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Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. A responsabilidade pelos
direitos autorais de textos e imagens desta obra é dos autores.
Equipe de autores DSA: Adriana Rodrigues Reis e Silva, Alberto Gomes da Silva Junior, Bárbara Agate
Borges Cordeiro, Bethyzabel dos Anjos Santos Correa de Araujo, Cecília Paula Dezan, Daniela Pacheco de
Lacerda, Eduardo de Azevedo Pedrosa Cunha, Emiliano Alves dos Santos Junior, Fernando Ferreira, Flávia
Cardoso Genaro de Mattos, Guilherme Zaha Takeda, Hélia Lemos da Silva, Juliana de Souza Garcia Alves
Maia, Lourdes Cristina Schaper, Luiz Felipe Ramos Carvalho, Maria do Carmo Pessôa Silva, Martha de
Oliveira Bravo, Natércia Caporali Araújo Carlos, Raquel Caputo, Tatiana Morais Barbosa, Valéria Stacchini
Ferreira Homem, Bruno de Oliveira Cotta e Anderlise Borsoi.
O ano de 2023 foi recheado por amplas discussões que terão grande impacto quando finalizadas.
Dentre essas discussões, destacamos a rastreabilidade animal, a resistência aos antimicrobianos,
a regulamentação da Lei 14.515/22 (Lei do Autocontrole), a avaliação zoogenética, a priorização
e categorização de problemas em saúde animal, o regramento sanitário para estabelecimentos
produtores de material genético animal e as diretrizes para a fiscalização de produtos de uso
veterinário.
Também foi um ano marcado por entregas de grande relevância na prevenção e combate à
Influenza Aviária, na evolução da condição sanitária de Unidades da Federação quanto à febre
aftosa, no fortalecimento da vigilância e prevenção de doenças de suínos, aves e ruminantes,
na modernização regulatória e na comprovação da qualidade dos serviços veterinários brasileiros
em missões estrangeiras para abertura ou manutenção de mercados para exportação de animais
vivos, seus materiais genéticos, produtos e subprodutos.
Desejamos a todos uma boa leitura, na certeza que as próximas edições seguirão repletas de
entregas à sociedade em razão do notório profissionalismo, comprometimento e qualidade técnica
da equipe do Departamento de Saúde Animal, sob a liderança do Secretário de Defesa Agropecuária,
Carlos Goulart e comando do ministro Carlos Fávaro.
Eduardo de Azevedo
Diretor do Departamento de Saúde Animal
O sistema brasileiro de saúde animal tem estrutura e gestão compartilhadas entre o governo
federal, definido como instância central do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
- SUASA, os governos estaduais e distrital representando as instâncias intermediárias e locais, e
o setor privado, representado pelos diversos atores das várias cadeias agro produtivas, conforme
organização deste Sistema.
Em uma complexa rede de relacionamentos institucionais, o DSA, vinculado à SDA/Mapa,
desempenha atividades de natureza política, estratégica, normativa, coordenadora, auditora e
fiscalizadora, incluindo atividade de natureza operacional em algumas áreas, com a função de
principal articulador junto aos Órgãos Estaduais de Sanidade Agropecuária - OESAs, nos governos
das unidades federativas. Os órgãos estaduais e do Distrito Federal, por sua vez, também são
responsáveis por atividades de natureza estratégica, normativa e coordenadora no âmbito de sua
atuação, e função operativa de interesse do governo federal, sendo, portanto, responsáveis pela
execução e condução das atividades de campo relativas à saúde e ao bem-estar animal.
Cabe também ao DSA a responsabilidade final de certificação zoossanitária nacional e de
representação do país nos fóruns e discussões internacionais, assim como a delegação de
competências para execução de determinadas tarefas de interesse das políticas públicas de saúde
animal.
O DSA coordena, em todo país, as ações para vigilância e prevenção, controle e erradicação
de doenças emergenciais e endêmicas que têm impacto na saúde dos animais, com perdas de
produtividade e perdas econômicas ao rebanho, afetando também o comércio de commodities,
com maior destaque para a influenza aviária, a peste suína clássica, a febre aftosa, encefalopatia
espongiforme bovina (ou doença da vaca louca), brucelose e tuberculose, raiva dos herbívoros e
mormo. O DSA também coordena ações em casos de investigação de suspeitas de doenças de
animais aquáticos e abelhas.
Estão sendo definidas pelo DSA as normas para garantia do bem-estar dos animais de produção,
de extrema importância para redução dos desafios sanitários aos quais podem estar submetidos os
rebanhos, especialmente na produção intensiva.
O DSA controla a qualidade de produto de uso veterinário para prevenção, diagnóstico, tratamento
e controle de doenças ou estados que afetem a saúde e o bem-estar dos animais.
