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Causa mortis de bovinos confinados –

Revisão Sistemática

Matheus Cirino Silveira

Araçatuba - SP
2023

Causa Mortis de Bovinos Confinados


– Revisão Sistemática

Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina Veterinária


Orientador: Prof Dr. Rafael Cipriano
Centro Unisalesiano Católico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO – Araçatuba

Araçatuba - SP
2023

SILVEIRA, Matheus Cirino – 1998

Causa Mortis de Bovinos Confinados.


Quantidade de páginas – Trabalho de Conclusão de Curso

UniSALESIANO – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

1. Manejo; Sanidade; Nutrição.


RESUMO

A pecuária é um dos pilares da economia brasileira, esse senário vem aumentando devido a
investimentos feitos pelos produtores, o confinamento é um dos maiores investimentos para
produção de carne em menores áreas da propriedade em curto período, variando de 90 a 120
dias geralmente, porém o número de animais confinados ainda é inferior aos animais criados a
pasto. O confinamento apesar de alguns benefícios para o produtor, oferece algumas
adversidades que muitas vezes podem resultar em prejuízos financeiros por morbidade e
mortalidade, por erros que são evitados com o meneio adequado dos animais. Os problemas
relacionados a falha no manejo influenciam drasticamente na fase final da terminação dos
animais confinados, pois geralmente resulta em aumento do cortisol, que por consequência afeta
o sistema imune dos animais. O acometimento imunológico predispõem esses animais a ficarem
expostas a doenças geralmente associados ao sistema respiratório ou até mesmo afetar a
microbiota do rumem por afetar as bactérias ruminais, responsáveis pelo equilíbrio
gástrico.Porém as doenças respiratórias se destaca por serem as principais associadas a falha no
manejo, as doenças metabólicas estão mais relacionadas a erros na adaptação desses animais a
dietas oferecidas, porém a adaptação também não deixa de ser um fator estressante para os
animais confinados. O presente estudo consiste em uma revisão sistemática e tem por objetivo
fazer o levantamento das principais causas de morte dentro dos confinamentos e possíveis
medidas preventivas.
Palavra-chave: Manejo; Sanidade; Nutrição.
ABSTRACT

Livestock is one of the pillars of the Brazilian economy, this scenario has been increasing due
to investments made by producers, confinement is one of the biggest investments for meat
production in smaller areas of the property in a short period, ranging from 90 to 120 days
generally, however the number of animals confined is still lower than animals raised on
pasture. Confinement, despite some benefits for the producer, offers some adversities that
can often result in financial losses due to morbidity and mortality, due to errors that are
avoided with the proper handling of the animals. Problems related to management failure
drastically influence the final phase of the finishing of confined animals, as it usually results in
an increase in cortisol, which consequently affects the immune system of the animals.
Immunological impairment predisposes these animals to be exposed to diseases usually
associated with the respiratory system or even affect the rumen microbiota by affecting
ruminal bacteria, responsible for gastric balance. , metabolic diseases are more related to
errors in the adaptation of these animals to the offered diets, but adaptation is also a stressful
factor for confined animals. The present study consists of a systematic review and aims to
survey the main causes of death within confinements and possible preventive measures.

Keywords: Management; Sanity; Nutrition.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura I: Fluxograma de análise sistemática de literatura..........................................................10


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CRB – Complexo das Doenças Respiratórias de Bovinos


RPT – Retículo Pericardite Traumática
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................................6
CAPÍTULO I................................................................................................................................8
Resumo...........................................................................................................................................8
Abstract..........................................................................................................................................8
Introdução.......................................................................................................................................8
Materiais e Métodos.......................................................................................................................9
Resultados....................................................................................................................................10
Discussão......................................................................................................................................14
Conclusão.....................................................................................................................................22
CONCLUSÃO............................................................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................24
6

INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, e, esse cenário


tem se ampliado gradativamente. Uma maneira de intensificar essa produção é por meio
do confinamento desses animais, porém a porcentagem de animais confinados
representa um valor inferior à criação de bovinos engordados a pasto. O sistema
extensivo, tem apresentado bom desempenho na estação chuvosa e baixo desempenho
no período seco, essa variação ao longo do ano, faz com que os preços do gado sejam
diferentes entre a estação das águas e estação da seca, devido ao fato de que em épocas
chuvosas há maior oferta e menores preços, e na seca menor oferta e maiores preços
(ROBALINHO; GOMES, 2020).
Devido as oscilações nos preços, alguns produtores optam pelo confinamento
dos animais, visando algumas vantagens, como redução da idade e melhor peso no
abate, aumento da taxa de lotação e permitindo conformação do lote com as
características desejadas pelos frigoríficos, proporcionando maior lucratividade ao
produtor (CARDOSO, 1996).
Durante o procedimento de preparação e confinamento dos animais, há sempre o
risco de eventuais problemas de saúde que afetam o organismo dos mesmos, impedindo
o crescimento ideal, além de ao mesmo tempo, dificultar o trabalho até o abate. O
confinamento desses animais requer cuidados e manejo sanitário adequado, caso deixe a
desejar em algum desses cuidados, há maior probabilidade de transmissão de patógenos
e outros riscos nos quais os animais passam nessa fase de terminação até o abate
(MARTINS, 2016).
As principais causas da taxa de mortalidade são doenças respiratórias, distúrbios
metabólicos, intoxicações, fraturas ou outras causas indeterminadas (HEIDMANN;
NASCIMENTO e CASTRO, 2021).
Dentre os principais distúrbios respiratórios, a broncopneumonia e a pneumonia
são as que mais acometem bovinos confinados, e são as principais causas de
mortalidade no confinamento, sendo mais comum em animais jovens submetidos a esse
sistema. Algumas medidas preventivas podem ser adotadas para reduzir a taxa de
mortalidade relacionadas a problemas respiratórios, sendo elas a utilização de medidas
profiláticas como a vacinação no desmame contra problemas respiratórios, fazendo que
7

diminua a taxa de mortalidade na terminação dos mesmos, o manejo corretivo antes e


após a chegada no confinamento, medidas sanitárias como a quarentena e observação
dos animais, outro fator importante é a higienização do ambiente como limpeza dos
cochos e dos barracões onde os animais permanecem confinados até a fase de
terminação (HEIDMANN; NASCIMENTO e CASTRO, 2021).
Em se tratando dos distúrbios metabólicos que acometem os animais confinados
destacam-se acidose, timpanismo, alcalose, que ocorrem pelas dietas, sendo que a
acidose e o timpanismo ocorrem por conta de dietas baseadas em altos teores de grãos,
ricas em carboidratos e concentrados, com baixa taxa de fibras, visando acelerar e
aumentar a produtividade. Uma medida de prevenção seria o manejo de adaptação com
a inclusão gradual da nova dieta, com o intuito de mitigar os riscos de desenvolver os
problemas anteriormente citados (SILVA et al., 2020). Já a alcalose ocorre
principalmente pela utilização de nitrogênio não proteico – ureia – associado a uma
mistura de minerais que é conhecida por sal proteico, por ser uma alternativa econômica
para fornecimento de uma dieta com maior valor de proteína no período de inverno. A
alcalose tem maior incidência em animais não adaptados que fazem ingestão de doses
elevadas de ureia em seus primeiros dias de cocho. Como medida preventiva é ideal
fazer a adaptação desses animais à nova dieta ofertada (BRANDOLT et al., 2020).
O presente trabalho consiste em uma revisão sistemática, e tem por objetivo
fazer o levantamento das principais causas de mortes dentro dos confinamentos e
possíveis medidas preventivas, desta forma a importância do presente estudo justifica-se
no fato de que é necessário que tenhamos o devido conhecimento, uma vez que isso
consiste em uma grande perda econômica para o produtor, visando assim diminuir as
perdas durante o período de produção.
8

CAPÍTULO I.
Causa Mortis de Bovinos Confinados – Revisão
Sistemática
Causa Mortis of Confined Cattle - Systematic Review

Matheus Cirino Silveira1


Rafael Silva Cipriano2
Resumo
A pecuária é um dos pilares da economia brasileira, esse senário vem aumentando
devido a investimentos feitos pelos produtores, o confinamento é um dos maiores
investimentos para produção de carne em menores áreas da propriedade em curto
período, variando de 90 a 120 dias geralmente, porém o número de animais
confinados ainda é inferior aos animais criados a pasto. O confinamento apesar de
alguns benefícios para o produtor, oferece algumas adversidades que muitas vezes
podem resultar em prejuízos financeiros por morbidade e mortalidade, por erros que
são evitados com o meneio adequado dos animais. O presente estudo consiste em
uma revisão sistemática e tem por objetivo fazer o levantamento das principais causas
de morte dentro dos confinamentos e possíveis medidas preventivas.

Palavra-chave: Manejo; Sanidade; Nutrição.

Abstract
Livestock is one of the pillars of the Brazilian economy, and this scenario has been
increasing due to investments made by producers, confinement is one of the biggest
investments for meat production in smaller areas of the property in a short period,
ranging from 90 to 120 days generally, however, the number of confined animals is still
lower than animals raised on pasture. Confinement, despite some benefits for the
producer, offers some adversities that can often result in financial losses due to
morbidity and mortality, due to errors that are avoided with the proper handling of the
animals. The present study consists of a systematic review and aims to survey the
main causes of death within confinements and possible preventive measures.

Keywords: Management; Sanity; Nutrition.

