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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE

BARRETOS (UNIFEB)

ANA BEATRIZ ALVES SOUZA SANTOS – RA: 536765

ANA LAURA FLORES DE CARVALHO – RA: 537350

CLAUDIO APARECIDO GARCIA - RA: 536505

ELIZANGELA FELTRIN GARCIA - RA: 536504

GABRIEL SILVEIRA GARCIA SILVESTRE - RA: 536559

GUSTAVO RODRIGUES – RA: 536798

KAMILLY FUREGATI – RA: 53670

RICARDO RIVAS – RA 537056

MASTITE BOVINA: O QUE É? COMO TRATAR E PREJUIZOS PARA PECUÁRIA

BARRETOS
2023
ANA BEATRIZ ALVES SOUZA SANTOS – RA: 536765

ANA LAURA FLORES DE CARVALHO – RA: 537350

CLAUDIO APARECIDO GARCIA - RA: 536505

ELIZANGELA FELTRIN GARCIA - RA: 536504

GABRIEL SILVEIRA GARCIA SILVESTRE - RA: 536559

GUSTAVO RODRIGUES – RA: 536798

KAMILLY FUREGATI – RA: 53670

RICARDO RIVAS – RA 537056

MASTITE BOVINA: O QUE É? COMO TRATAR E PREJUIZOS PARA PECUÁRIA

TRABALHO ELABORADO PARA A


ATIVIDADE BIMESTRAL
APRESENTADO AO CENTRO
UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO
EDUCACIONAL DE BARRETOS NO
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
PARA A DISCIPLINA DE PROJETO
INTEGRADOR: SANIDADE ANIMAL

PROFESSOR: LUCIO MAURO


ORLANDINI

BARRETOS
2023
Sumário
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

TEMA.........................................................................................................................................5

METODOLOGIA.......................................................................................................................5

IMPORTÂNCIA DO TEMA.....................................................................................................6

EPIDEMIOLOGIA.....................................................................................................................7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................8
INTRODUÇÃO

A sanidade animal é a preocupação com a saúde dos animais que busca


promover essa condição ideal. Para isso, os produtores precisam trabalhar na
prevenção de doenças, planejamento diário do rebanho e cuidar da qualidade de
vida dos animais.

Cada espécie animal tem seu próprio metabolismo e, portanto, cada sistema
de produção possui diferentes técnicas de manejo. Mas os princípios de saúde
animal são comuns a todos os tipos de gado. O Farm Animal Welfare Council
(FAWC) do Reino Unido foi o primeiro a publicar diretrizes gerais sobre o tratamento
mínimo aceitável de animais de fazenda.

De acordo com o órgão, os animais devem estar livres de medo e estresse;


de sede e fome; de qualquer desconforto; de dor, lesão e doença; e ainda livres para
expressar seu comportamento natural. Bem-estar, portanto, requer tratamento
responsável dos animais, proporcionando condições de vida adequadas, prevenção
de doenças, manejo e transporte cuidadosos e menos sofrimento no abate. Atingir
altos padrões de bem-estar animal requer não causar sofrimento desnecessário e
atender a algumas (mas não todas) das necessidades dos animais.

Com o conhecimento e a prática atuais, algumas dores e sofrimentos são


inevitáveis na indústria pecuária. A colocação de rabo de cordeiro para minimizar o
risco de ataque de moscas e o corte do bico de galinhas poedeiras são exemplos
disso. Mas o objetivo do saneamento é minimizar a ocorrência de situações
angustiantes.

A saúde é o estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu


ambiente. A sanidade, por outro lado, é a qualidade ou virtude do que é saudável. A
saúde animal envolve questões relacionadas às doenças dos animais, enquanto a
saúde pública envolve o controle de riscos ao longo da cadeia alimentar.

Com o passar dos anos, os criadores perceberam que as boas práticas de


manejo que visam ao bem-estar animal podem representar, ao contrário do que se
pensava, um menor custo de produção em longo prazo. A sanidade animal envolve

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um trabalho de prevenção, planejamento e cuidados com a qualidade de vida dos
rebanhos, para que produção seja maior e melhor.

Animais saudáveis garantem a qualidade da cadeia do setor pecuário no


contexto nacional e internacional e ainda protegem a saúde pública e o meio
ambiente. Animais saudáveis garantem a qualidade da cadeia do setor pecuário no
contexto nacional e internacional e ainda protegem a saúde pública e o meio
ambiente.