Diante dos constantes desafios, de novas demandas dirigidas ao serviço veterinário como resultado
da globalização e para manter o Brasil em sua posição de grande produtor e exportador de alimentos
e material genético, a eficiência do serviço de saúde animal no país é continuamente avaliada e
monitorada para seu aperfeiçoamento. O DSA executa um programa de avaliação considerado
dentre os mais robustos e estruturados que se conhece, baseado em diretrizes da Organização
Mundial de Saúde Animal - OMSA.
Em 2023, o DSA teve sua estrutura organizacional reformulada para melhoria e modernização da
gestão, foco em estratégia, otimização dos recursos humanos, maior atenção a novos desafios do
serviço veterinário e maior integração entre suas áreas de atuação.
O DSA deseja com este Anuário registrar e destacar suas ações que promovem o desenvolvimento
da pecuária nacional, ocasionando melhoria da condição da saúde animal e humana e do meio
ambiente, fomentando uma condição de bem-estar social e econômica para o país e contribuindo
para o combate à fome no mundo. Adicionalmente, o Anuário tem por finalidade servir de insumo
a gestores e divulgar entregas à sociedade. Também se insere no esforço de construir a memória
de sínteses de dados que permitem a reflexão sobre a atuação do DSA. Por fim, tem por objetivo
também comemorar os avanços e os resultados do trabalho de sua dedicada equipe.
O DSA empenha-se para que o Mapa seja reconhecido pela inovação, agilidade e qualidade na
implementação de políticas públicas e na prestação de serviços para alcance de sua missão.
Para ser bem-sucedida, considerando a complexidade dos desafios atribuídos ao Serviço Veterinário
Oficial - SVO, qualquer proposta de mudança com vistas à sua evolução precisa ser proposta pela
área técnica das instâncias coordenadora e executora. Para possibilitar o envolvimento de todo o
SVO, o nível local precisa estar comprometido com a implementação das prioridades identificadas.
Considerando a estrutura compartilhada do sistema de saúde animal, na qual o DSA, os Serviços
de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal – SISAs/SFAs e os Serviços Veterinários Estaduais –
SVEs nas unidades federativas exercem papel principal, o DSA se propôs a promover uma maior
participação colaborativa na construção de planos e enfrentamento dos desafios presentes em
um panorama em constante evolução, que exige foco em temas atuais e naqueles que podemos
antever.
O rebanho bovino do Brasil, no ano de 2023, foi de quase 240 milhões de cabeças e o rebanho
suíno, de aproximadamente 44 milhões de animais. Já a avicultura tem alojadas 2,2 bilhões de
aves de corte e cerca de 200 milhões de aves de postura.
O País é o quarto maior produtor mundial de carnes, antecedido pela China, EUA e União Europeia.
A carne de frango e a carne bovina têm maior destaque na produção brasileira.
A principal mercadoria negociada foi a carne bovina, com exportações de US$ 1,03 bilhão e
crescimento de 24,2% em relação aos valores exportados em dezembro de 2022. Os mercados
que mais expandiram as suas aquisições da carne bovina in natura do Brasil no período foram:
Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Chinae Egito. Em seguida destacaram-se as exportações
de carne de frango, com o total de US$ 804,31 milhões, com crescimento de 5,5% ante os valores
registrados em dezembro do ano anterior. Houve elevação de 22,6% no volume vendido e retração
de 14,0% no preço médio. Os principais destinos da carne de frango in natura brasileira no período
foram: China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Já as vendas externas de carne
suína somaram US$ 229,24 milhões no mês (-8,7%).
Apesar dos cães figurarem como o animal de estimação preferido, o destaque é o crescimento
de lares que escolhem o gato como animal de estimação. Essa foi a população de animais de
companhia de maior crescimento desde 2013, com alta de 8,1%. O Brasil ocupa o terceiro lugar
entre os maiores mercado do segmento pet no mundo, ficando atrás apenas dos EUA e China. No
primeiro semestre de 2023, o faturamento do setor pet foi de R$ 68,4 bilhões.
O Brasil destaca-se pela sua aptidão para a produção agropecuária, desempenhando um papel de
relevância como grande produtor e exportador de alimentos. Nesse contexto, é imperativo fortalecer
o serviço veterinário para a preservação e o desenvolvimento dos recursos animais. Essa iniciativa
visa não apenas a impulsionar a produção sustentável, mas também à redução da pobreza e melhor
distribuição de renda, resultando em melhoria das condições social e econômica.