Introdução
A bovinocultura vem a cada dia aumentando a sua relevância econômica
no agronegócio nacional, sendo o Brasil um dos maiores produtores e tendo o
maior rebanho comercial do mundo e também o segundo maior e mais
eficiente. O confinamento dos animais é uma ótima alternativa para os
criadores nas épocas de entressafra – seca – pois proporciona um maior

1
Acadêmico do 09° termo do curso de Medicina Veterinária no Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium de Araçatuba
2
Médico veterinário docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium de Araçatuba
9

aproveitamento da área disponível da propriedade, e torna o ciclo de ganho de


peso e acabamento dos animais mais rápido [1].
Apesar de todos os benefícios que traz o confinamento, esse sistema
apresenta alguns desafios sanitários que podem contribuir para o aparecimento
de doenças respiratórias sendo elas um dos grandes problemas na cadeia de
produção de carne bovina [1].
As doenças respiratórias apresentam um importante fator crítico, uma
vez que a espécie bovina possui peculiaridades anatomofisiologicas no trato
respiratório, tornando esses animais suscetíveis a doenças pulmonares, alguns
exemplos disso são a ausência de ventilação colateral interalveolar e
interbronquiolar, a alta taxa de ventilação e também a forte resistência do fluxo
de ar no interior de todas as vias aéreas inferiores. Essas particularidades da
espécie tornam esses animais sujeitos afecções no trato respiratório, por
exemplo o complexo respiratório bovino e as pneumonias que são as mais
frequentes e algumas das mais importantes doenças de animais confinados
sendo as principais causas mortes [2].
A espécie bovina em geral possui também deficiências nutricionais, que
são aliadas à baixa sensibilidade gustativa nos lábios e língua, tornando esses
animais não seletivos a alimentos, e por consequência ocorre a ingestão de
corpos estranhos, que muitas das vezes ficam alojados no rumem retículo ou
se movimentar para locais impróprios, podendo perfurar a parede do estômago,
diafragma e até mesmo o coração [3].
O presente trabalho consiste em uma revisão sistemática, e tem por
objetivo fazer o levantamento das principais causas de mortes dentro dos
confinamentos e possíveis medidas preventivas, desta forma a importância do
presente estudo justifica-se no fato de que é necessário que tenhamos o
devido conhecimento, uma vez que isso consiste em uma grande perda
econômica para o produtor, visando assim diminuir as perdas durante o
período de produção.

Materiais e Métodos
O presente estudo foi caracterizado pela elaboração de uma pergunta
chave, e quanto aos procedimentos de pesquisa bibliográfica conforme
10

recomendado. A pergunta chave consiste em: Quais as principais causas de


mortes dentro dos confinamentos e possíveis medidas preventivas. Por meio
dessa pergunta gerou-se uma estratégia para que fossem realizadas buscas na
base de dados do Google Acadêmico.
Os critérios de inclusão e exclusão dos estudos foram baseados no
título, conteúdo principal dos artigos e qualidade dos estudos disponibilizados.
Revisões literárias foram excluídas
Primeiramente para seleção inicial dos trabalhos foi pesquisado na base
de dados através da combinação de palavras chaves, artigos, dissertações e
pesquisas cientificas. As palavras chaves utilizadas foram, “causas mortes” e
“bovinos confinados”.
Foram encontrados inicialmente, através das combinações das palavras
chaves, 12000 resultados. Trabalhos com mais de dez anos de publicação
foram descartados. No total foram utilizados dez trabalhos para indicar os
resultados do presente estudo.
A figura 1 representa o fluxograma, no qual constam as informações
utilizadas para a seleção dos artigos que foram incluídos no trabalho.

Figura I: Fluxograma de análise sistemática de literatura.


Fonte: Arquivo próprio

Resultados
Segundo Heidmann, Nascimento e Castro (2021) no Brasil e nos
Estados Unidos o Complexo das Doenças Respiratórias de Bovinos – CRB – é
11

