


preferencialmente, em leite materno. Caso seja necessário pode se recorrer ao
leite artificial (sucedâneo), administrando-o, a 37ºC, 6 vezes ao dia:

Sucedâneo para cães e gatos

• 200 ml de leite em pó integral (Ninho, Glória, etc.)


• 1 gema de ovo
• 1 pitada de sal
• 1 colher das de chá de óleo vegetal
• 1 colher das de chá de mel ou dextrosol
• 10 gotas de Kalyamon B12 ou Ostelin B12
* acrescentar 2 colheres das de sopa de água (no caso de cães)

Quantidade diária requerida (ml)

Idade em dias % do peso corpóreo


3 20
7 25
14 30
21 40

Após a 3a semana de vida oferecer o leite artificial à vontade. Após o desmame,


deve-se, gradualmente, fornecer alimentação sólida, no mínimo 3 vezes ao dia.
Após o primeiro ano de vida o animal deve receber pelo menos 2 refeições sólidas
diárias. O animal deve ter horários fixos de alimentação, evitando-se os alimentos
entre as "refeições”. Os recipientes devem ser retirados nos períodos entre as
"refeições" e ser higienizados adequadamente (evitar tigelas plásticas).
123

Fórmula caseira desenvolvida por "Dr. Pitcairn's Complete Guide to Natural


Health for Dogs & Cats", de 2005, escrito pelo médico-veterinário norte-
americano Richard Pitcairn, homeopata e Ph.D em Imunologia. Retirado do
site: www.cachorroverde.com.br

Essa fórmula caseira apresenta uma composição bastante próxima dos


constituintes do leite da cadela, que contém 33,2% de proteína, 44,1% de gordura,
15,8% de carboidrato e 6,9% minerais. Nossa sugestão de substituto do leite
canino contém 33% de proteína, 43% de gordura, 21% de carboidratos e 3% de
minerais. A proporção de cálcio e fósforo adotada é de 1.3 para 1, ou seja,
bastante próxima do que é considerado ideal atualmente. Cada xícara dessa
fórmula caseira fornece 250kcal. Receita:

• 3/4 de xícara, sendo metade creme de leite integral + metade leite integral
(de preferência, de cabra)
• 1 xícara de leite integral (de preferência, de cabra)
• 2 ovos grandes
• 1/2 colher de sopa de proteína em pó (de fontes animais)
• 1/3 de uma colher de chá de pó de casca de ovos
• 5 gotas de limão

Se não for possível comprar leite de cabra integral, procure optar por leite A
integral de vaca, não submetido ao processamento UHT.
124

10.7. ORDEM CARNÍVORA – Felidae (Onça, Suçuarana, Jaguatirica, Gato-do-


mato)

Carnívoros estritos, os felinos possuem


características bem específicas que tornam a
elaboração da dieta um desafio para o técnico.
Na natureza, alimentam-se de presas de
tamanhos variados (mamíferos, aves, répteis,
anfíbios, peixes), mas, em cativeiro,
normalmente são alimentados com dieta à base de músculo bovino e frango. Em
médio prazo, essas dietas, sem a devida suplementação, podem ser nocivas. Da
mesma forma que os canídeos, possuem o trato gastrointestinal relativamente
curto, sendo o intestino grosso caracterizado por um pequeno ceco e cólon
simples (Stevens e Hume, 1995).

O que oferecer (Grandes Felinos: Onças):

% Alimentos
80 - 90 Carne, frango, coração bovino, fígado, animais de biotério
5 - 10 Ração para felinos
à vontade Vegetação não tóxica (capim tenro)

O que oferecer (Pequenos Felinos: gato do mato, jaguatirica):

% Alimentos
70 - 80 Carne, frango, coração bovino, fígado, animais de biotério
10 - 15 Ração para felinos
>5 Patê para felinos
à vontade Vegetação não tóxica (capim tenro)

Freqüência: Diária, 1x ao dia, ao entardecer. Para grandes felinos (onças) é


aconselhável 1 dia de jejum na semana. Alimentos como fígado e coração devem
ser fornecidos, no máximo, 2 vezes na semana. Se a dieta for composta de
animais de biotério, coração e fígado não são necessários. Sugere-se que os
animais de biotério sejam fornecidos, pelo menos, 3x na semana.

Tipo de Corte: De acordo com o tamanho. Em pedaços.


125

Apresentação da dieta: Para facilitar a aceitação, sugere-se misturar todos os


ingredientes na fase de adaptação. Após a fase de adaptação, oferecer a ração
seca separada dos outros itens para evitar fermentação. Vasilhames rasos. Para
facilitar a aceitação da ração, pode triturá-la e polvilhar sobre a carne. À medida
que os felinos aceitarem a ração sugere-se aumentar em, no máximo, 10% a
proporção deste alimento na dieta.

Cuidados: Cuidado com os dentes. Oferecer


ossos grandes para roer, dianteiros com osso ou
costela ou frango inteiro com as vísceras (para
grandes felinos). Não retirar toda a gordura da
carne (fonte de ácido araquidônico). Outro grande
cuidado é com a obesidade. Dependendo do
tempo que o animal permanece no Cetas, é
importante adequar a quantidade dos alimentos
fornecidos ao grau de atividade dos animais e
tamanho do recinto.

Não fornecer: Ração para cães. Animais de


biotério muito jovens. Se o felino se alimenta
exclusivamente de aves, oferecer codornas é uma melhor alternativa ao pintinho.
Neonatos estão em formação e possuem diferenças significativas nos teores
nutricionais. (ver composição nutricional no capítulo sobre répteis). Animais
provenientes de atropelamento ou vísceras descartadas sem passar por um
processo de congelamento a 12oC negativos por, pelo menos, 5 dias, para evitar
contaminação por Toxoplasma gondii.

Suplementação: 15 de Carbonato de cálcio por Kg de carne. A proporção


inadequada de cálcio e fósforo na dieta pode ocasionar problemas nutricionais
como: osteodistrofia, insuficiência renal e hiperparatireodismo secundário
nutricional.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


0,75
condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) ou 4 a 6% do peso
vivo.
126

Filhotes: O melhor leite para fornecer aos


animais carnívoros são os sucedâneos para
filhotes de cães e gatos. Podem ser fornecidos de
acordo com as recomendações constantes no
rótulo. Há recomendação de especialistas que

Figura 3 – Amamentação de filhotes trabalham no Centro Brasileiro para Conservação


Fonte: www.dkimagens.com
de Felinos que a diluição deve ser o dobro do
recomendado para evitar estagnação digestória. Sugere-se acrescentar ao leite
comercial, uma gota de óleo vegetal e 0,5 ml de probiótico, aumentando-se
gradativamente. Além do leite, alguns cuidados importantes com o manejo.
Massageie gentilmente a barriguinha do filhote para estimular o trânsito intestinal.
Com um algodão limpo embebido em água morna, esfregue gentilmente a região
genital e anal. Com isso você imita a mamãe gata, que lambe essas regiões para
estimular a micção e a defecação nos bebês. A fórmula da USP pode ser vista no
item sobre filhotes de canídeos. Nas primeiras 12 horas de vida, deve-se oferecer
apenas solução glicosada. Após esse período, uma mistura de 50% de solução
glicosada e 50% de leite. A partir do 3º dia, só leite. Quando o filhote completar
três semanas de vida, pode começar a adicionar
papinha de desmame. A partir da 4ª semana
promova o desmame.

Os filhotes devem ser amamentados a


cada 2 horas nos primeiros 10 dias, passando
para 3 horas após esse período. O importante é
que as mamadas estejam distribuídas em um intervalo de 17 horas. A quantidade
varia entre 20 a 40 ml/ Kg de peso vivo. A temperatura ambiente deve ser mantida
em torno de 29,4 e 32oC, nas primeiras 3 semanas, e depois entre 21,2 e 23,9oC.
127

Fórmula caseira desenvolvida por "Dr. Pitcairn's Complete Guide to Natural


Health for Dogs & Cats", de 2005, escrito pelo médico-veterinário norte-
americano Richard Pitcairn, homeopata e Ph.D em Imunologia. Retirado do
site: www.cachorroverde.com.br

Essa fórmula caseira chega bem perto dos constituintes do leite da gata, que
contém 42,2% de proteína, 25% de gordura, 26.1% de carboidrato e 6,7%
minerais. O substituto do leite felino contém 44% de proteína, 25% de gordura,
26% de carboidratos e 4% de minerais. A proporção de cálcio e fósforo adotada é
de 1.2 para 1, ou seja, bastante próxima do que é considerado ideal atualmente.

Receita:

• 2 xícaras de leite integral (se possível, de cabra)


• 2 ovos grandes
• 5 colheres de chá de pó de proteína (de fontes animais)
• 1/8 de colher de chá de pó de casca de ovos
• 2-3 gotas de limão
• o equivalente à dosagem de um ou dois dias de complexo vitamínico para
um gato adulto, em pó ou em comprimido, porém triturada
• 100mg de suplemento de taurina (se já estiver presente no complexo
vitamínico para gatos, não precisa)
Rende: 3 xícaras de fórmula, cerca de 190 calorias por xícara.

Dicas para controlar a diarréia e a constipação (válido para canídeos e felídeos):

Diarréia: Aqui vai uma fórmula herbal bastante útil para tratar diarréia em filhotes
novinhos. Prepare um chá de camomila: adicione 470 ml de água fervente à 2
colheres de chá de erva de camomila desidratada (a "de verdade", não a de
saquinho de chá). Deixe infundir por 10 minutos, coe e acrescente ½ colher de chá
de sal marinho. Dê uma dose - o equivalente a uma mamada de alguns minutos -
três vezes ao dia. Entre cada dose, administre a solução eletrolítica via oral, de
acordo com a recomendação do veterinário.
128

Constipação: Constipação é outro problema que pode ocorrer. Geralmente


resulta da oferta de pouca fórmula ou de estimulação insuficiente para defecação
após as mamadas - uma tarefa que cabe a você. Quando ficam constipados, os
filhotes apresentam barriguinhas estufadas e ficam apáticos. Podem se afastar do
ninho e se tornam frios ao toque. É sinal de que não estão nada bem. Uma opção
de tratamento sem efeitos colaterais é com o remédio homeopático Nux Vomica
na potência 6CH. Uma única administração geralmente é o suficiente. Pode-se
dissolver os glóbulos homeopáticos (as bolinhas) em um pouco de água filtrada e
pingar algumas gotas na boquinha do filhote. Se a constipação persistir, um
tratamento mais apropriado deve ser feito, sempre com a supervisão do médico
veterinário.
129

10.8. ORDEM CARNÍVORA – Mustelidae (Ariranha, Lontra, Furão, Irara)

De estritamente carnívoros (ariranha e


lontra) a onívoros (furão e irara), os
mustelídeos possuem um sistema
digestivo caracterizado pela simplicidade,
parecido com os canídeos e felinos,
porém, sem ceco. Na natureza, as iraras
alimentam-se de roedores e coelhos,
aves, pequenos veados (Mazama sp.),
mel e frutas. Os furões consomem frutas, ovos, aves, mamíferos, invertebrados,
répteis e anfíbios. As ariranhas e lontras comem, principalmente, peixes e
crustáceos, mas pode incluir também répteis, aves e pequenos mamíferos.

O que oferecer (Ariranha e Lontra):

% Alimentos
80 - 90 Peixe, carne, frango, coração bovino, fígado, animais de biotério
5 - 10 Ração para felinos

O que oferecer (Furão e Irara):

% Alimentos
50 - 60 Carne, frango, coração bovino, fígado, animais de biotério
10 - 20 Ração para felinos
10 - 20 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc
<5 Alimentos ocasionais: mel e ovos

Freqüência: Diária, 1x ao dia, ao entardecer. Alimentos como fígado e coração


devem ser fornecidos, no máximo, 2 vezes na semana. Se a dieta for composta de
peixes e animais de biotério, coração e fígado não são necessários. Sugere-se
que os animais de biotério sejam fornecidos, pelo menos, 2x na semana.

Tipo de Corte: Peixes de pequeno a médio porte. Os pedaços de frutas e carnes


de acordo com o tamanho do animal.
130

Apresentação da dieta: Para facilitar a aceitação, sugere-se misturar todos os


ingredientes na fase de adaptação. Após a fase de adaptação, oferecer a ração
seca separada dos outros itens para evitar fermentação. Vasilhames rasos. Para
facilitar a aceitação da ração, pode triturá-la e polvilhar sobre a carne. À medida
que aceitarem a ração sugere-se aumentar até a proporção máxima.

Cuidados: Não retirar toda a gordura da carne (fonte de ácido araquidônico).


Outro grande cuidado é com a obesidade. Dependendo do tempo que o animal
permanece no Cetas, é importante adequar a quantidade dos alimentos fornecidos
ao grau de atividade dos animais e tamanho do recinto.