Ações para a promoção da saúde animal também têm importante impacto na segurança sanitária
ao considerar o risco de ameaças pandêmicas emergentes, a resistência aos antimicrobianos e as
crises de segurança alimentar. Assim, além de proteger o país contra potenciais ameaças à saúde
pública, garante a segurança alimentar e contribui para a melhoria do bem-estar global.
A vigilância é, portanto, uma ferramenta para monitorar as tendências das doenças, para facilitar seu
controle, para fins de saúde pública ou animal, para fornecer subsídios para análises de risco, para
fundamentar a lógica das medidas sanitárias e para fornecer garantias aos parceiros comerciais.
O Brasil utiliza o modelo de vigilância por síndrome para grande parte das doenças que possuem
atenção do Serviço Veterinário Oficial - SVO. A partir da observação e notificação de conjuntos de
sinais clínicos específicos, são investigadas pelo Serviço Veterinário Oficial as Síndromes Vesicular,
Neurológica, Hemorrágica dos suínos e Respiratória e nervosa das aves. A tabela abaixo mostra as
doenças-alvo de cada síndrome e sua situação no Brasil.
O plano de vigilância para febre aftosa foi estabelecido em 2007 e atualizado em 2020. O plano
integrado de vigilância de doenças dos suínos foi implantado em agosto de 2021 e revisado em 2023.
E em 2022, foi publicado o novo plano de vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
Os dados da realização de cada componente dos planos de vigilância são compilados e analisados
anualmente e relatórios técnicos específicos são publicados na página do Mapa.
O aprimoramento da condição sanitária do país para doenças animais de alto impacto é gerenciado
ainda por meio de planos estratégicos nacionais, alinhados com estratégias regionais, como PE-
PNEFA 2017-2026, que visa criar e manter condições sustentáveis para garantir a condição de
país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, para proteção
do patrimônio pecuário nacional e gerar benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira.
O Plano Brasil Livre de PSC tem por objetivo erradicar a peste suína clássica na zona não livre
(ZnL) no Brasil, reduzindo as perdas diretas e indiretas causadas pela doença e gerando benefícios
pela condição sanitária de país livre da doença. Aliado ao fortalecimento do sistema de vigilância,
uma das estratégias do plano é a implantação de um programa de vacinação sistemática contra a
PSC de forma regionalizada.
Além das doenças contempladas na vigilância por síndromes, há doenças presentes no país que
possuem programas de controle específicos, como a brucelose e tuberculose em bovinos, anemia
infecciosa equina e mormo em equinos, e salmoneloses e micoplasmoses em aves.
Os programas de controle de doenças são muitas vezes estabelecidos com objetivo de erradicar a
doença no país, em partes do país em determinados segmentos da cadeia produtiva. Para algumas
doenças, no entanto, a erradicação pode não ser viável do ponto de vista prático ou econômico, e
podem ser necessárias opções para a redução sustentada dos impactos da doença.
Para as outras doenças animais que não são alvo de planos de vigilância ou programas de controle
específicos, como infecção pelo vírus da tilápia de lago (TILV) ou pelo vírus da necrose infecciosa
de baço e rins (ISKNV) em peixes, ou a infestação pelo pequeno escaravelho das colmeias (Aethina
tumida) e cria pútrida americana em abelhas, é aplicada a vigilância geral, com base na notificação
imediata e obrigatória de suspeitas, conforme previsto em regulamentação.
No caso de doenças zoonóticas, aquelas que podem acometer animais e pessoas, como raiva,
brucelose, tuberculose, influenza aviária e febre do Nilo ocidental, o SVO atua em estreita colaboração
e coordenação com as autoridades de saúde pública nos níveis nacional, estadual e local.
Países membros da OMSA conforme reconhecimento de status para Febre Aftosa, atualizado em fevereiro de 2024.
Em 2023 foram investigadas pelo SVO um total de 9.544 notificações, com destaque para as
doenças e a distribuição das notificações, que podem ser observadas nas figuras a seguir.
A figura a seguir mostra a localização de todas as investigações realizadas para a Influenza Aviária
de Alta Patogenicidade, indicando os focos confirmados, encerrados e com investigação em curso,
até fevereiro de 2024.
Colheita de amostras
1.107 investigações Colheita de amostras em 263 unidades
clínicas e epidemiológicas para vigilância ativa em epidemiológicas
de casos suspeitos de 3.449 estabelecimentos associadas aos
síndrome respiratória e avícolas industriais e de compartimentos
nervosa das aves, subsistência, certificados como livres de
influenza aviária e doença
de Newcastle.
Distribuição geográfica dos estabelecimentos avícolas industriais amostrados para vigilância ativa
de influenza aviária e doença de Newcastle, no ciclo 2022-2023.