Ao se tratar de animais de companhia, os interessados em conviver com


cães e gatos assumem o compromisso ético de desenvolver e manter hábitos e
posturas de promoção e preservação da saúde e do bem-estar animal e do meio
ambiente. Com relação a animais de produção, além do aspecto ético e moral,
proporcionar um melhor desenvolvimento desses animais, garante um equilíbrio
fisiológico e controle do estresse, resultando em um produto de melhor qualidade.

A saúde dos rebanhos torna-se cada vez estratégico para o país, uma vez
que o Brasil é importante produtor de alimentos de origem animal. A contribuição do
setor da pecuária, principalmente a produção de carne bovina e de aves (segundo
lugar em produção mundial), carne suína (quarto produtor mundial), leite, pescados
e ovos, se destaca no agronegócio e o rebanho precisa estar livre de doenças.

TEMA

MASTITE BOVINA - O que é, como tratar e prejuízos para pecuária.

METODOLOGIA

A mastite bovina é uma doença complexa que pode ser causada por diversos
fatores, incluindo agentes infecciosos, estresse, lesões no úbere, má higiene e
outros fatores ambientais. A metodologia para detectar a mastite bovina envolve a
avaliação clínica e laboratorial do animal. A avaliação laboratorial é feita por meio da
coleta de amostras de leite da vaca infectada, que são enviadas para análise em
laboratório. Com base nesses resultados, é possível selecionar o tratamento mais
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adequado para a vaca infectada, como o uso de antibióticos específicos e
outras medidas de

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gerenciamento de saúde animal, como a melhoria das condições de higiene e bem-
estar das vacas. Por exemplo, se a cultura bacteriana do leite da vaca infectada
identificar a bactéria Staphylococcus aureus como o agente causador, o tratamento
pode envolver o uso de antibióticos específicos, bem como a implementação de
medidas de prevenção, como a limpeza adequada do úbere e a adoção de boas
práticas de higiene para evitar a disseminação da infecção para outras vacas do
rebanho. A caneca do fundo escuro é usada para teste de mastite clinica e a raquete
de CMT é usado para teste de mastite subclínica, dando positivo levasse para o
laboratório para detectar o tipo da bactéria.

IMPORTÂNCIA DO TEMA

O impacto da mastite foi estimado como sendo o total de perdas, acrescido


das despesas com prevenção e tratamento de casos clínicos. O aumento da escala
de produção resultou em menor impacto econômico da mastite por vaca em
lactação. Quando se analisou o efeito da escala de produção, os maiores
responsáveis pelo impacto econômico foram, em ordem decrescente, as perdas com
descarte de leite, o tratamento curativo de animais acometidos clinicamente e a
redução da produção de leite. As despesas com tratamento preventivo
representaram, no máximo, 11,7% do impacto econômico, o que demonstra
vantagens em investir nessa prática, que irá contribuir significativamente para
diminuição do impacto econômico da mastite.

Os prejuízos causados pela mastite ambiental são estimados em R$ 200,00


por caso clínico, sendo que cerca de 90% desse custo de não utilizar o leite
contaminado da produção (cerca de 450 kg/caso) e descarte do leite (cerca de 260
kg/caso) (SANTOS, 2012).

A mastite causa queda na produção de leite e consequentemente perdas


econômicas. O controle da mastite deve ter como objetivo a redução de novas
infecções, à custa de métodos de controle de higiene.

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EPIDEMIOLOGIA

Mastite é uma inflamação da glândula mamária, geralmente causada pela


infecção por diversos tipos de microrganismos, sendo as bactérias os principais
agentes. É a doença mais importante dos rebanhos leiteiros em todo o mundo
devido à alta incidência de casos clínicos, alta incidência de infecções não
perceptíveis a olho nú (infecções subclínicas) e aos prejuízos econômicos que
acarreta.

Uma vez que um microrganismo tenha se instalado na glândula mamária, ele


se nutre dos componentes do leite e se multiplica, atingindo números muito
elevados. Nesse processo, são produzidas toxinas ou outras substâncias que
causam danos ao tecido mamário. Essas substâncias atraem leucócitos (células
somáticas) do sangue para o leite, a fim de destruir os microrganismos invasores.

Como resultado da inflamação, as paredes dos vasos sanguíneos se tornam


dilatadas e outras substâncias do sangue também passam para o leite. Entre essas
estão íons de cloro e sódio, que deixam o leite com sabor salgado, e enzimas que
causam alterações na proteína e na gordura. Devido às lesões do tecido mamário,
as células secretoras se tornam menos eficientes, isto é, com menor capacidade de
produzir e secretar leite. Ocorre também a morte das células e a liberação de
enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o processo inflamatório.
Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção.