um dos maiores problemas relacionados a animais criados de forma intensiva-


confinados causando grande impacto econômico financeiro para os produtores
de bovinos confinados. De acordo com os autores o CRB é o maior causador
de mortalidade e morbidade nos confinamentos, sendo de suma importância
destacar que os custos por morbidade são maiores que os por mortalidade.
De acordo com Rocha (2011) a pneumonia causa grandes prejuízos
para os produtores, pois geralmente leva os animais acometidos a um retardo
no desenvolvimento, prejudicando a sua finalidade esperada ao abate, além
dos gastos com medicamentos para reverter a doença, ou até mesmo levando
os animais a óbito na maioria das vezes. Essas informações ressalta a
importância do manejo preventivo dos neonatos, para obter o máximo do
desenvolvimento quando se tornarem adultos, proporcionando características
morfológicas e ganho de massa corpórea, que é o esperado pelos produtores.
Devido à alta taxa de morbidade que resulta em prejuízos ao produtor,
não somente pelo alto valor do tratamento para reverter a doença, mais sim por
todos os pontos negativos relacionados a pneumonia, conclui-se que os
cuidados com os neonatos, por serem mais sujeitos a desenvolver a doença, é
de suma importância diminuir ou até mesmo evitar surtos causados pela
pneumonia. É de suma importância destacar a orientação aos produtores, para
tomarem medidas profiláticas, como cuidados com o ambiente que os neonatos
se encontram, pois ainda não possuem defesa imunológica eficaz e verificar se
a ingestão de colostro foi eficiente no pós parto para adquirir a defesa
(ROCHA, 2011).
De acordo com os estudos feitos por Silva et al (2019), o sistema de
animais confinados tem maiores desafios para os produtores, por ser um
método que por muita das vezes animais de diferentes origens se encontram
aglomerados em um mesmo piquete, além do transporte estres e outros fatores
que predispõe o desenvolvimento da pneumonia. Um dos meios de prevenção
citados, é a utilização de vacinas profiláticas Inforce 03 e Cattle master4 que é
utilizada no sistema confinamento. Foi avaliado a eficiência de cada vacina
analisando qual das duas oferece melhores resultados diante dos surtos de
pneumonia, e obteve-se com a conclusão que a vacina Inforce 03 se destacou
12

por proporcionar melhor ganho de peso diário e um excelente resultado de


carcaça ao abate.
Segundo Oliveira et al., (2021), foram coletados dados de proprietários e
consultores de alguns confinamentos no brasil, com a finalidade de
diagnosticar o acometimento das doenças metabólicas que é a segunda maior
causa de mortalidade em confinamento no país. O método mais eficaz em um
curto período para terminar animais é por meio do confinamento, porem
alimentos concentrados podem resultar em problemas metabólicos associados
a acidose, causando prejuízos aos proprietários. Conclui-se que os animais
devem ser monitorados e adaptados de forma adequada para diminuir a taxa
de mortalidade, que causa prejuízos que pode ser revertido com o manejo
adequado reduzindo surtos das doenças metabólicas.
Com observação nas informações de Quevedo et al., (2014), a acidose é
responsável por grande parte da mortalidade de animais criados de maneira
intensiva, porem existe dois tipos de acidose que acomete animais confinados,
a forma aguda e subaguda. Os autores citam que as duas formas da acidose
são responsáveis por grande perca econômica na brasil, devido as percas por
mortalidade ou pela tentativa de reverter o quadro clinico em que os animais se
encontram, além de perca de peso que é causada pela acidose.
De acordo com Lima et al., (2021), informam que os bovinos confinados
necessitam de dietas energéticas e nutritivas, porem alguns produtores tem
para oferecer no dia-dia por ter um menor custo, fornecem cana de açúcar
triturada, como fonte de alimentação, entretanto esse tipo de alimento
necessita passar por processos adequados antes de serem oferecidos no
cocho, como por exemplo fazer a moagem adequada da cana de açúcar, pois
as fibras mal trituradas dificultam a absorção além de traumas gastrointestinais,
podendo resultar em morte por perfuração do diafragma ou até mesmo atingir o
coração causando pericardites.
De acordo com Quaresma (2019), o timpanismo também é uma das
causas de prejuízos nos confinamentos, por mortalidade e gastos com
medicamentos para melhora dos animais. Essa doença metabólica está
relacionada a falha na adaptação dos animais ao serem confinados, por serem
submetidos a dietas moídas e fina, fazendo com que o animal diminua a
13

ruminação e também um declínio das concentrações de bicarbonato que tem


na saliva. A função do bicarbonato é equilibrar o pH ruminal, quando em falta o
ph do rumem fica ácido, ocorrendo acúmulo de gases no rumem, ocasionando
no que chamamos de timpanismo.
De acordo com Comelli, (2022), os bovinos são animais que possuem
uma grande dificuldade de distinguir os alimentos, identificando os fibrosos e os
não fibrosos, devido à pouca seletividade desses animais que muitas das
vezes se encontram confinados, ocorre acidentalmente a ingestão de objetos
perfurantes que se encontram junto ao alimento oferecido, ocasionando em
uma doença responsável por prejuízos e morte de animais, a reticulo
pericardite traumática. Essa doença conhecida também por síndrome de
corpos estranhos, resulta em perfuração e inflamação do pericárdio e reticulo,
por conta dos movimentos feito pelo abdome e rumem do animal acometido,
resultando em percas econômicas e morte.
De acordo com as informações de Cooke (2013) algumas doenças
desenvolvidas na fase de terminação dos bovinos, estão relacionados a fatores
estressantes durante os diferentes tipos de manejo Que esses animais são
submetidos. O transporte após o desmame foi a Principal causa de aumento de
cortisol Nos animais, Predispondo após a chegada no confinamento a
desenvolverem doenças respiratórias que são as comuns. Pelo fato do cortisol
afetar o sistema imune dos bovinos, alguns pesquisadores realizaram
trabalhos, visando diminuir o nível desse hormônio na corrente sanguínea dos
animais, durante o transporte, com o uso do anti-inflamatório flumixim-
meglumine. Os resultados foram satisfatórios, porém os animais não
apresentaram melhora na chegada no confinamento.
Outra pesquisa realizada por cooke2013 relacionadas aos níveis de
cortisol durante o transporte de bovinos para confinamento, após serem
desmamados, podendo muita das vezes acarretar em deficiência imunológica
na chegada aos confinamento, porém conclui-se que a utilização do anti-
inflamatório meloxicam antes do transporte, obteve resultados positivos durante
o transporte e após a chegada dos animais nos confinamentos, com níveis
diminuídos de cortisol.
14