Ainda, o DSA tem direcionado tecnicamente e auxiliado a definição das estratégias de comunicação
envolvidas nas Campanhas Publicitárias coordenadas pela Secretaria de Comunicação da
Presidência da República - SECOM/PR e Assessoria Especial de Comunicação Social - AECS/
Mapa com o intuito de dar ampla publicidade das ações do Governo Federal para o controle e
prevenção da doença, além de demonstrar à população a segurança sanitária envolvida no consumo
de alimentos de origem animal no Brasil.
Com relação à vigilância das doenças dos suínos, não houve detecção das doenças-alvo do
plano de vigilância para essa espécie, confirmando a condição do País como de livre para peste
suína africana, síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos. Também pode ser observada a
manutenção da zona nacional livre de peste suína clássica.
Uma revisão dos procedimentos e requisitos a serem cumpridos para certificação de granjas
de reprodutores suínos (GRSC) e para autorização de funcionamento de estabelecimento de
alojamento temporário de suínos foi submetida à consulta pública.
No âmbito do PE-PNEFA, o Estado de São Paulo foi autorizado a suspender a vacinação contra
febre aftosa após a etapa de novembro de 2023, e os Estados da Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro,
Maranhão, Pará, Amapá, Roraima, Amazonas e Piauí foram autorizados a realizar a última vacinação
em abril de 2024.
O Programa de Vigilância para a Febre Aftosa Baseada em Risco foi implantado nos Estados do
Amazonas, Acre, Distrito Federal, Rondônia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e sistema
de vigilância baseado em risco equivalente no Mato Grosso.
Como parte do Plano Nacional de Comunicação do PNEFA, foram finalizadas e divulgadas em página
do Mapa as peças (vídeos, banners digitais, spots de áudio) para produtores rurais, ressaltando a
importância da vigilância da doença e seu impacto no mercado pecuário nacional.
A partir da avaliação dos dados de vacinação contra brucelose captados pelos serviços veterinários
dos estados, foram traçadas estratégias para aumento da cobertura vacinal nas UF que ainda não
atingiram os índices preconizados pelo PNCEBT, tendo em vista sua importância para o controle da
doença e evolução da condição sanitária do país.
Foi iniciado projeto de desenvolvimento de novo sistema para gerenciamento nacional das
investigações de doenças realizadas pelo SVO a fim de modernizar a ferramenta atual –
e-SISBRAVET.
Com o objetivo de otimizar os recursos investidos em políticas de saúde animal e ações sanitárias
em diferentes níveis (nacional, estadual, setor público, setor privado), o DSA está executando
projeto de priorização de doenças animais para atuação pelo SVO.
Em 23/02/23, o Mapa notificou um caso de EEB à OMSA detectado no estado do Pará. Foram
coordenadas as investigações epidemiológicas até a obtenção do resultado laboratorial para
tipificação do agente (EEB clássica ou atípica). Em 02/03/23, o resultado do laboratório de referência
da OMSA revelou se tratar de EEB atípica, e o caso foi encerrado. Em 23/03/23 se deu o fim do
embargo às exportações de carne bovina pela China.
O conceito da Saúde Única reúne todas as vertentes que interagem na dinâmica dos problemas
sanitários, implicando uma sistemática indissociável entre a saúde humana, animal e ambiental,
representando uma estratégia racional para proteger as necessidades atuais da humanidade e de
suas gerações futuras, sob o caráter de Um Planeta, Uma Saúde.
No início de 2023, foi instituída novo setor dedicado à coordenação de ações com enfoque em
saúde única e boas práticas agropecuárias, no qual foram reunidas atividades já desenvolvidas
pelo DSA, como a vigilância de contaminantes em moluscos bivalves, ações para o bem-estar dos
animais na produção primária e no transporte animal, coordenação do Plano de Ação Nacional de
Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária - PAN BR
Agro e a organização da informação zoossanitária referente a animais silvestres.
Essa nova Coordenação passou a trabalhar com agravos passíveis de enfrentamento sob a
abordagem em saúde única em parceria com os demais setores do DSA, além de projetos de boas
práticas sanitárias nas cadeias produtivas.
O trânsito de animais e seus produtos é uma das principais formas de disseminação de doenças.
Seu controle e fiscalização são importantes ferramentas para a manutenção dos programas
sanitários que objetivam o controle, a erradicação, a certificação de propriedades livres de doenças
e, principalmente, a manutenção de países ou zonas livres de enfermidades.
Para controle da movimentação de animais e seus produtos são requeridos recursos tecnológicos
como sistemas de informação, registro e monitoramento de animais, ações sanitárias profiláticas
regionais e levantamento da situação epidemiológica no território do país. Isso é fundamental para
a emissão de certificados veterinários para a exportação de animais e seus produtos, e também
para a geração de informação para análises epidemiológicas.