Não fornecer: Animais de biotério muito jovens. Animais provenientes de


atropelamento ou vísceras descartadas sem passar por um processo de
congelamento a 12oC negativos por, pelo menos, 5 dias, para evitar contaminação
por Toxoplasma gondii.

Suplementação: 15 de Carbonato de cálcio por Kg de carne. Lembre-se de


suplementar o peixe congelado com Vitamina B1 (p.ex. levedo de cerveja) e
colocar uma boa fonte de Vitamina E (p.ex. óleo de fígado de bacalhau), caso o
pescado seja mais gorduroso.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75

Filhotes: ver item sobre canídeos e felinos.


131

10.9. ORDEM CARNÍVORA – Procyonidae (Quati, Mão-pelada, Jupará)

Todos os representantes desta ordem são


onívoros, no entanto, apenas o quati e o
mão-pelada apresentam características de
predação. O Jupará apresenta-se mais
frugívoro com ingestão de invertebrados,
especialmente formigas. A dieta em cativeiro é
composta basicamente de uma fonte de
ração, frutas, carnes e ovos.

O que oferecer (Quati e Mão-pelada):

% Alimentos
20 - 30 Carne, frango, coração bovino, fígado, animais de biotério
30 - 40 Ração para cães
10 - 20 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc
5 - 10 Alimentos ocasionais: mel e ovos

O que oferecer (Jupará):

% Alimentos
30 - 40 Ração para cães
30 - 40 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc
5 - 10 Alimentos ocasionais: mel e ovos
5 - 10 Vegetais diversos (podem ser cozidos levemente para melhorar
a aceitação): cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela,
pepino, pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão,
brócolis, couve-flor, couve, flores etc

Freqüência: Diária, 1x ao dia, ao entardecer (jupará e mão-pelada) e pela manhã


(quatis). Alimentos como fígado e coração devem ser fornecidos, no máximo, 2
vezes na semana. Se a dieta for composta de animais de biotério, coração e
fígado não são necessários. Sugere-se que os animais de biotério sejam
fornecidos, pelo menos, 2x na semana.

Tipo de Corte: Os pedaços de frutas e carnes de tamanho médio.


132

Apresentação da dieta: Para facilitar a aceitação, sugere-se misturar todos os


ingredientes na fase de adaptação. Após a fase de adaptação, oferecer a ração
seca separada dos outros itens para evitar fermentação. Vasilhames rasos. Para
facilitar a aceitação da ração, pode triturá-la e polvilhar sobre a carne. À medida
que aceitarem a ração sugere-se aumentar até a proporção máxima.

Cuidados: Não retirar toda a gordura da carne (fonte de ácido araquidônico).


Outro grande cuidado é com a obesidade. Dependendo do tempo que o animal
permanece no Cetas, é importante adequar a quantidade dos alimentos fornecidos
ao grau de atividade dos animais e tamanho do recinto.

Não fornecer: Animais de biotério muito jovens. Animais provenientes de


atropelamento ou vísceras descartadas sem passar por um processo de
congelamento a 12oC negativos por, pelo menos, 5 dias, para evitar contaminação
por Toxoplasma gondii.

Suplementação: 15 de Carbonato de cálcio por Kg de carne. Lembre-se de


suplementar o peixe congelado com Vitamina B1 (p.ex. levedo de cerveja) e
colocar uma boa fonte de Vitamina E (p.ex. óleo de fígado de bacalhau), caso o
pescado seja mais gorduroso.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75

Filhotes: ver item sobre canídeos e felinos


133

10.10. ORDEM PERISSODACTYLA – Tapiridae (Antas)

São essencialmente herbívoros com uma


estratégia alimentar seletiva. Em vida livre,
preferem fontes de fibra mais nobres e sua
dieta varia consideravelmente de acordo com a
sazonalidade. Alimentando-se folhas, frutos,
raízes, plantas aquáticas e bromélias.
Fisiologicamente, possuem ceco bem
desenvolvido e são muito semelhantes aos
eqüídeos.

O que oferecer:

% Alimentos
30 - 40 Feno de gramínea ou gramínea in natura (coast-cross, tifton ou
qualquer outra oferecida aos eqüídeos)
5 - 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
20 - 30 Ração para eqüinos
10 - 20 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, bertalha,
cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela, pepino,
pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, brócolis,
couve-flor, couve, flores etc.

Freqüência: Diária, 2x ao dia. A primeira alimentação deve ser com o volumoso


(capim natural ou feno).

Tipo de Corte: Cortes médios. As verduras podem ser fornecidas inteiras.

Apresentação da dieta: Oferecer a ração seca separada dos outros itens para
evitar fermentação. Vasilhames de profundidade média. Os vegetais crus podem
ser substituídos ou complementados por grama, capim, folha de bananeira,
laranjeira, amendoeira, romãzeira, etc.

Cuidados: Com a proporção dos vegetais. O volumoso deve ser o principal item
da dieta.

Não fornecer: Só ração ou só fruta.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.


134

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75

- Zoológico de Gramado

Filhotes: Leite de cabra levemente aquecido, a cada 3 horas nas primeiras


semanas de vida, aumentando o intervalo entre as mamadas gradativamente. O
filhote mama de 10 a 20% do peso vivo por dia. Na falta do leite de cabra pode ser
oferecido o leite de vaca integral tipo
A. Manter o filhote em ambiente
aquecido. Os filhotes iniciam a
ingestão de alimentos sólidos a
partir dos 5 ou 6 dias de idade.
Pedaços pequenos de frutas e
vegetais podem ser fornecidos em
princípio, juntamente com gramíneas
tenras. Gradativamente acrescenta-se ração para potros e feno.
135

10.11. ORDEM ARTIODACTYLA – Tayassuidae (Queixada, Cateto)

São essencialmente onívoros com uma


predominância de itens de origem vegetal
(90%) quando comparados ao de origem
animal. Os itens vegetais principais são
tubérculos, raízes, sementes, folhas e frutos.
Insetos, anfíbios, répteis, aves, ovos e
mamíferos, compõem a porção da dieta de
origem animal. Em cativeiro, uma fonte de volumoso associada a uma ração
comercial, mantém esses animais sem maiores problemas. São de fácil
adaptação. Fisiologicamente, possuem ceco funcional e estômago
compartimentado, lembrando o aspecto do estômago de ruminantes. No entanto,
estudos mostram que no estômago não ocorre fermentação, apenas na região do
ceco.

O que oferecer:

% Alimentos
30 - 40 Feno de gramínea ou gramínea in natura (coast-cross, tifton ou
qualquer outra oferecida aos eqüídeos)
5 - 10 Frutos com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã, uva,
manga, coco, tomate, frutos de época etc.
20 - 30 Ração para suínos ou eqüinos
10 - 20 Vegetais crus: chicória, agrião, mostarda, acelga, bertalha,
cenoura, beterraba, abóbora, abobrinha, berinjela, pepino,
pimentão, vagem, ervilha, milho, broto de feijão, brócolis,
couve-flor, couve, flores etc.

Freqüência: Diária, 2x ao dia. A primeira alimentação deve ser com o volumoso


(capim natural ou feno).

Tipo de Corte: Cortes médios. As verduras podem ser fornecidas inteiras.

Apresentação da dieta: Oferecer a ração seca separada dos outros itens para
evitar fermentação. Vasilhames de profundidade média. Os vegetais crus podem
ser substituídos ou complementados por grama, capim, folha de bananeira,
laranjeira, amendoeira, romãzeira, etc.
136

Cuidados: Com a proporção dos vegetais. O volumoso deve ser o principal item
da dieta.

Não fornecer: Só ração ou só fruta.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além das


condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) 0,75

Filhotes: Leite de cabra levemente aquecido, a cada 3 horas nas primeiras


semanas de vida, aumentando o intervalo entre as mamadas gradativamente. O
filhote mama de 10 a 20% do peso vivo por dia. Na falta do leite de cabra pode ser
oferecido o leite de vaca integral tipo A. Manter o filhote em ambiente aquecido.
Os filhotes iniciam a ingestão de alimentos sólidos a partir dos 5 ou 6 dias de
idade. Pedaços pequenos de frutas e vegetais podem ser fornecidos em princípio,
juntamente com gramíneas tenras. Gradativamente acrescenta-se ração para
potros e feno.
137

10.12. ORDEM ARTIODACTYLA – Cervidae (Mazama)

São herbívoros ruminantes seletivos.


Os itens vegetais principais são
tubérculos, raízes, sementes, folhas e
frutos. Insetos, anfíbios, répteis, aves,
ovos e mamíferos, compõem a porção da
dieta de origem animal. Em cativeiro, uma
fonte de volumoso associada a uma
ração comercial, mantém esses animais
sem maiores problemas. São de fácil adaptação. Fisiologicamente, possuem ceco
funcional e estômago compartimentado, lembrando o aspecto do estômago de
ruminantes. No entanto, estudos mostram que no estômago não ocorre
fermentação, apenas na região do ceco. Estudos realizados no Setor de Animais
Silvestres do Departamento de Zootecnia da UNESP/Jaboticabal relatam que a
adaptação ao feno é difícil e que volumosos oferecidos frescos como a alfafa
(Medicago sativa), soja-perene (Neonotonia wightii), amoreira (Morus alba),
leucena (Leucaena leucocephala), galactia (Galactia striata), amendoim-forrageiro
(Arachis pintoi), rami (Boehmeria nívea) e plantas invasoras como o caruru
(Amaranthus deflexus), a trapueraba (Commelina benghalensis) e o picão (Bidens
pilosa), são muito bem aceitos pelos animais.

O que oferecer:

% Alimentos
60 - 70 Volumosos
5 - 10 Vegetais com casca: mamão, melão, melancia, banana, maçã,
uva, manga, coco, tomate, frutos de época, chicória, agrião,
mostarda, acelga, bertalha, cenoura, beterraba, abóbora,
abobrinha, berinjela, pepino, pimentão, vagem, ervilha, milho,
broto de feijão, brócolis, couve-flor, couve, flores, etc.
25 Ração para eqüinos

Freqüência: Diária, 2x ao dia. A primeira alimentação deve ser com o volumoso.

Tipo de Corte: Cortes médios e, para os vegetais crus mais duros, em lâminas.

Apresentação da dieta: Oferecer a ração seca separada dos outros itens para
evitar fermentação. Vasilhames de profundidade média. Os volumosos fresco ou
138

feno devem ser molhados antes do fornecimento para que permaneçam verdes e
com boa textura por maior tempo.

Cuidados: Com a proporção dos vegetais. O volumoso deve ser o principal item
da dieta e fornecido diariamente.

Não fornecer: Só ração ou só fruta.

Suplementação: Não há necessidade se a dieta estiver na proporção correta.

Quantidade: Variável de acordo com o peso e o tamanho do animal, além


0,75
das condições de manejo. Fórmula padrão NEM = 140 x (PC) . O consumo de
concentrado pode ser calculado em 2 a 5% do peso vivo. O volumoso pode ficar à
vontade.

Filhotes: Leite de vaca levemente aquecido, acrescido de uma gema de ovo para
cada 300 ml de leite. Oferecido a cada 3 horas nas primeiras semanas de vida,
aumentando o intervalo entre as mamadas gradativamente. O filhote mama de 10
a 20% do peso vivo por dia. Manter o filhote em ambiente aquecido. Os filhotes
iniciam cedo a ingestão de alimentos sólidos. Pedaços pequenos de frutas e
vegetais podem ser fornecidos em princípio, juntamente com gramíneas tenras.
Gradativamente acrescenta-se ração para potros e o feno, se for o caso.
139

12. ELABORAÇÃO DE PLANILHAS DE ALIMENTAÇÃO

Uma planilha de alimentação deve ser clara e objetiva e, acima de tudo, ser
apresentada a todos os funcionários antes de sua implementação. Conceitos
como “1 colher”, “um pedaço”, “uma fatia” e outros generalistas não devem ser
usados. É preciso especificar ao máximo para que qualquer pessoa entenda o que
o animal precisa comer. Acrescentar “1 colher de sopa”, “um pedaço pequeno”,
“uma fatia fina” ajudam no processo de preparo da dieta. No entanto, qualquer
medida ou informação complementar deve ser discutida com todos os funcionários
para que eles saibam exatamente qual será a rotina da cozinha dos animais.

Além da informação sobre a quantidade, devem constar a relação dos


produtos fornecidos, a freqüência diária e semanal, a hora do fornecimento e as
observações pertinentes àquele recinto ou àquele animal. Por exemplo, se o
alimento é fornecido cru ou cozido, etc. A planilha deve ter o nome do animal, a
indicação do recinto e o número de indivíduos.
140

13. EXEMPLO DE DIETAS

É muito importante ressaltar que o objetivo deste capítulo não é fornecer


dietas prontas que serão utilizadas nos Cetas. Cada Cetas possui uma realidade
específica com seus próprios alimentos, recursos e características. Este manual
fornece subsídios básicos para que cada técnico elabore a dieta mais adequada
para os animais.