A mastite bovina pode ser causada por uma grande variedade de agentes,
incluindo bactérias, micoplasmas, leveduras, fungos e algas. Embora mais de 137
espécies, subespécies e sorotipos de microrganismos já tenham sido isolados de
infecções da glândula mamária bovina, a maioria das infecções é causada por
bactérias. Apesar da heterogeneidade dos agentes que causam mastite, o primeiro
passo para o início do processo infeccioso é a contaminação da extremidade da teta
de uma glândula susceptível. Nas doenças sistêmicas, como leptospirose,
brucelose, Salmonelose, febre aftosa, tuberculose e carbúnculo hemático, o agente
infeccioso pode ser eliminado pelo úbere. Nesses casos, com exceção da
tuberculose, nem sempre existe evidência de comprometimento do úbere com
presença de mastite.

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Um conceito importante no diagnóstico e controle da mastite é que os
patógenos mais comumente encontrados podem ser classificados em dois grupos:

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contagiosos e ambientais. Os microrganismos contagiosos são aqueles cujas
principais fontes de infecção para o rebanho são o úbere ou canal da teta infectados,
ou lesões nas tetas infectadas. A disseminação desses agentes se dá de um quarto
infectado a outro ou de uma vaca para outra durante o processo de ordenha. Os
microrganismos ambientais estão normalmente disseminados no solo, utensílios,
dejetos, água ou outros locais e podem atingir a extremidade da teta a partir daí.
Essa diferenciação entre os microrganismos causadores de mastite é de importância
prática, porque medidas de controle diferenciadas são necessárias para cada um
desses grupos.

CONCLUSÃO

Considerando as questões apresentadas neste trabalho, conclui-se que os


processos inflamatórios da glândula mamária geradas pela mastite podem acarretar
prejuízos significativos dentro da cadeia produtiva do leite, do produtor até o
consumidor final.
As consequências negativas da mastite Afetam a produção e a qualidade do
leite. Vale ressaltar que o comprometimento da produção do leite pode ser
irreversível, pois a mastite causa degeneração da glândula mamaria podendo
provocar a perda de um ou mais tetos.
A inflamação da glândula mamária atinge toda a estrutura do úbere
ocasionando em dilatação dos vasos sanguíneos possibilitando a passagem de
substancias e enzimas do sangue, contaminando e alterando a estrutura de todo
leite produzido, impossibilitando o seu uso pela indústria e consequentemente o
consumidor final.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SUMMIT ESTADÃO. Sanidade animal: o que é e qual é a relevância no


agronegócio?. 2021. Disponível em: < https://summitagro.estadao.com.br/saude-
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IBEM e MAPA. Qual é a importância da sanidade animal? 2020. Disponível


em: <https://summitagro-estadao-com-
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amp_gsa=1&amp_js_v=a9&usqp=mq331AQKKAFQArABII ACAw%3D
%3D#amp_ct=1677884423540&amp_tf=De%20%251%24s&aoh=167788
44035535&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&ampshare=https%3A%2F
%2Fsummitagro.estadao.com.br%2Fsaude-no-campo%2Fqual-e-a-importancia-da-
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IBRACS. Saúde. 2019. Disponível em: <https://www.ibracs.com.br/areas-de-


atuacao/saude>.

EMBRAPA. Saúde animal e segurança dos alimentos são estratégias


para impulsionar a qualidade e a produtividade. 2020. Disponível em: <
https://www.embrapa.br/portfolio/sanidade-animal>.

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DUQUE, Paulo et al. Mastite Bovina: Descrição da Doença e Seus
Impactos na Economia Brasileira. FAMED, Jardim Soares-SP.
Disponível em:
<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/C3uaXZ2SN3u6v6p_
2013-5-20-12-18-40.pdf>.

LOPES, M.A. Avaliação do impacto econômico da mastite em rebanhos


bovinos leiteiros. Universidade Federal de Lavras, Lavras-SP. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/aib/a/sBzJQKV3YbPH6K35zKGCGCv/?lang=pt&format=pdf

SIMÕES, Tânia et al. Mastite Bovina, Considerações e Impactos


Econômicos. Embrapa, ISSN 1678-1953, Dezembro, 2012. Aracaju-SE. Disponível
em: http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2012/doc_170.pdf

BRITO, Maria et al. Mastite. EMBRAPA, Dezembro, 2021. Disponível em:


https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-
tecnologica/criacoes/gado_de_leite/pre-producao/qualidade-e-
seguranca/qualidade/mastite

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