As bases de dados cadastrais contemplam a quantidade de animais por rebanho, região ou país
para as mensurações usuais de ocorrência de doenças.
O Código Sanitário dos Animais Terrestres da OMSA estabeleceu que uma das ações de vigilância
das doenças dos animais é o conhecimento das características produtivas das explorações
pecuárias. Para isto, é necessária a individualização e localização das propriedades.
O DSA é responsável por definir os procedimentos e requisitos para o trânsito de animais, seu material
genético e seus produtos e considera, no estabelecimento dessas diretrizes, as recomendações
da OMSA para controle e erradicação de doenças. As condições para trânsito são definidas em
legislação e normas, manuais de padronização dos procedimentos de trânsito e cadastro de
explorações agropecuárias e de estabelecimentos manipuladores de subprodutos. Além disso, o
DSA define as regras para habilitação de médicos veterinários privados para a emissão da Guia de
Trânsito Animal – GTA, requerida para qualquer movimentação animal.
Atualmente, todos os estados brasileiros encaminham seus dados de trânsito para a base
centralizada do Mapa. Um aprimoramento desta condição é a integração dos estados à base de
dados central do Mapa. Em 2023, os serviços veterinários dos estados do Mato Grosso do Sul,
Sergipe, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Pará foram integrados à base de dados de controle
de trânsito de animais do Mapa.
Para os estados integrados a esta base é possível a inclusão automática da quantidade de animais
contidos em GTAs emitidas ao saldo da exploração agropecuária de destino em outra UF, para
as espécies bovina e bubalina. Atualmente estão integrados à base do Mapa os estados do Acre,
Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Pará, Rondônia, Roraima, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Ressalta-se ainda a relevância dos produtos de uso veterinário para os animais de companhia. O
mercado pet tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos e, consequentemente,
constata-se crescente demanda por produtos veterinários de qualidade. Proprietários de animais
de estimação estão cada vez mais dispostos a investir em cuidados e saúde para seus animais.
As ações do DSA estão alinhadas aos principais interesse de proprietários de animais de companhia,
de pecuaristas, de médicos veterinários e de associações de consumidores, que é dispor de
produtos veterinários seguros e eficazes para o uso pretendido. No âmbito de suas atribuições
no que tange à defesa sanitária e promoção da saúde única, o DSA, com base em legislação que
ampara a fiscalização dos produtos de uso veterinário, adota os seguintes procedimentos para
garantir a disponibilização de produtos de uso veterinário de qualidade, eficazes e seguros:
Registro: Todos os produtos destinados a prevenir, tratar ou diagnosticar doenças dos animais
devem ser registrados no Mapa. Para isso devem ser apresentados estudos que comprovem as
informações contidas na rotulagem do produto, como prazo de validade, eficácia, segurança para
as espécies indicadas e período de carência, no caso de produto destinado a animal produtor de
alimento.
Foram registrados 46 produtos veterinários que representam novas ferramentas terapêuticas para
as espécies abaixo:
Ainda, foram realizadas 804 fiscalizações de produtos veterinários, cuja distribuição pelas UFs
pode ser observada no gráfico a seguir.
Foi concluída a etapa de consolidação das manifestações recebidas durante a consulta pública da
minuta do novo regulamento para fiscalização dos produtos veterinários e dos estabelecimentos
relacionados, para regulamentação da Lei nº 14.515/2022, sobre os programas de autocontrole dos
agentes privados regulados pela defesa agropecuária. O texto final cumpre os trâmites para sua
publicação.
A base para a formação e reposição do patrimônio pecuário brasileiro está no material de multiplicação
animal produzido e comercializado no país, como sêmen, embriões e ovos férteis, que possibilitam
a rápida difusão e reserva de material genético.
Entre 2019 e 2023, a aquisição de doses de sêmen bovino - aptidão corte e leite - pelos pecuaristas
brasileiros se elevou de um patamar de 16,43 para 22,49 milhões de doses. No mesmo período, a
exportação do produto passou de 485.340 para 873.674 doses. Em 2023, a inseminação artificial
foi utilizada em 4.549 dos municípios brasileiros, 81,7% do total, um crescimento de 1,9% sobre o
ano anterior, o que demonstra a expansão do uso da tecnologia no rebanho brasileiro.
O Brasil apresenta-se como um dos maiores produtores de embriões de bovinos e equino, líder em
transferências de embriões bovinos produzidos in vitro, tendo sido realizadas 440.256 em 2022,
correspondendo a 37,0% do total mundial.