Essas dietas foram utilizadas pelo Cetas do Rio de Janeiro, ao longo do ano
de 2003 e servem como base para elaboração de planilhas e escolha de itens
alimentares.

SETOR: EXTRA VIVEIRO: 1

ANIMAL: Passeriformes QUANTIDADE DE ANIMAIS: 80

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
BANANA 3 unidade DIÁRIA
MAMÃO 1 unidade DIÁRIA
LARANJA 2 unidade DIÁRIA
JILÓ 4 unidade DIÁRIA
BERINJELA 1 unidade DIÁRIA
PEPINO 1 unidade DIÁRIA
MISTURA ALPISTE medida do cocho DIÁRIA
MISTURA SABIÁ medida do cocho DIÁRIA
FARINHADA PASSERIF medida do cocho DIÁRIA
TENÉBRIOS 25 01 peneirada 2a e 4a

OBS: PRENDER AS FRUTAS NOS GALHOS


SETOR: EXTRA VIVEIRO: 4
Alimentação em 02 vasilhas
ANIMAL: Psitaciformes QUANTIDADE DE ANIMAIS: 2

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
BANANA 1/4 unidade DIÁRIA
MAMÃO 1/8 unidade DIÁRIA
LARANJA 1/8 unidade DIÁRIA
JILÓ 1/2 unidade DIÁRIA
MAÇÃ 1/8 unidade DIÁRIA
141

COCO 1 FATIA DIÁRIA


MILHO ESPIGA 1 rodela SIM/NÃO
CENOURA 1 FATIA SIM/NÃO
MISTURA GIRASSOL medida do cocho DIÁRIA
RAÇÃO PSITACÍDEOS medida do cocho DIÁRIA

OBS: ANIMAIS EM GAIOLA

SETOR: EXTRA VIVEIRO: 4

ANIMAL: Gralha Cancã QUANTIDADE DE ANIMAIS: 2

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
BANANA 1 unidade picada DIÁRIA
MAMÃO 1/8 unidade picada DIÁRIA
LARANJA 1/4 unidade picada DIÁRIA
MAÇÃ 1/4 unidade picada DIÁRIA
FRUTA DE ÉPOCA 1/2 unidade picada DIÁRIA
AMENDOIM 1/8 unidade com casca DIÁRIA
OVO COZIDO 1 unidade cortado ao meio 4a e 6a
RAÇÃO medida do cocho DIÁRIA
TENÉBRIOS 20 grama 2a
CARNE MOÍDA C/ 20 grama 3a e 5a
CaCO3

OBS: ANIMAIS EM GAIOLA

SETOR: EXTRA VIVEIRO: 6

ANIMAL: Araras QUANTIDADE DE ANIMAIS: 4

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
BANANA 2 unidade DIÁRIA
MAMÃO 1 unidade DIÁRIA
LARANJA 2 unidade DIÁRIA
JILÓ 4 unidade DIÁRIA
MAÇÃ 2 unidade DIÁRIA
142

COCO 1/2 unidade com a casca SIM/NÃO


MILHO ESPIGA 4 unidade em rodelas SIM/NÃO
CENOURA 1 unidade DIÁRIA
MISTURA GIRASSOL medida do cocho DIÁRIA
RAÇÃO PSITACÍDEOS medida do cocho DIÁRIA

SETOR: EXTRA VIVEIRO: 8 Gaiola 02

ANIMAL: Sagui-tufo- QUANTIDADE DE ANIMAIS: 3


branco

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
PÃO COM MEL E SUPL 3/4 FATIA DIÁRIA
QUEIJO MINAS 15 pedaço DIÁRIA
R CACHORRO CRESC 30 grama DIÁRIA
TARDE
BANANA 6 rodela DIÁRIA
MAÇÃ 6 rodela DIÁRIA
MAMÃO 6 rodela DIÁRIA
LARANJA 6 rodela DIÁRIA
FRUTAS DE ÉPOCA 1 1/4 unidade em rodelas DIÁRIA
LEGUMES E Cia 12 rodela DIÁRIA
R CACHORRO CRESC 15 grama DIÁRIA
TENÉBRIOS 30 unidade 2a e 4a
OVO COZIDO CODORNA 3 unidade 4a e 6a

SETOR: EXTRA VIVEIRO: 8 (Gaiola)

ANIMAL: Gavião- QUANTIDADE DE ANIMAIS: 1


quiriquiri

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


TARDE
CARNE MOÍDA 30 grama 2a, 4a e 6a
CORAÇÃO BOVINO 30 grama 3a e 5a
MIÚDOS DE FRANGO 30 grama sab e dom
143

SETOR: EXTRA VIVEIRO: 13

ANIMAL: Bugio QUANTIDADE DE ANIMAIS: 4

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
PÃO COM MEL E SUPL 8 FATIA DIÁRIA
BANANA 8 unidade DIÁRIA
MAÇÃ 2 unidade DIÁRIA
MAMÃO 1/2 unidade 2x
semana
LARANJA 2 unidade 2x
semana
FRUTAS DE ÉPOCA 8 unidade DIÁRIA
LEGUMES E Cia 800 grama DIÁRIA
R CACHORRO CRESC 400 grama DIÁRIA
OVO COZIDO 6 unidade 4a e 6a
VERDURAS 2 molho DIÁRIA
BROTO DE à vontade 1x
ALGODOEIRO semana

SETOR: QUARENTENA VIVEIRO: 14

ANIMAL: Macaco-prego QUANTIDADE DE ANIMAIS: 1

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
PÃO COM MEL E SUPL 1 FATIA DIÁRIA
BANANA 4 unidade DIÁRIA
MAÇÃ 1/2 unidade DIÁRIA
MAMÃO 1/4 unidade DIÁRIA
LARANJA 1/2 unidade DIÁRIA
FRUTAS DE ÉPOCA 2 unidade DIÁRIA
LEGUMES E Cia 200 grama DIÁRIA
R CACHORRO CRESC 50 grama DIÁRIA
OVO COZIDO 1 unidade 4a e 6a
VERDURAS 1/4 molho 2x
semana
144

SETOR: GQ VIVEIRO: 1

ANIMAL: Araçari-poca QUANTIDADE DE ANIMAIS: 4

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
BANANA 1 unidade DIÁRIA
MAMÃO 1/4 unidade DIÁRIA
MAÇÃ 1/2 unidade DIÁRIA
MELÃO 1 FATIA DIÁRIA
FRUTA DE ÉPOCA 1 unidade Uva: 08 gomos
cortados em 4
RAÇÃO PSITACÍDEOS medida do cocho DIÁRIA

OBS1: Frutas de época que podem ser utilizadas (uva, manga e goiaba)
OBS2: NÃO UTILIZAR FRUTAS CÍTRICAS

SETOR: VIVEIRO VIVEIRO: 4

ANIMAL: Jabutis QUANTIDADE DE ANIMAIS: 13

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ (POR VOLTA DAS 10:00h)
RAÇÃO AVES FARELO 450 grama 2a, 4a, 6a
BANANA 10 unidade BEM PICADO 2a, 4a, 6a
MAÇÃ 5 unidade BEM PICADO 2a, 4a, 6a
MAMÃO 1 1/2 unidade BEM PICADO 2a, 4a, 6a
MELANCIA 750 grama BEM PICADO 2a, 4a, 6a
FRUTA DA ÉPOCA 5 unidade BEM PICADO 2a, 4a, 6a
VERDURA 1 molho BEM PICADO 2a, 4a, 6a
OVOS COZIDOS 7 unidade BEM PICADO 4a e 6a
R CACHORRO CRESC 100 grama 2a
145

SETOR: QUARENTENA VIVEIRO: 13

ANIMAL: Marrecos QUANTIDADE DE ANIMAIS: 3

PRODUTO QUANT UNID OBSERVAÇÃO FREQ


MANHÃ
R AVES CRESCIMENTO 850 grama DIÁRIA
CHICÓRIA 1/2 unidade DIÁRIA
OVO COZIDO 2 unidade 4a e 6a
146

DIETAS ESPECIAIS PARA A FASE DE ADAPTAÇÃO À DIETA

1. PAPA COM FRUTAS

15 BANANAS

01 MAMÃO

03 COLHERES DE SOPA DE FARINHADA DE PAPAGAIO

02 COLHERES DE SOPA DE NESTON

01 COLHER DE SOPA RASA DE MISTURA DE CÁLCIO

02 COLHERES DE SOPA DE MEL

MISTURAR E AMASSAR TODOS OS INGREDIENTES E DISTRIBUIR NAS


VASILHAS:

02 VASILHAS PARA VIVEIRO DE GATURAMOS (DEPÓSITO)

02 VASILHAS PARA GAIOLA GRANDE DE GATURAMOS (DEPÓSITO)

02 VASILHAS PARA VIVEIRO DE SAÍRAS (DEPÓSITO)

02 VASILHAS PEQUENAS PARA SAÍRA (DEPÓSITO)

01 VASILHA PEQUENA PARA GATURAMO NA GAIOLA (DEPÓSITO)

01 VASILHA PARA CORRUPIÃO DA GAIOLA

02 VASILHAS PARA CORRUPIÕES DO VIVEIRO

01 BANDEJA BRANCA PARA O VIVEIRO 07 DOS SANHAÇOS

• AS PAPAS DE FRUTAS DO DEPÓSITO DEVEM SER SUBSITUÍDAS Á


TARDE, FAZER METADE DA QUANTIDADE ESPECIFICADA.

• PARA ESSES ANIMAIS, ALÉM DA PAPA, COLOCAR RAÇÃO COM


FRUTAS CRISTALIZADAS EM VASILHAS SEPARADAS.

• A ÁGUA DEVE SER TROCADA DUAS VEZES POR DIA E O


BEBEDOURO BEM LIMPO E LIVRE DE RESÍDUOS DE FRUTA.
147

• CASO AS AVES SÓ ESTEJAM COMENDO BANANA E AINDA NÃO


ACEITEM A PAPA, RETIRAR A POLPA DA BANANA DA CASCA,
AMASSAR COM A PAPA E A RAÇÃO, DEIXANDO COM UMA BOA
CONSISTÊNCIA E RECHEAR A CASCA DA BANANA NOVAMENTE.

2. PAPA COM FRUTAS E RAÇÃO DE CACHORRO

02 BANANAS

1/4 MAMÃO

01 COLHER DE SOPA DE RAÇÃO DE CACHORRO MOÍDA

1/2 COLHER DE SOPA RASA DE MISTURA DE CÁLCIO

1/2 COLHER DE SOPA DE MEL

TENÉBRIOS: DISTRIBUIR CERCA DE 10 TENÉBRIOS EM CADA VASILHA


TODOS OS DIAS

MISTURAR E AMASSAR TODOS OS INGREDIENTES E DISTRIBUIR NAS


VASILHAS:

02 VASILHAS PARA PICA-PAU (E04)

PARA ESSES ANIMAIS, DEVE-SE LEMBRAR AO TRATADOR DE DEIXAR


RAÇÃO DE CACHORRO MOÍDA DISPONÍVEL.
148

VITAMINA DOS SAGUIS (Para 10 animais)

01 COLHER DE SOPA DE LEITE INTEGRAL

01 COLHER DE NESTON

½ COLHER DE SOPA DE MEL

½ GEMA DE OVO

1 COLHER DE CHÁ de GELATINA NATURAL

01 BANANA

½ COLHER DE SOPA DE SUPLEMENTO

125 ml de ÁGUA

OBS:

BATER NO LIQUIDIFICADOR E DISTRIBUIR SOBRE A RAÇÃO

QUANTIDADE DE RAÇÃO POR SAGUI: 10g


149

TABELA DE ALIMENTAÇÃO PARA MACACO-PREGO

RECINTO
No de animais 04 03 02 03 01 Unidade Frequência

PRODUTOS
Banana 16 12 8 12 4 unid Diária
Maçã 2 1½ 1 1½ 0,5 unid Diária
Mamão 1 1 ½ 1 ½ unid Diária
Laranja 2 1½ 1 1½ ½ unid Diária
Frutas de época 8 6 4 6 2 unid Diária
Legumes e Cia 800 600 400 600 200 grama Diária
Ração de Cachorro 200 150 100 150 50 grama Diária
Ovo cozido 6 4½ 3 4½ 1½ unid 4a e 6a
Verdura 1½ 1 ½ 1 ¼ molho 3a e 5a
LEGUMES E CIA: VAGEM, BERINJELA, MILHO, JILÓ, CENOURA, BETERRABA, PEPINO, COCO, ABÓBORA COZIDA e
BATATA COZIDA.FRUTAS DE ÉPOCA: ABACATE, ABACAXI, CAQUI, GOIABA, MELANCIA, MELÃO, TANGERINA, TOMATE e
UVA

OBSERVAÇÕES:

1. As frutas devem ser fornecidas com a casca;


2. A ração deve ser fornecida separadamente, pela manhã;
3. É importante observar se todos os animais estão tendo acesso à comida.
150