Discussão
Segundo Heidmann, Nascimento e Castro (2021), o CRB é
caracterizado como a principal causa de mortalidade e morbidade nos
confinamentos, causando perdas significativas de qualidade de carcaça e
também perda de peso brusca no rebanho, além dos altos custos gerados para
tentar reverter esses problemas com medicamentos e mão de obra veterinária.
Sua etiopatogenia é multifatorial e complexa, atuando na forma complementar
os agentes ambientais e também infecciosos, entre todos esses fatores, o
manejo inadequado dos animais e falha na nutrição, alimentação e transporte
são os principais a serem destacados.
Nos agentes infecciosos do CRB os agentes bacterianos e virais são os
principais a serem destacados, pois eles podem atuar de forma associada ou
isolada, ou primária ou secundária. Os animais podem apresentar a forma
crônica ou aguda do CRB. Na forma crônica os animais apresentam sinais de
forma subclínica, porém aparentam estar saudáveis e se alimentando normal,
ou apresentam descargas oronasais mucopurulentas com a temperatura
corpórea adequada, porém os animais podem apresentar tosse seca, na fase
aguda os animais apresentam quadros de febre, taquipneia, inapetência, tosse
persistente, secreção nasal mucopurulenta [1].
Em algumas propriedades os produtores visando a diminuição de gastos
no tratamento causado pelo CRB, adquiriram o método de profilaxia, vacinando
os animais ao chegar em suas propriedades, com alguns produtos indicados
para prevenção das doenças respiratórias pois o CRB é o principal causador
de morbidade e mortalidade no país [1].
Em contrapartida, Rocha, (2011), relata que as pneumonias são a
principal causa de perda, e a ocorrência de óbitos por pneumonia em
confinamentos geralmente ocorre nas primeiras três semanas, quando o animal
chega de outra propriedade, passa por fatores estressantes no transporte,
contato com outros bovinos de lotes diferentes e muita das vezes a
alimentação, onde os animais não são acostumados a comer. Todos esses
fatores predispõem ao aumento do cortisol e por consequência diminuindo a
imunidade dos animais pelo estresse, tendo por consequência a pneumonia
15

que geralmente são classificadas em três categorias, metastáticas,


pneumonias intersticiais e broncopneumonias.
A pneumonia metastática tem como característica fisiopatológica a
embolização séptica dos pulmões, partindo de outros focos do organismo, esse
problema tem menor frequência em animais menores de 12 meses de idade.
As pneumonias de origem intersticiais têm por característica um agrupamento
de algumas doenças, geralmente não são infecciosas, porém são
caracterizadas por reações intersticiais que resultam da inalação ou ingestão
de alérgenos ou toxinas. A fisiopatogenia da pneumonia brônquica caracteriza-
se pela invasão por microrganismos patogênicos pela árvore pulmonar e
penetram nos pulmões. A broncopneumonia nos animais confinados tem causa
multifatorial, pois pode ser causada por vírus, fungos, bactérias e parasitas [2].
As infecções parasitárias fúngicas e agentes físicos químicos podem
predispor os animais a infecções secundárias tornando assim complicado
estabelecer um diagnóstico definitivo das afecções pulmonares até mesmo
porque as pneumonias possuem agentes etiológicos multifatoriais, ambiente,
manejo, sistema imune do animal são fatores importantes a se observar pois os
animais afetados devem ser tratados urgente, pois quanto antes realizar o
tratamento, maior será a probabilidade de melhora do paciente [2].
Segundo Silva et al., (2019), o controle profilático é um dos fatores mais
importantes para o controle da pneumonia, porém deve-se evitar nas
propriedades falha no manejo sanidade e controle vacinal do rebanho para
diminuir a taxa de animais afetados pela pneumonia que são causadas
geralmente por infecções bacterianas, virais ou pela combinação de ambas.
Alguns pesquisadores relatam que o método de controle mais eficientes da
prevenção à pneumonia utilizado são as vacinas, minimizar os índices e o grau
de gravidade da doença, que afeta grande parte do rebanho brasileiro.
Por conta dos diversos tipos de risco de doenças que os animais
confinados podem desenvolver, devido aos fatores que são expostos por
estresse e tendo por resultado doenças respiratórias, foi feito um trabalho com
o objetivo de avaliar a viabilidade sanitária das seguintes vacinas: INFORCE 03
e CATTLEMASTER 4, para o controle de prevenção da pneumonia em bovinos
confinados [4].
16