A produção de material genético avícola, ovos férteis e pintos de um dia, destacou-se pela
exportação, que teve um incremento de 69,3 % em 2023 em relação ao ano de 2022, passando
de 15,6 para 26,4 mil toneladas e gerando receita de US$ 240 milhões, número 34,2% superior ao
obtido em 2022, com US$ 178,8 milhões.
Nesse cenário, considerando o material genético como fundamento de toda a cadeia, o DSA, em
parceria com o setor produtivo, desenvolve ações que visam garantir a identidade, a qualidade, a
inocuidade e a segurança do material genético animal disponibilizado para comercialização interna
e exportado para vários países. Dentre elas, a elaboração de diretrizes de ações governamentais
para a fiscalização da produção e da comercialização material de multiplicação animal, guardando
as premissas definidas pela OMSA.
Em 2023, com vistas à adequação aos avanços biotecnológicos necessários ao setor produtivo e
para aprimoramento de procedimentos e gestão das atividades de fiscalização, o DSA submeteu à
consulta pública cinco minutas de atos normativos para revisão dos dispositivos legais relacionados
ao registro de estabelecimentos produtores e comerciais de material de multiplicação animal.
O Mapa é a instituição oficial responsável pelo Serviço de Registro Genealógico - SRG dos animais
domésticos no Brasil e delega a execução do serviço às Associações de criadores. As espécies
asininas, bovinas, bubalinas, caprinas, chinchilas, equinas, ovinas e suínas são consideradas para
fins de registro genealógico. O registro genealógico de um animal é importante no processo de
melhoramento genético dos animais pois permite verificar a origem dos indivíduos, bem como os
dados de sua genealogia, favorecendo a definição de acasalamentos corretivos e a seleção dos
indivíduos.
As entidades nacionais atualmente autorizadas pelo Mapa para a execução do Serviço de Registro
Genealógico e as atividades dos serviços de registro genealógico no Brasil podem ser consultadas
em sítio eletrônico do Mapa (https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/insumos-agropecuarios/
insumos-pecuarios/registro-genealogico) onde também é possível verificar raças e cruzamentos
registrados, total de animais ativos, total de criadores, associações registradas, dentre outras
informações.
Dentre as provas zootécnicas regulamentadas e atualizadas para bovinos de corte estão os projetos
técnicos de melhoramento genético visando a emissão de Certificado Especial de Identificação e
Produção – CEIP. Esta prova prevê a emissão do CEIP para animais com idade máxima de 30
meses, que obtenham classificação genética superior dentro do grupo de animais avaliados (20%
a 40% superiores). É ainda necessária a atualização das demais provas zootécnicas para animais
com aptidão para corte.
Hoje existem 14 entidades registradas para a execução da prova zootécnica de CEIP, com projetos
aprovados para as composições das raças Nelore, Hereford e Braford, Angus e Brangus, Montana
Tropical, e Taurino Tropical.
As provas zootécnicas para animais com aptidão leiteira estabelecem regras para a execução
do serviço de controle leiteiro e avaliação genética ou genética e genômica de animais. Para as
espécies bubalina, caprina e ovina é possível a emissão de Certificado Especial de Identificação
e Produção – CEIP aos 30% animais comprovadamente superiores, do total de animais avaliados
dos rebanhos inscritos no projeto.
No momento, há 5 entidades registradas no Mapa para a execução das provas zootécnicas leiteiras,
sendo 4 programas de melhoramento genético de bovinos, e 1 programa com emissão de CEIP-
Leite para bubalinos.
Tais ações visam padronizar e garantir a qualidade do processo e a confiabilidade das informações
sobre a identificação genealógica dos animais. Além do registro, são estabelecidas regras para a
avaliação da produtividade dos indivíduos, contribuindo para a seleção genética e o melhoramento
dos rebanhos.
Além disso, as entidades encaminham anualmente ao Mapa o relatório anual de atividades contendo
informações e quantitativo de animais registrados por espécie, raça e categoria.
Ainda, para a promoção do melhoramento genético animal, o DSA realiza a avaliação dos processos
de importação de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos e seus materiais de multiplicação, com
vistas a emissão de certificação zootécnica aos indivíduos mais adequados a promover ganhos
genéticos às populações animais.
Dentro deste contexto, o DSA realiza avaliação zoogenética, que é um requisito necessário para
a inscrição de reprodutores das espécies bovina, bubalina, ovina e caprina em centros de coleta e
processamento de sêmen – CCPS.
O DSA tem atuado na disseminação de informações sobre as melhores práticas zootécnicas, por
meio de cursos, workshops e material educativo. Esse esforço visa conscientizar os criadores
sobre a importância da avaliação genética favorecendo a melhoria dos rebanhos, para garantir a
sustentabilidade e a competitividade do setor.