TABELA DE ALIMENTAÇÃO PARA SAGUIS

RECINTO
No de animais 01 02 02 01 Unidade Freqüência
PRODUTOS MANHÃ
R Cachorro 10 20 20 10 grama Diária
Vitamina 01 02 02 01 CS Diária
Pão integral ¼ ½ ½ ¼ fatia 2 , 4a e 6a
a

PRODUTOS TARDE
Queijo 05 10 10 05 pedaço Diária
Banana 02 04 04 02 rodela Diária
Maçã 02 04 04 02 rodela Diária
Mamão 02 04 04 02 rodela Diária
Laranja 02 04 04 02 rodela Diária
Fruta de época 04 08 08 04 rodela Diária
Legumes e Cia 02 04 04 02 pedaço Diária
Ração de Cachorro 05 10 10 05 grama Diária
Ovo cozido ¼ ½ ½ ¼ unid 4a e 6a
Verdura picada 1 2 2 1 folha Diária
LEGUMES E CIA: VAGEM, BERINJELA, MILHO, JILÓ, CENOURA, BETERRABA, PEPINO, COCO, ABÓBORA COZIDA e
BATATA COZIDA.
FRUTAS DE ÉPOCA: ABACATE, ABACAXI, CAQUI, GOIABA, MELANCIA, MELÃO, TANGERINA, TOMATE e UVA
OBSERVAÇÕES:
1. As frutas devem ser fornecidas com a casca, em rodelas ou pedaços pequenos;
2. É importante observar se todos os animais estão tendo acesso à comida.
151

TABELA DE ALIMENTAÇÃO PARA AVES CARNÍVORAS

RECINTO G. G. Carcará Suindara


carijó carijó
No de animais 01 02 02 01 Unidade Freqüência
PRODUTOS (Alimentação na parte da tarde)
Carne * 30 30 150 50 grama diária
Carbonato de 4,5 4,5 22,5 15 grama diária
Cálcio

OBSERVAÇÕES:

1. PARA OS GAVIÕES O FRANGO PODE SER PREPARADO EM PEDAÇOS INTEIROS E PARA AS CORUJAS, DEVE SER
PICADO

2. O Carbonato de Cálcio deve ser polvilhado nas carnes antes do fornecimento.

* CARNES: Carne de frango, músculo bovino, coração bovino ou vísceras. No caso de presas inteiras, tomar como base – 1
camundongo pesa 30g, 1 rato pesa 150g, 1 codorna pesa 80-100g, 1 pintinho (3 dias) pesa 30-60g.
152

TABELA DE ALIMENTAÇÃO PARA PSITACÍDEOS

RECINTO Arara Arara Arara Papagaio Papagaio Periquito


o
N de animais 02 02 04 02 03 Unidade Freqüência
PRODUTOS (Alimentação na parte da manhã)
Banana 1 1 2 ½ ¾ 1 unidade diária
Mamão ½ ½ 1 1/8 ¼ ½ unidade diária
Laranja 1 1 2 ¼ ¾ 1 unidade diária
Fruta de época 1 1 2 ¼ ¾ 1 unidade diária
Coco 2 2 4 1 1 2 fatia 3a e 5a
Milho verde 2 2 4 2 3 2 rodela 2a, 4 a e 6 a
Legumes e Cia 100 100 400 50 75 100 grama diária
Mistura de cocho cocho cocho cocho cocho cocho diária
Sementes
Farinhada de ovo cocho cocho cocho cocho cocho cocho diária
LEGUMES E CIA: VAGEM, BERINJELA, MILHO, JILÓ, CENOURA, BETERRABA, PEPINO, COCO, ABÓBORA COZIDA e
BATATA COZIDA.FRUTAS DE ÉPOCA: ABACATE, ABACAXI, CAQUI, GOIABA, MELANCIA, MELÃO, TANGERINA, TOMATE e
UVA
OBSERVAÇÕES:
1. As frutas devem ser fornecidas com a casca em pedaços pequenos para os periquitos, médios para papagaios e grandes
para as araras;
2. É importante observar se todos os animais estão tendo acesso à comida. Considera-se 01 comedouro para cada 02 araras,
04 papagaios e 06 periquitos.
3. As medidas “cocho” referem-se aos cochos distribuídos pelo recinto destinados à ração e à mistura de sementes que
servem como base para a quantidade diária. Devem ser limpos e repostos diariamente.
153

14. UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE NA ELABORAÇÃO DE DIETAS

O software mais utilizado para balanceamento e análise de dietas para


animais selvagens é o modelo SUPERCRAC®, desenvolvido pela
Universidade Federal de Viçosa – MG. Em princípio foi um programa
utilizado apenas para animais domésticos, mas, com o auxílio do Dr.
Eduardo Saad, zootecnista com doutorado na área de animais selvagens, o
programa foi adaptado para atender a esta área também.
É sempre bom deixar claro que a utilização de programas como este deve
ser feita por técnicos especializados e com conhecimento na área. Não é
um programa para leigos e precisa ser abastecido com informações muito
importantes para que a dieta seja elaborada com sucesso. Por isso, aos
que desejarem se aprofundar na área de nutrição de animais selvagens fica
esta ferramenta extremamente útil.
154

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E INDICAÇÕES DE LEITURA

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acids) together for optimum profit and performance. 1997. http://www.
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cows. Journal of Dairy Science, v.76, p.1091, 1993.

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“Manejo para a Conservação de Primatas Brasileiros” Livro A Primatologia no


Brasil (aceito para publicação – v.10) (2005)

“Tráfico de Animais Silvestres: (I) Estudo das Apreensões Encaminhadas ao


Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA”XXV Congresso da Sociedade
Brasileira de Zoologia – Brasília, RJ (2004)

“Tráfico de Animais Silvestres: (II) Variação Anual de Espécies Recebidas no


Centro de Triagem de Animais Silvestres” XXV Congresso da Sociedade Brasileira
de Zoologia – Brasília, RJ (2004)

“Variação Anual da Composição Bromatológica de Duas Forrageiras Cultivadas


nas Baixadas Litorâneas do Estado do Rio de Janeiro” Ciência Rural, Santa Maria,
v.34, n.2, p.523-529, março-abril (2004)

“Perfil Granulométrico da Fibra Dietética sobre Tempo Médio de Retenção e


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Zootecnia, v.33, n.6 (2004)
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“Principais Causas de Mortes dos Mamíferos Silvestres recepcionados no Centro


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XIII Encontro da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens -
ABRAVAS, Jaboticabal, SP (2004)
“Avaliação da Influência do Horário de Arraçoamento no Consumo Alimentar por
Iguana iguana na Fundação RIOZOO” Congresso Latino-Americano de
Herpetologia – Chile (2003)

“Ulilização de NaCl como regulador do consumo de suplemento energético/protéico por


Audades (Ammotragus lervia) 1 – Ingestão de água e suplemento”XXXIX Reunião Anual
da Sociedade Brasileira de Zootecnia – Recife, PE (2002)

“Parâmetros cinéticos da degradação ruminal de alimentos utilizados em


Zoológicos para diferentes espécies de ruminantes”XXXIX Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Zootecnia – Recife, PE (2002)
“Efeito do perfil granulométrico das partículas dietéticas sobre parâmetros de
desempenho de vacas leiteiras em produção”XXXIX Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Zootecnia – Recife, PE (2002)
“História Evolutiva dos Ruminantes Silvestres: Recentes considerações sobre
manejo alimentar”XXIII Congresso Brasileiro de Zoológicos, SZB – Goiânia, GO
(1999)
“Aleitamento Artificial de Primatas: 3 Relatos (Leontopithecus rosalia,
Cercopithecus pygerithus, Cebus albifrons”XXIII Congresso Brasileiro de
Zoológicos, SZB – Goiânia, GO (1999)
“Aleitamento Artificial de Ouriço Cacheiro (Sphigurus insidiosus)”XXIII Congresso
Brasileiro de Zoológicos, SZB – Goiânia, GO (1999)
“Aspectos da Digestibilidade de Carnívoros: diferenças entre Felinos e
Canídeos”XXIII Congresso Brasileiro de Zoológicos, SZB – Goiânia, GO (1999)
“Considerações sobre o arraçoamento de Iguana iguana em Cativeiro” XXIII
Congresso Brasileiro de Zoológicos, SZB – Goiânia, GO (1999)
“Preliminares sobre as preferências alimentares e balanceamento nutricional em
um terno de Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus) na Fundação RIOZOO”IX
Congresso Paulista de Zoológicos, SPZ – São Paulo, SP (1999)
“Considerações sobre a dieta do Tamanduá-Mirim (Tamandua tetradactyla,
LINNAEUS 1758) em Cativeiro”IV Encontro Internacional de Zoológicos, SZB –
Salvador, BA. (1998)
165

EMPRESA AMAZON ZOO


Fonte: http://www.amazonzoo.com.br

1. PET BIRD – FARINHADA MISTA

Indicação do Produto: Grandes Psitacídeos

Descrição do Produto: Farinhada com frutas, castanhas, ovos, insetos e mel


enriquecida com Vitaminas e Minerais (V&M) de uso continuo e podendo ser
utilizada como fonte única de alimento.

Composição Básica do produto: Proteína de soja, Gérmen de trigo, Ovo


liofilizado, Insetos, Frutas, Niger, Pimenta, Castanhas, Gordura vegetal, Girassol,
Camarão, Insetos em pó e Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Umidade 10%, Proteína 18%, Gordura 16%,


Fibras 8%, Cálcio 0,75% e Fósforo 0,45%.

2. PET BIRD – RAÇÃO EXTRUSADA PARA PAPAGAIOS

Indicação do Produto: Papagaios

Descrição do Produto: Ração extrusada 100% natural enriquecida com


Vitaminas e Minerais (V&M) de uso continuo e podendo ser utilizada como fonte
única de alimento.

Composição Básica do produto: Proteína de soja, Ovo liofilizado, Fosfato


Bicálcico, Cloreto de sódio, Gérmen de milho e Suplementos Vitamínicos e
Minerais.

Níveis de garantia do produto: Proteína 15%, Gordura 9%, Fibras 9%, Cálcio
0,5% e Fósforo 0,6%.
166

3. PET BIRD – DIETA DE SEMENTES V&M PARA PAPAGAIOS

Indicação do Produto: Papagaios

Descrição do Produto: Dieta rica em sementes e grãos com frutas e castanhas


enriquecida com Vitaminas e Minerais (V&M) de uso continua e podendo ser
utilizada como fonte única de alimento.

Composição Básica do produto: Trigo, Aveia, Milho, Canjica, Sorgo, Pimenta,


Abóbora, Arroz, Cartamo, Amendoim, Girassol Egípcio, Frutas, Castanhas e
Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Umidade 8%, Proteína 16%, Gordura 9%, Fibras
9%, Cálcio 0,59% e Fósforo 0,37%.

4. PET BIRD – FARINHA MISTA PARA CORRUPIÕES

Indicação do Produto: Corrupiões

Descrição do Produto: Farinhada Mista enriquecida com Vitaminas e Minerais


(V&M) de uso continuo e podendo ser utilizada como fonte única de alimento.

Composição Básica do produto: Proteína de soja, Gérmen de trigo, Ovo


liofilizado, Frutas, Cataxantine, Camarão, Minhoca e Insetos em pó, Gordura
vegetal, Dextrose e Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Umidade 12%, Proteína 18%, Gordura 9%,


Fibras 4%, Cálcio 2% e Fósforo 0,68%.

5. PET BIRD – RAÇÃO EXTRUSADA PARA GRANDES FRUGÍVOROS

Indicação do Produto: Grandes Frugívoros


167

Descrição do Produto: Ração extrusada e farinhada enriquecida com Vitaminas


e Minerais (V&M) de uso continuo e podendo ser utilizada como fonte única de
alimento.

Composição Básica do produto: Frutas, Peixes, Camarões, Insetos, Proteína de


soja, Ovo liofilizado, Gérmen de milho e Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Proteína 13%, Gordura 10%, Fibras 7%, Cálcio
0,6% e Fósforo 0,6%.

6. PET BIRD – PAPA PARA FILHOTES

Indicação do Produto: Araras, Ararinhas, Anacãs e outros filhotes em transição

Descrição do Produto: Papa para filhotes com Maior nível de proteína e gordura.

Composição Básica do produto: Proteína de soja, Ovo liofilizado, Calcário,


Cloreto de sódio, Germen de milho e Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Proteína 25%, Gordura 21%, Fibras 3,41%,


Cálcio 0,8% e Fósforo 0,94%.

7. PET BIRD – FARINHA MISTA PARA PEQUENOS PSITACÍDEOS

Indicação do Produto: Pequenos Psitacídeos

Descrição do Produto: Farinhada com frutas, sementes, ovos, insetos e mel


enriquecida com Vitaminas e Minerais (V&M) de uso continuo e podendo ser
utilizada como fonte única de alimento.