Das vacinas utilizadas, a INFORCE 03 desempenhou maior ganho de


peso vivo diário, e um bom retorno financeiro por eficiência em peso morto, o
rendimento da carcaça em arroba foi 15% superior aos outros tratamentos,
concluindo que a INFORCE 03 possui maior eficiência na prevenção a
pneumonia [4]. Dentro dos problemas respiratórios todos eles estão
relacionados na grande maioria das vezes associado a fatores estressantes,
predispõem os animais a desenvolverem as doenças respiratórias e portanto a
pneumonia é a principal causa de morte comparando a todas as doenças
envolvendo o sistema respiratório dos bovinos.Além do estresse a falha na
transferência de imunidade passiva da mãe para o neonato na fase inicial de
vida, pode resultar a fatores negativos na terminação desses animais, portanto
o manejo desde o nascimento até o abate é fundamental para evitar o
acometimento de doenças respiratórias.
De acordo com Lima et al (2021), a inclusão da alimentação à base de
concentrado para os animais de confinamento é uma das alternativas com mais
eficiência e proporciona um alto ganho de peso e massa corpórea em um curto
período, sendo essa técnica uma ótima forma de aumento na produção de
carne no Brasil, porém esse método de alimentação possui alguns cuidados a
serem seguidos, para evitar alguns surtos metabólicos relacionados a acidose,
que é representado como o segundo maior problema associado à animais
confinados. O escore fecal na acidose é uma das principais ferramentas para o
monitoramento do controle das dietas oferecidas no cocho que possuem altos
valores de concentrado, e são as principais causas da acidose metabólica
Após o proprietário realizar a compra dos animais para engorda,
geralmente são de propriedades distantes do confinamento, fazendo com que
os animais fiquem restritos de água ou até mesmo alimentação, segundo
alguns pesquisadores do assunto, a restrição alimentar durante o transporte,
num período maior de 12 horas, ao chegar na propriedade esses animais não
devem ingerir carboidratos não fibrosos em altas quantidades, pois estão
sujeitos à desenvolver quadros de acidose ruminal, porém conclui-se que o
descanso dos animais em pastagens para alimentação com volumoso e água
de qualidade para hidratar é fundamental para evitar problemas metabólicos
[7].
17

Lima et al, (2021) descreve que devido a excessiva ingestão de


carboidratos altamente fermentáveis os animais confinados sem uma
adequada adaptação, estão predispostos a desenvolver acidose láctica
ruminal, que é um surto comum em confinamentos, por ser uma doença
associada a diversos fatores que diminuem o PH ruminal e tende a aumentar
as concentrações dos íons hidrogênio.
A acidose nos bovinos pode ser desenvolvida de duas forma, na forma
aguda ou subaguda, porém a acidose aguda ocorre rapidamente modificando
a microbiota do rumem, devido a fermentação, causando alteração devido ao
aumento da concentração de ácidos orgânicos e diminui o PH, em um nível
inferior a 6,0 podendo chegar a cair entre 5,0 até 3,8, porém são valores
preocupantes para reverter o quadro clínico do animal, que geralmente para
chegar a este ponto, passaram por uma breve adaptação, feita de forma
inadequada ou nem mesmo passaram a ser adaptados as dietas fornecidas no
cocho. Na forma subaguda causa alteração sistêmicas pois o ácido lático
começa a ser absorvido grande parte na corrente sanguínea, podendo
provocar quadros de laminite nos animais acometidos que geralmente
apresentam também o PH alterado em torno de 5,9 á 5,1 [7].
Segundo Quaresma et al., (2019), dentre os distúrbios metabólicos
associados animais confinados, o timpanismo também está relacionado a uma
das causas de morte de bovinos confinados. Esse distúrbio não tem
predisposição racial nem genética, porém alguns relatos informam que animais
zebuínos são mais acometidos a desenvolver tais transtornos comparados as
raças taurinas, que demonstram uma taxa inferior nos números de animais
acometidos.
O Timpanismo tem por característica aumento na região do rumem e
retículo pelo acumulo de gases pela fermentação microbiana devido a ingestão
de alimentos concentrados rico em carboidratos em grande quantidade, e por
muita das vezes animais que não foram adaptados a dieta oferecida. Um dos
métodos para a diminuição de animais acometidos pela timpanismo é fornecer
alimentos fibrosos na dieta dos bovinos com o intuito de estimular a ruminação
e por consequência ocorrer aumento da salivação, que possui importante papel
fazendo o tamponamento por conter bicarbonato que regula o pH do rumem,
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além da saliva conter mesoproteínas, estabilizar a espuma ruminal. Quando os