Com base no relatório anual de atividades do ano base de 2022, foi constituído o painel contendo
as informações de animais registrados no país, separados por espécie, sexo, raça e categoria, bem
como os cruzamentos que são controlados pelas entidades. O painel pode ser acessado pelo link:
https://lookerstudio.google.com/u/0/reporting/1a7c92d0-9380-44c2-a244-70e8d39fe6e3/page/
mAemC
O DSA é responsável por estabelecer as diretrizes para a realização das quarentenas dos animais
importados. As quarentenas de importações de aves comerciais e de suínos para reprodução são
realizadas na Estação Quarentenária de Cananeia, único quarentenário público do Mapa.
Para animais aquáticos, são credenciados quarentenários privados e para animais das espécies
bovina, bubalina, caprina e ovina, a quarentena pode ser realizada na propriedade do importador,
desde que atendidas as condições estabelecidas pelo DSA.
Para possibilitar as importações, o DSA é também responsável pela definição dos requisitos de
saúde animal para garantir a preservação das condições de saúde dos rebanhos brasileiros na
manutenção da pecuária, um dos maiores patrimônios do país.
Como o DSA protege a saúde dos rebanhos nacionais quando da importação de animais e
seus produtos?
Comprometido com a valorização do patrimônio pecuário nacional, o DSA atua na redução dos
riscos de ingresso de patógenos e define os requisitos zoossanitários e as condições para emissão
das autorizações de importação. Para isso são consideradas as recomendações de organismos
internacionais, principalmente a OMSA, trabalhos científicos, podendo ser realizada também
análise de risco de importação.
As garantias para certificação são obtidas por meio da execução de ações previstas em programas
sanitários que objetivam a melhoria das condições de saúde animal. No Brasil, os programas mais
robustos implementados são Programa de Vigilância para Febre Aftosa, Programa Nacional de
Sanidade Avícola, Programa Nacional de Sanidade dos Suídeos e Programa Nacional de Controle
e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal.
Ademais, todo o sistema de vigilância geral em prática no país serve como subsídio para que o
Brasil possa certificar o cumprimento das exigências sanitárias dos países importadores.
Em 2023, foram abertos 50 novos mercados para a exportação brasileira de animais vivos, material
genético (sêmen, embriões, ovos férteis e pintos de um dia) e de produtos de origem animal para
uso industrial não destinados ao consumo humano ou animal, culminando em novos Certificados
Veterinários Internacionais acordados, conforme pode ser observado no gráfico a seguir.
A Organização Mundial de Saúde Animal - OMSA, da qual o Brasil é país membro, reconhece os
serviços veterinários como um bem público mundial, por desempenhar um importante papel na
proteção e no bem-estar animal, assim como na segurança alimentar e na saúde pública mundial.
Os serviços veterinários dos países são um bem público mundial porque suas atividades, tais como a
preservação e desenvolvimento dos recursos animais, a abordagem aos riscos sanitários mundiais,
a adoção de normas internacionais para a qualidade, garantia da eficácia e sustentabilidade, são
gerenciadas pelo governo e para o benefício de todos os cidadãos.
O serviço veterinário no Brasil tem estrutura e gestão compartilhada entre governo federal, governos
estaduais e o setor privado. Cada unidade da federação tem competência para organizar o seu
serviço veterinário estadual, com autonomia técnica e administrativa, específica para a execução
das políticas de saúde animal, desde que estejam em conformidade com as diretrizes e atos legais
federais.
A avaliação dos serviços veterinários é um importante processo para garantir a sua qualidade,
a sustentabilidade da saúde dos rebanhos nacionais e oferecer a confiança na certificação das
condições sanitárias do país.
Anualmente, são realizadas nove auditorias junto aos serviços veterinários das unidades federativas, de
forma que a cada 3 anos todos os estados tiveram seus serviços avaliados. As auditorias têm formato
híbrido, com análise documental de extenso material e verificação in loco de componentes essenciais para
o funcionamento dos serviços veterinários tais como recursos financeiros, humanos e físicos, capacidade
técnica-operacional, interação com as partes interessadas e capacidade de certificação sanitária.
Para a realização das auditorias em 2023, foram envolvidos diretamente 46 auditores do quadro
permanente do programa Quali-SV. O programa conta, atualmente, com 73 médicos veterinários
auditores, sendo quem 2023 63% da equipe de dedicou à atividade de avaliação.