Composição Básica do produto: Proteína de soja, Gérmen de trigo, Ovo


liofilizado, Pimenta, Niger, Frutas, Girassol, Girassol Egípcio, Castanhas,
Camarão, Insetos em pó e Suplementos Vitamínicos e Minerais.
168

Níveis de garantia do produto: Umidade 8%, Proteína 17%, Gordura 11%,


Fibras 6%, Cálcio 0,9% e Fósforo 0,43%.

8. PET BIRD – DIETA DE SEMENTES V&M PARA PEQUENOS PSITACÍDEOS

Indicação do Produto: Periquitos e Tuins

Descrição do Produto: Dieta rica em sementes enriquecida com Vitaminas e


Minerais (V&M) de uso continuo e podendo ser utilizada como fonte única de
alimento.

Composição Básica do produto: Painço, Cartamo, Girassol Egípcio , Alpiste,


Arroz, Aveia e Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Umidade 11%, Proteína 14%, Gordura 11%,


Fibras 9%, Cálcio 0,33% e Fósforo 0,31%.

9. PET BIRD – FARINHA MISTA PARA MÉDIOS FRUGÍVOROS E


INSETÍVOROS

Indicação do Produto: Médios Frugívoros e Insetívoros

Descrição do Produto: Ração extrusada e farinhada enriquecida com Vitaminas


e Minerais (V&M) de uso continuo e podendo ser utilizada como fonte única de
alimento.

Composição Básica do produto: Frutas, Peixes, Camarões, Minhoca e Insetos


em pó, Proteína de soja, Ovo liofilizado, Gérmen de milho e Suplementos
Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Proteína 14%, Gordura 10%, Fibras 8%, Cálcio
0,5% e Fósforo 0,4%.
169

10. PET BIRD – FARINHA MISTA PARA PÁSSAROS FRUGÍVOROS E


INSETÍVOROS

Indicação do Produto: Pássaros Frugívoros e Insetívoros

Descrição do Produto: Farinada Universal enriquecida com Vitaminas e Minerais


(V&M ) de uso continuo e podendo ser utilizada como fonte única de alimento.

Composição Básica do produto: Proteína de soja, Gérmen de trigo, Ovo


liofilizado, Gérmen de milho, Frutas, Gordura vegetal, Dextrose, Camarão,
Minhoca e Insetos em pó e Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Umidade 10%, Proteína 16%,Gordura 10%,


Fibras 6%, Cálcio 0,8% e Fósforo 0,40%.

11. PET BIRD – RAÇÃO EXTRUSADA PARA TUCANOS E ARAÇARIS

Indicação do Produto: Tucanos e Araçaris

Descrição do Produto: Ração extrusada com frutas, ovos, insetos e mel


enriquecida com Vitaminas e Minerais (V&M) de uso continuo e podendo ser
utilizada como fonte única de alimento.

Composição Básica do produto: Frutas, Peixes, Camarões, Insetos, Proteína de


soja, Ovo liofilizado, Gérmen de milho, Gérmen de trigo e Suplementos
Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Proteína 15%, Gordura 12%, Fibras 8%, Cálcio
0,65% e Fósforo 0,46%.

12. PET PRO – RAÇÃO FARINHADA PARA SAGUIS


170

Indicação do Produto: Sagüis.

Descrição do Produto: Ração Farinhada com fibras e proteínas enriquecida com


Vitaminas e Minerais (V&M) de uso continuo. Deverá ser adicionada a Iogurtes e/
ou papas de frutas batidas. Servir mistura fresca 2 vezes ao dia podendo ser
utilizada como principal fonte de alimento.

Composição Básica do produto: Proteína de soja, Ovo liofilizado, Gérmen de


trigo, Gérmen de milho, Gordura vegetal, Aveia floculada, Levedura de cerveja,
Dextrose e Suplementos Vitamínicos e Minerais.

Níveis de garantia do produto: Umidade 6%, Proteína 19%, Gordura 9%, Fibras
5%, Cálcio 0,55% e Fósforo 0,44%.

EMPRESA ALCON
171

Fonte: http://www.labcon.com.br

1. ALCON CLUB FARINHADA COM OVO PARA CANÁRIOS

Eventuais Substitutos: Creme de milho branco

Composição Básica do produto: Farinha de arroz, farinha de trigo, farelo de


soja, ovo desidratado, leveduras, proteína texturizada de soja, semente de níger,
semente de papoula, semente de perila, óleo de soja refinado, suplemento
vitamínico mineral, mel, probiótico, prebiótico, sacarose, concha de ostra em pó,
sal, fosfato bicálcico, aditivo aromatizante, antioxidante BHT

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.)10%, Proteína (min.) 17,5%,


Extrato Etéreo (min.) 6,2%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.)
10%, Cálcio (max.) 2,5%, Fósforo (min.) 0,6%.

Enriquecimento por kg de Produto: verificar site

Embalagens disponíveis: 200g, 700g e 5kg (saco)

2. ALCON CLUB FARINHADA COM OVO PARA PSITACÍDEOS

Eventuais Substitutos: Farinha de trigo

Composição Básica do produto: Farinha de arroz, creme de milho branco, farelo


de soja, ovo desidratado, leveduras, proteína texturizada de soja, semente de
níger, semente de papoula, semente de perila, óleo de soja refinado, suplemento
vitamínico mineral, mel, probiótico, prebiótico, sacarose, concha de ostra em pó,
sal, fosfato bicálcico, aditivo aromatizante, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.)10%, Proteína (min.) 16,5%,


Extrato Etéreo (min.) 6,5%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.)
10%, Cálcio (max.) 2,5%, Fósforo (min.) 0,6%.

Embalagens disponíveis: 200g, 700g e 5kg (saco)


172

3. ALCON CLUB FARINHADA – PASSAROS FRUGÍVOROS E INSETÍVOROS

Eventuais Substitutos: Creme de milho branco

Composição Básica do produto: Farinha de arroz, farinha de trigo, farelo de


soja, leveduras, semente de níger, maçã desidratada, uva desidratada, zimbro
desidratado, mosca d?água desidratada, Daphnia desidratada, Gammarus
desidratado, óleo de soja refinado, suplemento vitamínico mineral, mel, probiótico,
prebiótico, sacarose, concha de ostra em pó, sal, fosfato bicálcico, aditivo
aromatizante, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.)10%, Proteína (min.) 16,5%,


Extrato Etéreo (min.) 6,5%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.)
10%, Cálcio (max.) 2,5%, Fósforo (min.) 0,6%.

Embalagens disponíveis: 200g, 700g e 5kg (saco)

4. ALCON CLUB TOP RED – RAÇÃO INCENTIVADORA DO FATOR


VERMELHO COM CANTAXANTINA

Eventuais Substitutos: Farinha de milho, trigo integral, remoído de trigo

Composição Básica do produto: Creme de milho (61,0 %), proteína texturizada


de soja, óleo de soja refinado, farinha de trigo, leveduras, farinha de carne, sal,
suplemento vitamínico-mineral, fosfato bicálcico, cantaxantina, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 18%, Extrato
Etéreo (min.) 6,4%, Matéria Fibrosa (max.) 6,8%, Matéria Mineral (max.) 6%,
Cálcio (max.) 2,7%, Fósforo (min.) 0,7%.

Embalagens disponíveis: 80g

5. ALCON CLUB TOP LIFE – PARA PERÍODOS DE REPRODUÇÃO, MUDA E


ESTRESSE, COM PREBIÓTICO
173

Eventuais Substitutos: Remoído de trigo, farinha de trigo, fubá de milho

Composição Básica do produto: Trigo Integral, creme de milho, proteína


texturizada de soja, farinha de carne, óleo de soja refinado, ovo integral
desidratado, fosfato bicálcico, cloreto de sódio, suplemento vitamínico mineral,
prebiótico, aroma de anis, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 18,5%,


Extrato Etéreo (min.) 7,3%, Matéria Fibrosa (max.) 6,8%, Matéria Mineral (max.)
6%, Cálcio (max.) 2,7%, Fósforo (min.) 0,7%.

Embalagens disponíveis: 150g, 325g e 10 kg

6. ALCON CLUB SUPER TOP LIFE

Eventuais Substitutos: Remoído de trigo, farinha de trigo, farinha de arroz

Composição Básica do produto: Creme de milho, proteína texturizada de soja,


trigo integral, farinha de carne, óleo de soja refinado, gema de ovo desidratada,
premix vitamínico mineral, semente de erva-doce, fosfato bicálcico, calcário
dolomítico, antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 24%, Extrato
Etéreo (min.) 6%, Matéria Fibrosa (max.) 6,8%, Matéria Mineral (max.) 6%, Cálcio
(max.) 3%, Fósforo (min.) 0,7%.

Embalagens disponíveis: 2,5 kg e 10 kg

7. ALCON CLUB PAPA PARA FILHOTES – PÁSSAROS (COM PREBIÓTICO,


PROBIÓTICO E ENZIMAS D

Composição Básica do produto: Fubá de milho, proteína texturizada de soja,


ovo em pó, dextrose, óleo de soja refinado, maçã desidratada, leveduras, fosfato
174

bicálcico, minerais orgânicos, aditivo prebiótico, aditivo probiótico, aditivo


enzimático, premix vitamínico, antioxidante, flavorizante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 22%, Extrato
Etéreo (min.) 8%, Matéria Fibrosa (max.) 3%, Matéria Mineral (max.) 6%, Cálcio
(max.) 1,4%, Fósforo (min.) 0,7%.

Embalagens disponíveis: 160g e 600g

Modo de Usar: Para a alimentação direta dos filhotes preparar a papa na


proporção alimento / água adequada à necessidade de cada espécie e administrar
com seringa no bico das aves. A tabela abaixo serve como sugestão. Quando for
servida aos pais ou para pássaros em recuperação, preparar o alimento
misturando uma parte do produto com uma parte de água. Usar sempre água
filtrada ou previamente fervida. Preparar a mistura com água morna,
homogeneizar bem e servir com temperatura em torno de 38 ºC. Preparar
somente a quantidade a ser administrada por vez, ou a ser consumida diariamente
pelos adultos. Remover restos do alimento dos bicos dos filhotes e limpar muito
bem utensílios de preparo, seringas e comedouros.

Idade (dias) 1e2 3e4 5e6 7 em diante


Proporção* 1:5 1:4 1:3 1:2
* alimento/água (em volume)

8. ALCON CLUB PAPA PARA FILHOTES – PSITACÍDEOS (COM PREBIÓTICO,


PROBIÓTICO E ENZIMAS

Composição Básica do produto: Fubá de milho, proteína texturizada de soja,


ovo em pó, dextrose, óleo de soja refinado, maçã desidratada, leveduras,
fosfato bicálcico, minerais orgânicos, aditivo prebiótico, aditivo probiótico,
aditivo enzimático, premix vitamínico, antioxidante, flavorizante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 21%, Extrato
Etéreo (min.) 10%, Matéria Fibrosa (max.) 2,5%, Matéria Mineral (max.) 6%,
Cálcio (max.) 1,5%, Fósforo (min.) 0,7%. Energia Metabolizável: 3.500 kcal/kg
175

Embalagens disponíveis: 600g e 6 kg

Modo de Usar: Para a alimentação direta dos filhotes, preparar a papa de acordo
com a tabela abaixo e administrar com seringa no bico das aves. Quando for
servida aos pais ou para pássaros em recuperação, preparar o alimento
misturando uma parte do produto com uma parte de água. Usar sempre água
filtrada ou previamente fervida. Preparar a mistura com água morna,
homogeneizar bem e servir com temperatura em torno de 38 ºC. Preparar
somente a quantidade a ser administrada por vez, ou a ser consumida diariamente
pelos adultos. Remover restos do alimento dos bicos dos filhotes e limpar muito
bem utensílios de preparo, seringas e comedouros.

Idade (dias) 1e2 3e4 5e6 7 em diante


Proporção* 1:5 1:4 1:3 1:2
* alimento/água (em volume)

9. ALCON CLUB PAPA PARA FILHOTES – ARARAS

Composição Básica do produto: Fubá de milho, proteína texturizada de soja,


ovo em pó, dextrose, óleo de soja refinado, maçã desidratada, fécula de
mandioca, fonte de nucleotídios, fosfato bicálcico, leveduras, carbonato de cálcio,
minerais quelatados, flavorizante, antioxidante (BHA, BHT e Etoxiquin), aditivo
probiótico, aditivo enzimático, aditivo prebiótico, premix vitamínico.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 19%, Extrato
Etéreo (min.) 13%, Matéria Fibrosa (max.) 3%, Matéria Mineral (max.) 6%, Cálcio
(max.) 1,5%, Fósforo (min.) 0,6%. Energia Metabolizável: 3.900 kcal/kg

Embalagens disponíveis: 200g

Modo de Usar: Para a alimentação direta dos filhotes, preparar a papa na


proporção alimento/água adequada ao estágio de desenvolvimento. Administrar
com seringa no bico das aves.