bovinos saem das propriedades e são transportados para confinamento
geralmente esses animais não são adaptados a dietas concentradas, finas e
moídas, por resultado de manejo irregular nas propriedades, e por
consequência diminui a porcentagem de produção de salina por menos tempo
de ruminação dos animais, deixando o pH mais ácido e alterando a microbiota
do rimem por faltar componentes tamponaste encontrados na saliva [8].
Segundo descrito por Comelli, (2022) retículo pericardite traumática –
RPT – conhecida também por síndrome do corpo estranho, é uma afecção
comum em bovinos confinados, pois esses animais estão sujeitos a terem
maior contato a exposição de corpos estranhos pelas instalações dos galpões
onde o alimento que muitas das vezes não possuem fabricação adequada com
os quesitos de cuidado desejados, proporcionando a ingestão de corpos
estranhos. Um dos principais custos para a produção de carne de qualidade é
a alimentação, e, uma alternativa utilizada por alguns produtores é a cana de
açúcar, pois é considerada uma rica fonte de nutrientes como fibras,
carboidratos, proteínas e minerais por menor custo. Para ser fornecida no
cocho a cana de açúcar necessita passar por um processo de moagem, com
objetivo de diminuir o tamanho das partículas, porém muita das vezes a
moagem é realizada de forma inadequada dificultando a absorção de nutrientes
e causando traumas gastrointestinais por fragmentos da casca da cana de
açúcar podendo levar os animais acometidos a óbito.
Além dos cuidados com os alimentos, funcionários e alimentadores
devem proporcionar cuidados com a higiene no dia-dia fazendo limpeza dos
cochos onde é fornecido o alimento ou água para evitar com que os animais
façam a ingestão de corpos estranhos, desenvolvendo a RPT. Os bovinos na
grande maioria fazem a ingestão de corpos estranhos por acidente ou por
deficiências nutricionais de macro nutrientes, que neste caso os animais
apresentam apetite exótico e passam a procurar ingerir materiais inusitados,
sendo metálicos ou não, porém desenvolvendo a doença que está relacionada
a grandes prejuízos econômicos para os produtores [3].
O material ingerido geralmente perfura a parede reticular e também o
diafragma até chegar até o pericárdio, devido as características anatômicas ou
19

funcionais juntamente com a pressão da cavidade abdominal e movimentos do


abdome. Por consequência ocorre a inflamação e perfuração do pericárdio
resultando em acúmulo de exsudato, líquido, fibrina, ou até mesmo conteúdo
purulento entre o pericárdio parietal e visceral, resultando nos animais,
insuficiência cardíaca, que geralmente provoca endocardite e bacteremia que
podem essas enfermidades associadas diminuir o período de sobrevida do
animal acometido [3].
Se tratando dos problemas gástricos dos animais confinados a relação
de falha de manejo é o principal contribuinte para causar distúrbios metabólicos
ao chegar nas propriedades, geralmente os animais após o transporte que é
um fator que contribui no aumento do estresse, por submeter os animais a um
período de jejum alimentar e hídrico, esses animais passam por um período
muito curto de descanso nas pastagens, e geralmente Já são colocados nas
baias para serem adaptados. O jejum do transporte muita das vezes afeta a
microbiota ruminal e por isso os animais necessitam de descanso em
pastagem com abundância de fibras, para reverter as perdas da flora intestinal
e estarem prontos para ir para o coxo onde vão ingerir dietas concentradas e
moída, porém quando a flora intestinal está acometida e os animais já vão para
o coxo os índices de doenças metabólicas são maiores pela redução de
produção de saliva e bicarbonato que é responsável por equilibrar o PH
ruminal, assim resultando no surtos metabólicos que são comuns em
confinamento.
Segundo descrito por Cooke (2013), a taxa de mortalidade de animais
confinados, conclui-se que as doenças respiratórias são as principais causas
de mortalidade, e por muita das vezes as doenças desenvolvidas são
secundarias a erros de manejo, desde o parto até a terminação envolvendo
fatores estressantes que são responsáveis por sensibilizar o sistema imune e
outras respostas do organismo, assim como sistema nervosos simpático e o
eixo hipotálamo-pituitária. Esses animais são expostos a diversos fatores
estressantes a vida toda, por exemplo estres físico, fisiológico e psicológico
que estão relacionados ao sistema de manejo que é praticado em propriedades
sem nenhum tipo de conhecimento técnico dos funcionários envolvidos.
20