Para fortalecimento das capacidades do serviço veterinário oficial foi iniciado amplo projeto para
capacitação continuada, advindo de consultoria contratada especificamente para tal, que incluiu
o diagnóstico das lacunas de competências necessárias para o desenvolvimento de atribuições
essenciais do serviço em todos os níveis. O diagnóstico foi estabelecido a partir de 71 reuniões
entre o DSA, as unidades decentralizadas do Mapa envolvidas com saúde animal e os serviços
veterinários estaduais, das quais participaram 1.229 médicos veterinários em nível de coordenação
(100% do público-alvo) e de campo (69% do público-alvo) e 748 auxiliares técnicos (53% do público-
alvo).
Esse projeto é constituído por várias etapas com previsão de implementação final em 2025. O
mapeamento das competências e lacunas identificadas está, atualmente, sendo aprimorado com
base em revisão de normas, literatura técnica e por meio de dados complementares às reuniões,
obtidos por questionário. O diagnóstico final será apresentado em 2024.
O DSA promoveu, ainda, diversas capacitações com o objetivo de fortalecer os conceitos a respeito
do vírus da febre aftosa e seus aspectos clínicos e epidemiológicos, coleta de materiais para
diagnostico, vigilância, fluxo de informação, bem como os procedimentos a serem aplicados em
cada uma das fases da investigação de uma suspeita de doença vesicular, o Ministério da Agricultura
e Pecuária conta com uma equipe de instrutores para realização de treinamentos rotineiros sobre
o Manual de Investigação de doenças vesiculares nos estados.
E, por fim, foi publicada, no primeiro semestre de 2023, uma videoaula com orientações sobre colheita
e envio de amostras para vigilância de síndromes neurológicas voltada aos médicos veterinários
dos órgãos executores de defesa sanitária animal, bem como os médicos veterinários da iniciativa
privada sobre a correta colheita, acondicionamento e envio de material para o diagnóstico de raiva,
scrapie e EEB.
A comunicação em saúde animal é atividade estratégica para o DSA. A comunicação de risco por
meio da qual o serviço veterinário oficial informa e orienta os diversos segmentos das cadeias
produtivas e a população em geral, a comunicação e publicidade social, que leva as mais diversas
informações de interesse público, relacionadas à saúde animal, para a população em geral por
meio de diversos meios de divulgação facilitam o alcance de condições desejadas em muitas ações
e políticas sanitárias.
Um Guia para elaboração de planos de comunicação para orientar todas as áreas do DSA a elaborar
seus próprios planos foi proposto por este novo setor.
Ainda em 2023, adicionalmente ao esforço para prevenir o ingresso da IAAP nos rebanhos comerciais
de aves de produção e para monitorar a ocorrência da doença nas populações de aves silvestres,
foram realizadas diversas iniciativas de comunicação de risco para informar a população e alguns
públicos-alvo sobre a doença e sobre a atuação do serviço veterinário oficial na sua prevenção e
controle.
Somando-se a isso, um grande plano nacional de publicidade para a IAAP foi iniciado em 2023,
sob a coordenação da SECOM/PR e AECS/GM/Mapa, com o aporte técnico do DSA. A Campanha
Nacional de Publicidade intensificou os esforços de comunicação ao contar com a contratação de
duas grandes agências de publicidade para definição de estratégias de comunicação de massa e
produção de peças publicitárias de amplo alcance, que foram lançadas já em 2024.
Ressalta-se iniciativa conjunta do DSA e do setor produtivo que culminou, em 2023, com a
publicação de portaria ministerial que estabelece o mês de maio, de todos os anos vindouros, como
o “Mês da Saúde Animal”. A campanha publicitária, de alcance nacional, destacando a relevância
das ações de saúde animal será lançada em maio de 2024. O objetivo é complementar, de fora
continuada, informações já rotineiramente transmitidas à sociedade, com material de alta qualidade
para aumentar a confiança do cidadão brasileiro e de parceiros comerciais no trabalho fundamental
que o SVO presta em prol da sociedade.
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https://apps.fas.usda.gov/psdonline/circulars/livestock_poultry.pdf
https://www.fazcomex.com.br/exportacao/exportacoes-no-brasil/
RELEASE - Setor Pet mantem indicação de crescimento desacelerando em 2023, alta carga
tributária impacta a alimentação pet e é um desafio para o Setor. Disponível em:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/camaras-setoriais-tematicas/documentos/camaras-
setoriais/animais-e-estimacao/2023/38a-ro-26-10-2023/setor-pet-release_faturamento-2023-base-
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Viana, J.H. M. 2022 Statistics of embryo production and transfer in domestic farm Animals. Embryo
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https://abinpet.org.br/wp-content/uploads/2023/03/abinpet_folder_dados_mercado_2023_draft1_
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https://institutopetbrasil.com/imprensa/censo-pet-1393-milhoes-de-animais-de-estimacao-no-
brasil/
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-
de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb/notificacao-colheita-e-envio-de-amostras