A tabela sugere as proporções:


176

Idade (dias) 1e2 3e4 5e6 7 em diante


Proporção* 1:5 1:4 1:3 1:2
Proporção** 1:10 1:8 1:6 1:4
* alimento/água (em volume)
** alimento/água (peso)

Quando for servida aos pais, preparar o alimento misturando uma parte do produto
com uma parte de água. Usar sempre água filtrada ou previamente fervida.
Preparar a mistura com água morna, homogeneizar bem e servir com temperatura
em torno de 38 ºC. Preparar somente a quantidade a ser administrada por vez, ou
a ser consumida diariamente pelos adultos. Remover restos do alimento dos bicos
dos filhotes e limpar muito bem os utensílios de preparo, seringas e comedouros.

10. ALCON CLUB MONKEY COOKIES

Composição Básica do produto: Fubá de milho (56,1 %), farelo de soja, óleo de
soja refinado, ovo integral desidratado, fécula de mandioca, leveduras, premix
vitamínico mineral, aditivo prebiótico, aditivo acidificante, corante, aditivo
flavorizante, antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 20%,


Extrato Etéreo (min.) 5%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.) 6%,
Cálcio (max.) 1,2%, Fósforo (min.) 0,4%. Relação Cálcio: Fósforo 2:1

Embalagens disponíveis: 600g e 9 kg

11. ALCON CLUB RÉPTEIS JABUTI

Composição Básica do produto: Fubá de milho (59,4 %), maçã desidratada,


farelo de soja, farinha de peixe, leveduras, fosfato bicálcico, óleo de soja refinado,
177

alfafa desidratada, cenoura desidratada, premix vitamínico mineral, farinha de


algas marinhas, aditivo acidificante, antioxidante, corante, aditivo flavorizante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 13%,


Extrato Etéreo (min.) 3%, Matéria Fibrosa (max.) 8%, Matéria Mineral (max.) 7%,
Cálcio (max.) 1,5%, Fósforo (min.) 0,6%. Relação Cálcio: Fósforo 1,25:1

Embalagens disponíveis: 80g e 300g

12. ALCON CLUB RÉPTEIS LEGUMES E FRUTAS

Eventuais Substitutos: Repolho desidratado, batata desidratada

Composição Básica do produto: Cenoura desidratada, ervilha desidratada,


vagem desidratada, uva passa, beterraba desidratada, mandioquinha desidratada
e zimbro desidratado.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 13%,


Extrato Etéreo (min.) 1,7%, Matéria Fibrosa (max.) 22%, Matéria Mineral (max.)
8%, Cálcio (max.) 0,3%, Fósforo (min.) 0,25%. Relação Cálcio: Fósforo 1,25:1

Embalagens disponíveis: 60g

13. ALCON GAMMARUS

Composição Básica do produto: Crustáceo desidratado (Gammarus lacustris).

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 11,5%, Proteína (min.) 42%,


Extrato Etéreo (min.) 7%, Matéria Fibrosa (max.) 15%, Matéria Mineral (max.)
19,14%, Cálcio (max.) 6,8%, Fósforo (min.) 1,7%. Impurezas e fragmentos (max.)
1%

14. ALCON REPTOLIFE


178

Composição Básica do produto: Proteína texturizada de soja, farinha de arroz,


farinha de peixe, espinafre em pó, lecitina de soja, farinha de algas marinhas,
leveduras, farinha de camarão, óleo de soja refinado, premix vitamínico mineral,
antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 34%, Extrato
Etéreo (min.) 3%, Matéria Fibrosa (max.) 10%, Matéria Mineral (max.) 15%, Cálcio
(max.) 10%, Fósforo (min.) 0,75%.

Embalagens disponíveis: 30g, 75g e 270g

15. ALCON REPTOLIFE BABY

Composição Básica do produto: Gammarus, farinha de arroz, farinha de peixe,


proteína de soja pré-hidrolisada, fibra de trigo, leveduras, óleo de soja refinado,
algas marinhas desidratadas, suplemento vitamínico-mineral, corante alimentício,
antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 38%, Extrato
Etéreo (min.) 4%, Matéria Fibrosa (max.) 15%, Matéria Mineral (max.) 7%, Cálcio
(max.) 4%, Fósforo (min.) 1%.

Embalagens disponíveis: 10g

16. ALCON REPTOMIX

Composição Básica do produto: Proteína texturizada de soja, farinha de arroz,


farinha de peixe, Gammarus, espinafre em pó, lecitina de soja, farinha de algas
marinhas, leveduras, óleo de soja refinado, farinha de camarão, premix vitamínico
mineral, antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9,5%, Proteína (min.) 35%,


Extrato Etéreo (min.) 4,3%, Matéria Fibrosa (max.) 11%, Matéria Mineral (max.)
15,5%, Cálcio (max.) 9,7%, Fósforo (min.) 0,85%.
179

Embalagens disponíveis: 15g, 25g, 60g, 200g e 800g

17. ALCON CLUB BEIJA-FLOR NECTAR (SOLUÇÃO ESTÁVEL POR 5 DIAS)

Modo de usar: Misturar 2 colheres de sopa bem cheias de Alcon Club Beija-Flor
Néctar em um copo de água filtrada (250 ml), mexendo até dissolver bem. Servir
em bebedouros apropriados que devem ser mantidos à sombra. Após 5 dias lavar
bem o bebedouro, inclusive escovando as flores plásticas, antes de abastecer com
nova solução.

Composição básica do produto: Dextrose, sacarose (59,93 %), aditivo


acidificante, sorbato de potássio, suplemento vitamínico, corante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 6%, Matéria Mineral (max.) 1%,
Dextrose (min.) 37%, Sacarose (min.) 56%.

Embalagens disponíveis: 150g e 600g

18. ALCON CLUB CANÁRIOS

Eventuais substitutos: Creme de milho, farinha de trigo

Composição básica do produto: Farinha de arroz, proteína hidrolisada de soja,


ovo desidratado, óleo de soja refinado, leveduras, suplemento vitamínico mineral,
prebiótico, corante alimentício, aromatizante natural, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 15%, Extrato
Etéreo (min.) 5%, Matéria Fibrosa (max.) 3%, Matéria Mineral (max.) 4%, Cálcio
(max.) 8%, Fósforo (min.) 0,3%.

Embalagens disponíveis: 150g, 325g e 5 kg (saco)

19. ALCON CLUB CURIÓ (SERVE PARA BICUDOS E AZULÃO)


180

Composição básica do produto: Creme de milho, proteína hidrolisada de soja,


ovo desidratado, óleo de soja refinado, leveduras, suplemento vitamínico mineral,
prebiótico, corante alimentício, aromatizante natural, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 16%, Extrato
Etéreo (min.) 4,5%, Matéria Fibrosa (max.) 3%, Matéria Mineral (max.) 4,5%,
Cálcio (max.) 0,8%, Fósforo (min.) 0,3%.

Embalagens disponíveis: 150g, 325g e 5 kg (saco)

20. ALCON CLUB PSITA STICKS

Eventuais substitutos: Fubá de milho, farinha de trigo

Composição básica do produto: Creme de milho, proteína hidrolisada de soja,


ovo desidratado, óleo de soja refinado, leveduras, suplemento vitamínico mineral,
prebiótico, corante alimentício, aromatizante natural, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 16%, Extrato
Etéreo (min.) 5,2%, Matéria Fibrosa (max.) 3%, Matéria Mineral (max.) 4%, Cálcio
(max.) 0,7%, Fósforo (min.) 0,3%.

Embalagens disponíveis: 150g, 310g e 6 kg

21. ALCON CLUB PSITA BITS (PAPAGAIOS E PSITACÍDEOS MÉDIO PORTE)

Composição básica do produto: Fubá de milho (62,63 %), farelo de soja, fécula
de mandioca, óleo de soja refinado, ovo integral desidratado, leveduras, premix
vitamínico mineral, aditivo prebiótico, aditivo acidificante, corante, aditivo
flavorizante, antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 16%,


Extrato Etéreo (min.) 5%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.) 6%,
181

Cálcio (max.) 1,2%, Fósforo (min.) 0,4%, Relação Cálcio:Fósforo 2:1, Ferro (max.)
120ppm, Ferro (min.) 70 ppm.

Embalagens disponíveis: 700g e 10 kg

22. ALCON CLUB SABIÁ E PÁSSARO PRETO

Eventuais substitutos: Creme de milho, farinha de arroz

Composição básica do produto: Fubá de milho, farelo de soja, óleo de soja


refinado, leveduras, suplemento vitamínico mineral, corante alimentício,
aromatizante, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 8%, Proteína (min.) 20%, Extrato
Etéreo (min.) 4%, Matéria Fibrosa (max.) 3%, Matéria Mineral (max.) 4%, Cálcio
(max.) 0,7%, Fósforo (min.) 0,3%.

Embalagens disponíveis: 500g

23. ALCON CLUB TRINCA FERRO (E OUTROS PÁSSAROS FRUGÍVOROS)

Composição básica do produto: Fubá de milho (62,25 %), farelo de soja, óleo
de soja refinado, leveduras, premix vitamínico mineral, aditivo acidificante, corante,
aditivo flavorizante, antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 20%,


Extrato Etéreo (min.) 4%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.) 4%,
Cálcio (max.) 1,2%, Fósforo (min.) 0,4%, Relação Cálcio:Fósforo 2:1, Ferro (max.)
120ppm, Ferro (min) 70ppm.

Embalagens disponíveis: 500g e 2,5 kg

24. ALCON CLUB TUCANOS (E ARAÇARIS)


182

Composição básica do produto: Fubá de milho (56,1 %), farelo de soja, óleo de
soja refinado, ovo integral desidratado, fécula de mandioca, leveduras, premix
vitamínico mineral, aditivo prebiótico, aditivo acidificante, corante, aditivo
flavorizante, antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 20%,


Extrato Etéreo (min.) 6%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.) 6%,
Cálcio (max.) 1,2%, Fósforo (min.) 0,4%, Relação Cálcio:Fósforo 2:1, Ferro (max.)
120ppm, Ferro (min) 70ppm.

Embalagens disponíveis: 700g e 5 kg

25. ALCON ECO CLUB TUCANOS

Composição básica do produto: Creme de milho (55 %), farelo de soja, óleo de
soja refinado, ovo integral desidratado, carbonato de cálcio, fécula de mandioca,
levedura seca de cana-de-açúcar, maçã desidratada, corante natural, cenoura
desidratada, premix vitamínico mineral, beterraba desidratada, aditivo prebiótico
(mananoligossacarídeo), aromatizante natural, antioxidante.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 20%, Extrato
Etéreo (min.) 6%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.) 6%, Cálcio
(max.) 1,2%, Fósforo (min.) 0,4%, Relação Cálcio:Fósforo 2:1, Ferro (max.)
120ppm, Ferro (min) 70ppm, Energia Metabolizável 3.650 kcal/kg.

Embalagens disponíveis: 700g


183

26. ALCON CLUB CANÁRIOS

Composição básica do produto: Trigo integral, creme de milho, proteína de soja


pré-hidrolisada, óleo de soja refinado, farinha de carne, fosfato bicálcico, calcário
branco, suplemento vitamínico-mineral, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 18%, Extrato
Etéreo (min.) 6,4%, Matéria Fibrosa (max.) 6,8%, Matéria Mineral (max.) 6%,
Cálcio (max.) 2,7%, Fósforo (min.) 0,7%.

Embalagens disponíveis: 10 kg

27. ALCON PSITA STICKS

Composição básica do produto: Fubá de milho, farelo de soja, farinha de peixe,


ovo desidratado, leveduras, óleo de soja refinado, suplemento vitamínico-mineral,
aromatizante, antioxidante BHT.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 22%, Extrato
Etéreo (min.) 6%, Matéria Fibrosa (max.) 4%, Matéria Mineral (max.) 5%, Cálcio
(max.) 1%, Fósforo (min.) 0,4%.

Embalagens disponíveis: 10 kg

28. ALCON ECO CLUB SABIA E PASSARO PRETO

Composição básica do produto: Creme de milho (58,4 %), farelo de soja, óleo
de soja refinado, maçã desidratada, carbonato de cálcio, ovo integral desidratado,
corante natural, levedura seca de cana-de-açúcar, premix vitamínico mineral,
beterraba desidratada, cenoura desidratada, aditivo prebiótico
(mananoligossacarídeo), aromatizante natural, antioxidante.
184

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 9%, Proteína (min.) 20%, Extrato
Etéreo (min.) 4%, Matéria Fibrosa (max.) 3%, Matéria Mineral (max.) 4%, Cálcio
(max.) 0,7%, Fósforo (min.) 0,3%, Relação Cálcio:Fósforo 2:1, Energia
Metabolizável 3.550 kcal/kg.