Um dos maiores fatores de estresse é na fase de desmama pois os


animais são apartados da mãe e misturados a outros animais, em seguida os
animais são submetidos ao transporte para o acabamento nos confinamentos,
passando por restrição hídrica, alimentar e estres térmico. Com junção desses
vários tipos de estresse os animais são predispostos a desenvolver doenças
respiratórias bovina, por aumento do cortisol afetando o sistema imune e saúde
do animal. Na américa do norte a perdas econômicas de cerca de 1 bilhão por
ano relacionadas BRD, esse valor está relacionado a mortalidade e compra dos
medicamentos para tentar salvar os animais doentes e perdas com desperdício
de alimentos [9].
Cooke (2013), descreve que os resultados da junção de todos os fatores
estressantes envolvidos, relacionados principalmente no transporte, a liberação
de cortisol como resposta fisiológica é a principal forma de manter a
homeostase, esse hormônio é produzido pela glândula adrenal, liberado na
corrente sanguínea estimulando degradação de tecido adiposo, muscular e
tecido hepático para liberar glicogênio no auxílio de controlar o estresse. Os
altos níveis de cortisol na corrente sanguínea tem efeitos negativos
significantes por afetar o sistema imune dos animais, e quando em auto nível
por longo período torna o animal imunossupressor, isso mostra que o
transporte inadequado estimula a resposta imunológica nos animais sem
necessidade de infecção e patógenos. Por tanto compreender que o sistema
imunológico influencia na produtividade dos animais e fornecer medidas
preventivas evitando desafios imunológicos são viáveis, pois melhoram a
performance, reprodução e bons resultados na eficiência alimentar. Alguns
pesquisadores visando diminuir os valores de cortisol optaram pela
administração de anti-inflamatórios não esteroidais como o flunixim meglumine
durante o transporte, pois alguns relatos informam que a administração desse
medicamento antes do transporte e após a chegada no confinamento diminuem
a reação inflamatória causada pelo cortisol, porém na conclusão dos
resultados, realmente o a administração do flunixim-meglumine diminuiu os
níveis de cortisol durante o transporte, por tanto não proporcionou melhores
desempenho dos animais na entrada do confinamento. Outras pesquisas
também visando diminuir as porcentagens de cortisol durante o transporte de
21

animais para confinamentos, incluem também a utilização de anti-inflamatórios


não esteroidais, o meloxicam foi o fármaco de escolha utilizado, que por
resultado apresentou benefícios no desempenho dos animais ao chegar no
confinamento, diminuindo os fatores estressantes durante o transporte.
O estresse do transporte é um dos fatores de difícil reversão nos animais
destinados ao abate, por ser Algo incomum para os animais confinados,
mesmo quando esses animais passam por manejo antes estres nas
propriedades, pois independente do lote de animais ser mais calmos, durante o
transporte os níveis de cortisol, querendo ou não aumentam na corrente
sanguínea.
Dentre as pesquisas feitas pelo uso de anti-inflamatórios não esteroidais
obteve bons resultados minimizando a quantidade de cortisol na circulação.
O meloxicam obteve melhor resultado, por além de proporcionar baixos
níveis de cortisol durante a viagem, na chegada do confinamento, teve melhor
desempenho dos bovinos ao serem introduzidos nas baias.
O anti-inflamatório flunixim-meglumine teve ótimos resultados diminuindo
os níveis de cortisol durante o transporte, portanto os resultados não foram tão
bons ao chegarem no confinamento comparando aos resultados do meloxicam.
Entre todos os problemas relacionados a confinamento, não tem como fugir do
manejo adequado para obter bons resultados econômicos e excelência no
acabamento obtendo animais igualados e saudáveis. O erro de manejo resulta
em doenças que são preocupantes dentro da pecuária, isso pode ser revertido
com correção e instrução para os proprietários e funcionários responsáveis
pelos animais. O manejo antes antiestresse nas propriedades de criar, recria e
engorda deve ser fundamental para evitar ocasiões de stress, submetendo os
animais a ficarem com a imunidade afetada e por sequência aparecimento de
doenças respiratórias, metabólicas entre outras que geralmente todas estão
relacionadas a falha no manejo. No Brasil o manejo antes ante estresse ainda
é precário, por falta de conhecimento dessa técnica nas propriedades criadores
de bovinos, portanto os proprietários que aplicam essa técnica tem bons
resultados financeiros comparados a propriedade onde manejo correto é
escasso.
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Conclusão
Com base nos resultados obtidos pela pesquisa e meta-análise
realizadas, concluiu-se que as principais causas de morte estão relacionadas a
falhas de manejo e controle profilático nas propriedades. Em se tratando de
limitações para a realização do presente estudo, a dificuldade em encontrar
material de qualidade, e recente, principalmente em se tratando da nossa
região foi a maior limitação. Como sugestão, seria interessante que fossem
realizados mais estudos na área, principalmente em se tratando da nossa
região.

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CONCLUSÃO
Concluiu-se com o presente estudo, que o manejo e controle
profilático inadequados, resultam em prejuízos com morbidade e
mortalidade dentro do confinamento, sendo que o maior custo é com a
reversão dos quadros de animais acometidos por doenças, uma vez que será
necessário mão de obra veterinária, custos com medicamentos, além de
sobrecarregar os funcionários da propriedade durante o manejo com esses
animais.
25

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