Embalagens disponíveis: 500g


185

EMPRESA MEGAZOO
Fonte: http://www.megazoo.com.br

1. L-18 PSITACÍDEOS

2. I-25-PÁSSAROS
186

3. I-19-PÁSSAROS

4. I-20-PSITACÍDEOS
187

5. BEIJA-FLOR – PÁSSAROS

6. CM-15 – PÁSSAROS
188

7. AM-16 – PSITACÍDEOS

8. MM-15 – PSITACÍDEOS
189

9. PM-13 – PSITACÍDEOS

10. SM-16 – PÁSSAROS


190

11. T-19 – PÁSSAROS

12. FA-16
191

13. FC-21

14. MIX PERIQUITOS


192

15. MIX CANÁRIOS

16. MIX PAPAGAIO


193

17. MIX PAPAGAIO TROPICAL

18. P-25 E P-18 – PRIMATAS


194

19. RAÇÕES DIVERSAS

EMPRESA PURINA (LINHA NATURAL)


Fonte: http://www.nutrimentospurina.com.br

1. QUINTALINA AVES

Descrição do Produto: Ração especialmente formulada para aves de corte


criadas de maneira alternativa, semi-confinadas, ou totalmente presas. Atende
todas as fases da criação.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 20%,


Extrato Etéreo (min.) 2%, Matéria Fibrosa (max.) 6%, Matéria Mineral (max.) 13%,
Cálcio (max.) 1,4%, Fósforo (min.) 0,55%.

2. NATURAL OVOS

Descrição do Produto: Ração especialmente formulada para criação de aves


produtoras de ovos (a partir de 20 semanas de idade ou 5% de postura).
195

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 10%, Proteína (min.) 20%,


Extrato Etéreo (min.) 2%, Matéria Fibrosa (max.) 6%, Matéria Mineral (max.) 13%,
Cálcio (max.) 1,4%, Fósforo (min.) 0,55%.

3. NATURAL FRANGOS

Descrição do Produto:

Ração especialmente formulada para frangos de corte, em criações alternativas,


nas fases de crescimento e engorda.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 12%, Proteína (min.) 13%,


Extrato Etéreo (min.) 1,5%, Matéria Fibrosa (max.) 12%, Matéria Mineral (max.)
15%, Cálcio (max.) 2%, Fósforo (min.) 0,5%.

4. NATURAL AVES EM CRESCIMENTO

Descrição do Produto: Ração especialmente formulada para aves em


crescimento, criadas de maneira alternativa, semi-confinadas ou não. Indicada
para pintinhos em crescimento (do 1° dia até a 20ª semana de idade) e pintainhos
de corte (do 1° dia aos 28 dias de idade).

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 12%, Proteína (min.) 13%,


Extrato Etéreo (min.) 2%, Matéria Fibrosa (max.) 11%, Matéria Mineral (max.)
10%, Cálcio (max.) 2%, Fósforo (min.) 0,5%.

5. NATURAL CODORNAS

Descrição do Produto: Ração especialmente formulada para criação de


codornas em fase de produção.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 13%, Proteína (min.) 20%,


Extrato Etéreo (min.) 2%, Matéria Fibrosa (max.) 7%, Matéria Mineral (max.) 15%,
Cálcio (max.) 3,5%, Fósforo (min.) 0,6%.
196

6. NATURAL COELHOS

Descrição do Produto: Ração especialmente formulada para alimentação de


coelhos em todas as fases.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 12%, Proteína (min.) 14%,


Extrato Etéreo (min.) 1,5%, Matéria Fibrosa (max.) 20%, Matéria Mineral (max.)
15%, Cálcio (max.) 2,5%, Fósforo (min.) 0,6%.

7. SUÍNOS

Descrição do Produto: Ração especialmente formulada para suínos criados de


maneira alternativa (criações caseiras).

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 13%, Proteína (min.) 14%,


Extrato Etéreo (min.) 3%, Matéria Fibrosa (max.) 10%, Matéria Mineral (max.)
12%, Cálcio (max.) 1%, Fósforo (min.) 0,5%.

8. LABINA

Descrição do Produto: Ração para ratos, camundongos e hamsters.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 13%, Proteína (min.) 23%,


Extrato Etéreo (min.) 4%, Matéria Fibrosa (max.) 5%, Matéria Mineral (max.) 10%,
Cálcio (max.) 1,3%, Fósforo (min.) 0,85%.

9. NUTRICOBAIA

Descrição do Produto: Ração para cobaias (porquinho da índia).

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 12%, Proteína (min.) 22%,


Extrato Etéreo (min.) 3%, Matéria Fibrosa (max.) 13%, Matéria Mineral (max.)
10%, Cálcio (max.) 1,5%, Fósforo (min.) 0,7%.
197

10. CORCELINA MIX

Descrição do Produto: Alimento especialmente formulado para cavalos que


desempenham medianas atividades físicas.

Níveis de garantia do produto: Umidade (max.) 13%, Proteína (min.) 15%,


Extrato Etéreo (min.) 5%, Matéria Fibrosa (max.) 10%, Matéria Mineral (max.)
12%, Cálcio (max.) 1,5%, Fósforo (min.) 0,5%. Energia Digestível 3.000 Kcal/Kg
198

EMPRESA GUABI (LINHA NATURAL)


Fonte: http://www.guabinatural.com.br

1. CÃES FILHOTES DE PEQUENO PORTE


199

2. CÃES ADULTOS DE PEQUENO PORTE


200

3. CÃES ADULTOS DE LIGHT PEQUENO PORTE


201

4. CÃES ADULTOS OBESOS


202

5. GATOS FILHOTES
203

6. GATOS ADULTOS
204

7. GATOS OBESOS – LIGHT


205

SUCEDÂNEOS DE LEITE PARA CÃES E GATOS

1. EMPRESA ROYAL CANIN (www.royalcanin.com.br)

SUCEDÂNEO DE LEITE FIRST AGE E PAPINHA DE DESMAME

2. EMPRESA TOTAL (www.totalalimentos.com.br)


206

ANEXO 2 – Índice de Hábitos Alimentares

RÉPTEIS

ORDEM SUBORDEM FAMÍLIA SUBFAMÍLIA H O G I P C N Observações


SQUAMATA Sauria Iguanidae Iguaninae X Quando filhotes são C/I
Hoplocercinae X Artrópodes
Polychrotinae X
Tropidurinae X X Espécies I ou O
Teiidae X X X X Mais comum em Cetas: Teiú (O)
Ophidia X
CHELONIA X
CROCODYLIA X

ORDEM NOME CIENTÍFICO NOME COMUM H O G I P C N Observações


CHELONIA Acantochelys spixii Cágado-feio X Peixes e pequenos animais
Chelus fimbriatus Mata-matá X Peixes e invertebrados aquáticos
Geochelone carbonaria Jabutipiranga X Preferencialmente herbívoro
Geochelone denticulata Jabutitinga X
Hydromedusa tectífera Cágado pescoço de cobra X
Kinosternon scorpioides Muçuã X
Phrynops geoffroanus Cágado-de-barbicha X Peixes e pequenos animais
Podocnemis expansa Tartaruga-da-amazônia X
Podocnemis unifilis Tracajá X
Rynoclemys punctularia Aperema X
Trachemys dorbignyi Tigre d´água X
207
AVES

ORDEM NOME COMUM H O G I P C Observações


STRUTIONIFORMES Ema X Pequenos animais e brotos
TINAMIFORMES Macuco, inhambu, perdiz X Filhotes consomem mais insetos
GALLIFORMES Mutum, jacu, jacutinga, aracuã, uru X
ANSERIFORMES Pato, cisne, ganso, marreco X No período de reprodução inclui “I”
PICIFORMES Tucano, araçari, pica-pau X Picídeos precisam de mais proteína
PSITACIFORMES Arara, papagaio, periquito X
FALCONIFORMES Águia, gavião, falcão, abutre X X Pandion e Busarellus “P”
STRIGIFORMES Coruja X X
COLUMBIFORMES Pomba, rolinha, avoante, juriti X Algumas espécies são frugívoras
CICONIIFORMES Garça, guará, colhereiro, socó X X Algumas espécies consomem algas
SPHENISCIFORMES Pingüim X
PASSERIFORMES Pássaro, canário, saíra, gralha X Algumas espécies Frugívoras e Nectarívoras. Os
208
MAMÍFEROS

ORDEM NOME COMUM H O G I P C Observações


MARSUPIALIA Gambá, cuíca X
PRIMATES Sagui, m. prego, m. aranha, bugio X X Bugio, uacari, barrigudo, muriqui “H”
XENARTHRA Tamanduá X
Tatu X
Preguiça X
LAGOMORPHA Coelho, lebre X
RODENTIA Hamster, gerbil, cobaia, rato X
RODENTIA Capivara, cutia, paca, ouriço X
CARNÍVORA CANIDAE Lobo guará, cachorro do mato, X
raposinha
CARNÍVORA FELIDAE Onça, jaguatirica, gato do mato X
CARNÍVORA MUSTELIDAE Ariranha, furão, irara, lontra X
CARNIVORA PROCYONIDAE Quati, mão pelada, jupará X
PERISSODACTYLA TAPIRIDAE Anta X
ARTIODACTYLA Cateto, queixada e javali X
ARTIODACTYLA CERVIDAE Veado catingueiro, campeiro e cervo X
PINNIPEDIA X

SIRENIA Peixe-boi X
209
ANEXO 3 – Tabela Resumida de Composição dos Alimentos por 100g de parte comestível.

Fonte: http://www.unifesp.br/dis/servicos/nutri/¸ http://www.unicamp.br/nepa/taco/

3.0 Verduras e Hortaliças

Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos (g) Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Milho verde cru 63,5 138 6,6 0,6 28,6 3,9 0,7 2 113
Abóbora moranga, crua 95,9 12 1 0,1 2,7 1,7 0,4 * *
Abobrinha, crua 92,5 24 102 0,7 6,1 2,3 0,6 9 32
Acelga, crua 93,2 21 1,4 0,1 4,6 1,1 0,6 43 40
Agrião, cru 93,9 17 2,7 0,2 2,3 2,1 0,9 133 51
Aipo, cru 93,8 19 0,8 0,1 4,3 1,0 1,1 65 28
Alho, cru 67,5 113 7 0,2 23,9 4,3 1,3 14 149
Almeirão, cru 93,7 18 1,8 0,2 3,3 2,6 1,0 * 40
Batata, doce, crua 69,5 118 1,3 0,1 28,2 2,6 0,9 21 36
Berinjela, crua 93,8 20 1,2 0,1 4,4 2,9 0,4 9 20
Beterraba, crua 86,0 49 1,9 0,1 11,1 3,4 0,9 18 19
Brócolis, cru 91,2 25 3,6 0,3 4,0 2,9 0,8 86 78
Cará, cozido 78,9 78 1,5 0,1 18,9 2,6 0,6 5 28
Cará, cru 73,7 96 2,3 0,1 23,0 7,3 0,9 * 35
Cebola, crua 88,9 39 1,7 0,1 8,9 2,2 0,4 14 38
210

Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos (g) Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Milho verde cru 63,5 138 6,6 0,6 28,6 3,9 0,7 2 113
Abóbora moranga, crua 95,9 12 1 0,1 2,7 1,7 0,4 * *
Abobrinha, crua 92,5 24 102 0,7 6,1 2,3 0,6 9 32
Acelga, crua 93,2 21 1,4 0,1 4,6 1,1 0,6 43 40
Agrião, cru 93,9 17 2,7 0,2 2,3 2,1 0,9 133 51
Aipo, cru 93,8 19 0,8 0,1 4,3 1,0 1,1 65 28
Alho, cru 67,5 113 7 0,2 23,9 4,3 1,3 14 149
Almeirão, cru 93,7 18 1,8 0,2 3,3 2,6 1,0 * 40
Batata, doce, crua 69,5 118 1,3 0,1 28,2 2,6 0,9 21 36
Berinjela, crua 93,8 20 1,2 0,1 4,4 2,9 0,4 9 20
Beterraba, crua 86,0 49 1,9 0,1 11,1 3,4 0,9 18 19
Brócolis, cru 91,2 25 3,6 0,3 4,0 2,9 0,8 86 78
Cará, cozido 78,9 78 1,5 0,1 18,9 2,6 0,6 5 28
Cará, cru 73,7 96 2,3 0,1 23,0 7,3 0,9 * 35
Cebola, crua 88,9 39 1,7 0,1 8,9 2,2 0,4 14 38
211
Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos (g) Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Cenoura, crua 90,1 34 1,3 0,2 7,7 3,2 0,9 23 28
Chicória, crua 95,1 14 1,1 0,1 2,9 2,2 0,8 45 *
Chuchu, cru 94,8 17 0,7 0,1 4,1 1,3 0,3 12 18
Couve, manteiga, crua 90,9 27 2,9 0,5 4,3 3,1 1,3 * *
Couve-flor, crua 92,8 23 1,9 0,2 4,5 2,4 0,6 18 57
Espinafre, cru 94,0 16 2,0 0,2 2,6 2,1 1,2 98 25
Feijão, broto, cru 87,5 39 4,2 0,1 7,8 2,0 0,5 14 75
Inhame, cru 73,3 97 2,1 0,2 23,2 1,7 1,2 12 65
Jiló, cru 91,6 27 1,4 0,2 6,2 4,8 0,6 20 29
Mandioca, cozida 68,7 125 0,6 0,3 30,1 1,6 0,4 19 22
Mandioca, crua 61,8 151 1,1 0,3 36,2 1,9 0,6 15 29
Maxixe, cru 95,1 14 1,4 0,1 2,7 2,2 0,7 21 25
Mostarda, folha, crua 93,4 18 2,1 0,2 3,2 1,9 1,1 68 58
Nabo, cru 93,8 18 1,2 0,1 4,1 2,6 0,8 42 17
Pepino, cru 96,8 10 0,9 Tr 2,0 1,1 0,3 10 12
Pimentão, amarelo, cru 91,9 28 1,2 0,4 6,0 1,9 0,5 10 22
Pimentão, verde, cru 93,5 21 1,1 0,2 4,9 2,6 0,4 9 17
Pimentão, vermelho, cru 92,9 23 1,0 0,1 5,5 1,6 0,4 6 20
Rabanete, cru 95,1 14 1,4 0,1 2,7 2,2 0,7 21 25
212
Repolho, branco, cru 94,7 17 0,9 0,1 3,9 1,9 0,4 35 14
Taioba, crua 89,2 34 2,9 0,9 5,4 4,5 1,5 141 53
Tomate, com semente, cru 95,1 15 1,1 0,2 3,1 1,2 0,5 7 20
Vagem, crua 92,2 25 1,8 0,2 5,3 2,4 0,5 41 28
213
3.1 Frutas e Derivados

Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Abacate, cru 83,8 96 1,2 8,4 6,0 6,3 0,5 8 22
Abacaxi, cru 86,3 48 0,9 0,1 12,3 1,0 0,4 22 13
Abiu, cru 83,1 62 0,8 0,7 14,9 1,7 0,4 6 20
Acerola, crua 90,5 33 0,9 0,2 8,0 1,5 0,4 13 4
Ameixa, crua 84,8 53 0,8 Tr 13,9 2,4 0,6 6 14
Atemóia, crua 72,7 97 1,0 0,3 25,3 2,1 0,7 23 23
Cacau, cru 79,2 74 1,0 0,1 19,4 2,2 0,3 12 9
Cajá-Manga, cru 86,9 46 1,3 Tr 11,4 2,6 0,4 13 24
Cajú, cru 88,1 43 1,0 0,3 10,3 1,7 0,3 1 16
Caqui, chocolate, cru 79,7 71 0,4 0,1 19,3 6,5 0,5 18 18
Carambola, crua 87,1 46 0,9 0,2 11,5 2,0 0,4 5 11
Ciriguela, crua 78,7 76 1,4 0,4 18,9 3,9 0,7 27 49
Cupuaçu, cru 86,2 49 1,2 1,0 10,4 3,1 1,2 13 21
Figo, cru 88,2 41 1,0 0,2 10,2 1,8 0,4 27 15
Fruta-pão, crua 80,9 67 1,1 0,2 17,2 5,5 0,7 34 27
Goiaba branca 85,7 52 0,9 0,5 12,4 6,3 0,5 * 16
Goiaba vermelha 85,0 54 1,1 0,4 13,0 6,2 0,5 * 15
Graviola, crua 82,2 62 0,8 0,2 15,8 1,9 1,0 40 19
214

Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Abacate, cru 83,8 96 1,2 8,4 6,0 6,3 0,5 8 22
Abacaxi, cru 86,3 48 0,9 0,1 12,3 1,0 0,4 22 13
Abiu, cru 83,1 62 0,8 0,7 14,9 1,7 0,4 6 20
Acerola, crua 90,5 33 0,9 0,2 8,0 1,5 0,4 13 4
Ameixa, crua 84,8 53 0,8 Tr 13,9 2,4 0,6 6 14
Atemóia, crua 72,7 97 1,0 0,3 25,3 2,1 0,7 23 23
Cacau, cru 79,2 74 1,0 0,1 19,4 2,2 0,3 12 9
Cajá-Manga, cru 86,9 46 1,3 Tr 11,4 2,6 0,4 13 24
Cajú, cru 88,1 43 1,0 0,3 10,3 1,7 0,3 1 16
Caqui, chocolate, cru 79,7 71 0,4 0,1 19,3 6,5 0,5 18 18
Carambola, crua 87,1 46 0,9 0,2 11,5 2,0 0,4 5 11
Ciriguela, crua 78,7 76 1,4 0,4 18,9 3,9 0,7 27 49
Cupuaçu, cru 86,2 49 1,2 1,0 10,4 3,1 1,2 13 21
Figo, cru 88,2 41 1,0 0,2 10,2 1,8 0,4 27 15
Fruta-pão, crua 80,9 67 1,1 0,2 17,2 5,5 0,7 34 27
Goiaba branca 85,7 52 0,9 0,5 12,4 6,3 0,5 * 16
Goiaba vermelha 85,0 54 1,1 0,4 13,0 6,2 0,5 * 15
Graviola, crua 82,2 62 0,8 0,2 15,8 1,9 1,0 40 19
215
Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Jabuticaba, crua 83,6 58 0,6 0,1 15,3 2,3 0,4 8 15
Jaca, crua 75,1 88 1,4 0,3 22,5 2,4 0,8 11 14
Jambo, cru 92,1 27 0,9 0,1 6,5 5,1 0,5 14 18
Kiwi, cru 85,9 51 1,3 0,6 11,5 2,7 0,7 24 33
Laranja lima, crua 87,0 46 1,1 0,1 11,5 1,8 0,4 31 15
Laranja lima, suco 89,7 39 0,7 0,1 9,2 0,4 0,3 8 16
Laranja pêra, crua 89,6 37 1,0 0,1 8,9 0,8 0,3 * 23
Laranja pêra, suco 91,3 33 0,7 0,1 7,6 Tr 0,3 * 14
Maçã fuji, crua 84,3 56 0,3 Tr 15,2 1,3 0,2 2 9
Macaúba, crua 41,5 404 2,1 40,7 13,9 13,4 1,8 67 44
Mamão formosa, cru 86,9 45 0,8 0,1 11,6 1,8 0,6 25 11
Mamão papaia, cru 88,6 40 0,5 0,1 10,4 1,0 0,4 22 11
Manga tommy 85,8 51 0,9 0,2 12,8 2,1 0,3 8 14
Maracujá, cru 82,9 68 2,0 2,1 12,3 1,1 0,8 5 51
Melancia, crua 90,7 33 0,9 Tr 8,1 0,1 0,3 8 12
Melão, cru 91,3 29 0,7 Tr 7,5 0,3 0,5 * 10
Mexerica, murcote, crua 83,7 58 0,9 0,1 14,9 3,1 0,5 33 19
Mexerica, rio, crua 89,6 37 0,7 0,1 9,3 2,7 0,3 17 14
Morango, cru 91,5 30 0,9 0,3 6,8 1,7 0,5 11 22
Nêspera, crua 87,8 43 0,3 Tr 11,5 3,0 0,4 20 10
216

Alimentos Umidad Energi Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra Cinzas Cálcio Fósforo
e (%) a (g) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
(Kcal)
Pequi, cru 65,9 205 2,3 18,0 13,0 19,0 0,8 32 34
Pêra Williams, crua 85,0 53 0,6 0,1 14,0 3,0 0,3 8 12
Pêssego, aurora, cru 89,3 36 0,8 Tr 9,3 1,4 0,5 3 15
Pinha, crua 75,0 88 1,5 0,3 22,4 3,4 0,7 21 34
Pitanga, crua 88,3 41 0,9 0,2 10,2 3,2 0,4 18 13
Romã, crua 84,0 56 0,4 Tr 15,1 0,4 0,5 5 40
Tamarindo, cru 22,0 276 3,2 0,5 72,5 6,4 1,9 37 55
Tangerina, poncã, crua 89,2 38 0,8 0,1 9,6 0,9 0,3 13 12
Umbu, cru 89,3 37 0,8 Tr 9,4 2,0 0,5 12 13
Uva Itália, crua 85,0 53 0,7 0,2 13,6 0,9 0,6 7 12
217
3.2 Gorduras e Óleos

Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos (g) Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Óleo de Canola 88,4 3699 - 100 - - - - -
Óleo de Girassol 88,4 3699 - 100 - - - - -
Óleo de Milho 88,4 3699 - 100 - - - - -
218
3.3 Pescados e Frutos do Mar

Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos (g) Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Camarão, água salgada 89,1 47 10 0,5 0,0 - 0,8 51 234
Pescada, branca, crua 79,6 111 16,3 4,6 0,0 - 0,9 16 136
Pescadinha, crua 80,6 76 15,5 1,1 0,0 - 2,0 332 327
Sardinha, inteira, crua 76,6 114 21,1 2,7 0,0 - 1,6 167 294
219
3.4 Carnes cruas

Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos (g) Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Carne, bovina, acém 72,7 137 19,4 5,9 0,0 - 0,9 3 158
Carne, bovina, fígado 71,3 141 20,7 5,4 1,1 - 1,5 4 334
Carne, bovina, músculo 72,4 142 21,6 5,5 0,0 - 1,0 4 162
Frango, inteiro, com pele 66,5 226 16,4 17,3 0,0 - 0,7 6 174
Coração bovino 77,11 112 17,72 3,94 0,14 - 1,1 7 212
Pescoço de frango 59,99 297 14,07 26,24 0,0 - 0,5 18 112
Miúdos de frango 74,87 124 17,88 4,47 1,8 - 0,99 10 197
220
3.5 Leite e Derivados

Alimentos Umidade Energia Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra (g) Cinzas Cálcio Fósforo
(%) (Kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Iogurte natural 87,90 61 3,47 3,25 4,66 - 0,72 121 95
Leite vaca, fluido 88,32 60 3,22 3,25 4,52 - 0,67 113 91
Queijo minas frescal 56,10 264 17,4 20,20 3,20 - 3,0 579 123
3.6 Bebidas

Alimentos Umidad Energi Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra Cinzas Cálcio Fósforo
e (%) a (g) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
(Kcal)
Água de coco 94,98 19 0,72 0,20 3,71 1,10 0,39 24 20
Caldo de cana 81,70 65 Tr Tr 18,20 0,10 0,10 9 19
221
3.7 Ovos

Alimentos Umidad Energi Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra Cinzas Cálcio Fósforo
e (%) a (g) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
(Kcal)
Ovo, galinha, cru 75,84 147 12,58 9,94 0,77 0,0 0,86 53 191
Ovo, galinha, clara, crua 87,57 52 10,90 0,17 0,73 0,0 0,63 7 15
Ovo, galinha, gema, crua 52,31 322 15,86 26,54 3,59 0,0 1,71 129 390
Ovo, galinha, cozido 74,62 155 12,58 10,61 1,12 0,0 1,08 50 172
Ovo, codorna, cru 74,35 158 13,05 11,09 0,41 0,0 1,10 64 226
222
3.8 Diversos

Alimentos Umidad Energi Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra Cinzas Cálcio Fósforo
e (%) a (g) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
(Kcal)
Mel de abelhas 17,10 304 0,30 0,0 82,40 0,20 0,20 6 4
Gelatina 29,77 266 0,15 0,02 69,95 1,00 0,12 7 6
223
3.9 Leguminosas e Derivados

Alimentos Umidad Energi Proteína Lipídeos Carboidratos Fibra Cinzas Cálcio Fósforo
e (%) a (g) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
(Kcal)
Amendoim, cru 6,50 567 25,80 49,24 16,13 8,50 2,33 92 376
Ervilha, vagem, crua 88,89 42 2,80 0,20 7,55 2,60 0,56 43 53
Grão de bico 12,30 355 21,20 5,40 57,90 12,40 3,20 114 342
Guandu, cru 11,40 344 19,00 2,10 64,00 21,30 3,50 129 269
Lentilha, cozida 76,30 93 6,30 0,50 16,30 7,90 0,60 16 104
Lentilha, crua 11,50 339 23,20 0,80 62,00 16,90 2,60 54 368
Soja, farinha 5,80 404 36,00 14,60 38,40 20,20 5,10 206 539
Soja, queijo de tofu 86,60 64 6,60 4,00 2,10 0,80 0,70 81 130
Amêndoa 5,25 578 21,26 50,64 19,74 11,80 3,11 248 474
Castanha do Pará 3,48 656 14,32 66,43 12,27 7,50 3,51 160 725
Castanha de caju torrada 1,70 574 15,31 46,35 32,69 3,00 3,95 45 490
Coco, Bahia, verde, cru 43,70 402 3,80 41,70 9,80 5,00 1,00 7 128
Linhaça, semente 6,70 495 14,10 32,30 43,30 33,50 3,70 211 615

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